"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

BRASIL PERDE PARA O CHILE POSTO DE MELHOR SISTEMA FINANCEIRO DA AL

Brasil passou da 30ª colocação para a 32ª, em ranking global do Fórum Econômico Mundial

 
O Brasil não tem mais o sistema financeiro mais desenvolvido da América Latina. Segundo novo estudo elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, o país caiu duas posições no ranking global e perdeu a liderança na região para o Chile.
O Brasil passou da 30ª colocação para a 32ª este ano. O Chile, por sua vez, saltou da 31ª para a 29ª posição. Os cinco países com sistema financeiro mais desenvolvido são Hong Kong, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura e Austrália. A Venezuela ficou em último lugar entre os 62 países avaliados.

Entre os critérios considerados pelo Fórum Econômico Mundial estão o ambiente de negócios do país, sua estabilidade financeira e o acesso a serviços financeiros.

“Embora o sistema financeiro do Brasil seja bastante estável, o país caiu nas classificações de itens como câmbio e estabilidade do sistema bancário. O ambiente de negócios do Brasil continua sendo sua maior fraqueza, e o país continua sendo prejudicado pela seu regime tributário, pelo alto custo dos negócios e pela oferta de capital humano relativamente baixa”, afirmou o estudo. “O ambiente institucional do Brasil é marcado por um setor financeiro pouco liberal, um arcabouço legal e regulatório deficiente e uma relativa incapacidade de cumprir contratos.”

Já o Chile, segundo a pesquisa, ganhou posições porque seus mercados financeiros se desenvolveram, além de o país ter crescido em quase todos os quesitos avaliados.

31 de outubro de 2012
O Globo

TCU DETECTA IRREGULARIDADES GRAVES EM SEIS DE CADA DEZ OBRAS TOCADAS PELO GOVERNO

TCU detecta sobrepreço em obra do Comperj

 

Segundo Fiscobrás, de um total de 200 empreendimentos fiscalizados, que cobrem os maiores projetos de infraestrutura do país, 124 tinham falhas

Refinaria Abreu e Lima
Refinaria Abreu e Lima foi pivô de crise entre o TCU e o ex-presidente Lula em 2010 (Bobby Fabisak/Exame)
O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades graves em seis de cada dez obras tocadas pelo governo federal em 2012. De acordo com relatório divulgado na terça-feira, de um total de 200 empreendimentos fiscalizados, que cobrem os maiores projetos de infraestrutura do país, 124 tinham falhas. O risco de prejuízo aos cofres públicos apurado nas auditorias alcança 2,5 bilhões de reais. As constatações são Fiscobrás, programa de fiscalização de obras realizado anualmente que é referência para o bloqueio de repasses na Lei Orçamentária do exercício seguinte, votado pelo Congresso.
Apesar da imensa fatia de projetos problemáticos, o TCU pediu a paralisação de apenas 22 obras, 17% do total. Nos demais casos, entendeu ser possível corrigir os erros no curso dos serviços. Na lista a ser enviada ao Legislativo, sete obras são novas. O tribunal aponta superfaturamento, falhas de projeto e suspeitas de direcionamento de licitação. O prejuízo maior (162 milhões de reais) foi constatado nas tubovias (ligações entre tubulações) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobrás. O TCU concluiu que os preços acertados no contrato, de 731 milhões de reais, ainda com 1% de execução, são mais altos que os do mercado.
Cortes efetivos - As outras 15 obras já apareciam em anos anteriores, mas as irregularidades não foram sanadas, segundo o tribunal. Ao votar a Lei Orçamentária, os parlamentares tradicionalmente ignoram as recomendações do TCU, por orientação do governo, ou liberam recursos aos empreendimentos, mediante acordos feitos com os gestores.
Em 2011, das 26 obras com pedido de paralisação, somente cinco tiveram corte noorçamento. Pivô de crise entre o TCU e o ex-presidente Lula em 2010, a Refinaria Abreu e Lima (PE), por exemplo, ficou livre de restrições e, agora, persiste na relação do TCU, por suposto sobrepreço em seis contratos. É o orçamento mais caro, de 25 bilhões de reais. Procurada, a Petrobras não se pronunciou até o fechamento desta edição.
O TCU também quer parar projetos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), alvo da faxina de Dilma Rousseff em 2011, entre eles a construção de quatro portos fluviais no Amazonas, a 58,8 milhões de reais. O TCU diz que os valores previstos em três editais e em contrato já assinado foram inflados em 15 milhões de reais.
Alvo de um esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal, a Valec tem as duas principais obras - as ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste - novamente na lista. Em São Paulo, o TCU pede o bloqueio de verba para a drenagem das bacias dos córregos Canela e Borá, em São José do Rio Preto (SP), por supostas deficiências em projetos, e para o Complexo Viário Baquirivu, em Guarulhos (SP), por alterações indevidas e superfaturamento.
31 de outubro de 2012
VEJA
 

SECRETÁRIO DO PLANEJAMENTO DA BAHIA FAZ VERGONHOSAS AMEAÇAS A ACM NETO

 Secretário do Planejamento da Bahia faz vergonhosas ameaças ao prefeito eleito de Salvador, ACM Neto (DEM), se não se submeter “à liderança” e “condução” do governo petista

José Sergio Gabrielli, Secretário do Planejamento do Estado da Bahia
José Sergio Gabrielli, Secretário do Planejamento do Estado da Bahia (Foto: AE)

Amigas e amigos do blog, o secretário do Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e candidato à sucessão do governador petista Jaques Wagner, publicou no Facebook um texto com claras ameaças de retaliação financeira — para dizer o menos — contra o futuro prefeito de Salvador, ACM Neto, do oposicionista DEM.

Em alguns países civilizados, o texto de Gabrielli daria processo e, talvez, cadeia.

Aqui, é claro, fica tudo por isso mesmo. Leiam vocês mesmos e julgem o texto, cujo título vai em negrito, abaixo:

Algumas reflexões sobre o dia seguinte a vitória de ACM Neto em Salvador

Os eleitores de Salvador elegeram ACM Neto prefeito. Até aí uma vitória da democracia, pela escolha livre os dirigentes municipais. E agora?

A Prefeitura Municipal de Salvador tem um orçamento de pouco mais de 4 bilhões e não tem capacidade de financiamento por falta de condições financeiras.

Uma Prefeitura que precisa de obras estruturantes no que se refere a mobilidade urbana, a recuperação da Orla Atlântica e Orla do interior da Baia de Todos os Santos, no Centro Antigo da Cidade, nos bairros mais populosos com a necessidade de expansão de rede de assistência básica a saúde e ampliação da rede municipal de educação.

Uma Prefeitura que precisa ampliar o ordenamento urbano com obras de desafogo dos gargalos do trânsito.

Uma cidade que precisa tratar bem as suas diversas populações e incluir milhares de pessoas nos serviços básicos da cidade.

Uma Prefeitura que precisa dos governos do Estado e da União para realizar parte dessas obras.

Mas os eleitores de Salvador escolheram ACM Neto com os partidos DEM, PSDB, PMDB, PPS e PV, partidos que são ferozes opositores ao governo no plano estadual e federal ou em ambos.

Para implementar os projetos necessários para enfrentar as necessidades de Salvador há de haver uma ação harmônica e equilibrada entre a Prefeitura e os governos do Estado e federal.

Como fazer a integração da Linha 1 do Metro com a Linha Dois que vai até Lauro de Freitas, sem o acordo entre os dois governos?

Como fazer os viadutos e passarelas para melhorar o trânsito da cidade sem a cooperação entre as duas esferas de governo?

Como articular as concessões das novas linhas de ônibus com a alimentação das estações de alimentação do Metro sem que haja um trabalho conjunto entre a PMS e o Governo Estadual?

Como fazer as grandes intervenções programadas no Centro Antigo de Salvador sem a equilibrada cooperação da PMS e governo do Estado?

A questão não é de perseguição ou comportamento não republicano de retaliação ao opositor que ganhou as eleições em um determinado município.

A questão é a realidade difícil de diálogo entre um conjunto de partidos que deliberadamente são de oposição ao governo do Estado, e buscam se legitimar no combate a esse governo, com a necessidade desse governo municipal de aceitar a liderança e condução desses projetos pelo governo estadual, que é o único que tem capacidades financeira e gerencial de gerir as ações desses programas.

Some-se a isso a reação dos movimentos sociais que vão exigir da Prefeitura Municipal de Salvador a aceleração dos benefícios prometidos em campanha e a diversificação das atuações do governo municipal, ameaçando ainda mais a combalida posição financeira do município.

Por cima disso, a nova Câmara de Vereadores pode ser mais um campo de batalha entre o Executivo de Salvador e seu legislativo, com vários temas conflitantes na agenda legislativa.

Frente a esse quadro, os partidos que apoiaram Pelegrino [Nelson Pellegrino, candidato derrotado do PT a prefeito] não dispõem de muita alternativa: só resta a oposição ao novo governo.

Não uma oposição por oposição, mas uma ação que busque ampliar as pressões referentes aos interesses de importantes segmentos da sociedade soteropolitana que não estarão representados na coalizão vencedora, que exija um reconhecimento do papel do governo do Estado na execução e liderança desses importantes projetos para a cidade e uma plataforma de reverberação para as demandas do movimento social que tenderão a estar limitadas pelo ideário dos partidos que ganharam a eleição.

Nesse movimento de conflito e tensão, o governo estadual é o único que tem as condições de implementar vários dos programas previstos.

O novo prefeito precisa levar em conta essa realidade de que o Estado é o principal condutor de muitas da soluções dos problemas para o povo da cidade. Não é do feitio da coligação vencedora com tradição oligárquica e autoritária admitir que tem que reconhecerr a importância e tamanho dos seus adversários.

Espero que o povo de Salvador não sofra por sua escolha!

31 de outubro de 2012
Por Ricardo Setti - Veja Online

O GORDO E O MAGRO

"A DANÇA DOS SETE LENÇOS" E O QUE O PT FEZ COM A CPI DA DELTA DO PAC DA DILMA

A Dança dos Sete Lenços é uma boa imagem para simbolizar o que o PT fez com a CPI do Cachoeira — Ou: A Grande Vergonha


Sérgio Côrtes, secretário da Saúde, e Carlos Wilson, secretário de governo, fazem papel ridículo em Paris ao lado de Cavendish, aquele já com a fralda (a da camisa) fora da calça
A CPI do Cachoeira vai chegando ao fim como começou: uma farsa! Nunca foi para valer. E é assim por vontade dos governistas. Lula e José Dirceu, a partir de informações fragmentadas e falsas, acreditavam que poderiam destruir a “mídia” — que é como eles chamam a imprensa independente — e a oposição. Num primeiro momento, a imprensa surfou também na onda (os arquivos não me deixam mentir) e simplesmente ignorava o óbvio: a empresa que estava no centro do escândalo chamava-se… DELTA! Demóstenes Torres, justamente punido, era apenas a personagem vistosa que desviava o escândalo do seu centro. Escrevi um post a respeito no dia 8 de abril de 2012. Reproduzo um trecho.
*
A memória seletiva de certos setores da imprensa faz lembrar, às vezes, a seletividade dos que estão vazando informações sobre a Operação Monte Carlo. A construtora Delta, a empresa que mais toca obras do PAC, aparece, segundo relatório da Polícia Federal, atuando para o esquema de Carlinhos Cachoeira.
Delta, Delta, Delta… Esse nome não nos é estranho, certo?
Como lembrei aqui no dia 2 de dezembro do ano passado, o dono da empresa, Fernando Cavendish, é um homem que tem amigos poderosos. Dois dos mais destacados são Sérgio Cabral, governador do Rio, e José Dirceu, o “chefe de quadrilha” (segundo a PGR). No Rio, a Delta toca obras de R$ 600 milhões. Pelo menos R$ 164 milhões desse total foram contratados sem licitação. Naquele trágico fim de semana de junho, em que um acidente de helicóptero matou sete pessoas no litoral baiano, incluindo a nora de Cabral, o governador integrava o grupo que estava na Bahia para comemorar o aniversário de Cavendish. Cabral viajou àquele estado no avião particular de outro potentado do setor privado: Eike Batista (se quiser mais sobre o mundo cabralino, clique aqui). Adiante.
Cavendish cresceu muito durante o governo petista. Teve um “consultor” de peso: Dirceu. No começo de maio do ano passado, VEJA publicou uma reportagem sobre a meteórica ascensão de Cavendish.
(…)
Voltei

Pois é, caras e caros! Os mais de quatro milhões de acessos a este blog neste mês de outubro fazem sentido, né? Não dá pra negar que este bloguinho costuma ver com mais aguda vista, como diria Padre Vieira, a natureza do jogo. Quando escrevi o post acima, a Delta era tratada como uma personagem lateral do imbróglio. Afinal, o objetivo de Lula e Dirceu, que forçaram a mão para criar a CPI, era pegar a imprensa, a oposição e o então senador Demóstenes Torres — que foi justamente cassado à esteira da lambança.
Foi justamente cassado, mas que se reitere: era um homem de Cachoeira numa das atividades do contraventor: o jogo do bicho e seus derivados, que só às vezes se cruzavam com o imbróglio Delta. Esse era outro departamento. Cachoeira era o representante da empreiteira no Centro-Oeste. A empresa tinha outros braços, bem mais produtivos e ricos. Ficou, desde sempre, no ar a pergunta: quem era o Cachoeira de Cavendish no Rio de Janeiro, por exemplo?
Vejam lá o meu texto de 8 de abril. Ali eu já lembrava parte das folias de Cabral com Cavensih, e a dança dos Sete Lenços em Paris ainda não havia se tornado pública. Também havia certo esforço para ignorar o óbvio: Cavendish era, por excelência, o “homem do PAC”…
Com o apoio da Al Qaeda eletrônica, o PT fez o diabo para ignorar Cavendish. Queria era levar a imprensa para o banco dos réus. Não conseguiu. Mas os que se organizaram para investigar efetivamente o escândalo também não lograram sucesso.
Termina como farsa

O que começou como farsa como farsa termina. É espantoso que essa comissão chegue ao fim sem investigar a Delta e seu laranjal. Cavendish fez aparição relâmpago na CPI munido de habeas corpus para não se incriminar, é verdade, mas isso não impediria a comissão, se quisesse, de apurar a lambanças de sua empresa.
O problema é que ninguém queria investigar nada. Como ficou claro desde o início, o objetivo era jogar na fogueira a imprensa independente e a oposição. O alvo? Ora, deixemos que Rui Falcão, este notável pensador, o revele. Transcrevo trecho de sua fala num vídeo tornado público no dia 11 de abril:
“A bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção como é o PT, se mobilizem para impedir a operação abafa e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas que se diziam defensores da moral e dos bons costumes”.
Viram só? Ele deixava claro que o objetivo da CPI era, na verdade, criar uma onda que embaralhasse o julgamento do mensalão no Supremo. Não se esqueçam de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, era outro dos alvos do petismo. E vejam ali a asquerosa convocação aos “movimentos populares” e à “sociedade organizada” para impedir o que ela chamava de “operação abafa”.
A CPI do Cachoeira sempre teve uma esmagadora maioria de governistas. Como poderia a minoria organizar a “operação abafa”?
A fala de Falcão era, obviamente, uma farsa. O PT e os partidos aliados comandam, agora, o enterro da CPI sem investigar Cavendish, sem investigar a Delta, sem investigar a atuação da empreiteira no Rio, sem investigar a atuação da empreiteira no próprio governo federal. De quebra, ainda assistimos, no meio do caminho, à frenética movimentação de setores do governo para tentar vender a empreiteira-problema ao grupo JBS — de que, ora, ora, é sócio o BNDES. O troço só não prosperou porque começou a beirar a pornografia. Não que eles repudiem esse estágio da degradação. É que tudo ficou muito na vista, e, como escreveu Camões, o dano poderia ser maior do que o perigo.
Eis aí… Cachoeira tem de pagar pelos seus crimes, é claro! Já está pagando. Mas ele, é evidente, era apenas um peixe de médio porte. Os petistas deram um jeito de acabar com a CPI para preservar os tubarões, a si mesmos e a seus aliados. É evidente que deveria ser oferecido ao bicheiro o benefício da delação premiada. Não sei se ele toparia. Ele tem motivos para ter medo. A turma não brinca em serviço.
 
31 de outubro de 2012
Reinaldo Azevedo, Veja online

A COBERTURA COMPLETA DAS ELEIÇÕES


The piauí Herald

O diário mais amado do país traz a cobertura completa das eleições municipais
por OLEGÁRIO RIBAMAR
 

Clique nas imagens para ampliá-las









31 de outubro de 2012
PIAUÍ

O MUNDO SERIA MUITO MELHOR SE SEGUISSEMOS A ORIENTAÇÃO DO APÓSTOLO PAULO

 



                        1 Coríntios 13

 

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado
.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
 
                                                                              *** *** ***
31 de outubro de 2012
Laguardia

ABSOLVENTES LEWANDOWSKI

 

 
31 de outubro de 2012

A DEMÊNCIA DE HUGO CHÁVEZ


Transcrevo no original em espanhol os primeiros parágrafos de um artigo publicado pelo excelente site venezuelano Soberania.org , que faz uma análise da controvertida personalidade do caudilho Hugo Chávez e conclui que o tiranete sofre p- laém do câncer - de uma incurável moléstia cerebral: a demência. Ao final o link para leitura completa. Vale a pena ler:
He venido sosteniendo que Hugo Chávez Frías tiene perturbaciones mentales serias, las cuales le imposibilitan para optar a la presidencia de nuestro país. Debemos poner esta situación en perspectiva. Diógenes Escalante fue eliminado de consideración presidencial en la década de 1940 porque alegó que le habían robado unas camisas en el Hotel “Avila”. Pero a Hugo Chávez Frías se le permite optar a la presidencia del país en el siglo XXI, a pesar de decir, por ejemplo, que “de su triunfo electoral depende el futuro de la humanidad”.

En la época del internet no es necesario ser un psiquiatra o siquiera un psicólogo para enterarse de lo que una declaración así significa. Quien observe al “candidato” podrá reconocer que sufre de una obsesion por controlarlo todo, de
delirios de grandeza, de una distorsionada idea de su importancia y de su poder, de una creencia patológica en su superioridad, la cual es -a su vez– el producto de una sobre compensación de sus más íntimos complejos de inferioridad. Las pruebas para identificar esta aflicción no son particularmente difíciles de hacer (si el paciente se deja) y frecuentemente se relacionan con el uso de alguna droga, ya sea como adicción o por necesidad médica.

Este síndrome se conoce como
Megalomanía y, aunque ya es de por sí bastante serio, es apenas una expresión de afliciones aun más serias de naturaleza paranoide. Pero hasta aquí llegamos, porque el análisis de esta psicopatología si es territorio reservado a los especialistas
.

¿Cuanta muerte, cuanta destrucción y dolor para la humanidad hubiesen podido evitarse si enfermos mentales como Stalin, Pol Pot, Mao o Hitler hubiesen tenido cerca especialistas de coraje? Y así, en tono menor quizás, pero muy similar, hubiese sido el caso en nuestro país si especialistas como Edmundo Chirinos o Jorge Rodríguez no hubiesen vendido sus almas al diablo (de Barinas) y actuado con responsabilidad profesional.
 
Haga CLICK AQUI para ler toda la história
 
31 de outubro de 2012
in aloizio amorim

MALUF, O NEOCOMUNISTA

 

“Me sinto transformado, jovem e corajoso. Nada como eleger um “brimo” mais novo. Agora, que aderi ao comunismo do século 21, prometo construir postes por toda a cidade de São Paulo se o companheiro Haddad me convidar para compor o governo”.

 
Paulo Maluf, procurado pela Interpol no resto do mundo e procurado no Brasil por Lula quando precisa eleger um poste, animadíssimo com a perspectiva de não só deixar de pagar o que deve à prefeitura agora dirigida por um “brimo” como também engordar espetacularmente as contas bancárias em paraísos fiscais.
31 de outubro de 2012

HADDAD ACIONARÁ COMPANHEIRO MALUF?


A coisa está ficando divertida. Escreve Monica Bergamo, em sua coluna na FSP:A primeira saia justa da administração Fernando Haddad (PT-SP) pode ocorrer já no primeiro mês de seu mandato. Em janeiro, ele pode ter que tocar adiante processo para recuperar U$ 22 milhões que teriam sido desviados da administração paulistana para contas ligadas a familiares de Paulo Maluf no exterior.

PARA VALER

O caso corre em Jersey e a prefeitura, que move a ação, aguarda para os próximos dias a sentença final da Justiça da ilha. Caso ela reconheça as acusações e decida pela devolução dos recursos, a equipe de Haddad terá que acionar o STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que a sentença seja reconhecida e executada no Brasil.


31 de outubro de 2012
janer cristaldo

FALA, VALÉRIO!

TREMEI DÉSPOTA FRUSTRADO, CACHACEIRO PARLAPATÃO


 
 
Marcos Valério quer falar o que sabe sobre o mensalão. É certo que ainda há muito a revelar para esclarecer a fundo o maior escândalo de corrupção da história política do país. Não passa um dia sem que novas ramificações surjam.
Até por esta razão, as autoridades deveriam voltar a ouvir o principal operador do esquema; ele deve ter muita coisa para contar e o PT muita coisa a temer.
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que, em setembro, Valério propôs a chamada delação premiada, ou seja, a possibilidade de colaborar com a Justiça em troca de benefícios, conforme revelara a revista (Veja) neste fim de semana. O operador do mensalão também pediu inclusão no programa de proteção a testemunhas, por se considerar sob risco de morte.
Deveria ter suas solicitações acatadas.
Valério agora falaria como quem já foi condenado pelo Supremo a 40 anos, um mês e seis dias de cadeia por crimes como corrupção, peculato e formação de quadrilha. Isso significa que, provavelmente, não teria mais nada a perder e poderia abrir a boca que acertos de outrora com o PT mantiveram convenientemente fechada até agora.
Quem deve estar mais apreensivo é Luiz Inácio Lula da Silva. Em setembro, a (Veja) publicou que Valério teria dito que seu silêncio poupara o ex-presidente do desgosto de ter que se sentar no banco dos réus da mais alta corte de Justiça do país.
Ele também teria revelado que o mensalão movimentou cifra bem maior do que a conhecida até agora:
R$ 350 milhões ou quase três vezes mais do que já se provou até aqui.
 
Não é só Valério que diz que está faltando Lula na lista dos processados pela Procuradoria-Geral da República e condenados pelo STF. Até a ex-mulher do mensaleiro-mor, José Dirceu, não tem a menor dúvida disso: "Eles estão pagando pelo Lula.
Ou você acha que o Lula não sabia das coisas?", afirma Clara Becker em entrevista publicada hoje por (O Estado de S.Paulo).
 
Lula já classificou estas insinuações como "golpe", sem explicar, porém, como alguém que já não ocupa qualquer cargo público pode ser alvo de destituições de qualquer natureza. O que se sabe é que o que ainda não foi revelado teria, isto sim, sido capaz de implodir o governo do petista.
Vindo à luz agora, poderia pelo menos ajudar a passar a limpo este nefasto capítulo da história do país.
Deve ser por isso que o PT tem se apressado em tentar varrer, o mais rápido possível, a sujeira do mensalão para debaixo do tapete. O partido dos mensaleiros faz isso de maneiras mais ou menos ofensivas. Algumas delas são seus panfletários e ocos manifestos, que, com suas teses conspiratórias, só servem para insuflar a militância e tornar ainda mais ridículo o petismo - promete-se a divulgação de mais um papelucho nesta quinta-feira...
 
Mas há ações objetivas e de maior gravidade, sempre no sentido de reforçar a conivência do PT com os malfeitos. O partido dos mensaleiros informou ontem que não irá expulsar seus filiados condenados pelo STF, contrariando o que prevê seu estatuto. Mais que isso, também irá dar carta branca para que um deles, José Genoino, considerado culpado por corrupção e formação de quadrilha, tome posse como suplente na Câmara dos Deputados.
É a velha leniência de sempre.
Mas, enquanto o PT se omite, os órgãos competentes seguem fazendo sua parte, ampliando as investigações e buscando as ramificações do mensalão. A (Folha de S.Paulo) revela hoje que ex-dirigentes do Banco do Brasil e da Visanet tiveram a quebra de sigilo bancário determinada pela Justiça. É dali que saiu a grossa dinheirama desviada dos cofres públicos pelo PT para irrigar o bolso de parlamentares comprados no Congresso.
Por conta destas tenebrosas transações, Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do BB, já foi condenado pelo Supremo.
É fácil perceber que ainda há muito do escândalo do mensalão a ser investigado e punido. O julgamento não pode parar na imputação das penas aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Todas as evidências sugerem que gente graúda acabou fora das investigações, mas a cada dia surgem novas revelações a recomendar novas apurações.
 
Ouçamos o que Marcos Valério tem a dizer.
Só quem deve teme.
 
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
31 de outubro de 2012

PT E PMDB ENTERRAM CPI DO CACHOEIRA PARA BLINDAR ESQUEMA DA DELTA


A base governista na CPI do Cachoeira impediu, nesta quarta-feira, a votação de novas quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico ou pedidos de convocação e apresentou requerimento para prorrogar os trabalhos por 45 dias. Nesse período, a CPI só irá discutir o relatório final do deputado Odair Cunha (PT-MG), nenhum novo pedido de informação ou de oitiva será aprovado. Cunha irá apresentar seu texto no dia 20 de novembro.
A oposição já admite que não tem como conseguir o apoio de 171 deputados e 27 senadores para prorrogar a CPI por mais 180 dias, o que possibilitaria avançar nas investigações. "É muito difícil chegar", afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).Na hipótese remota de reunir o apoio, a oposição leva vantagem porque é considerado o requerimento com o maior prazo. Ou seja, o requerimento dos governistas pedindo prorrogação por 45 dias seria desconsiderado. Mesmo assim, como os governistas tem maioria, cabe a eles definir a pauta. Ou seja, o relatório final poderia ser colocado em votação a qualquer tempo.
O movimento dos governistas, liderados por PT e PMDB, de não votar os mais de 500 requerimentos que estão na pauta na reunião desta quarta provocou um debate na comissão. "Estamos determinando o fim da CPI sem investigar esse monumental esquema de corrupção. O relatório final será uma pizza gigante", afirmou o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR). "Penso que tem que haver limite entre o tratoraço e o que está sendo feito aqui", disse Lorenzoni. "Estamos jogando o lixo para debaixo do tapete e o lixo está fedendo", disse o senador Pedro Taques (PDT-MT).
A oposição insiste em investigar empresas fantasmas ligadas a empreiteira Delta, que poderiam revelar um braço do esquema Cachoeira em São Paulo, envolvendo outras empreiteiras. Os oposicionistas também defendem investigar as relações do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), com o empresário Fernando Cavendish, da Delta. "Ele não foi citado por Cachoeira uma única vez", defendeu o Leonardo Picciani (PMDB-RJ).
"Não vamos investigar porque ele é o principal governador do PMDB?", reagiu o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). A oposição quer ouvir, ainda, o tesoureiro da campanha de Dima Rousseff, o deputado José de Filipi (PT-SP). O ex-presidente do Dlescnit, Luiz Pagot, disse à CPI que foi procurado por Filipi na época da campanha com pedido para que listasse empresas que poderiam doar para a campanha de Dilma e que tinham contratos com o órgão responsável por investir nas estradas. Pagot disse à CPI que o pedido foi "aético".
 
(Folha Poder)
 
31 de outubro de 2012
in coroneLeaks

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 


RISCOS E PARCERIAS MILITARES COM O PENTÁGONO

Há muitos jogadores no Brasileirão que são mais elogiados ou criticados do que merecem


A tentativa do Palmeiras de impugnar o jogo contra o Inter, com a alegação de que a anulação do gol de Barcos, que o Palmeiras e todos sabem que foi ilegal, por não seguir as regras do futebol, retrata bem a contradição humana. Seria um bom assunto para grandes conhecedores da alma, como Freud, Dostoiévski, Machado de Assis e outros.


Gerson fazia a diferença

No momento do lance, ninguém viu nada, e todos viram tudo. Todos querem ser mais espertos que a esperteza. É evidente que foi, por causa da televisão, que o árbitro anulou o gol. Isso acontece há muito tempo, como a cabeçada de Zidane, na Copa de 2006. A única certeza, pela TV, é que o gol do Palmeiras foi com a mão. Por isso, deveria ter sido anulado.

Na lista da Fifa de 23 jogadores que vão disputar o título de melhor do ano e do mundo, o único brasileiro é Neymar. Faltaram também Thiago Silva e o goleiro Petr Cech.

Há vários jogadores no Brasileirão que são mais elogiados do que merecem. Um deles é Arouca. Pediram tanto sua convocação, que Mano passou a chamá-lo. Ele é apenas um bom jogador.

Como alguns times têm jogadores badalados, outros bons, da mesma equipe, são pouco elogiados, como Jadson e Denílson, do São Paulo, Wellington Nem e Jean, do Fluminense, Leandro Donizete, do Atlético, Andrezinho, do Botafogo, Gilberto Silva, do Grêmio, e outros.

Jadson atua bem em quase todas as partidas, sempre com passes decisivos. Quando joga mal, é muito criticado. Jean marca muito bem, como um volante, e avança muito bem, como um meia. Não entendo, desde a época de São Paulo, porque é pouco valorizado.

Mesmo recebendo muitos elogios, Wellington Nem deveria receber mais. Ele marca o lateral, é esperto, importantíssimo no contra-ataque, principal jogada do Fluminense, dribla e dá passes decisivos. Já Fred, artilheiro, também muito importante, é muito mais badalado. Basta ele empurrar uma bola para as redes, mesmo quando não faz mais nada no restante do jogo. Jogador decisivo não é apenas o que faz gols.

Não há dúvidas de que Cavalieri é o melhor goleiro do campeonato, mas exageram nos elogios. Quando um atacante entra livre e solta um petardo no corpo do goleiro, os narradores gritam que foi uma defesa espetacular. Nem se o goleiro tentasse, conseguiria sair da bola.

Alguns jogadores são criticados, porém deveriam ser mais, como o zagueiro Escudero, do Coritiba. Apesar da rivalidade, muitos brasileiros acham que todo argentino é bom e guerreiro.

Pela regularidade e excelentes atuações, Ronaldinho é o melhor do campeonato, seguido por Juninho Pernambucano. Aliás, nesta semana, são os dois mais bem votados pela revista “Placar”, a mais tradicional escolha dos melhores do Brasileirão.

 

Tem sido dito que Obama seria o menor de dois males a serem escolhidos na eleição presidencial dos EUA mas para tirar quaisquer ilusões a respeito, Bill Van Auken apresentou convincentemente em seu estudo muitos pontos importantes, dos quais aqui apresentamos alguns que são centrais ao nosso ponto de vista.



Van Auken ressaltou que assassinatos são orquestrados pela administração de Obama e isso diretamente da Casa Branca, e que o que denominam por Matriz Disposicional é um termo astuciosamente apresentado pelos conselheiros de Obama.
Este termo serviria então para descrever o sistema de codificação das torrentes de informação a serem tratadas de forma dinâmica por sistemas computacionais especializados para poderem por sua vez resultar em ordens de assassinatos extrajudiciais dadas pelo presidente. Podemos acrescentar que é difícil de acreditar mas que, ao que tudo indica, pura verdade.
Ressaltamos aqui que há um macabro jogo de palavras em ação. O que normalmente chamamos de assassinato é denominado pelos envolvidos nos Estados Unidos como por ex. “disposições extrajudiciais”.

Van Auken ressalta nesse contexto que a mídia institucional também se especializa em apresentar a realidade sangrenta das guerras dos Estados Unidos de forma que essas sejam percebidas de forma extremamente diluida e difusa. As reportagens da mídia institucional referem-se, por.ex. a aeronaves de controle remoto embatendo em conjuntos de construções quase que anônimos, e outras afirmações do gênero.

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E A REALIDADE?


Este tipo de linguagem serve o propósito de esconder a realidade das guerras conduzidas pelos Estados Unidos, que só no Paquistão transformou em pedaços não identificáveis muitos mil de civís inocentes, entre homens, mulheres e crianças. Comunidades inteiras vivem então lá em estado de terror.
Um número incontado de civís inocentes também foram mortos, ou para se mais precisa, incinerados em Yemem e Somália da mesma forma através do tipo das bombas lançadas. Isso também é assim, e isso sem sombras de dúvidas, em muitos outros países que se encontram abaixo da mira dos EUA.

No estudo que aqui apresentamos também se chamou a atenção para os que implementam as decisões extrajudiciais mencionadas acima. Teríamos então uma combinação de paramilitares da CIA e comandos militares do Pentágono, que teriam suas operações fora do regime de comando normal, como encarregados dessas ações.

Tem-se que se admitir não só baseando-se no que foi apresentado no estudo aqui apresentado, mas também como em muitos outros estudos de peso, que o que está se instalando nos Estados Unidos de hoje é um estado ditatorial sustentado pela força das armas. Tendo-se em conta a atuação global dos Estados Unidos, toda a cautela será pouca.
Infelizmente o aspecto a ser discutido abaixo tem que ser colocado em relação ao todo acima apresentado.

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NA AMÉRICA LATINA


Andrei Akulov em um estudo publicado recentemente ressalta que o ministro da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, apresentou um novo conceito americano de defesa para o nosso hemisfério a ser, em princípio, implementado nos próximos dez anos.

A declaração da política americana de defesa para o nosso hemisfério (de 10 de outubro de 2012, a chamada “ the Western Hemisphere Defense Policy Statement”) mostra em detalhe como o guia de defesa estratégica (de janeiro de 2012, o chamado “the Defense Strategic Guidance”) deverá formar a relação do Ministério de Defesa dos EUA com a região da América Latina, e ao que compreendi, também com os Caribenhos.

Na oportunidade o ministro da Defesa, Leon Panetta, tinha então ressaltado a oportunidade histórica de renovar e consolidar parcerias na região. A declaração oficial, de onze páginas, descreve os objetivos principais da mesma como:

a) promover na região instituições de defesa nacional efetivas.

b) desenvolver a integração e a interoperacionalidade entre as mesmas para que possam agir contra ameaças compartilhadas.

c) tendo o apresentado sido obtido, desenvolver instituições de defesa integrada, assim como mecanismos para politicamente poder estabelecer concensus quanto a direção a ser tomada.

Esta seria então uma declarada intenção de renovar laços militares com a América Latina, depois de dez anos de afastamento relativo dado as guerras no Iraque e no Afeganistão.
Tendo mencionado assistência humanitária e socorro em situação de desastre, assim como ressaltado as ações coletivas já assumidas pela nossa região junto a ONU o ministro relevou que o interesse americano é o de trabalhar com os países que desejem ajuda americana para desenvolver suas capacidades de defesa e segurança, sendo que querem trabalhar em conjunto e não contra a vontade de ninguém.

Como dito, a declaração é longa sendo de onze páginas e também é assim que conhecemos a nossa história de perto. A apresentação até pode ter sido simpática mas há que ressaltar-se os riscos e as conhecidas artimanhas dos envolvidos na implementação.

Para começar há o aspecto das conhecidas interferências com as manipulações informativas da mídia. Há também a USAID e sua dúbia reputação em destabilizações de regimes legítimos, em um bom número de países na América Latina e Caribenhos.

Sem que se queira ofender ninguém que tenha vindo ou ainda queira vir com propostas honestas há que se ressaltar que o tempo passou e que as coisas mudaram. O Brasil de hoje, por ex. já não é o mesmo de 1964.

Há agora organizações coletivas no nosso continente e Akulov ressalta entre elas a União das Nações Sul Americanas, formada em 2008, que é uma organização de doze países para defesa conjunta, desenvolvimento econômico e projetos de infraestrutura.

Há a Mercosul dentro de um sistema de mercado e alfândega comum há já 21 anos.
Há a ALBA de 2004 que organiza esforços conjuntos no continente nas áreas de saúde, educação, comunicação assim como na do sistema bancário, comercial e econômico.

A nossa CELAC –Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos mostra-se como alternativa a OEA –Organização dos Estados Americanos. A CELAC tem uma população de 600 miliões de habitantes, a ser comparada por ex. com a população do Brasil de aproximadamente 194 milhões de habitantes, ou com a população dos Estados Unidos de aproximadamente 313 milhões de habitantes.

Seiscentos milhões de habitantes da CELAC significa muito em termos de potencial humano e econômico e Akulov ressalta que sendo o produto nacional bruto –BNP da CELAC de $6 triliões a CELAC é uma força de muito peso na arena internacional.

OS TUCANOS SÓ ABREM O BICO PARA MENTIR, E OS PETISTAS NÃO FAZEM OUTRA COISA

 



Um dos coordenadores da campanha tucana em São Paulo, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse, em discurso no Senado, que o candidato José Serra perdeu para o petista Fernando Haddad por “negligência” do PSDB. Para ele, o partido e os articuladores da campanha não conseguiram reverter junto à população a impressão de que Serra deixaria mais tarde a prefeitura, caso eleito.


Bingo! Alguém tem dúvida de que, caso eleito prefeito, Serra não se meteria a ser candidato presidencial novamente, em 2014? Da outra vez em que foi candidato a prefeito, assinou um documento dizendo que cumpriria o mandato ate o fim. Mentiu. Fez como FHC, que disse: “Esqueçam tudo que escrevi”.
Os tucanos costumam abrir o bico para mentir. Os petistas também não fazem outra coisa. E la nave va, fellinianamente.

A LENTIDÃO DO JUDICIÁRIO

 

O projeto do novo Código de Processo Civil, tão aguardado pela sociedade brasileira, alcançou a reta final de tramitação na Câmara dos Deputados. À medida que avança a tramitação, aqueles que se empenham para que tudo permaneça como está repetem, à exaustão, argumentos falaciosos com o intuito de artificialmente criar ambiente para o bloqueio da votação.



Entre as meias verdades que se propalam, está a afirmativa de que o único problema da Justiça brasileira é a falta de orçamento suficiente para contratação de mais juízes e serventuários.
No entanto, os dados do Conselho Nacional de Justiça rechaçam essa falácia.

Em 2010, o orçamento da Justiça estadual teve o expressivo aumento de 7% em comparação com 2009, saltando de R$ 22,3 bilhões para R$ 23,9 bilhões. Não obstante isso, a taxa de congestionamento na fase de conhecimento em primeiro grau, justamente aquela em que o juiz decide a demanda, cresceu 4%, passando de 56% para 60%.

Portanto, enquanto o orçamento do Judiciário cresceu acima da inflação e do produto interno bruto (PIB) nacional, a quantidade de processos encerrados em 2010 diminuiu em relação a 2009, alcançando a marca alarmante de 60% remanescentes em estoque de um ano para outro.
A realidade dos fatos pode, portanto, ser inexorável para quem defende elevar os gastos da Justiça brasileira aos patamares dos países desenvolvidos como meio de superar a crise do Poder Judiciário. Uma posição disparatada que pretende impor aumento à já substancial carga tributária suportada pelo contribuinte.

Obviamente que a ampliação do orçamento é necessária em muitos casos e deve vir acompanhada da melhoria da gestão dos tribunais e das varas judiciais, como destacam todos os que lidam com a administração judiciária. No entanto, essas duas ações são insuficientes para resolver o problema da morosidade no Judiciário. Para resolver esse problema, é imprescindível substituir a legislação arcaica e formalista de 1973 por uma lei processual mais racional, concretizada no novo Código.

É por isso que o Plenário do Conselho Nacional de Justiça defende o projeto do novo Código, tendo aprovado por unanimidade nota técnica nesse sentido na última sessão.
O Conselho entende que o texto do deputado Sérgio Barradas Carneiro, relator do novo Código, contém instrumentos que permitirão acelerar os julgamentos sem ferir a ampla defesa.

O Conselho tem investido no aperfeiçoamento da gestão dos tribunais e, simultaneamente, feito esforços para sensibilizar os governos, além do Parlamento, a fornecer recursos para o Judiciário se modernizar e desempenhar melhor sua missão constitucional. Aprovar o projeto do novo Código será grande contribuição do Poder Legislativo à construção de uma Justiça melhor e mais eficiente.

Bruno Dantas é presidente da Comissão Permanente
de Articulação Federativa e Parlamentar do Conselho Nacional de Justiça.
(Artigo enviado por Mário Assis, trancrito de O Globo)