"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 17 de julho de 2012

GOVERNO INCENTIVA INDÚSTRIA DE ARMAMENTOS



CRESCIMENTO PELO RALO


NELSON MANDELA, O ÍCONE DA LIBERDADE RACIAL E DOS DIREITOS SOCIAIS, COMPLETA 94 ANOS

Um dos maiores mitos da História contemporânea, Nelson Mandela completa 94 anos nesta quarta-feira, 18 de julho, uma data importante na África do Sul. A tão sonhada democracia ainda não trouxe para os negros a igualdade sonhada por Mandela, porque a transformação do país necessariamente tem de ser lenta e gradual, da forma que ele mesmo preconizou. Mas os avanços já obtidos são extraordinários.

A exemplo do indiano Mahatma Ghandi, do Dalai Lama e de outros grandes líderes das lutas sociais, a primeira grande preocupação de Mandela foi justamente evitar a revanche, a vingança, o derramamento de sangue. Não houve “paredón” na África do Sul, a transição se deu de forma pacífica, os negros assumiram o poder e a vida seguiu seu curso.

Herói da luta contra o regime da segregação racial, “Tata” Mandela ou “papai” Mandela, como é chamado com respeito e afeto, tem seu aniversário comemorado não só com múltiplas homenagens, mas também com debates críticos sobre a melhor maneira de prosseguir com sua luta social e seu trabalho de reconciliação do povo sul-africano.

 (JUDA NGWENYA)

“BEM DE SAÚDE”

As últimas notícias, fornecidas pelo presidente Jacob Zuma, que se encontrou recentemente com ele, afirmam que Mandela encontra-se “bem de saúde”. Mas agora esta data, que significava festas na presença de estrelas ou de dignitários estrangeiros, precisa ser celebrada em família, para preservar Mandela, que em janeiro de 2011 foi hospitalizado por uma infecção respiratória, e em fevereiro precisou se submeter a mais exames.

“Foi um prazer vê-lo, como sempre. Eu estava particularmente feliz por poder felicitá-lo antes de seu próximo aniversário. Também o informei de que, como sempre, todos os sul-africanos esperam o dia 18 para poder desejá-lo um feliz aniversário de todas as maneiras possíveis”, declarou o presidente sul-africano em um comunicado.

Zelda la Grange, que foi secretária particular de Mandela, também já foi visitá-lo e declarou à rádio que o encontrou “em forma” e “mimado por sua família e pela equipe média que o rodeia”. Há um ano, Nelson Mandela vive entre Johannesburgo e Qunu, sua cidade natal, onde se instalou em maio em sua casa reformada.

O primeiro presidente negro da África do Sul, de 1994 a 1999, fez sua última aparição pública em 2010, na Copa do Mundo organizada por seu país. Desde então, as chances de vê-lo estão reservadas aos seus parentes e a jovens talentos que vão se apresentar a ele e receber seus aconselhamentos.

O Mandela Day é reconhecido desde 2009 pela ONU como um chamado mundial a consagrar 67 minutos de nosso tempo a ajudar os semelhantes, como homenagem aos valores defendidos pelo primeiro presidente negro de seu país. Estes 67 minutos correspondem aos 67 anos que Mandela consagrou ao combate político.

Paz e saúde a Mandela. Que Deus lhe dê vida longa e a nós não desampare, como diz o amigo Ancelmo Gois.

Carlos Newton
17 de julho de 2012

GAROTINHO APRESENTA À CPI 68 KG DE DOCUMENTOS ENVOLVENDO CABRAL E A DELTA

O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) entregou nesta terça (17) à CPI do Cachoeira documentos que, segundo ele, comprovam relação entre o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) com a construtora Delta. A pilha de papéis, de quase um metro e meio, pesa 68 quilos e foi repassada ao deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que é membro da CPI.

Garotinho afirmou que o envolvimento de Cabral com a construtora Delta é ainda maior do que o do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Como se sabe, segundo investigações da Polícia Federal, a Delta repassou dinheiro para empresas fantasmas que abasteciam o grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

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Deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) entrega ao deputado Miro Teixeira 68 quilos de documentos que, segundo ele, comprovam o envolvimento do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), com a construtora Delta<br />
Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo
Ailton Ferreira (agência Globo)

JUQUINHA E A DITADURA DA CORRUPÇÃO

Juquinha, cujo nome de batismo é José Francisco das Neves, é mais um exemplo vivo de que o país vive um período de ditadura da corrupção e que o Brasil está refém dos corruptos. Uma herança bandida. De passagem, reparem no expressivo número de ministros que tiveram que deixar os cargos por serem apaixonados pelo dinheiro público.

Juquinha, em 2003, passou a fazer parte do governo Lula, perfeitamente entrosado na “base de apoio político”. Assumiu – por indicação do PL (atual PR) – o comando da Valec, a estatal encarregada de construir as ferrovias brasileiras,

Foi convocado por Lula para concluir a Ferrovia Norte-Sul, obra iniciada em 1987 no governo José Sarney, cuja implantação se arrastava e estava marcada por contumazes denúncias de corrupção, tendo consumido muitos bilhões de reais oriundos dos impostos pagos pelo povo brasileiro.

Juquinha sabia que tinha de ficar calado, pois Sarney era aliado de Lula; além disso, Juquinha, bom discípulo, pretendia se locupletar do dinheiro público em silêncio…

Junto com a patota de beatos do PR (ex-PL), senhores feudais do Ministério dos Transportes, Juquinha participava de ostensivo esquema de cobrança de propina das empreiteiras que lhe prestavam serviços.

Mas foi descoberto pela mídia. Juquinha ficou tão popular que em julho de 2011 a revista Veja revelou que, para conseguirem contratos e aditivos, as fornecedoras eram obrigadas a recolher um expressivo percentual de propina em cima do valor das faturas.

Juquinha sempre foi fiel “companheiro” no esquema: o pagamento era acertado previamente com o atleta do Mensalão, deputado federal e secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto, e, conforme ficou notório, entregue a um funcionário do ministério designado por ele (o “trem recolhedor”).
Juquinha sabia que os recursos desviados eram utilizados para financiar campanhas políticas e também para encher os bolsos dos “beatos” operadores do esquema. Como de bobo não tinha nada, pegou sua parte no butim e, segundo o Ministério Público Federal, acumulou 60 milhões de reais entre 2003 e 2011, durante o governo Lula…

O amigo de Lula e Sarney sabe que já foi publicado que foram identificados indícios de fraudes nas contratações da Valec, que, estima-se, chuparam para o ralo da corrupção mais de 100 milhões de reais. Isso, apenas para um dos trechos da Ferrovia Norte-Sul.

Ele é adulto e rouba à vera. Não admite que façam piadas com seu nome nem gosta de ser comparado ao Juquinha das piadas que é uma criança.

Agora, Juquinha confia que vai ficar impune, assim como seu padrinho e parceiro Valdemar Costa Neto, porque são membros participantes de um eficiente e moderno sistema ditatorial implantado pelo PT: a Ditadura da Corrupção, da qual o Brasil hoje é refém.

Jorge Brennand
17 de julho de 2012

QUANDO O HUMOR RETRATA A REALIDADE

17 de julho de 2012

ESTAMOS APENAS 93% NA M... !!!

17 de julho de 2012

AS IDÉIAS NÃO CORRESPONDEM MAIS AOS FATOS

O tempo atual é Renascença ou Idade Média? Os acontecimentos estão inexplicáveis, pois a barbárie das coisas invadiu o mundo dos homens. Temos um acesso a informação infinita, mas nada se fecha em conclusões coerentes, nada acaba, nada se define.

O socialismo não deu certo, o capitalismo global não trouxe paz nem progresso, tudo que depende da vontade dos homens e de seus sonhos de controle, não chega a um final feliz. As coisas têm vida própria e seus criadores não controlam mais os produtos.
O mundo é cada vez mais uma tumultuosa marcha de fatos sem causa, de acontecimentos sem origem. Cada vez temos mais ciência e menos entendimento. As teorias não deram certo e percebemos hoje que Kafka e escritores do início do século 20, como Mann, Musil, depois Beckett e Camus sacaram o lance. Esperando Godot é mais profundo e profético que 100 anos de ilusões políticas.

Hoje, viramos objetos de um "sujeito" imenso, sem nome, sem olho, misterioso, que talvez só entendamos depois do tempo esgotado, quando for tarde demais. Essa é a sensação dominante.
Por que estou com essas angústias filosóficas hoje? Bem... porque no Brasil também estamos diante do dilema: Renascença ou Idade Média, progresso ou regresso?

A rapidez do mundo atual, para o bem e mal, nos deixa para trás. Vivemos uma modernidade veloz e falamos discursos antigos. As ideias não correspondem mais aos fatos, como cantou Cazuza.

Hoje as palavras que eram muros de arrimo foram esvaziadas de sentido. Uma palavra que era pau para toda obra: "futuro". Que quer dizer? Antes, 'futuro' era um lugar onde chegaríamos um dia, que nos redimiria de nossos sofrimentos no presente. Agora o termo 'futuro' tem uma conotação incessante, como se já estivéssemos nele. Estamos com saudades do presente, que nos escapa como um passado. O presente se esvai e o futuro não para de 'não' chegar.

Outra palavra: "Felicidade." Ser feliz hoje é excluir o mundo em torno. Ser feliz é uma vivência pelo avesso, pelo "não". Ser feliz é não ver, não pensar, é não se deixar impressionar pelas desgraças do País ou dos outros.

Outra: "Miséria." A miséria sempre nos foi útil. Diante dela tínhamos a vantagem, a riqueza da "compaixão". Era doce sentir pena dos infelizes. Hoje, diante das soluções impossíveis, temos uma espécie de raiva, de irritação nobre, bem 'ancien regime' contra os desgraçados. Ficamos humilhados diante da impotência de soluções. O pobre virou um 'estraga-prazeres'. E os nomes?

Que nome daremos ao desejo de extermínio que brota nos cérebros reacionários? Exterminar bandidos - e excluídos também?

E que nome daremos à paralisia da política brasileira, ao imobilismo das reformas, o absurdo desinteresse pelos dramas do País? Que nome daremos ao ânimo do atraso, à alma de nossa estupidez? Que medula, que linfa ancestral energiza os donos do poder do atraso, que visgo brasileiro é esse que gruda no chão os empatadores do progresso e da modernização? Vivemos sob uma pasta feita de egoísmo, preguiça, escravismo colonial. Que nome dar a essa gosma que somos?

Que nome dar às taras de nossos intelectuais incompetentes? São dois tipos básicos que surgem: o gênio inútil e o neocretino. O gênio inútil sabe tudo e não faz nada. O neoidiota tem certezas sem saber nada.

E que nome daremos a esse bucho informe que a miséria está criando nas periferias?
Como chamar esta nova língua, este novo "bem" dentro do "mal"? Não é mais "proletariado" ou "excluídos" apenas. Surge uma razão dentro da loucura. Parece um país paralelo esfarrapado, com cultura própria, com uma ética produzida pela fome e ignorância.

E na política? Quem somos, o que somos? Neoliberais, velhos radicais, neoconservadores, progressistas reacionários, direita de esquerda ou, hoje no poder, 'esquerdismo de direita'?

E a palavra chave de hoje: 'democracia.' Que é isso? Que quer dizer? No Brasil, democracia é lida como tolerância, esculacho, zona geral. Democracia, que é o único sistema 'revolucionário' a que devemos aspirar, é a melhor maneira de espatifar o entulho arcaico, corrupto, patrimonialista que o Estado abriga.
A única revolução que se faria no Brasil seria o enxugamento de um Estado que come a nação, com gastos crescentes, inchado de privilégios e clientelismo, um Estado que só tem para investir 1,5 do PIB. A única revolução seria administrativa, apontada na educação em massa, nas reformas institucionais, já que, graças a Deus, a macroeconomia foi herdada do FHC e o Lula teve a esperteza de mantê-la, graças ao Palocci, que salvou o País.

Só um choque de livre empreendimento pode mudar o Brasil. Mas esta evidencia é vista com pavor. Como aceitar o óbvio, que o Estado, nas últimas décadas, congestionado, moribundo, só tem impedido o crescimento? Isso vai contra os velhos dogmas dos intelectuais... A maioria dos críticos sociais e culturais prefere morrer a rever posições. O recente caso do Paraguai é vergonhoso.

Protestam pelo 'golpe', como se o Lugo fosse um grande líder, quando todo mundo sabe que era uma espécie de Berlusconi tropical; ignoram o fato de que a Constituição deles previa um 'impeachment' como esse e abrem caminho para que o fascista Chávez comece a provocar o Mercosul junto com a espantosa Cristina Botox que está destruindo a Argentina. Como perguntou alguém outro dia: 'Quando nossos intelectuais de esquerda vão denunciar pelo menos a Coreia do Norte?'

A verdade é que para eles a democracia parece lenta e ineficaz. Como disse o Bobbio: O ódio à democracia une a esquerda e direita. Querem um autoritarismo rápido, que mude "tudo isso que está aí". Esse episódio do Paraguai, que a presidente Dilma visivelmente teve de aderir de má vontade, por imposição dos 'cucarachas' fascistas, aponta para uma restauração da velha febre anti-imperialista que justifica e absolve a incompetência da América Latina. E tudo isso apoiado por picaretas neomarxistas como o showman Slavoj Zizek e alguns babacas daqui.
A América Latina está com fome de autoritarismo, que é bem mais legível para os paranoicos.

17 de julho de 2012
Arnaldo Jabor

PROVA MATERIAL

De modo geral, as análises sobre o destino da CPI do Cachoeira depois da cassação de Demóstenes Torres convergiram para a conclusão de que um mandato de senador saciaria os apetites punitivos e, com isso, a tendência seria o esvaziamento dos trabalhos da comissão.

É uma maneira de ver as coisas. Um tanto apressada por se basear na opinião anônima de uma maioria interessada em mudar de assunto o quanto antes, desconsiderar o papel do público e, por isso mesmo, talvez equivocada.

A lógica diz justamente o contrário: cassado Demóstenes, comprovado ficou que na interpretação do Senado há realmente infiltração do crime organizado no ambiente político, o que por si já é motivo suficiente não para enfraquecer, mas para fortalecer o objetivo da CPI de investigar as relações do chamado esquema Cachoeira com agentes públicos e privados.

Aliás, se não fosse a repercussão que a comissão de inquérito deu ao caso, o desfecho da votação da semana passada no Senado poderia ter sido outro.

A realidade também informa que será preciso mais que um sofisma - aquele segundo o qual a retirada de Demóstenes de cena levaria a CPI a perder o sentido - para dar o dito pelo não dito.

A dificuldade para se levar a termo a tese do esvaziamento é que a comissão não é senhora dos fatos. Há o inquérito da Polícia Federal cujo conteúdo todos os dias fornece uma revelação que renova a necessidade de o Congresso levar adiante o que começou.

A mais recente envolvendo o governador de Goiás, Marconi Perillo, pode ser verdadeira ou não, mas precisa ser esclarecida. Afinal, a Polícia Federal está dizendo que um chefe de executivo estadual vendeu um imóvel a um acusado de comandar organização criminosa que pagou a ele com dinheiro de uma empreiteira em troca da liberação de pagamentos referentes a contratos com o governo.

Em português claro, acusa-se Perillo de ter recebido propina da Construtora Delta. Empresa que depositava dinheiro em empresas fantasmas para, segundo as suspeitas, irrigar dutos de corrupção e caixa dois de campanhas eleitorais.

Não bastasse, um prefeito (de Palmas) foi filmado combinando troca de favores com Carlos Cachoeira, outro governador (do Distrito Federal) mantinha em seu gabinete gente de relações estreitas tanto com o bicheiro quanto com a empreiteira e resta ainda esclarecer até que ponto a amizade do governador do Rio de Janeiro com o dono da Delta respeitou ou não a fronteira entre o público e o privado.

Tudo isso ganhou destaque por causa da CPI. Arquitetada com objetivos baixos, acabou tomando o rumo do inesperado, prestando-se a propósitos mais altos.

No ponto em que se chegou fica impossível promover um recuo à estaca zero. Simplesmente porque essa decisão não está nas mãos de nenhum partido, não depende da vontade dos senadores e deputados, não é um brinquedo a ser posto de lado por decreto parlamentar.

Querendo ou não, a única opção de suas excelências é prosseguir. Até porque já está patente que as informações originadas na Polícia Federal não deixarão que seja diferente.

Empurra.

O publicitário Duda Mendonça acusa o colega Marcos Valério, que chama atenção para a responsabilidade dos "protagonistas políticos", entre os quais José Dirceu, que, por sua vez, joga culpa no ex-tesoureiro petista Delúbio Soares.

Eis o que resumidamente se conhece até agora das alegações das defesas desses três réus do processo do mensalão, indicando que juridicamente faz-se insustentável a versão disseminada no campo político de negar os fatos para transformar um escândalo de corrupção em conspiração golpista contra Lula e o PT.

Do exposto até agora pelos advogados, portanto, há admissão de que crimes houve, restando apenas estabelecer quem os cometeu. A partir desse pressuposto é que a desunião entre os acusados pode fazer prevalecer a força dos relatos contidos nos autos.

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
17 de julho de 2012

BC DOS EUA FAZ PROGNÓSTICO SOMBRIO DA ECONOMIA

Para o presidente do Fed, Ben Bernanke, a crise na Europa e o orçamento americano impedem um ritmo mais acelerado da retomada do país

Ben Bernanke, presidente do FED, Banco Central dos Estados Unidos
Ben Bernanke, presidente do FED, Banco Central dos Estados Unidos (Alex Wong/Getty Images)
O presidente do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve, o Fed), Ben Bernanke, disse nesta terça-feira que os dados sobre a economia do país têm sido decepcionantes e que a redução do número de desempregados, bem como a recuperação da atividade, deve ser "frustrantemente" lenta.

Em discurso no Congresso americano, Bernake fez uma avaliação sombria das perspectivas para a economia mais importante do mundo, prevendo um desempenho lento para este ano e também para o próximo, além de um futuro cheio de armadilhas tanto para os EUA como para a Europa. "Dado que o crescimento é projetado para ficar em um nível que absorva as novas levas da força de trabalho, a redução dos níveis de desemprego tem sido frustrantemente lenta", afirmou em seu discurso semestral.

No primeiro trimestre, a economia americana cresceu 2%. Segundo o presidente do Fed, membros de sua equipe preveem que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deva ficar entre 1,9% e 2,4% neste ano – estimativas piores que as de janeiro.

Leia mais: “Brasil vai crescer menos do que os EUA”, diz Forbes

Com a taxa de desemprego ainda em 8%, mesmo após quase quatro anos desde o ápice da crise imobiliária, alguns investidores podem entender que a fala de Bernanke é um anúncio de que mais medidas de estímulo devem ser tomadas. Contudo, ele não indicou que qualquer medida nova estaria prestes a ser implantada.

Em sua última reunião, de junho, o comitê do Fed concordou em prorrogar um programa de compra de títulos para impulsionar a recuperação – medida que foi considerada insuficiente pelo mercado.

Leia mais: FMI corta projeção para crescimento global em 2013

Bernanke disse também que o nível de confiança segue baixo, o que impede que novos investidores entrem no mercado, diminuindo ainda mais o ritmo de crescimento. Ele ressaltou que há sinais de melhora na economia, como o aumento das vendas de casas novas, mas questões mais amplas (como o orçamento dos EUA e a crise da zona do euro) estão atreladas ao "coração da economia".

"A possibilidade de que a situação na Europa piore ainda permanece como um risco significativo para a economia americana", afirmou. Ao mesmo tempo, completou Bernanke, os países europeus possuem o estímulo e as ferramentas necessárias para sair da crise.
(com Agence France-Presse)

17 de julho de 2012

CURIOSIDADES ETIMOLÓGICAS

O idiota nem sempre foi estúpido



Eric Christian Olsen no filme 'Debi & Lóide 2'

Quando surgiu no grego, a palavra idiotes não era tão pesadamente ofensiva – ou pesadamente precisa, a depender do cidadão a que se refere – quanto acabaria por se tornar depois que, por meio do latim idiota, se espalhou pelo mundo e gerou descendentes em diversas línguas, entre elas o português, o francês e o inglês.
O sentido primitivo de idiotes era o de “homem privado”, isto é, metido com seus próprios afazeres, afastado da gestão da coisa pública. Na sociedade grega da época, isso era o mesmo que dizer “pessoa sem instrução”, pois só tomava parte na vida pública quem tivesse algumas luzes.

No núcleo de idiotes está idios, que tem o sentido de “próprio, particular, peculiar”. Trata-se do mesmo elemento que viria a dar em vocábulos como idioma (“língua pátria”, mas inicialmente “particularidade de estilo”) e idiossincrasia (“característica peculiar de comportamento”). Etimologicamente, a palavra não carregava juízo de valor.

Naturalmente, já no próprio grego a palavra começou a ter uso pejorativo. Afinal, a condição de “homem privado”, de leigo em questões do Estado, era uma marca de inferioridade de classe.
Quando chegou ao latim, idiota já carregava, ao lado da acepção primitiva de “pessoa simples, sem instrução, iletrada”, a de “pateta, parvo, tolo”.

No século 19, o vocabulário psiquiátrico se encarregaria de agravar o peso da palavra, trasformando o termo idiotia em sinônimo de “retardo mental grave”. No entanto, é interessante notar como aquela acepção relativamente branda de idiota – hoje inteiramente obsoleta – persistiu nas línguas que herdaram a palavra, ao lado do sentido moderno, durante a Idade Média e mesmo além dela.

Dois exemplos deixam isso claro. O Webster’s registra que, em meados do século 15, o teólogo inglês John Capgrave podia se referir aos apóstolos de Cristo como “doze idiotas” sem temer a Inquisição.

De modo semelhante, o filólogo brasileiro João Ribeiro conta no livro “Curiosidades verbais” que “[no século 16] havia nas aldeias portuguesas juízes idiotas, simples juízes de paz e de quem não se exigia mais que os bons costumes, a experiência, a probidade”.

17 de julho de 2012
Veja

A HISTÓRIA DE ELKIN RIVAS

A história do tenente colombiano condenado pelos narcoterroristas das FARC ao horror que não tem prazo para terminar

PUBLICADO EM 9 DE AGOSTO DE 2010, UM ANO E QUATRO MESES ANTES DA EXECUÇÃO DE ELKIN RIVAS PELAS FARC, ORGANIZAÇÃO NARCOTERRORISTA QUE SEMPRE CONTOU COM O APOIO DO PT E A PROTEÇÃO DO GOVERNO LULA

Elkin Rivas, aos 22 anos

Ele não dorme numa cama há quase 12 anos. Atravessa as noites acorrentado pelo pescoço, pelos braços ou pelas pernas a um tronco de árvore, com o corpo estendido sobre uma camada de plástico fino como o dos sacos de lixo, exposto a picadas de insetos ou ataques de animais da selva. Há 143 meses não vê televisão, não usa computador, não lê revistas nem jornais, não conversa sem restrições sobre qualquer assunto. E está proibido de manter relações sexuais há mais de 4 mil dias.

Sequestrado pelas Farc em 13 de outubro de 1998, Elkin Rivas sobrevive há quase 100 mil horas ao mais brutal dos cativeiros. Ele tinha 22 anos e era tenente da polícia colombiana quando foi capturado sem ter cometido qualquer crime e sentenciado, sem julgamento formal, a um tipo de horror que não tem prazo para terminar. Aos 34, não sabe quando ─ ou se ─ retomará a vida interrompida.

Enquadrado na categoria dos “reféns políticos”, Elkin é um dos 13 remanescentes do grupo cuja soltura as Farc condicionam desde 2006 ao indulto de 500 narcoterroristas capturados pelo governo e condenados pela Justiça.

O governo de Álvaro Uribe recusou a troca quando os cativos eram 60 e incluía senadores, entre os quais a ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt, vários deputados, um general e até três agentes americanos. É improvável que o presidente Juan Manuel Santos aceite um acordo agora que só restaram oficiais de baixa patente. Se tiver muita sorte, uma operação militar poderá devolver a Elkin o direito de ir e vir. Mas nada lhe devolverá o que perdeu além da liberdade.

Perdeu para sempre os melhores anos da mocidade. Ao contrário de todos os amigos que continuaram longe da selva, não pôde namorar, casar-se, ter filhos, conversar nas mesas dos bares, conviver com a família, ir ao cinema, dançar, jogar futebol, comer o prato preferido, comemorar o aniversário ─ foram-lhe confiscados todos os pequenos prazeres inseparáveis do ato de viver.

Se o tempo na selva escorre com apavorante lentidão para todos os sequestrados ─ mais de 600, calcula-se ─ o mundo segue seu curso com velocidade crescente. E mudou de século e de cara entre o outono de 1998 e o inverno de 2010.

Enquanto perdia a saúde para as doenças da selva, enquanto perdia as forças em caminhadas na mata que frequentemente duram sete dias, Elkin perdeu a chance de contemplar as mudanças na paisagem planetária. A Colômbia realizou três eleições presidenciais, alguns países nasceram e outros morreram, as Torres Gêmeas sumiram, os Estados Unidos se envolveram em três guerras e elegeram um presidente negro, um cardeal alemão tornou-se papa. Elkin não viu nada disso.

A China se transformou na segunda potência, um homem correu 100 metros em 9 segundos e 58 milésimos, Plutão deixou de ser planeta, descobriu-se que existe água em Marte e na Lua. Houve três Olimpíadas, três Copas do Mundo, o enforcamento de Saddam Hussein, o tsunami no Pacífico, o terremoto no Haiti, a troca de Fidel Castro pelo irmão Raúl.
A União Européia adotou o euro como moeda padrão, a Voyager ultrapassou as fronteiras do sistema solar, o dialeto do universo digital incorporou à linguagem corrente expressões, palavras e siglas como pen-drive, Orkut, iPod, Wikipédia, Youtube, iPhone, Twitter, Facebook ou Google. Elkin perdeu tudo isso.

Só não perdeu de vez a esperança por não ter perdido a mãe, Magdalena Rivas, que há quase 12 anos impede o filho de sucumbir ao medo do esquecimento. Entre as fobias que escoltam permanentemente um refém, nenhuma é tão angustiante. “O governo precisa lembrar-se dos que continuam prisioneiros das Farc”, repetiu Magdalena em 6 de junho, depois de receber a prova mais recente de que o filho continua vivo: num vídeo, Elkin diz que está bem e pede desculpas aos pais “pelo sofrimento que causou”.

Em julho, Magdalena animou-se com a bem sucedida operação que resgatou o general Luis Mendieta, o coronel Enrique Murillo, o capitão Willian Donato e o sargento Arbey Delgado. Mas logo foi assaltada pela hipótese aflitiva: “Essa gente pode agir em represália contra os sequestrados”, assustou-se. “Eles continuam lá, acorrentados, numa situação que uma mãe não consegue entender”.

O presidente Hugo Chávez não só compreende como aprova, apoia e financia os quase 8 mil carcereiros das Farc. Denunciado por Álvaro Uribe por hospedar 1.500 narcoterroristas, Chávez primeiro tentou desmentir o crime copiosamente documentado, depois rompeu relações com a Colômbia e, ao enfim admitir a existência das bases paramilitares em território venezuelano, reiterou as juras de inocência. Neste domingo, voltou a simular interesse pela sorte dos reféns supliciados pela organização criminosa que patrocina.

“O Brasil tem uma posição neutra sobre as Farc”, disse ao jornal francês Le Figaro o conselheiro presidencial Marco Aurélio Garcia. Como se não fosse obscena a neutralidade que iguala um governo constitucional a um bando narcoterrorista. O presidente Lula faz de conta que nunca houve o desafio reiterado pelas Farc desde 1964. “Nós não temos guerras neste continente”, recitou o chefe de governo ao candidatar-se a mediador da crise que envolve a Colômbia e a Venezuela. “Só existem conflitos verbais”. São declarações deploráveis, retrucou Uribe.

O adjetivo é brando. Como advertiu o presidente colombiano, quem não enxerga nas Farc uma ameaça intolerável à democracia é, na hipótese mais misericordiosa, um comparsa de liberticidas e um cúmplice de carrascos. Se não há guerra, como fantasia Lula, então não há prisioneiros de guerra. Os elkins acorrentados na selva, portanto, não existem.

Enquanto um jovem colombiano tentava dormir acorrentado, o palanqueiro profissional desfrutou os oito melhores anos de sua vida. É demais cobrar compaixão de quem não sabe o que é isso. Mas os homens decentes devem exigir que Lula pelo menos interrompa o espetáculo do cinismo.


Elkin Rivas, aos 34 anos

EM 26 DE NOVEMBRO DE 2011, O TENENTE ELKIN RIVAS FOI EXECUTADO PELOS SEQUESTRADORES, DURANTE UMA TENTATIVA DE RESGATE FEITA PELO EXÉRCITO COLOMBIANO. MORREU IMOBILIZADO POR CORRENTES NOS BRAÇOS E NAS PERNAS. O GOVERNO BRASILEIRO NÃO SE MANIFESTOU SOBRE O ASSASSINATO.

17 de julho de 2012

PIB BRASILEIRO CRESCE A TAXAS MAIS ELEVADAS QUE A POPULARIDADE DE HADDAD


PIB brasileiro cresce a taxas mais elevadas que popularidade de Haddad

Após chegar em 11º nas 500 Milhas de Indianápolis, Rubens Barrichelo ultrapassou a popularidade de Fernando Haddad

SÃO BERNARDO - Pesquisadores da CUT cruzaram várias pesquisas para avaliar as taxas de crescimento da popularidade de Haddad. "A coisa não está com boa cara não. Se formos analisar friamente os números, só nos restaria apoiar a Marta, mas daí corremos o risco de o Lula ligar para a Dilma pedindo que ela nos chame de meu querido, e eu já fiz duas pontes de safena”, explicou o acadêmico Diocleciano Maria, especialista em Luta de Classes. “O que nos resta agora é entender o contexto de crise generalizada em que estamos inseridos para poder culpar a burguesia de algum país imperialista."

Após comparar a taxa de crescimento da popularidade de Haddad com as variações do PIB brasileiro, da audiência de Encontro com Fátima e do QI de Luciana Gimenez, Maria entregou à campanha de Haddad um dossiê alentado com suas conclusões. "Percebemos que, mesmo depois de revisada para baixo dez vezes seguidas, as projeções do PIB ainda crescem mais rapidamente do que a popularidade do candidato. O mesmo acontece com a audiência do programa de Fátima Bernardes. Já o coeficiente de inteligência de Luciana Gimenez tem picos inexplicáveis e variações muito grandes. Na média, também fica na frente", advertiu o acadêmico.

Forças do PT começam a articular uma chapa Haddad-Maluf, ou Haddad-Bashar al-Assad, ou Haddad-Carminha. “É preciso chutar o pau da barraca”, declarou o presidente do PT, Rui Falcão. Elementos mais moderados do partido sugerem a chapa Haddad-Seedorf. “Embora o homem nem tenha jogado ainda, os jornais o estampam na primeira página diariamente. Uma pesquisa interna mostrou que até mesmo no andar do prédio em que Haddad mora o jogador do Botafogo tem uma taxa de conhecimento maior do que o candidato. Isso sem falar que na Holanda é permitido fumar maconha, o que pode atrair o FHC”, explicou o ministro José Eduardo Cardozo.

Ao receber o estudo, Fernando Haddad cogitou ir ao Fantástico para pedir pensão de Lula. Mas foi contido por marqueteiros.


17 de julho de 2012
The i-Piaui Herald

ROSANE REVELA QUE COLLOR NÃO TEM AQUILO ROXO



Rosane revela que Collor não tem aquilo roxo



Rosane mostrou como assistiu à apuração dos votos em 1989

DIVÃ DA DINDA - Em entrevista ao Fantástico, a ex-mulher de Fernando Collor fez inúmeras revelações sobre o ex-presidente. Segundo Rosane Collor, o ex-marido teve seguidas reuniões com Carlinhos Cachoeira para negociar a implantação de caça-níqueis na Casa da Dinda, em seguimento à bem-sucedida iniciativa do Bingo do Planalto, no qual ganhadores eram premiados com bancos estaduais e contratos já licitados para construir obras inteiramente dispensáveis. A ex-primeira dama fez questão de frisar que não tinha conhecimento destes fatos: “Eu me atinha a servir lanchinhos desviados da LBA”, frisou.

Rosane contou que foi forçada a tomar parte de um ritual de magia negra organizado para influenciar os jornalistas da Rede Globo que editaram o último debate com Lula. Assim que baixou o seu Tranca Ruas e a preta velha começou a falar com voz grossa de arame farpado, Collor teria deixado o terreiro aos gritos de “Valei-me, minha Santa Terezinha dos Remédios!” A cena causou espécie em toda entourage collorida, tendo deixado perplexo até o seu Tranca Ruas, o qual exclamou “Mas que mulherzinha!”. Com o choro represado e o queixo tremendo, Rosane desabafou. "É verdade! É verdade! Collor não tem aquilo roxo!"

Recomposta, Rosane revelou seu maior arrependimento dos anos de casamento. "É duro para uma mulher evangélica, com uma modesta pensão de 18 mil reais assumir isso, mas lá vai: eu deixei ele confiscar minha poupança!", disse, debulhando-se novamente em lágrimas.


17 de julho de 2012
The i-Piaui Herald

VAI FALAR?

Auxiliar de Lula e Dilma durante 10 anos, Juquinha ameaça falar
Ele vai falar?

O ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, fez chegar ao Congresso recados para lá de ameaçadores sobre uma repentina vontade de contar algumas histórias antigas sobre os parlamentares envolvidos nas tramoias de sua gestão.

Juquinha é acusado pelo Ministério Público Federal de superfaturar trecho da Ferrovia Norte-Sul, em Goiás. Ele foi preso durante a Operação Trem Pagador, da Polícia Federal, e passou cinco dias na carceragem da PF em Goiânia.

17 de julho de 2012
Lauro Jardim - Radar - Veja Online

QUADRILHEIROS DO MENSALÃO DE LULA SE INSPIRAM EM COLLOR DE MELLO

Réus do mensalão usam brecha que livrou Collor para tentar escapar de condenação. Quando foi julgado em 1994, ex-presidente não foi condenado pelo crime de corrupção passiva porque não foi provado “ato de ofício”. Processo é citado por acusados no mensalão

Doze réus do mensalão apostam em uma brecha do código penal que livrou o ex-presidente Fernando Collor de Mello para tentar escapar da acusação pelo crime de corrupção passiva. Entre eles, estão o presidente de honra do PTB e ex-deputado federal Roberto Jefferson e os ex-deputados Bispo Rodrigues e João Paulo Cunha.

AE
Defesa de Roberto Jefferson cita caso Collor para se livrar do crime de corrupção passiva


Quando o ex-presidente Collor foi julgado em 1994 também pelo crime de corrupção passiva, após ser acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de ter recebido aproximadamente R$ 5 milhões do chamado “Esquema PC”, ele foi inocentado por falta de provas e porque a PGR não conseguiu comprovar a existência do chamado “ato de ofício”.

De acordo com o art. 317 do Código Penal, uma pessoa pratica o crime de corrupção passiva quando “recebe direta ou indiretamente vantagem indevida ou promessa de tal vantagem”. No caso Collor, apesar da comprovação de que o ex-presidente recebeu vantagem indevida, a PGR não conseguiu provar que ele adotou alguma providência que favorecesse o “Esquema PC” (o tal “ato de ofício’).

O ministro Celso de Mello é o único integrante da atual corte do STF, que participou do julgamento do caso Collor. Na época, ele afirmou que é necessária a bilateralidade entre ato de corrupção e ato do agente público. “Torna-se imprescindível reconhecer, portanto, para o específico efeito da configuração jurídica do delito de corrupção passiva (...) a necessária existência de uma relação entre fato imputado ao servidor público e um determinado ato de ofício pertencente à esfera de atribuições”.

Mensalão: Entenda as acusações do procurador contra cada réu

Esses doze réus que respondem pelo crime de corrupção passiva apostam justamente nessa interpretação do STF, de 1994, para também fugir de condenação semelhante. Detalhe: eles citam nominalmente a interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal ao art. 317 durante a Ação Penal 307 (caso Collor).

O presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, afirmou em suas alegações finais que a PGR, na acusação, não conseguiu provar a existência do “ato de ofício”. “Quando para formular pedido de condenação no crime de corrupção passiva, louva-se a referência a opinião isolada e, citando parte do acórdão na Ação Penal nº 307-DF (...) diz que na configuração dessa infração é prescindível ato de ofício, que, aliás, não indicou na sua denúncia, praticando ou deixando de praticar”.

O bispo Rodrigues, acusado de ter recebido dinheiro do esquema, também cita a “discussão sobre o nexo de causalidade entre a conduta do funcionário público e a realização de ato funcional de sua competência”. “Conforme, aliás, já decidiu o Supremo Tribunal Federal na Ação Penal nº 307-DF, movida pelo Ministério Público Federal contra Fernando Collor de Mello”. Ainda segundo a defesa de Rodrigues, a PGR “deveria apontar na denúncia, portanto, a ocorrência de ao menos um ato – ação ou omissão – necessariamente ligado ao exercício da função”.

“Foi porque não houve vinculação do recebimento de vantagem por agentes públicos com algum ato de ofício (..) que a ação penal foi julgada improcedente, em caso de repercussão história em 1994”, emenda a defesa de José Borba, também citando o caso Collor, nas suas alegações finais. Borba era ex-líder do PMDB na Câmara e acusado de ter recebido R$ 2,1 milhões para articular o apoio político ao PT.

Wilson Lima- iG
17 de julho de 2012

aleluia

"GANGUE DA CASA DA DINDA ERA COLEGIAL PERTO DOS PROFISSIONAIS DE HOJE"

Rosane e a magia vermelha

Rosane Collor reapareceu em grande estilo. Em nome de Jesus, foi ao “Fantástico” pedir o aumento da pensão que Fernando lhe paga.

A ex-primeira-dama está indignada. Contou que tem amigas divorciadas recebendo R$ 40 mil de pensão, e nenhuma delas é ex-mulher de senador ou de ex-presidente da República. Rosane está sobrevivendo com míseros R$ 18 mil que Collor lhe dá.

Esse flagrante de desigualdade social há de comover o Brasil. E vem revelar a penúria dos herdeiros do esquema PC, provando que a gangue da Casa da Dinda era um grupo colegial perto dos profissionais de hoje.

Paulo César Farias extorquia empresários para reforçar o caixa presidencial e usava a LBA para empregar aliados. Santa inocência. Esse prontuário hoje não derrubaria nem o topete da presidente.

Carlinhos Cachoeira, o PC do século 21, mandava no Dnit – um dos órgãos mais ricos do governo federal. Dnit cujo diretor atendia a um emissário do PT para coletar verbas para a campanha de Dilma Rousseff.

Cachoeira era sócio clandestino da empreiteira que dominava o PAC, principal programa de obras do governo popular. Enquanto repassava dinheiro a empresas fantasmas do bicheiro, a empreiteira Delta recebia imunidade do governo Dilma – cometendo superfaturamentos em série sem ser afastada do PAC.

Diante de um esquema desses, PC e Collor ficariam assistindo de calças curtas e chupando pirulito.

Chega a dar pena de Rosane e seu marido trancados no porão fazendo magia negra contra os inimigos, vendo-se que hoje basta a presidente demitir meia-dúzia de aloprados para enfeitiçar toda uma nação (ou uns 80% dela).

O casal Collor não conhecia os poderes da magia vermelha.

Cachoeira é defendido pelo ex-ministro da Justiça de Lula e a CPI dá vida mansa à Delta e aos seus padrinhos federais. Profissionalismo é isso aí. Daqui a dez anos, nenhuma herdeira do esquema vai precisar mendigar aumento de pensão em público.

17 de julho de 2012
Guilherme Fiuza, ÉPOCA

INSTITUTO LULA... UMA QUESTÃO PÚBLICA.

Cessão de terreno público ao Instituto Lula pode acabar na Justiça se os paulistanos quiserem


(Foto: Ricardo Stuckert - Instituto Lula)

Óleo de peroba – Os paulistanos precisam reagir e contestar a decisão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), referendada pela obediente Câmara Municipal, que cedeu ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva imóvel onde será erguido a sede do instituto que leva o seu nome. A irresponsável benesse em questão aconteceu ao arrepio da vontade dos moradores da maior cidade brasileira, no momento em que Kassab tentava se atirar no colo do Partido dos Trabalhadores carregando um eventual apoio a Fernando Haddad.

Como na política inexistem ações desinteressadas, Gilberto Kassab intentava naquele momento conseguir o apoio do PT para disputar a sucessão de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, em 2014. Com a entrada de José Serra na corrida à prefeitura paulistana, Kassab deu as costas ao ex-presidente Lula, mas a concessão do terreno foi consumada.

Pois bem, a concessão de uma propriedade pública, mesmo que por determinado tempo – nesse caso são cem anos – só é justificavel se no local for empreendido algo de interesse coletivo e suprapartidário, como o próprio Lula descreve o seu instituto. Acontece que a realidade é bem diferente.

Para desmontar a farsa erguida pelo ex-presidente, a partir do mencionado instituto, bastou uma declaração do desavisado Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura da capital dos paulistas. Haddad disse que no Instituto Lula será instalada uma central de gravação para que o ex-presidente consiga gravar quase que diariamente vídeos de apoio a candidatos petistas e aliados que disputarão as próximas eleições municipais.

A jornalista Mary Zaidan, no preciso artigo “A Lula o que não é de Lula”, destaca que “toda a parafernália para que o ex possa participar das campanhas do PT será montada no Instituto Lula, o mesmo que em seu estatuto se define como “suprapartidário”, “sem fins lucrativos” e “independente de estados, partidos políticos ou organizações religiosas”.

O Instituto Lula ainda não funciona no terreno cedido pelo prefeito Gilberto Kassab, mas o perfil eminentemente partidário e tendencioso da entidade configura obstáculo suficiente para que essa benesse não tivesse sido concedida. Em qualquer país com doses mínimas de responsabilidade e democracia, o ato de Gilberto Kassab, endossado por amestrados vereadores, já estaria sendo discutido na Justiça, o que pode acontecer em breve.

17 de julho de 2012
ucho.info

HOMICÍDIO, SEQUESTRO E ASSOCIAÇÃO AO TRÁFICO DE DROGAS


De homicídio a sequestro, os crimes no Congresso


De homicídio a sequestro, os crimes no Congresso


Suspeitas contra quatro parlamentares no STF vão de desvio bilionário a homicídio, passando por associação ao tráfico de drogas e sequestro


Conhecer detalhes dos processos em andamento no Supremo é dar de frente com as vísceras do sistema político brasileiro. O Congresso em Foco selecionou quatro casos que, devido à gravidade das denúncias, chamam o eleitor à reflexão. Afinal, quem foi escolhido pela população para legislar em nome dela deveria ser visto como exemplo para toda a sociedade. Mas nem sempre é assim.

Deputado acusado de associação ao tráfico de drogas
STF investiga deputado por duplo homicídio
De volta ao Senado, Jader dá trabalho ao STF
Campeão de processos responde por sequestro

Um dos vice-líderes do recém-criado PSD na Câmara, o deputado Carlos Souza (AM) é o único parlamentar que responde a processo no Supremo por associação ao tráfico de drogas. Ex-governador de Mato Grosso, o deputado Júlio Campos (DEM-MT) é suspeito de ter encomendado a morte de duas pessoas. O primeiro não comenta o assunto; o segundo contesta a denúncia.

Na Câmara desde o início de 2011, o ex-prefeito de Pacaraima (RR) Paulo César Quartiero (DEM-RR), que ficou conhecido nacionalmente por liderar os arrozeiros em um sangrento conflito por terras entre indígenas e não indígenas na reserva Raposa Serra do Sol, é acusado de sequestro e cárcere privado, entre outras coisas, nas 14 investigações (seis já transformadas em ações penais) que acumula no STF. Quartiero é hoje o congressista com mais pendências judiciais na mais alta corte do país. Todas, segundo ele, motivadas por perseguição política em razão de seu papel como líder dos arrozeiros.

Excluídos os deputados, o senador com mais problemas na Justiça atualmente é Jader Barbalho (PMDB-PA), que só tomou posse no final do ano passado, meses depois de o Supremo decidir que a Lei da Ficha Limpa só valerá a partir deste ano.
São cinco ações penais e dois inquéritos. Contra o ex-presidente do Senado, que renunciou ao mandato em 2001 para escapar da cassação em meio a uma série de denúncias, não pesa suspeita de envolvimento com tráfico de drogas, homicídio ou sequestro. Mas a de fazer parte de uma quadrilha acusada de desviar cerca de R$ 1 bilhão da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

Ninguém na cadeia

No Brasil, congressistas e outras autoridades só podem ser investigados e julgados criminalmente pela mais alta corte do país. O chamado foro privilegiado foi instituído para evitar eventuais perseguições políticas locais. Mas, por meios tortos, acabou virando um atrativo para a vida política: até 2010, os ministros do Supremo jamais haviam condenado qualquer parlamentar brasileiro.

De lá para cá, no entanto, seis foram condenados. Dois escaparam da punição porque seus casos já estavam prescritos na data do julgamento. Outros três, condenados à prisão, ainda contestam a decisão da Justiça.

Dois deles, inclusive, seguem no exercício do mandato, Asdrubal Bentes (PMDB-PA) e Natan Donadon (PMDB-RO).

Edson Sardinha
17 de julho de 2012

O QUE É A CORRUPÇÃO? UMA CARACTERÍSTICA DA ESPÉCIE HUMANA?

COMO NASCEM OS CORRUPTOS?
 
Um lava-rápido ao contrário. Ou seja, um “lava sujo”. O sujeito limpinho, honesto e cheio de virtudes entra em uma geringonça ultramoderna e, instantes depois, sai de lá sujo de lama,erft com dinheiro na cueca e envolvido em negociatas escusas. Será que é assim que nascem os corruptos? Não, né.
 
A doutora em psiquiatria forense pela USP Hilda Morana é a primeira a colaborar com a nossa pesquisa e, também, a primeira a jogar um balde de água fria nas nossas expectativas:   
 
“O corrupto nasce como todo mundo. É um defeito de fabricação, uma questão de caráter mesmo.”
Hilda compara o “caráter” com uma coluna vertebral. “O sujeito que nasceu com a coluna forte pode trabalhar no porto, carregando caixas pesadas. Já o sujeito que tem a coluna fraca, não pode trabalhar nesse ambiente. A coluna vai quebrar. Acontece o mesmo com o caráter”, explica. 
 
“Quem nasce com esse ‘defeito’ procura a política porque esse é um ambiente mais propício à corrupção.
A reportagem do JT tentou argumentar, mas a psiquiatra foi implacável: “Não é educação. Você nasce corrupto. Tem mau-caráter que é bem-educado; tem bom caráter que é mal-educado. Educação não molda caráter. Caráter é uma função. A corrupção está ligada à má-formação das áreas do cérebro responsáveis pela sensibilidade moral.”
 
O escritor Mario Barros Jr., autor do livro A Fantástica Corrupção No Brasil, não chega ao extremo de atrelar a corrupção a uma incorreção genética, mas vai buscar suas origens lá atrás, na bíblia. “Jesus Cristo foi vendido por 30 moedas de prata. Isso é corrupção”, diz.  
 
"A própria história do Brasil, desde a chegada dos portugueses, é ponteada pela corrupção. É uma coisa que está impregnada em nossa alma”.
 
DESPACHANTES
 
Uma das organizadoras do movimento Faxina Brasil, a advogada Edna Lagnado, traz a discussão para um plano mais palpável. 
 
“O corrupto nasce quando o indivíduo entra na política, mas se comporta como um despachante, como alguém que está lá para vender facilidades”, diz.
“Além disso, muitos já entram em um ambiente contaminado. Se o cidadão não entra no esquema, não participa de negociatas, ele é frito por seus pares”, completa Lagnado.
Já para o cientista político Humberto Dantas, o problema está na cultura política do brasileiro. “Para muitos, o que é público não é de ninguém”, afirma.
Uma pesquisa de 2008, encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, mostra que 80% dos brasileiros acreditam ser uma obrigação dos políticos a prestação de certos favores à comunidade, como “arrumar um emprego” ou “pagar uma conta”. (visão distorcida ou emburrecida?)
 
Para Dantas, essa confusão entre “direito” e “gentileza” está no nascedouro do corrupto. “Quando o político aproveita para exercer seu poder com pequenos favores, isso termina em corrupção.”
Ele ainda aponta o “corporativismo” como outro fator importante.
 
“Os políticos se protegem, se ajudam. A absolvição de Jaqueline Roriz é um exemplo disso.”
 
O presidente da ONG CPI Brasil, Wellington Oliveira, acredita que o corrupto potencial é alguém que não sabe que um político é um servidor público – e se sabe não entende o significado de servidor.
 
“O titular do cargo não é o político, mas o povo”, fala. (O próprio povo não sabe disso.)
 
Além disso, Oliveira diz que a corrupção nasce em um “limbo de gestão”. “Aquela área que ninguém conhece, os bastidores onde as coisas são decididas.”
A diretora do Movimento Voto Consciente, Sônia Barboza, enumera uma série de fatores para o aparecimento do ser corrupto.
 
“A morosidade da Justiça, a sensação de poder, o acesso à quantidade considerável de dinheiro e, principalmente, uma legislação que permite certos candidatos se elegerem nas costas de Tiriricas.”
 
Diz Ernesto von Rücherü. em seu blog
Em parte nasce, mas não é imutável. A questão se é a genética ou o ambiente que formam a personalidade e o caráter tem por resposta: "Ambos". Há um livro: "Evil Genes", de Barbara Oakley (Prometheus), que discute essa questão.
 
Há casos patológicos de maldade intratável, mas, em geral, o caráter advém de uma combinação desses fatores. Ninguém é perfeitamente bom de nascença que não seja capaz de fazer alguma maldade nem completamente mal que não seja capaz de se controlar e, até, fazer bondades.
 
Considerando o ambiente educacional da família e da escola na tenra infância, é possível orientar a formação do caráter para o bem. Há uns problemas, contudo.
O primeiro é que parece que as famílias, a escola, a sociedade e os governos não estão convencidos que a educação seja prioritária em relação à economia, a agricultura, a indústria, o comércio, a saúde, os transportes, a habitação e tudo o mais, quando, de fato, é da educação que surge todo o resto.
 
Segundo que, dentro da educação, nem todos os educadores estão convencidos de que a educação da personalidade e do caráter seja prioritária em relação ao domínio de conhecimentos teóricos e habilidades práticas para o exercício de alguma profissão, como, de fato tem que ser.

Continuação:
 
 
Artigo de Gilberto Amendola - Jornal da Tarde
17 de julho de 2012
in casa da mãe joana

FONTE FIDEDIGNA


Fonte Fidedigna
(Foto/Vilmar Tavares)

 
Quase sempre a melhor informação não está nos palácios.
 
17 de julho de 2012

QUEM É IMPORTANTE? OS BANQUEIROS OU OS DEMAIS TRABALHADORES DOS EUS?


“Onde fica a entrada VIP? Porque nós somos VIPs.” A declaração, feita por um doador que estava na fila de entrada de um dos recentes eventos de arrecadação de fundos que a campanha de Mitt Romney promoveu nos Hamptons, serve como resumo à atitude da elite endinheirada dos Estados Unidos.
A base política de Mitt Romney é formada por pessoas que se acham muito importantes.

Especificamente, estamos falando de pessoas que acreditam ser, como declarou outro doador de verbas para Romney, “o motor da economia”: elas deveriam ser celebradas, e os impostos que pagam, já os mais baixos em 80 anos, deveriam ser reduzidos ainda mais.

“Infelizmente”, disse ainda outro doador, “as pessoas comuns – por exemplo, as manicures – não são capazes de entender o fato”.

Está bem, é fácil zombar dessa gente, mas quem ri por último são eles. Porque a turma do “eu sou VIP” capturou completamente o moderno Partido Republicano, a ponto de líderes importantes do partido considerarem que o aparente uso de contas multimilionárias no exterior por seu candidato à Presidência é aceitável e digno de elogios.

“Evitar pagar impostos, usando métodos legais, é uma atitude muito americana”, declarou o senador Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul.

E existe uma boa chance de que os republicanos capturem tanto a Casa Branca quanto o Congresso. Se isso acontecer, teremos uma virada radical na direção de políticas econômicas cuja proposta básica é a de que devemos ser muito solícitos para com os muito ricos. Por isso é importante que compreendamos por que essas políticas não funcionam.

A primeira coisa que é preciso saber é que os Estados Unidos nem sempre foram assim. Quando John Kennedy foi eleito presidente, em 1960, a riqueza do 0,01% dos norte-americanos mais endinheirados era equivalente a um quarto do valor atual, na comparação com uma família média – e os muito ricos pagavam impostos muito mais elevados do que pagam hoje.

E ainda assim conseguíamos ter uma economia dinâmica e inovadora que causava inveja ao mundo. Os muito ricos podem imaginar que é sua riqueza a Terra girar, mas a história afirma o oposto.

A essa observação histórica devemos acrescentar outra nota: diversos dos muito ricos atuais, entre os quais Romney, ganharam ou ganham seu dinheiro no setor financeiro, comprando e vendendo ativos em lugar de criar empresas no sentido tradicional.

De fato, a disparada na riqueza dos mais endinheirados com relação à média nacional aconteceu no mesmo período em que Wall Street passava por crescimento explosivo.
Será que lembrei de mencionar que os banqueiros resgatados agora apoiam Romney por maioria esmagadora, já que ele promete reverter as modestas reformas financeiras introduzidas depois da crise?

É claro que muitos, provavelmente a maioria, dos ricos fazem contribuição positiva para a economia. E recebem generosas recompensas monetárias por isso. No entanto, rendas anuais de US$ 20 milhões ou mais não bastam.

Eles também querem ser reverenciados e receber tratamento especial na forma de impostos baixos. E isso é algo que não merecem. Afinal, a “pessoa comum” também contribui com a economia. Por que conferir benefícios aos ricos?
Não devemos considerá-los mais importantes que os demais trabalhadores norte-americanos.

Paul Krugman (Folha de S. Paulo)
17 de julho de 2012

NOTA AO PÉ DO TEXTO

HUMMMM!...  SEI NÃO... ALGUMA COISA NESSE TEXTO ME LEMBRA O BRASIL DA ESQUERDA CAVIAR...