"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 19 de julho de 2012

HELIDILMA, A PARTIDA PARA OS CAÇAS RAFALE

Div
Taí o helicóptero que o Ministério da defesa comprou para servir Dilma Vana com mais presteza do que ela consegue ter hoje na lida de varrer os malfeitores de malfeitos do seu governo. Por acaso, o artefato voador é de fabricação francesa.

Div
O comprador, ministro da Defesa, Amorim o que rima com Jobim, comemora a benfeitoria. Os benfeitores brindam com champanhota. Fosse um navio, quebrariam no casco. E se você fosse uva, apostaria os bagos se alguém inventasse que agora sai o negócio aquele de R$ 22 bilhões pelos caças Rafale?!?

DILMA PROPÕE REFORMA QUE ESVAZIA AS ALUCINAÇÕES DA TOGA

O tema da reforma trabalhista é dos mais sensíveis na pauta do Congresso, porque interfere linearmente nas relações entre capital-trabalho. Temos dois polos antagônicos, os que defendem que a reforma aperfeiçoará a legislação e colocará o paí, no mundo globalizado, e os que entendem que os direitos dos trabalhadores vão parar na armadilha do capital e por isso serão esterilizados do sistema. E há uma terceira variante, que só pensa nela – a dos juízes do trabalho, que desejam apenas manter o status quo.

No governo Lula, foi criado o Fórum Nacional do Trabalho, “com a finalidade de coordenar a negociação entre os representantes dos trabalhadores, empregadores e governo sobre a reforma sindical e trabalhista no Brasil”. Este organismo tripartite é composto por 72 integrantes e funciona com oito grupos temáticos, além da Comissão Nacional de Direito e Relações de Trabalho, como órgão auxiliar.

Inseguro, Lula criou outro fórum tripartite, o Grupo de Trabalho da Reforma Trabalhista, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, enquanto no Legislativo era constituída a Comissão Especial da Reforma Trabalhista, dirigida pelo deputado Vicentinho, ex-presidente da CUT. Seis centrais participam do Fórum (CUT, FS, CGT, SDS, CGTB e CAT), sob a coordenação técnica do Dieese, e no primeiro momento encaminharam ao governo o documento “Pauta do crescimento”, com 21 propostas para “retomada do desenvolvimento e geração de postos de trabalho”.

Com todas as venias, até agora nada aconteceu, com exceção da manutenção da contribuição sindical compulsória.

A divisão e o repatriamento dos segmentos que militam nas comissões, por conflito de espaço, geraram outro bloco, formado pelas 14 confederações de trabalhadores. Um pouco a frente, por terem sido excluídos do debate, nasceu o Fórum Sindical dos Trabalhadores, mais refratário às mudanças, defendendo a manutenção do sistema confederativo, da unicidade e das contribuições compulsórias.

Fruto da legítima pressão, eles passaram a ter acento no Fórum Nacional do Trabalho, sua principal proposta (Acordo Coletivo Especial) foi aceita no Parlamento e a representação sagrou-se vitoriosa.
A reforma sindical antecedeu a trabalhista, e os fóruns ficaram engessados. Mesmo assim surgiu, pela via do Executivo, um anteprojeto de lei que eliminaria quase 100 dos 922 artigos da CLT. Entre outros, extinguiria o artigo 384, que garante à mulher descanso de 15 minutos entre o término da jornada normal e o início da adicional, e o 138, que proíbe a prestação de serviços no período de férias.

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ACORDO COLETIVO

O novo desafio é o anteprojeto que prevê a criação do Acordo Coletivo Especial (ACE), cujo texto tem como objetivo reduzir o número de processos trabalhistas. O ACE é a versão contemporânea das comissões de fábrica. Por isso, ganhou densidade entre os sindicalistas. Permitirá que o comitê sindical de cada empresa negocie diretamente com a diretoria desde os problemas corriqueiros do dia a dia até benefícios e direitos.

Mas o “lobo faminto”, sob a capa da toga, previsivelmente estará pronto para abater mais uma vitima. Assim que o legislativo aprovar o projeto da ACE, da mesma forma que trabalhou para inviabilizar a Comissão de Conciliação Prévia, provavelmente lançará mão do dispositivo da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), na tentativa de derrubar a lei no Supremo.

É bom lembrar que sob o crivo da entidade classista dos juízes (Anamatra), tramita no Congresso o PL 2214/11, que dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito da Justiça do Trabalho.
 Outro projeto da Anamatra é o PLS 606/11, que disciplina o cumprimento da sentença e da execução dos títulos extrajudiciais, a liquidação da sentença, a constrição de bens e sua impugnação e a expropriação de bens, o que vem a ser uma das mais alucinantes formas de cobrar o devedor, sem o devido processo legal.

Roberto Monteiro Pinho
19 de julho de 2012

CARTA DE LUIZ NUSBAUM QUE CHEGARÁ AOS JORNAIS

                   Sobre o caso do vídeo. Muito bem falado

A cidadã Denise Leitão Rocha está sendo vítima duas vezes. Primeira por ter sua intimidade violada sendo exposta pela divulgação de um vídeo pela Internet por algum canalha como se fosse crime a relação sexual consensual entre dois adultos e pela demissão sumária a que foi submetida. Alegam que o vazamento do vídeo causou “constrangimento” aos parlamentares. Curioso é que estes parlamentares não se sentem constrangidos ao assistir cenas de corrupção explicita como a deputada recebendo dinheiro vivo, com a miséria do povo, com as filas nos hospitais, com a péssima educação, falta de creches, etc.
Luiz Nusbaum, médico

19 de julgho de 2012
in marligo

A NOSSA DOENÇA

Pelos dois sentidos da afirmação, não foi por acaso que Carlinhos Cachoeira foi preso dentro da casa que Marconi Perillo vendeu.
O governador tucano de Goiás recebeu pela casa três cheques de uma empresa controlada pelo sobrinho do bicheiro que já tinham passado antes por duas contas fantasmas das organizações Cachoeira alimentadas pela Construtora Delta.
De modo que não ha mais como desculpar a atitude do PSDB de fingir-se de morto e não tomar nenhuma providência contra o seu enlameado particular.
Pensa que está só resistindo a um jogo de cartas marcadas mas está começando a apodrecer como Lula queria. Não existe meia intolerância com a corrupção.

Já a Polícia Federal Productions, que ha anos ouvia todas as conversas do indigitado senhor e filmava todos os seus passos, sabia exatamente quando e aonde ele ia estar quando escolheu o momento do bote.
Ao mesmo tempo (sim, parto de artigo de Dora Kramer) não dá pra acreditar nem por um segundo que a empreiteira campeã do PAC, filho da Dilma, com sede no Rio de Janeiro dos companheiros de cama, mesa e banho (literalmente) de Fernando Cavendish, tenha surgido do nada e se tornado uma das maiores do Brasil agindo exclusivamente em Goiás, como querem fazer crer os gerentes petistas desta CPI da Marmelada.

Assim é que se já não havia nenhuma esperança de bandido com bolso ir para a cadeia pela via do Judiciário neste país onde processos bem advogados morrem como moscas de "vício formal" ou de "anulação de provas", estamos assistindo agora aos últimos estertores do consolo da "punição política" com a desmoralização final do recurso às CPIs.

Demóstenes expulso do DEM (e depois do Senado) só confirma que a lei, aqui, só vale pra quem tá longe do poder.
Tudo é feito às claras pois a intenção não é "ganhar" apenas esta parada, é contaminar e destruir instituições; limpar o horizonte de resistências futuras.
E qual era mesmo a parada?
Negar o Mensalão, o esquema em que a Delta da época, SMP&B, do Fernando Cavendish da época, Marcos Valério, lavava o dinheiro que o PT desviava dos cofres públicos para comprar eleições e consciências no Congresso. Ou provar que todo mundo faz igual.
Missão cumprida!

Odair Cunha, do PT de MG, relator da CPI do Cachoeira, é o deputado mais contemplado este ano com verbas do Orçamento Federal (RS 7,2 milhões) porque compactua com a marmelada. O partido de Paulo Maluf, procurado pela Interpol, atualmente sendo julgado na Ilha de Jersey, teve aprovadas em um mês R$ 36,6 milhões em emendas ao Orçamento porque se vendeu ostensivamente a Lula e ao seu candidato à prefeitura de São Paulo em cerimônia transmitida ao vivo e em cores para todo o país.
A lambança pré-eleitoral vai toda por aí e não vale a pena ir ao detalhe...
E o PSDB vai se entrincheirando em coiteiro do Perillo.
O Judiciário deu-se o tiro de misericórdia no dia em que o Supremo Tribunal Federal, sob ordens, anulou sua própria sentença e entregou a Lula o perdão do assassino de que ele gosta. O
 Congresso completará o seu suicídio induzido quando entregar a Lula a sentença encomendada do "só Goiás". E o último cachorro com que contávamos nesse mato escuro - o poder de investigar (o governo) outorgado ao Ministério Público pela Constituição - está amarrado pelas pernas à espera da paulada final na votação de um recurso num STF dominado que, por enquanto, está 4 a 4.
Lula é a nossa doença. E altamente infecciosa: tudo que ele toca, apodrece.
19 de julho de 2012
fernaslm

RELIGIÃO GLOBAL DA URI


          Artigos - Globalismo        
uriUm claro exemplo da multiplicidade unitária da URI e de seus tentáculos está na relação próxima que têm com acionistas majoritários das Organizações Ford e ex-dirigentes da KGB, políticos do partido republicano dos EUA e militantes socialistas na América Latina.

Em outubro de 2010, em Florianópolis, foi realizado o Seminário Internacional de Tecnologia para a Mudança Social [1], promovido por diversas organizações nacionais e regionais, entre elas o ICom (Instituto Comunitário Grande Florianópolis), além de grandes empresas como o Grupo RBS, Fundação Social Itaú, Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, UN Volunteers, entre outras. Sob o slogan “Together is better”, o evento propunha-se a:
“construir uma presença digital relevante e aproveitar os meios tecnológicos disponíveis para propagar sua causa social".

“As organizações da sociedade civil devem utilizar as tecnologias como um meio de mobilizar recursos, atrair e gerenciar voluntários e prestar contas para todos os seus públicos. A internet é hoje o meio mais rápido e efetivo de estabelecer relacionamentos e formar redes sociais”.[2]

A causa social, neste caso, é o grande mote. A mensagem do evento é um resultado da apropriação empresarial da proposta da mudança social e promoção de uma nova cidadania com ênfase na utilização da tecnologia para melhorar as relações sociais e, com isso, angariar mais negócios dinamizando a economia. Este é um perfeito exemplo de ação positiva de empresas, ongs e instituições públicas, unidas para uma causa aparentemente única e benéfica para todos. A mensagem principal da campanha, dessa forma, aparenta não só uma proposta inofensiva mas algo natural e de um elevado grau de boa intenção.
É necessário, porém, que analizemos profundamente as relações por trás de toda essa benevolência apostolar.
Não há novidade nenhuma nesta retórica. Toda essa argumentação está presente na maioria dos movimentos sociais influenciados pela filosofia humanista e os seus descendentes, mais precisamente pelo novo humanismo promovido por intelectuais e políticos globalistas como Salvatore Puledda e Mikhail Gorbachev.

O destaque do seminário foi a presença de um palestrante internacional, o professor Emmet D. Carson, presidente e fundador da Sillicon Valley Community Foundation, considerado uma das principais lideranças do terceiro setor (ongs) nos Estados Unidos. Carson é responsável pela gestão de mais de 1500 fundos de investimento social de empreendedores da área de tecnologia e de empresas como eBay, Google e Sun Microsystems.

A Sillicon Valley Community tem publicado a lista das doações que faz em seu Relatório Anual. Eis um dado revelador, descoberto pelo jornalista americano Lee Penn [3]: no ano de 2000, consta a doação de cerca de US$1 milhão para uma organização chamada United Religions Initiate (URI). A Sillicon Valley Community não é a única organização empresarial que faz doações à URI. Descendo ainda mais os degraus do intrincado mundo oculto das finanças e ONGs, encontramos enfim, o fundo falso que há no subterrâneo das relações institucionais vigentes, até nos depararmos com o sinistro significado por trás das belas palavras ditas nas palestras do Sr. Carson.

É possível que Emmett Carson nem desconfie, mas a organização que ele preside faz anualmente doações milionárias para uma organização com objetivos macabros e, como mostrarei a seguir, realmente satânicos.
Muitos dizem que a URI busca ter o status da ONU. Ora, mas ela é parte dessa grande rede de ONGs que formam a mais cara das ONGs, nas palavras de Heitor de Paola. As ideias difundidas pela URI vêm se espalhando pelo mundo desde o século XIX, mas só na década de 1990 é que surgiu como entidade jurídica.

Desde então a organização tem arrecadado todos os anos somas milionárias por meio de 72 organizações diretas e mais de 500 Círculos de Cooperação fixados em 167 países. No livro False Dawn, ainda não publicado no Brasil, o jornalista Lee Penn desmembra toda a teia de relações envolvendo essa grande ONG.
Essa organização gigantesca tem entre seus objetivos públicos o relacionamento e a integração entre as várias religiões afim de criar uma “cultura de paz, justiça e igualdade para todos os seres vivos”. Entre as ações propostas pelo grupo para chegar a esse objetivo, Lee Penn lista as seguintes:

1. Limitar a evangelização cristã em nome da promoção interreligiosa da paz;
2. Marginalizar os cristãos conservadores como intolerantes e fundamentalistas;
3. Preparar o caminho para uma nova espiritualidade global que possa acomodar formas mais domésticas das atuais religiões e movimentos espirituais;
4. Promover uma nova “ética global” coletivista;
5. A idéia de que o principal objetivo da religião é a reforma social a serviço de Deus;
6. A idéia de que todas as religiões e movimentos espirituais são iguais, verdadeiros, e igualmente eficazes como caminho para a comunhão com Deus;
7. Controle populacional – especialmente no Terceiro Mundo;
8. Elevar a respeitabilidade de cultos como ocultismo, bruxaria, theosofia, e outras formas discriminadas de religião [4];

A URI foi fundada pelo bispo episcopal da Califórnia William Swing, em 1995, e suas idéias têm atraído um número gigantesco de grupos ativistas dos mais diversos. Por mais diversos que sejam, entretanto, têm demonstrado uma impressionante capacidade de desarmar conflitos entre eles em prol de objetivos comuns. Entre os tipos de grupos apoiadores da URI estão:

Dalai Lama e religiosos apoiadores do regime chinês;
pró-gays e anti-gays seguidores da Revolução Chinesa;
muçulmanos radicais e feministas radicais;
fundações capitalistas e partidos comunistas;
entidades de George Soros e George W. Bush.

Não é preciso dizer que grupos como estes dificilmente se entendem em suas zonas de influência. Mas a URI tem uma estranha capacidade para agregar acólitos dos mais díspares. Essa propensão à “diversidade para a unidade” demonstrada pela URI, é fruto de uma articulação e conciliação entre diferentes objetivos em comum. Trata-se de um grupo que vê a multiplicidade de religiões como um fator de exclusão e de divisão dos seres humanos. Para minimizar os efeitos nocivos da separação entre as pessoas, a URI milita em uma causa que, em última instância, promove uma religião internacional, uma fé única e universalista a ser imposta para todo o Planeta.

A forma mais fácil de fazer isso, segundo a maioria dos religiosos que pertencem a entidades ligadas a este grande grupo, seria mesclar os conhecimentos adquiridos pelas várias religiões de modo que se crie um “conhecimento único”, uma “multi-fé”, sem dogmas e de um certo modo planetária, que una os homens em uma cultura de paz independente de denominações religiosas. A URI não prega somente um sincretismo religioso tal como o Brasil conhece, nomeadamente, entre catolicismo e umbanda. Busca uma mudança muito mais profunda no entendimento do que seja religião. Mostraremos como por diversos motivos a URI trabalha para a extinção de todas as religiões atuais, mediante o esvaziamento do seu conteúdo simbólico, descaracterização de dogmas e desvinculação das almas aos seus lugares de origem, para enfim criar dentro do espírito humano uma necessidade vazia de fé, cuja mais nobre forma reside em uma crença relativista na universalidade e multiplicidade do cosmos.

A origem, porém, deste pensamento, está longe de ter motivações pacíficas e de união das religiões. Entre os principais teóricos orientadores e fundadores de grupos pertencentes a URI estão ocultistas e satanistas como Helena Blavatsky, Alice Bailey, Aleister Crowley, entre muitos outros. E seus continuadores têm relacionamentos tão promíscuos com sociedades secretas (ou meramente discretas) que aliam-se desde a poderosas organizações capitalistas a perigosos grupos revolucionários e comunistas; em todos os países do mundo, sua causa é compartilhada tanto entre partidos de direita quanto de esquerda. Um claro exemplo dessa multiplicidade unitária da URI e de seus tentáculos está na relação próxima que têm com acionistas majoritários das Organizações Ford e ex-dirigentes da KGB, políticos do partido republicano dos EUA e militantes socialistas na América Latina. Essa teia de relações, como veremos, é um emaranhado de convivências tenebrosas entre o pior do conhecimento que o homem já produziu e a tentativa de perpetuação dos maiores erros da humanidade.

A origem da URI

 A United Religions Initiate foi fundada oficialmente pelo bispo episcopal da Califórnia, William Swing, em 1995. A iniciativa da organização existia já há cinco anos e cerca seus primeiros fundadores foram não mais do que 55 pessoas. Mas o fundamento principal, motivo verdadeiramente fundador da URI teve início ainda no século XIX, no I Parlamento Mundial das Religiões, um encontro que ocorreu na cidade de Chicago, em setembro de 1893 [5]. O evento marcou o início do diálogo entre as religiões de todo o mundo e deu origem a uma agenda que iria ter continuidade pelos próximos séculos. Cem anos depois, em 1993, o Parlamento reuniu-se novamente, também na cidade de Chicago, quando já havia sido formado o Conselho do Parlamento das Religiões. Em 1993, o evento contou com cerca de 8 mil pessoas e tem sido organizado sem periodicidade certa, em diversas cidades pelo mundo.


O principal objetivo desse parlamento fora a elaboração da Declaração das Religiões para a Ética Global. Em uma introdução explicativa à sua proposta para essa declaração, o teólogo ecumênico holandês Hans Küng, autor do livro Projeto de Ética Mundial, escreveu em 1992 [6]:

Depois de duas guerras mundiais, do colapso do fascismo, nazismo, comunismo e colonialismo, e do fim da guerra fria, a humanidade entrou numa nova fase de sua história. Ela tem hoje suficientes recursos econômicos, culturais e espirituais para instaurar uma ordem mundial melhor. Mas novas tensões étnicas, nacionais, sociais e religiosas ameaçam a construção pacífica de um mundo assim. Nossa época experimentou um progresso tecnológico nunca antes ocorrido, e, no entanto ainda somos confrontados pelo fato de que a pobreza, a fome, a mortalidade infantil, o desemprego, a miséria e a destruição da natureza, em âmbito mundial, não diminuíram, mas aumentaram. Muitas pessoas estão ameaçadas pela ruína econômica, desordem social, marginalização política e pelo colapso nacional.
Em outro ponto, ele sustenta ainda:

Nosso planeta continua a ser impiedosamente pilhado. Um colapso dos ecossistemas nos ameaça. Repetidamente, vemos líderes e membros de religiões incitar a agressão, o fanatismo, o ódio e a xenofobia – e até inspirar e legitimar conflitos violentos e sangrentos. A religião é muitas vezes usada apenas para fins de poder político, incluindo a guerra.

O Parlamento Mundial das Religiões, ou das Religiões do Mundo, defende, portanto, a co-existência entre as religiões e a paz entre os seres humanos. Propõe que o mundo caminha para uma época próspera, devido os avanços científicos e tecnológicos, e que esta nova era seria incompatível com antigas visões de mundo que mais separam os homens do que unem.

Daqui para frente, as soluções para os novos problemas devem ser, por sua vez, igualmente novas.
Novamente temos afirmações claramente bem intencionadas e, em certa medida, acalentadoras para a humanidade. Mas, como já disse antes, a mensagem verdadeira está oculta entre verbos e adjetivos, entre nomes e sobrenomes, dilemas e soluções. O parágrafo anterior bem que poderia ser dito de outra forma, sem tantas benesses ou agrados ao gênero humano. No jargão acadêmico e científico de nosso tempo, a expressão “mudança de paradigma”, possivelmente tirada de Thomas Kuhn, ganhou uma nova feição, esotérica, mística e existencial. Tal expressão cabe perfeitamente na crença alegada pelos teóricos do Parlamento das Religiões de que um novo período se aproxima e de que as antigas soluções não podem mais resolver os supostos novos impasses. Nem o mundo empresarial ficou livre desse jargão que em toda parte ecoa, como um mantra, nos corredores das corporações, órgãos públicos, terceiro setor, etc.

Poucos se atém, porém, à origem desse termo, ou ainda, a origem da idéia que o termo enceta. Há muitos escritores que admitem que o começo disso tudo está no esoterismo de inspiração oriental que tão rapidamente tem tomado de assalto o mundo cultural do Ocidente.

O chamado Movimento Nova Era, do qual a URI se apropria do conteúdo,constitui-se hoje de um emaranhado de seitas e grupos esotéricos que crêem em uma mudança astral que daria início à Era de Aquários. Esse novo período, segundo a profecia astrológica, irá trazer paz e prosperidade à humanidade como nunca houve. A Nova Era e todas as suas subdivisões, é uma fusão de crenças e teorias metafísicas que mistura influência oriental, crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas. Sua proposta é a criação de um modelo de consciência moral e social, mediante orientações psicológicas, resultando no amálgama entre Natureza, Cosmos e o Homem.


Não é coincidência o fato de que muitos princípios dos movimentos Nova Era tenham íntima concordância com as idéias propostas pelo Parlamento das Religiões, que culminaram na fundação da URI, pois ambos defendem uma nova ética global e universalista. Além de reunir as principais religiões do mundo, o Parlamento, assim como o Conselho das Religiões formado por ele, integrou, desde sua origem, teóricos fundadores das principais seitas esotéricas e ocultistas do século XIX. Não podemos esquecer que muitas dessas seitas participantes, ainda hoje ativamente dos movimentos que orientam o Conselho das Religiões e a URI, objetivavam em seu início a inversão das crenças cristãs.

A URI não cessa de trabalhar para implantar a sua religião global. Desde o início de suas atividades, tem arrecadado dinheiro e acólitos no serviço ao qual se propôs. Em fevereiro de 1996, o bispo William Swing iniciou uma longa jornada ao redor do mundo, onde se encontrou com lideranças religiosas que incluem a Madre Teresa de Calcutá, o Dalai Lama, o arcebispo anglicano de Canterbury, o arcebispo Fittzgerald, o cardeal Arinze do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso e o próprio papa João Paulo II.
Vejamos então, o que mais diz a URI sobre si mesma:

Em junho de 1996, aconteceu a I Conferência Mundial da URI, com 55 pessoas. A partir daí, seu crescimento tem sido vertiginoso. Hoje, está presente em mais de 167 países. Um mutirão de líderes religiosos dos cinco continentes escreveu sua Carta Fundacional. Em julho de 2000, a Carta da Iniciativa das Religiões Unidas foi assinada, com peregrinações de caminhadas e celebrações da paz entre as religiões, nas vilas, cidades e metrópoles em todo o mundo, marcando o início oficial da URI. A Iniciativa das Religiões Unidas é uma rede global dedicada à promoção permanente da cooperação inter-religiosa.

Seu objetivo é colocar um fim à violência por motivos religiosos, cultivar culturas de paz e cura para a Terra e todos os seres vivos. A cura da terra traz em si todo o desafio da questão ecológica, da necessidade do uso sustentável dos recursos do planeta, ameaçados pelo mau uso. Diz respeito, também, às relações injustas entre países e povos e à distribuição desigual das riquezas.

Sendo “uma iniciativa global por mudanças, a URI é um convite à participação de todos, procurando trazer as religiões e as tradições espirituais a uma mesa comum, a um encontro global permanente e cotidiano, no qual, a partir das peculiaridades de cada um, seja possível buscar a paz entre as religiões e trabalhar juntos pelo bem de toda a vida e para a cura do mundo”.

Ela não quer se tornar uma espécie de nova religião mundial ou a porta-voz única das religiões. Faz parte de seus princípios, estimular cada pessoa a enraizar-se profundamente em sua própria identidade religiosa. O seu fundador argumenta que, “da mesma forma que as Nações Unidas não são uma nação, as Religiões Unidas não serão uma religião”.

Dela podem fazer parte todas as pessoas e grupos que aceitam o Preâmbulo, o Propósito e os Princípios da Carta de Fundação, assinada no Encontro Estadual de URI dia 01/06 2000, por meio um Círculo de Cooperação (CC) que a partir do Preâmbulo, do Propósito e dos Princípios, tem autonomia e responsabilidade de condução e escolha de atuação.

As condições de criação de um CC são, ao menos, reunir sete membros, representando no mínimo três religiões, expressões espirituais ou tradições indígenas. Como a URI é auto-organizativa, cada CC pode escolher a forma de agir na sociedade e determinar o que quer fazer. Há grupos que trabalham das mais variadas formas e na mais diversas atividades: AIDS, mulheres, direitos humanos, meio-ambiente, justiça e paz… tudo o que contribua para a segurança, a felicidade e o bem estar de toda a vida.

Uma das organizações associadas à URI, no Brasil, é a ONG VivaRio, que entre outras coisas, atua ativamente nas campanhas pelo desarmamento. Também apóia, de forma ativa, mudanças na legislação que abrem, sem dúvida alguma, precedentes para uma futura liberação das drogas. Em seu site oficial, a ONG dispõe sobre sua missão e seus objetivos:

Integrar a cidade partida através da cultura de paz, trabalhando com a sociedade civil, o setor privado e o governo, com foco na promoção do desenvolvimento social e na redução da violência urbana.
Fundado em dezembro de 1993, por representantes de vários setores da sociedade civil, como resposta à crescente violência no Rio de Janeiro, a ong Viva Rio desenvolveu e consolidou uma ampla gama de atividades e estratégias bem sucedidas. Através de pesquisa, elaboração e teste, as soluções propostas pelo Viva Rio são, inicialmente, realizadas em pequena escala.

Apesar do trabalho do Viva Rio ter se iniciado em resposta a problemas locais, com os quais permanece profundamente comprometido, a natureza multifacetada da segurança o conduziu ao envolvimento internacional. Assim, como garantem, as soluções precisam ser simultaneamente globais e locais.

Assim como diversas outras ONGs atuantes no Brasil e no mundo, a Viva Rio possui uma série de parceiros internacionais que financiam programas de assistência social em diversos países do mundo. Muitas vezes, porém, estas organizações se envolvem ativamente em campanhas de âmbito nacional como no desarmamento. A lista de parceiros da Viva Rio é grande e se divide entre Parceiros nas Ações Comunitárias e Parceiros Institucionais. Dentre os primeiros, como o próprio nome já diz, estão as organizações locais de moradores. Recentemente a ong iniciou uma parceria com as chamadas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), passando a estar presente nas favelas.

Já as parcerias institucionais são o maior ponto de convergência com a United Religions Initiative. Durante algum tempo, o site da ong Viva Rio abrigou o único espaço oficial sobre as atividades da URI no Brasil. Hoje, porém, a URI no Brasil tem seu próprio site (www.uribrasil.org.br).

Entre as quase centenas de entidades parceiras comuns estão grupos que vão desde os internacionais como a União Européia, IANSA – International Action Network on Small Arms, IBM International Newcomers Club Knoll, USAID – United States Agency for International Development, Embaixada Britânica; até os mais atuantes órgãos e empresas do Brasil como o SESC, SESI, Banco do Brasil, Instituto Moreira Salles, Instituto Ayrton Senna, Fundação Roberto Marinho e muitas outras. Além disso, conta com o apoio institucional do estado brasileiro por meio dos Ministério da Justiça e da Cultura, OAB, INSS, Polícia Militar do Rio de Janeiro e secretarias estaduais por onde tem atividades.

Lendo e relendo os sites deste emaranhado de relações entre ongs nacionais e internacionais, passando por esta infinidade de entidades e grupos privados, já é possível compreendermos o tamanho do problema.

Ocorre que, por trás das belas palavras, encontramos o alçapão que permeia todo o fundamento ou os fundamentos que regulam as Cartas da URI e, por meio delas, milhares de mentes pelo mundo. Desde os primórdios da proposta interreligiosa, as principais fontes teóricas e inspirações para o mundo de maravilhas almejado pela URI, são nomes como Crowley, Blavatsky, Bailey, Leary e tantos outros que, como sabemos, fazem parte do covil de culpados pelos maiores erros da humanidade. Alguns deles, porém, passam por processo de grande aceitação pública, embora quem as estude a fundo saiba exatamente do que se trata. Ao que tudo indica, o pior nos espera.


Escrito por Cristian Derosa
Notas:

[1] Site oficial do evento: http://seminariotib.org.br/
[2] Lucia Dellagnelo, coordenadora geral do ICom – Instituto Comunitário Grande Florianópolis, um dos realizadores do seminário”. http://seminariotib.org.br/release-florianopolis-promove-seminario-internacional-sobre-tecnologia-para-mudanca-social/
[3] PENN, Lee. False Dawn. 2009.
[4] www.uri.org
[5] Site official do Parlamento Mundial das Religiões: http://www.parliamentofreligions.org
[6] Texto na íntegra pode ser lido em http://www.comitepaz.org.br/religioes_1.htm

Cristian Derosa é jornalista.

QUEM ROUBOU A CULTURA DOS EUA?

    
          Artigos - Movimento Revolucionário 
O objetivo nº 1 do marxismo cultural, desde que foi criado, é destruir a cultura ocidental e a religião cristã.
Não é por acaso que a indústria do entretenimento é agora a arma mais poderosa do marxismo cultural.

Nota de Julio Severo:
Este artigo foi extraído do novo livro do Dr. Ted Baehr e Pat Boone The Culture-wise Family: Upholding Christian Values in a Mass Media World. (“A Família do Ponto de Vista Cultural: Defendendo Valores Cristãos em um Mundo de Mídia de Massa”). No livro, o especialista em entretenimento, Dr. Ted Baehr, e o lendário músico Pat Boone recomendam que as pessoas façam decisões sábias para si mesmas e para suas famílias, para que possam proteger seus filhos das mensagens tóxicas da cultura.

O que se segue é o capítulo 10, escrito pelo historiador William S. Lind.

Em algum momento, durante o século passado, alguém roubou nossa cultura. Há apenas 50 anos, na década de 50, os EUA eram um ótimo lugar. Era seguro, e era decente. As crianças recebiam boa educação nas escolas públicas. Até os trabalhadores braçais traziam para casa rendas de classe média, para que as mães pudessem ficar em casa e cuidar das crianças. Os programas de TV refletiam valores sadios e tradicionais.
Onde foi parar tudo isso? Como foi que os EUA se tornaram o lugar sórdido e decadente em que vivemos hoje, tão diferente que as pessoas que nasceram antes da década de 60 sentem como se estivessem em um país estrangeiro? Será que simplesmente “aconteceu”?

É claro que não. De fato, foi colocada em prática uma agenda deliberada para roubar a nossa cultura e deixar uma outra completamente diferente no lugar. A história de como e por que é uma das partes mais importantes da história dessa nação; e é uma que quase ninguém conhece. As pessoas por trás dela quiseram que fosse assim.

Basicamente, o que aconteceu foi que a cultura tradicional dos EUA, que se desenvolveu ao longo de gerações a partir das nossas raízes ocidentais e judaico-cristãs, foi desprezada por uma ideologia. Essa ideologia é mais conhecida como “politicamente correto” ou “multiculturalismo”. Na verdade, trata-se do marxismo cultural: o marxismo traduzido da economia para a cultura, em um esforço que data não da década de 60, mas da Primeira Guerra Mundial. Por incrível que pareça, à medida que o marxismo econômico da União Soviética se dissipava, um novo marxismo cultural se tornava a ideologia dominante das elites americanas. O objetivo nº 1 do marxismo cultural, desde que foi criado, é destruir a cultura ocidental e a religião cristã.

Para entender qualquer coisa, precisamos conhecer sua história. Para entender quem roubou a cultura americana, precisamos olhar para a história do “politicamente correto”.

O início da teoria marxista

Antes da Primeira Guerra Mundial, a teoria marxista dizia que se a Europa algum dia entrasse em guerra, as classes trabalhadoras de todos os países europeus iriam se revoltar, derrubar os governos e criar uma nova Europa comunista. Mas quando a guerra eclodiu em julho de 1914, não foi o que aconteceu. Em vez disso, os trabalhadores de todos os países europeus se juntaram aos milhões para lutar contra os inimigos do seu país. Finalmente, em 1917 ocorreu a Revolução Comunista, na Rússia. Mas as tentativas de espalhar a revolução para outros países falharam porque os trabalhadores não a apoiavam.

Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, os teóricos marxistas tiveram que se fazer a pergunta: O que deu errado? Como bons marxistas, não poderiam admitir que a teoria marxista estava incorreta. Em vez disso, dois dos principais intelectuais marxistas, Antonio Gramsci na Itália e Georg Lukacs na Hungria (Lukacs foi considerado o mais brilhante pensador marxista desde o próprio Marx), independentes um do outro, pensaram na mesma resposta. Eles disseram que a cultura ocidental e a religião cristã haviam cegado a classe trabalhadora dos seus verdadeiros interesses de classe marxistas de tal forma que a revolução comunista era impossível no Ocidente, até que esses dois elementos fossem destruídos. Esse objetivo, instituído como o objetivo do marxismo cultural desde o início, nunca mudou.

Uma nova estratégia

Gramsci expôs notoriamente uma estratégia para destruir o Cristianismo e a cultura ocidental, que se mostrou altamente bem sucedida. Em vez de exigir uma revolução comunista logo de cara, como fizeram na Rússia, ele disse que os marxistas do Ocidente deveriam tomar o poder político por último, após uma “longa marcha nas instituições”: as escolas, a mídia, e até as igrejas, todas as instituições que pudessem influenciar a cultura. Essa “longa marcha nas instituições” é o que os EUA experimentaram, principalmente desde a década de 60. Felizmente, Mussolini reconheceu o perigo representado por Gramsci e o colocou na cadeia. Sua influência se manteve pequena até a década de 60, quando seus trabalhos, principalmente os “Cadernos do Cárcere”, foram redescobertos.

Georg Lukacs se mostrou mais influente. Em 1918, ele se tornou comissário de cultura no curto regime bolchevique de Bela Kun na Hungria. Durante esse período, ao perguntar “Quem nos salvará da civilização ocidental?” ele instituiu o que chamou de “terrorismo cultural”. Um dos seus principais componentes foi a introdução da educação sexual nas escolas húngaras. Lukacs percebeu que se ele pudesse destruir a moral sexual tradicional do país, teria dado um enorme passo no sentido de destruir sua moral tradicional e sua fé cristã.

Longe de se unirem ao “terrorismo cultural” de Lukacs, a classe trabalhadora da Hungria ficou tão escandalizada que quando a Romênia invadiu a Hungria, os trabalhadores não lutaram pelo governo de Bela Kun, que acabou sendo derrubado. Lukacs desapareceu, mas não por muito tempo. Em 1923, ele apareceu em uma “Semana de Estudos Marxistas” na Alemanha, um programa patrocinado pelo jovem marxista Felix Weil, que havia recebido uma herança milionária. Weil e outros que estiveram naquela semana de estudos ficaram fascinados pela perspectiva cultural do marxismo apresentada por Lukacs.

A Escola de Frankfurt

Weil reagiu utilizando parte da sua fortuna para abrir um novo think tank na Universidade de Frankfurt, na Alemanha. Ele originalmente seria chamado de “Instituto para o Marxismo”. Mas os marxistas culturais se deram conta de que seria muito mais eficaz ocultar sua verdadeira natureza e seus objetivos. Eles convenceram Weil a dar ao novo instituto um nome que parecesse neutro, o “Instituto para Pesquisa Social”. Logo conhecida simplesmente por “Escola de Frankfurt”, o Instituto para Pesquisa Social se tornaria o lugar onde o politicamente correto, da forma como conhecemos, foi desenvolvido. A resposta básica à pergunta “Quem roubou a nossa cultura?” é: foram os marxistas culturais da Escola de Frankfurt.

Primeiramente, o Instituto trabalhou principalmente com questões marxistas convencionais, como o movimento trabalhista. Mas isso mudou drasticamente em 1930. Naquele ano, o Instituto recebeu um novo diretor, o brilhante jovem intelectual marxista chamado Max Horkheimer. Horkheimer havia sido fortemente influenciado por Georg Lukacs. Ele rapidamente se esforçou em transformar a Escola de Frankfurt no lugar onde o trabalho pioneiro de Lukacs sobre o marxismo cultural pudesse ser desenvolvido até se tornar uma ideologia completa.

Para esse fim, ele trouxe alguns novos membros para a Escola de Frankfurt. Talvez o mais importante fosse Theodor Adorno, que se tornaria o colaborador mais criativo de Horkheimer. Dentre os outros novos membros estavam dois psicólogos, Eric Fromm e Wilhelm Reich, dois célebres promotores do feminismo e do matriarcado, e um jovem estudante de pós-graduação chamado Herbert Marcuse.

Avanços no marxismo cultural

Com a ajuda desse novo sangue, Horkheimer fez três grandes avanços no desenvolvimento do marxismo cultural. Primeiro, ele derrubou a visão de Marx de que a cultura era meramente parte da “superestrutura” da sociedade, que era determinada por fatores econômicos. Ele disse, ao contrário, que a cultura era um fator independente e muito importante para moldar a sociedade.
Segundo, mais uma vez contrariando Marx, ele anunciou que no futuro, a classe trabalhadora não seria a agente da revolução. Ele deixou em aberto a questão de quem desempenharia esse papel, questão essa que foi respondida por Marcuse em 1950.

Terceiro, Horkheimer e outros membros da Escola de Frankfurt decidiram que a chave para destruir a cultura ocidental era cruzar Marx com Freud. Eles argumentaram que, da mesma forma que os trabalhadores eram oprimidos pelo capitalismo, assim todos, sob a cultura ocidental, viviam em um estado constante de repressão psicológica. “Liberar” todos dessa opressão se tornou um dos principais objetivos do marxismo cultural. E ainda mais importante, eles se deram conta de que a psicologia lhes oferecia uma ferramenta muito mais poderosa do que a filosofia para destruir a cultura ocidental: o condicionamento psicológico.

Hoje em dia, quando os marxistas culturais de Hollywood querem “normalizar” algo como o homossexualismo (“liberando”, portanto, as pessoas da “repressão”), eles colocam um programa de TV atrás do outro em que único homem branco aparentemente normal é um homossexual. É assim que o condicionamento psicológico funciona: as pessoas absorvem lições que os marxistas culturais querem que eles aprendam sem sequer perceberem que estão sendo ensinados.

A Escola de Frankfurt estava prestes a criar o politicamente correto. Mas, de repente, o destino interveio. Em 1933, Adolf Hitler e o Partido Nazista assumem o poder na Alemanha, onde a Escola de Frankfurt estava localizada. Uma vez que a Escola era marxista, ideologia odiada pelos nazistas, e todos os membros da instituição eram judeus, eles decidiram deixar a Alemanha. Em 1934, a Escola de Frankfurt, incluindo os seus principais membros da Alemanha, foram reestabelecidos na cidade de Nova York, com a ajuda da Universidade de Columbia. E logo o seu foco foi transferido de destruir a cultura ocidental tradicional na Alemanha para fazê-lo nos Estados Unidos. Isso também se mostrou bastante bem sucedido.

Novos avanços

Aproveitando-se da hospitalidade americana, a Escola de Frankfurt logo deu prosseguimento ao seu trabalho intelectual de criar o marxismo cultural. Para as suas conquistas anteriores na Alemanha, ela acrescentou esses novos avanços.

A Teoria Crítica

Para cumprir o seu propósito de “negar” a cultura ocidental, a Escola de Frankfurt desenvolveu uma poderosa ferramenta chamada de “teoria crítica”. O que era essa teoria? A teoria era criticar. Ao sujeitar todas as instituições tradicionais, incluindo a família, a críticas persistentes e infindáveis (a Escola de Frankfurt teve o cuidado de nunca definir o que ela defendia, apenas o que reprovava), ela esperava destruí-las. A Teoria Crítica é a base dos departamentos de “estudos” que agora existem nas faculdades e universidades americanas. Não é de se surpreender que esses departamentos são a origem do politicamente correto acadêmico.

Estudos sobre o Preconceito

A Escola de Frankfurt buscou definir as atitudes tradicionais em todos os aspectos como “preconceitos” em uma série de estudos acadêmicos que culminaram no livro altamente influente de Adorno “The Authoritarian Personality” ("A Personalidade Autoritária”), publicado em 1950. Eles inventaram uma fraude chamada “escala F”, que buscava associar ao fascismo as crenças tradicionais com relação à moral sexual, às relações entre homens e mulheres e às questões familiares. Hoje em dia, o termo politicamente correto favorito contra qualquer um que discorda deles é “fascista”.

Dominação

A Escola de Frankfurt divergiu mais uma vez do marxismo, que argumentava que toda a história era determinada por quem possuía os meios de produção. Em vez disso, disseram que a história era determinada pelos grupos (definidos como homens, mulheres, raças, religiões, etc.) que tinham poder ou “domínio” sobre outros grupos. Alguns grupos, principalmente o de brancos do sexo masculino, foram rotulados de “opressores”, enquanto que outros grupos foram definidos como “vítimas”. As vítimas eram automaticamente boas e os opressores ruins, levando em conta apenas o grupo do qual faziam parte, independente do comportamento pessoal.

Embora fossem marxistas, os membros da Escola de Frankfurt também se utilizaram de Nietzsche (outra pessoa que eles admiravam por sua oposição à moral tradicional era Marquês de Sade). Eles incorporaram no seu marxismo cultural o que Nietzsche chamou de “transmutação de todos os valores”. O que isso significa, em linguagem clara, é que todos os antigos pecados se tornam virtudes, e todas as antigas virtudes se tornam pecados. O homossexualismo é bom e belo, mas qualquer um que pense que os homens e mulheres devem ter papéis sociais diferentes é um “fascista” malvado. É isso que o politicamente correto agora ensina às crianças nas escolas públicas pelo país. (A Escola de Frankfurt escreveu sobre a educação pública americana. Ela disse que não importava se as crianças estavam aprendendo quaisquer habilidades ou fatos. Tudo o que importava era que elas se formassem nas escolas com as “atitudes” certas em relação a determinadas questões.)

Mídia e entretenimento

Liderados por Adorno, a Escola de Frankfurt inicialmente se opôs à indústria cultural, que consideravam uma cultura “comoditizada”. Mas depois eles começaram a escutar o que dizia Walter Benjamin, um amigo próximo de Horkheimer e Adorno, que argumentava que o marxismo cultural poderia fazer um uso muito eficiente de ferramentas como o rádio, os filmes e mais tarde a televisão para condicionar psicologicamente o seu público. A visão de Benjamin prevaleceu, e Horkheimer e Adorno passaram os anos da Segunda Guerra Mundial em Hollywood. Não é por acaso que a indústria do entretenimento é agora a arma mais poderosa do marxismo cultural.

O crescimento do marxismo nos Estados Unidos

Após a Segunda Guerra Mundial e a derrota dos nazistas, Horkheimer, Adorno e a maioria dos outros membros da Escola de Frankfurt retornaram à Alemanha, onde o Instituto se reestabeleceu em Frankfurt com a ajuda das forças de ocupação americanas. O marxismo cultural na época se tornou a ideologia não oficial, mas predominante na República Federal da Alemanha.

Entretanto, o inferno não se esqueceu dos Estados Unidos. Herbert Marcuse ficou nos EUA e começou a traduzir todos os difíceis escritos acadêmicos de outros membros da Escola de Frankfurt para uma linguagem mais simples que os americanos entenderiam facilmente. Seu livro “Eros e Civilização” utilizou o cruzamento feito pela Escola de Frankfurt de Marx e Freud para argumentar que, se nós “libertarmos o Eros não procriador” por meio da “perversidade polimórfica”, poderíamos criar um paraíso de pura diversão e nenhum trabalho. “Eros e Civilização” se tornou um dos principais textos da Nova Esquerda na década de 60.

Marcuse também ampliou o trabalho intelectual da Escola de Frankfurt. No início da década de 30, Horkheimer havia deixado em aberto a questão de quem iria substituir a classe trabalhadora como agente da revolução marxista. Na década de 50, Marcuse respondeu a essa pergunta, dizendo que seria uma coalizão de estudantes, negros, mulheres feministas e homossexuais: o coração da rebelião estudantil da década de 60 e dos sagrados “grupos de vítimas” do atual politicamente correto. Marcuse mais tarde tomou uma das palavras favoritas do politicamente correto, “tolerância”, e lhe deu um novo significado. Ele definiu a “tolerância libertadora” como a tolerância para todas as ideias e movimentos que surgiam da esquerda, e intolerância como todas as ideias e movimentos que surgiam da direita. Quando você vê hoje os marxistas culturais pedirem “tolerância”, eles querem dizer a “tolerância libertadora” de Marcuse (assim como quando pedem "diversidade", querem dizer uniformidade de crença na sua ideologia).

A rebelião estudantil dos anos 60, motivada em grande parte pela oposição ao serviço militar obrigatório para a Guerra do Vietnã, deu a Marcuse uma oportunidade histórica. Talvez como o “guru” mais famoso da Escola de Frankfurt, ele injetou seu marxismo cultural na geração dos Baby Boomers. É claro, eles não entendiam do que realmente se tratava. Pelo princípio que existia desde o início do Instituto, Marcuse e outros poucos do círculo não anunciavam o politicamente correto e o multiculturalismo como uma forma de marxismo. Mas o efeito foi devastador: uma geração inteira de americanos, principalmente a elite universitária, absorveu o marxismo cultural como deles, aceitando a tóxica ideologia que buscava destruir a cultura tradicional e a fé cristã dos EUA. Aquela geração, que domina todas as instituições de elite nos EUA, agora trava uma guerra sem fim contra todas as crenças e instituições tradicionais. Em grande parte, eles ganharam essa guerra. A maior parte da cultura tradicional dos EUA está em ruínas.

Uma contra-estratégia

Agora você sabe quem roubou nossa cultura. A questão é: o que nós, como cristãos e conservadores culturais, faremos a respeito?
Podemos escolher entre duas estratégias. A primeira é tentar retomar as instituições existentes (as escolas públicas, as universidades, a mídia, a indústria do entretenimento e a maior parte das grandes igrejas) dos marxistas culturais. É o que eles esperam que tentemos fazer, e estão preparados para isso; estaríamos com nada além de uma pequena voz e poucos recursos comparados aos deles, fazendo uma investida frontal contra posições defensivas de prontidão.

Qualquer soldado pode lhe dizer que isso quase sempre leva a: derrota.
Há outra estratégia, mais promissora. Podemos nos separar, junto com nossas famílias, das instituições que os marxistas culturais controlam e construir novas instituições para nós, que nos reflitam e nos ajudem a recuperar a cultura ocidental tradicional.

Há muitos anos, meu colega Paul Weirich escreveu uma carta aberta ao movimento conservador sugerindo essa estratégia. Embora a maioria dos outros líderes conservadores (republicanos, melhor dizendo) hesitassem, a carta ressoou intensamente entre os conservadores de base. Muitos deles já fazem parte de um movimento para se separar da cultura corrupta dominante e criar instituições paralelas: o movimento de educação escolar em casa. Movimentos similares estão começando a oferecer alternativas sólidas em outros aspectos da vida, incluindo movimentos para promover pequenas fazendas familiares (geralmente orgânicas) e para desenvolver mercados comunitários voltados para os produtos dessas fazendas. Se o lema do Admirável Mundo Novo é “Pensar globalmente, agir localmente”, o nosso deveria ser “Pensar localmente, agir localmente”.

Portanto, a nossa estratégia para desfazer o que o marxismo cultural fez para os EUA tem um certo paralelo com a sua própria estratégia, da forma como expôs Gramsci décadas atrás. Gramsci convocou os marxistas para empreender uma “longa marcha nas instituições”. Nossa contra estratégia deveria ser uma longa marcha para criar as nossas próprias instituições. Isso não acontecerá rapidamente, ou facilmente. Será um trabalho de gerações, assim como foi o deles. Eles foram pacientes, pois sabiam que as “forças motrizes da história” estavam do lado deles. Não podemos ser igualmente pacientes e perseverantes sabendo que o Criador da História está do nosso?

William S. Lind
19 de julho de 2012

Tradução:
Luis Gustavo Gentil
Do artigo do WND: “Who stole our culture?

O RITUAL

    
          Artigos - Cultura 
O fato de não se reconhecer a atuação do demônio, de não se acreditar nele, não livra o vivente de sua possessão.

Por esses dias eu vi e revi o filme O Ritual, estrelado por Anthony Hopkins e dirigido pelo sueco Mikaël Hafström. Ótimo roteiro, o filme prende o expectador do princípio ao fim. Está na senda de O Exorcismo de Emily Rose e do clássico O Exorcista.


O eixo da história é precisamente a prática do exorcismo como uma necessidade espiritual e a sua fronteira com a ciência médica. A história de fundo é a de um diácono que, em véspera de se ordenar sacerdote, decide abandonar por ser cético. Diga-se que o cineasta trata das questões do catolicismo com grande respeito e retrata o interior da Igreja com cores modernas, escapando aos estereótipos habituais que lhes são dados pelo cinema.

A atuação de Anthony Hopkins como o Padre Lucas, que de exorcista passa ele mesmo ser dominado por demônios, é única, espetacular. Sozinho ele vale o esforço de ver o filme.

O ponto central é: o demônio existe? Se existe, Deus também existe. É por essa via que o diácono Michel Kovak chegará à fé. O fato de não se reconhecer a atuação do demônio, de não se acreditar nele, não livra o vivente de sua possessão. Os sofrimentos físicos e espirituais da presença demoníaca são indizíveis.
Importante observar que o roteiro tomou com base fatos reais e os personagens foram modelados a partir daqueles que os viveram.

Os nomes dos demônios nominados são de divindades estatais antigas, como Baal e Leviatã. Sempre os mesmos, desde tempos imemoriais.

O roteiro foca nas experiências individuais, deixando em aberto as questões ligadas ao Estado e à política. Me impressionou bastante o sintoma de possessão que o Padre Lucas apresentou, com tremores nas mãos, lembrando aqueles portadores do Mal de Alzheimer. Imediatamente liguei esse sintoma àquele apresentado por Hitler nos tempos finais. No filme A Queda - As Últimas Horas de Hitler podemos ver com clareza a progressão do sintoma.

Até então o único sinal evidente da presença demoníaca no círculo familiar de Hitler era a cadela, sacrificada com ele. Eu desconhecia essa conexão entre tremores de membros e possessão. Quem não sabe é como quem não vê. Pelo tamanho do mal que causou, Hitler deveria conter em si todas as legiões infernais. Faltou-lhe um exorcista no tempo certo.

Trailer de O Ritual:

 http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2ATnirjIhkU


Nivaldo Cordeiro
19 de julho de 2012



E NA CASA DO ESPANTO...

E NA CASA DA OCIOSIDADE DA TAL "CALCINHA" ETC... APÓS POLÊMICA DE VÍDEO ÍNTIMO, ASSESSORA DIZ QUE VAI ENTRAR NA JUSTIÇA

 
A assessora parlamentar Denise Leitão Rocha, funcionária do gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI), decidiu entrar de férias para evitar a polêmica em torno de um vídeo recheado de cenas picantes que vazou no Congresso e a teria como protagonista. Denise estava sempre presente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, já que Ciro Nogueira é membro da comissão.

Ontem, ela afirmou ao EXTRA que estuda uma forma de entrar na Justiça contra o autor do vazamento, mas não soube informar quem seria a pessoa.

— Não sei o que é esse vídeo. Não vi. Estou tomando medidas judiciais. É o meu trabalho — justificou.

Loura, bonita, dona de uma muitíssimo bem localizada tatuagem de fênix, Denise Leitão Rocha é o assunto do Congresso há uma semana, desde que o tórrido vídeo vazou misteriosamente, e passou por nove entre dez celulares e tablets do Senado Federal. Diante da polêmica em torno de seu nome, Denise saiu de férias e é tema proibido entre seus colegas.
— Eu trabalhei muito pouco com ela. Nossos horários eram diferentes, mal nos falávamos — saiu pela tangente um colega.
— Parece que ela saiu de férias — respondeu outro

— Saiu mesmo de férias. Deve voltar só no mês que vem.
Não éramos próximos — esquivou-se um terceiro, também sob anonimato, a exemplo dos outros.


Sem bater ponto
De acordo com seus colegas, Denise mal parava no gabinete. Por ser contratada por regime especial de frequência, ela não é obrigada a bater ponto por lá. Nenhum deles soube explicar quais eram suas funções no Parlamento.
— Eu estou ali para advogar, não estada — defendeu Denise, que tem rseccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB

Mais no blog BairroSinhaSaboia

E Sobre a

"calcinha"
 
19 de julho de 2012
incamuflados