"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 15 de abril de 2012

O BRASIL ESTÁ APODRECENDO POR FALTA DE EDUCAÇÃO E SAÚDE...


Recitou a velha ladainha que os " sem estudo " estão mais preparados. É lógico que , para o NADA ao quadrado como sempre.
 Tagarelou durante 6 minutos e a tosse encerrou a sua enfadonha discurseira.

É impressionante e difícil de acreditar a falta de respeito que esse senhor tem pela educação. Considero chocante esse vídeo, porque é visível a fragilidade da saúde do Lula apedeuta da Silva, e seu grandioso complexo de barraco intelectual, embora tenha ficado milionário.

O país encontra-se atolado nas profundezas do lamaçal que o senhor próprio criou, dando a oportunidade de todo tipo de bandidagem em todos os tempos de Brasil. Sendo assim, esse senhor recorre sempre à sua ex-pobreza e a sua falta de estudo para enaltecer o seu NADA como ex-presidente do Brasil.

Na verdade ele governou sim, para a sua TROPA de bandidos em série.

Que Deus se apiede desse ser inconsequente que oferece ao país uma cena chocante, devido à sua falta de auto-crítica.
Pois saiba meu senhor, que o estudo, sabedoria , competência e refinamento de espírito, vale inúmeros pesos pesados na moral para comandar um país, e fazer dele uma grande Nação.

Hoje, somos vistos por outros países como trambiqueiros, ladrões, imorais e etc... Essa é a sua marca. Sua falação de " morro " já ultrapassou todos os limites do suportável.

É uma chatice a discurseira primitiva do seu *EU* 5 estrelas. A ladainha se tornou enfadonha ao Brasil decente.
Por favor, nos poupe da sua presença ainda fragilizada pela doença. Vai cuidar um pouco dessa arrogância que só a ignorância sabe ressaltar como virtude.

15 de abril de 2012

COISAS QUE SÓ ACONTECEM NO BRASIL

Protagonitas de escândalos políticos, foram escalados para a CPI.


Collor e Renan são escalados para CPI do Cachoeira
Comissão será formada por 30 congressistas
Folha de São Paulo
Protagonistas de escândalos políticos, os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL) foram escalados para a CPI que vai investigar o empresário Carlos Cachoeira.
A CPI deve ser instalada na terça, se os líderes conseguirem assinaturas de ao menos 27 senadores e 171 deputados. Depois as bancadas indicam 15 senadores e 15 deputados.
Em reunião da bancada, o PTB chancelou o nome de Collor, ex-presidente,que volta a uma CPI 21 anos após ter sido incriminado pela comissão que causou seu impeachment. O processo foi arquivado por falta de provas.
O PMDB discute os nomes. Renan, líder da sigla, indicou a aliados que estará na CPI. Em 2007, o Conselho de Ética aprovou pedido de cassação de seu mandato por denúncias de que ele teria recebido recursos de empreiteira para pagar a pensão de uma filha, que foi rejeitado pelo plenário.

15 de abril de 2012
Folha de São Paulo

LUIS NASSIF, EM SEU SITE, COMENTA O CASO CACHOEIRA E FAZ AMEAÇA À IMPRENSA

O comentarista René Amaral Jr., sempre atento, nos envia interessante e instigante artigo publicado por Luis Nassif, em que o jornalista sugere que a empreiteira Delta, do amigo de Sergio Cabral, é a bola da vez no caso Cachoeira. Ao final do artigo, Nassif faz uma ameaça à imprensa, dizendo que “seria medida de prudência jornais e jornalistas se darem conta de que rompeu-se a muralha do silêncio e do medo. Veículos e jornalistas que entrarem no esquema correrão o risco de serem indiciados pela Justiça. Está chegando ao fim a era da plena impunidade para o mau jornalismo e para o uso de dossiês criminosos”.

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AS MANOBRAS DO ESQUEMA CACHOEIRA
Luis Nassif

Na condição de réu, o senador Demóstenes Torres teve acesso às peças do inquérito Monte Carlo.
Agora, está selecionando informações para, em conluio com jornalistas do esquema Cachoeira, jogar o foco das investigações na Construtora Delta.
Sabendo-se das ligações de Cachoeira com a Delta, é até risível matéria informando sobre as tratativas do bicheiro para conseguir acesso a altos executivos da empresa – como se fosse uma figura menor aproximando-se da toda poderosa Delta.

A lógica da estratégia Cachoeira-Demóstenes-aliados é simples. A Delta é parte do universo a ser investigado; Cachoeira é o todo. Focando na Delta, tenta-se tirar do foco o chefe da quadrilha, Cachoeira, seu principal lugar-tenente, Demóstenes, assim como as ligações midiáticas da estrutura criminosa.
De quebra, desestimulam-se peemedebistas – já que a Delta tem relações com o governador Sérgio Cabral Filho – e petistas – relações com o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz.
Nos próximos dias, haverá um aumento da chantagem de alguns veículos sobre políticos. É um jogo intimidatório pesado. Parlamentares escolhidos para a CPI serão alvo de represálias do esquema criminoso. Haverá também a estratégia de misturar factóides com fatos objetivos, visando embolar o entendimento da opinião pública.
A CPI de Cachoeira mostrará se o país poderá aspirar a um lugar no mundo moderno, se dispõe de instituições capazes de enfrentar toda sorte de poderes – do Executivo, Judiciário, Legislativo ao até agora intocado poder midiático.
Se se quiser, de fato, passar o país a limpo, o Congresso terá que pagar para ver, assim como parece estar sendo a posição do Executivo.
Seria medida de prudência jornais e jornalistas se darem conta de que rompeu-se a muralha do silêncio e do medo. Veículos e jornalistas que entrarem no esquema correrão o risco de serem indiciados pela Justiça.
Está chegando ao fim a era da plena impunidade para o mau jornalismo e para o uso de dossiês criminosos.


15 de abril de 2012

PARTE DA ECONOMIA MUNDIAL DEPENDE DAS DROGAS, DIZ ESPECIALISTA

Aos 62 anos, o desembargador Walter Maierovitch se alinha entre as pessoas que mais conhecem os bastidores do tráfico de drogas no País. Foi natural, portanto, que ocupasse pioneiramente o cargo de secretário da Secretaria Nacional Antidrogas.

O profundo conhecimento do assunto levou Maierovitch para o patamar dos especialistas em crime organizado, já que os dois temas são intimamente ligados. Nessa condição ele é hoje consultor da União Europeia, dividindo seu tempo entre Roma, onde está assentada sua base na Europa, e São Paulo, onde mora.

Nesta matéria da revista Digesto Econômico, o desembargador propicia um impressionante roteiro pelos meandros das máfias internacionais, mostra que muitos países são dependentes da economia gerada pelo narcotráfico e critica a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de descriminalização da maconha .

Digesto Econômico – A sociedade vem perdendo a batalha contra as drogas. Qual a sua opinião sobre isso?

Walter Maierovitch – Pouca gente consegue entender a geopolítica e a geoestratégia das drogas. Se pensarmos em termos de geoeconomia, se numa pessoa a droga gera dependência, na economia ocorre fato semelhante. Temos países dependentes da economia movimentada pelas drogas, que tem participação importante no PIB. Se pegarmos, por exemplo, o Vale do Bekaa (Líbano) há mais de 400 mil pessoas envolvidas no plantio da erva canábica e na produção de derivados, como o haxixe e o óleo. A economia do Marrocos é dependente dessas atividades. Pouca gente se preocupa com este tipo de problema.

DE – Há maiores dados sobre isso? No Marrocos, que o senhor comentou, sabe-se qual a participação das drogas no PIB desse país?

WM- Evidentemente, os dados não são oficiais. Há uma estimativa com dados do Banco Mundial e do FMI de que o mercado das drogas movimentaria de US$ 200 bilhões a US$ 400 bilhões dentro do sistema financeiro internacional. Imagine a crise se tirarem este montante do sistema financeiro.
O ex-presidente George W. Bush bateu na porta da Suprema Corte para conseguir uma decisão de que era inconstitucional um Estado federado legislar sobre drogas, uma vez que a competência legislativa para assuntos de drogas é federal.
Ele fez isso porque vários Estados legislaram, admitindo o uso terapêutico da maconha, condicionado a uma receita médica. Começou pela Califórnia. Houve um caso de uma senhora com um tumor na cabeça, com dores horríveis, que só era inibida quando ela fumava maconha. Hoje, nos EUA, já são oito Estados federados com essa legislação.
O objetivo de Bush era quebrar essa legislação. Como a Suprema Corte foi chamada para decidir sobre a constitucionalidade, ela decidiu que a competência era federal, mas não disse que as legislações dos Estados eram inconstitucionais. O Bush ganhou, mas não levou.
E o que fez o presidente Barack Obama há alguns meses? Ele determinou ao FBI para que não prendesse pessoas que fizessem uso terapêutico da maconha, pois o Bush havia determinado que essas pessoas fossem presas. Essa permissão de uso para fins terapêuticos do Obama está sendo vista como um primeiro passo para a liberação para uso lúdico. É o que se espera dele. Há 40 anos se discute a liberalização do uso da maconha, embora o (ex-presidente) Fernando Henrique tenha começado agora e ache que é iniciativa dele. Essa discussão foi retomada por Barack Obama e agora todo mundo fala disso.
O grande ponto que vejo aí, e com preocupação, é que não se está levantando aquela velha discussão de liberdade individual, do direito de autolesão – ninguém é condenado por tentar o suicídio ou por se automutilar, isso não é crime. O uso de droga é uma autolesão, não há dúvidas. E por que seria crime o uso de droga? Mas não é essa a discussão agora. O que se quer hoje é salvar as economias.

DE – Na sua opinião, o mundo pode prescindir do mercado de drogas?


WM- Se a movimentação chega a US$ 400 bilhões e há países dependentes, além de Estados que estão buscando fonte de renda na droga … Há 40 anos, o discurso era o da liberdade individual, hoje fala-se em salvação da economia. Isso é apresentado com a tese de legalização de drogas leves, no caso a maconha. Como se faz isso? O Estado teria o monopólio e estabeleceria o porcentual permitido de tetrahidrocanabinol (THC)
Veja o que aconteceu no pós-guerra, com economias quebradas. Em alguns países europeus, como a Itália, o que o Estado guardou para si? O monopólio do tabaco. Na Itália, nos lugares que vendem cigarros tem um “T”, de tabacachaio, na parede. Depois do tabaco entrou o sal e os selos. Notem como as coisas estão voltando.

15 de abril de 2012
(Texto enviado por Milton Corrêa da Costa)

O QUE É ISSO, NA FRONTEIRA SÍRIA-TURQUIA?

Há um vídeo [1] cujo título poder-se-ia traduzir mais ou menos como “fronteira turca terrorista abre fogo contra o lado sírio”, e que resume bastante bem o que está acontecendo naquele ponto de geopolítica mais ultravolátil do momento.

A voz que se ouve diz: “Essa é a fronteira Síria-Turquia, e aí se vê uma operação do Exército Sírio Livre [orig. Free Syrian Army (FSA)]. O Portão [que vem a ser o lado sírio da fronteira, onde se localiza o posto de controle] está para ser tomado.”

O que se vê, é a Turquia está dando abrigo ao Exército Sírio Livre, bem junto à fronteira, a poucos metros (metros, não quilômetros) do território sírio. Bem mais do que abrigar um centro de comando e controle da Organização do Tratado do Atlântico Norte, OTAN, em Iskenderun já há meses – fato que Asia Times Online já noticiou –, a Turquia agora já avançou sobre a fronteira, permitindo um ir e vir constante de mercenários fortemente armados, em ataque contra país soberano.
Imagine cenário como esse, mas transferido para a região da fronteira EUA-México; com, por exemplo, os estados do Arizona ou Texas atacados por mercenários pesadamente armados, várias vezes por dia.

Pode-se ver aí uma interpretação muito esquisita, que Ankara dá ao que sejam “paraísos seguros” e “corredores humanitários”, delineados como o que já se pode ver como rascunho da mudança de regime na Síria: relatório [2] feito pelo Saban Center da Brookings Institution, assinado pelo coquetel habitual de militantes de “Israel-acima-de-tudo” e ‘especialistas’ em Oriente Médio aliados do Qatar.
Por tudo isso, esperem até ver esse filme gerar incontáveis sequelas; o Exército Sírio Livre atacando um posto sírio de controle de fronteira, matando soldados e recuando sob uma saraivada de balas, que inevitavelmente atingirão um campo próximo, de refugiados sírios.

A escalada na fronteira ilustra claramente o cenário geral: guerra civil.
O ministro turco de Relações Exteriores Ahmet Davutoglu – da afamada política de “zero problemas com nossos vizinhos” – teve de interromper abruptamente sua viagem à China e voltar à Turquia, por causa da escalada na fronteira. Seria muito iluminador saber como a liderança de Pequim contou a Davutoglu que o movimento de agentes provocadores turcos é equivalente a brincarem com fogo.

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OTAN QUER A PAZ?

A escalada na fronteira também prova que a OTAN tem zero interesse no sucesso do cessar-fogo que tantos ostentam, conhecido como “plano Kofi Annan (que, de fato, não passa de versão diluída dos planos de russos e chineses). A confusão só fará aumentar – como sugeriu matéria de Russia Today [3].

Obviamente, um governo soberano – nesse caso, a Síria – teve de exigir garantias escritas de que seus oponentes superarmados cumpririam a parte que lhes cabe, no cessar-fogo de Annan.
A razão mais importante pela qual não cumprirão – o que, aliás, já declararam publicamente – é que não só o Exército Sírio Livre e outros grupos mercenários continuarão a ser armados pelo Qatar e pela Casa de Saud, recebendo pitadas de ‘rebeldes’ líbios que acorrem à Síria; há também dois países membros do Conselho de Segurança da ONU (Grã-Bretanha e França – que têm forças em campo, dedicadas a operações de treinamento, de inteligência e de combate.

A pergunta que vale um trilhão de liras turcas é se Ancara dará um passo adiante e realmente implantará os tais “paraísos seguros”; seria envolvimento direto da Turquia na guerra civil síria, quer dizer: seria declaração de guerra contra Damasco.
É precisamente o que o Exército Sírio Livre está suplicando que os turcos façam. Mas nem isso bastará para derrubar o governo de Bashar al-Assad.

Quanto ao aparato do estado policial militar de Assad, terá de ser suficientemente esperto para não se deixar arrastar, por provocação, para uma orgia de tortura, execuções sumárias e bombardeios de artilharia pesada – porque essa capacidade de automoderação é condição necessária para que Assad mantenha o apoio diplomático chave dos dois BRICs, China e Rússia. Mais uma vez, os sírios médios, colhidos no meio disso tudo, serão os mais trágicos perdedores.

[1]youtube.com/watch?v=SteUoGZSH0w&feature=youtu.be
[2brookings.edu/~/media/Files/rc/papers/2012/0315_syria_saban/0315_syria_saban.pdf
[3] rt.com/news/rebels-refugee-camp-attack-665/

15 de abril de 2012

O GORDO - CRÔNICA DO COMENTARISTA DA TRIBUNA QUE TRABALHAVA COMO TAXISTA, COM 184 KG.

Sou um homem gordo, dizem. Colegas do ponto de táxi– alguns magros e antipáticos metidos a elegantes – me elegem como alvo para brincadeiras constantes (nem sempre estou disposto a ouvi-las). Passageiros me perguntam se não me sinto mal com este peso excessivo. Respeitosamente eu lhes respondo que é o carro que está nos conduzindo… Não nego, no entanto, que entrar e sair do Siena não é tão simples, pois preciso me utilizar de uma certa “técnica”.

Um dos tantos constrangimentos que o obeso vive está no transporte coletivo (andar de ônibus, nem pensar!). A catraca do cobrador é a grande inimiga e o flagelo do gordinho, para gáudio e alegria dos demais passageiros. Dá pena a aflição do bem nutrido quando tem de descer com rapidez e se encontra pagando a passagem. Uma verdadeira catástrofe!

De modo a que eu não mais desempenhasse o papel do homem-entalado, ando agora somente de lotação, confortavelmente sentado, pois mesmo que alguém se atreva a dividir o assento comigo sua única opção é ir em pé, para minha satisfação e acomodação.

Nós, gordos, enfrentamos – além do peso – desprezos explícitos, olhares de rejeição, maledicências, sendo que seria extremamente benéfico se aceitássemos que não reside somente na estética o nosso maior problema, mas na perda da saúde gradativamente. Vai dizer isso para o gordo, tenta…
Um episódio divertido e que retrata fidedignamente o quanto somos discriminados e o verdadeiro asco que sentem de nós, foi quando busquei um passageiro numa academia, por sinal, muito conhecida da cidade. Botei o pé na porta e a primeira moça que me viu abandonou rapidamente sua atividade física, estampando na face um terror que eu jamais vira igual!

Outra jovem, esbelta, não acreditava no que via, no seu espanto era como se eu fosse um extraterreno; a terceira, que deveria ser a atendente, correu ao meu encontro berrando: “Não temos vagas, não temos vagas”!
Propositadamente, depois da calorosa recepção resolvi me demorar um pouco mais nas dependências daquele templo das formas (câmara de tortura física, para mim) ou fábrica de ilusão à perfeição corporal para muitos. Nesse tempo que permaneci lá dentro causei tamanho mal-estar que dois jovens vieram me pedir educadamente que eu me retirasse porque estava comprometendo a imagem do estabelecimento!

Alguns passageiros que transporto me falam em cirurgia bariátrica como solução; outros, em reeducação alimentar; os mais radicais dizem severamente que devo fechar a boca, passar fome, se quero de fato emagrecer; pessoas místicas, religiosas, espiritualistas, me ordenam fazer promessas, rezar, usar de simpatias e andar com amuletos. Dizem até que meu peso é castigo divino; vegetarianos acusam a carne como a maior responsável à obesidade.

Conhecidos meus, homens e mulheres, donos de corpos bem delineados, magros, me sugerem sexo em profusão (claro que observo um sorriso matreiro no canto de suas bocas); clientes do táxi que são verdadeiros atletas dizem que devo caminhar, percorrer dezenas de quilômetros(!), me exercitar sem parar…

Alguns intelectuais que eventualmente andam comigo me indicam livros que abordam essa temática, que divulgam regimes espetaculares, que determinam a eliminação dos carboidratos nas refeições e não ingerir líquidos ou medir alimento por alimento o índice glicêmico ou separá-lo por cor ou que tenha mais fibras.

Pobre de nós, os gordos, se ousássemos nos orientar por essa variedade de conselhos, opiniões e indicações. Indiscutivelmente nosso destino seria o hospício! Magros, porém, absolutamente loucos!

Francisco Bendl
15 de abril de 2012

OS PERIGOS DOS NICHOS CULTURAIS

A internet seria realmente a grande revolução profetizada por seus ideólogos?


A utopia digital não é exatamente uma novidade. Nem sequer começou quando Steve Jobs fazia suas experiências na garagem da casa dos pais com a certeza de que o uso do computador pessoal iria mudar para sempre o modo das pessoas viverem. Nos anos 50, cientistas já faziam suas experiências com computadores em rede (já existia mouse e tudo) e garantiam que o novo tipo de comunicação acabaria em uma sociedade sem intermediários, sem governos, instituições, e mesmo assim perfeitamente “equilibrada”.

Com a disseminação da internet, contudo, essa ideia se popularizou. Para os ideólogos do momento, as novas tecnologias de comunicação estavam contribuindo definitivamente para um mundo onde as pessoas se comunicariam mais rápido e mais fácil. Novamente, profetizou-se uma ideia de revolução: com a possibilidade de se juntar em redes e comunidades, ninguém precisaria mais de intermediários, e sairiam de cena os políticos, os juízes, os legisladores, os jornalistas, qualquer pessoa que ousasse atravessar o seu desejo. A internet ofereceria um mundo em que a procura havia desbancado a oferta, e onde todos poderiam buscar exatamente o que quisessem sem ninguém atravessar o seu caminho.

Era exatamente este mundo que defendi nas minhas últimas colunas, quando tentava defender o bem que o download ilimitado de bens culturais estava fazendo para as novas gerações. Graças a esse novo sistema, elas não dependiam mais de intermediários (gravadoras, editoras, grandes corporações) para ter acesso ao que queriam. Por mais que me sinta feliz em um mundo assim, confesso que volta e meia começo a me questionar: mas, e a longo prazo? Que futuro poderemos esperar de uma sociedade baseada inteiramente no conceito de procura?

Confesso que me sinto dividido ao ler argumentos tão convincentes quanto os do francês Dominique Wolton, um dos principais teóricos da comunicação da atualidade. Seu livro, Informar não é comunicar, lançado recentemente no Brasil pela editora Sulina, é o responsável por colocar essa pulguinha atrás da minha orelha quando o assunto é a liberdade da internet. Afinal, o que Wolton faz é jogar um banho de água fria em todos os utopistas da revolução digital, os que acreditam que a web abriu terreno para uma possível democracia direta. Uma democracia sem intermediários, diz Wolton, é a democracia do tirano. Tudo isso, diz ele, é fruto de uma visão tecnicista da comunicação, que não apenas cria uma confusão entre o que é informação e o que é comunicação, como também releva a capacidade crítica do receptor exposto à mensagem, e sua resistência a uma visão diferente do mundo.

Há dois anos, conversei com Wolton por telefone. Estava intrigado por seu livro, cuja ideia principal havia colocado em crise minha maneira de pensar questões como o futuro da mídia e do consumo de bens culturais através do download ilegal. O que dizia Wolton? Dizia que os avanços da comunicação deflagraram a nossa dificuldade de se comunicar, já que há um descompasso entre a velocidade e o volume de informações aos quais temos acesso todos os dias e nossa capacidade de nos comunicar.
“As informações avançam rápido, enquanto a comunicação, muito devagar. Identificamos erroneamente as técnicas de comunicação ao progresso, e esquecemos da complexidade do homem. A comunicação é uma das apostas científicas do século 21: precisamos gerar nossas diferenças, coabitar, muito mais do que dividir o que temos em comum”, me disse ele.

É aí que entra minha promessa na coluna da semana passada, quando disse que, finalmente, traria bons argumentos contrários à pirataria. Para Wolton, minha defesa sobre as novas formas de consumir bens culturais, como o donwload indiscriminado, é um suicídio a longo prazo, porque acaba com o sistema de oferta e procura e produz um público preso a nichos, comunidades.
Ao buscar somente aquilo que desejam, as pessoas estão fechando seus horizontes. Todos estão lendo as mesmas coisas, assistindo as mesmas coisas, escutando as mesmas coisas.
Ao contrário do espaço de integração e pluralidade que tanto defendi nas colunas anteriores, Wolton vê um sério risco de segmentação: usuários isolados em suas ilhas, ou limitados a seus grupos de afinidades, incapazes de dialogar com valores diferentes dos seus.

“A comunicação é um projeto político”, diz ele.
“Com a internet, corremos o risco de entrar no comunitarismo: as comunidades se prendem em suas próprias afinidades, sem dar atenção a outras possibilidades. A comunicação é uma ida e volta, é preciso negociar as diferenças”.

Fico, portanto, terrivelmente dividido. Por um lado, não sinto nem um pouco saudades do cenário cultural do passado, quando não podíamos ter acesso a todos os livros, filmes e discos que queríamos, e não éramos, acredito eu, tão cultos e bem informados como somos hoje. Por outro, me pergunto como será a produção artística em uma sociedade em que ninguém foi estimulado a ler, ver e assistir outras coisas do que as que queria originalmente.

Bolívar Torres
15/04/2012

ENQUANTO ISSO, A CNBB...

Artigos - Aborto        
A CNBB é um órgão importante do aparato publicitário da revolução socialista que se instala no continente latino-americano através da união dos partidos de esquerda mediante a tutela do Foro de São Paulo.

Segue abaixo a nota oficial publicada no site da CNBB. Esta nota pode ser acessada clicando neste link:

Nota da CNBB sobre o aborto de Feto “Anencefálico”
Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.

Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.

Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!

A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe. Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção.

Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.

A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

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Onde está na nota acima a palavra crime ou a palavra assassinato?

Não é crime matar um nascituro, seja ela perfeito ou deficiente?

Onde está na nota acima a notificação da excomunhão de Marco Aurélio Mello (Relator do projeto), Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ayres Britto e Gilmar Mendes?

Onde estão as fotos da vigília biônica contra o aborto que a CNBB “convocou”?

Onde está nesta nota o pedido a todos os católicos do Brasil que se juntem contra a eugenia revolucionária?

Onde estavam os membros da presidência da CNBB na hora do julgamento?

Tais perguntas não podem e nunca poderão ser respondidas por um fato muito simples, porém muito doloroso para nós católicos.

A verdade muitas vezes dói mas deve ser aceita e aqui estamos diante dela. A CNBB é um órgão importante do aparato publicitário da revolução socialista que se instala no continente latino-americano através da união dos partidos de esquerda mediante a tutela do Foro de São Paulo, criado e idealizado por Lula e Fidel Castro.

Assim sendo, todos os membros do corpo estratégico desta entidade estão automaticamente excomungados pelo crime de apostasia, conforme mencionado no cânon 751 do Código de Direito Canônico, pois apóiam e fomentam o socialismo e o marxismo no país, doutrinas estas condenadas por todos os Papas desde sua invenção diabólica.

Deturpa deliberadamente a Sã Doutrina, em especial a Doutrina Social da Igreja, em prol da implantação do regime mais assassino, sanguinário e violento que se tem noticia na história humana, pois nada que se tem noticia matou mais que o socialismo.

O pecado contra o respeito ao humano publicamente cometido pelos bispos que compõem esta entidade custará milhares, senão milhões de vidas.
Rogar ao Senhor que os perdoe pois “não sabem o que fazem” é faltar com a verdade, pois nada mais claro e divulgado que a Igreja é contra o aborto em qualquer sentido e todo fiel católico tem a obrigação de lutar contra a matança de bebês, com a vida se preciso for.

Todos que preferem a “política da boa vizinhança” com os inimigos da Igreja não estão com o Cristo em primeiro lugar em seu coração. Ao contrario, preferem as aparências, os cargos e os seus benefícios. São desgraçados, pois preferem de maneira consciente distanciar-se da Graça de Deus.

Peçamos a Deus que tenha misericórdia das crianças que já foram e serão assassinadas de maneira brutal e bárbara, motivadas agora em grande parte pela omissão, desobediência e covardia da CNBB.

Do site Sentinela Católico.

15 de abril de 2012

STF: O PRÓXIMO PASSO

          Artigos - Governo do PT        

A revolução cultural contra os valores cristãos não estará completa sem a liberação das drogas, além do aborto e do homossexualismo.

Consumada a travessia do Rio Estige, para entregar pessoalmente a Satã as alminhas dos anjinhos portadores de anencefalia, pergunto-me qual será a próxima inovação legislativa revolucionária do STF. Penso que a resposta está nos jornais do dia, especificamente no artigo de Denis Russo Burgierman, publicado na Folha de São Paulo (“Vai fugir da guerra, Dilma”): a questão das drogas ilegais.
Para tornar nosso país um caos pior que o México falta bem pouco. Só falta mesmo que nos tornemos oficialmente um Estado narcotraficante, moldado pela admiração e sociedade que o partido governante tem com as Farc. O autor do artigo é um dos soldados da causa traficante, todo enrolado nos argumentos sofísticos incapazes de sustentar o insustentável – a liberação das drogas – e, enquanto tal, desprovido de relevo.
O que importa nele é a notícia comentada de que chefes de Estado das Américas estarão reunidos no próximo final de semana na Colômbia, com a presença de Dilma Rousseff, com um ponto de agenda explosivo: possível legalização das drogas, como se tenta na Guatemala, com a desaprovação dos EUA.
A revolução cultural contra os valores cristãos não estará completa sem a liberação das drogas, além do aborto e do homossexualismo. É simples assim. Os dois últimos já foram parcialmente obtidos no STF, em usurpação legislativa digna de uma ditadura legal . Agora à cidadela final, que só poderá ser feito se aceito pelos países vizinhos. Esse encontro é providencial para a agenda das esquerdas.
O STF está pronto para legislar sobre o assunto nos temos demandados pelos mesmos que demandaram o aborto e a união matrimonial do mesmo sexo. O problema é de ordem diplomática, todavia: um movimento em falso aqui pode colocar o Brasil como pária internacional. Por isso é preciso criar precedentes em republiquetas como a Guatemala, para que a coisa venha num crescente, como naturalidade. E também é preciso garantir a neutralidade dos EUA, algo um tanto difícil.
A única solução para que o Brasil não despenque no precipício é tirar essa gente do poder. O voto pode ser um bom método.

15 de abril de 2012
Nivaldo Cordeiro

A CLONAGEM



 
Sem vergonha, o Brasil continuará sua rota na direção do capitalismo total. Mas seguirá batendo recordes de desigualdade moderna
por Francisco de Oliveira
Luiz Inácio Lula da Silva, então no auge da popularidade, acreditou em suas virtudes mágicas, e daquela popularidade clonou sua candidata à Presidência da República. Ela, afinal, ganhou sem muita dificuldade de José Serra, a caminho de ser conhecido como Zezinho Três Quedas.
Mas, se mesmo em biologia a clonagem tem vida curta – a ovelhinha Dolly, copiada geneticamente pelo cientista Ian Wilmut, por exemplo, não durou muito tempo –, em política ela é um expediente cujo artifício se desmancha com rapidez.

Assim, todas as dificuldades até aqui enfrentadas pela presidente Dilma Rousseff não são mais que a morte precoce da clonagem efetuada por Lula da Silva. Mas ela acreditou e aceitou o truque, até porque a tramoia integrava a montagem da sua imagem pública, que resultou na figura de todo-poderosa ministra-chefe da Casa Civil.

O truque não consistiu em tirar do bolso do colete uma candidata cuja história prévia no Partido dos Trabalhadores praticamente não existia. E tampouco lhe assegurava imunidade às trapaças internas que caracterizam hoje o partido que um dia foi a esperança de renovação da política brasileira. O mandato inicial do PT era o de levar mais adiante um tímido programa social-democrata, cujo arremedo já era ensaiado desde os dias em que Ulysses Guimarães elaborou o programa do antigo MDB.

Na verdade, apesar da retórica, desde o Bolsa Família e agora o Brasil sem Miséria, a política social sob Lula da Silva tem andado em franca regressão. Ela decaiu do patamar de política pública para o da caridade estatal. Deixou a tutela de são Marx para regressar às bênçãos de são Francisco. Nada contra, como diz frequentemente Clóvis Rossi. Até porque o grande santo de Assis, na Itália, dificilmente é ultrapassado por qualquer outra personalidade histórica, e se Lula da Silva tem essa pretensão, então a sua necessidade de psicanálise é ainda mais urgente.

É bem verdade que a celebrada intuição do ex-presidente sindicalista disse-lhe ao pé do ouvido, como faziam as antigas raposas do PSD mineiro, que o mensalão liquidou com as lideranças mais importantes do PT. E, portanto, convinha sair-se com outra esperteza para prolongar a Era Lula – Sérgio Motta, o gordo sinistro que já se foi, pensava num domínio tucano por vinte anos, e tudo durou tão somente os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.

Sem discutir nenhum dos méritos pessoais de Dilma Rousseff, é evidente que as suas dificuldades no Planalto decorrem da clonagem que Lula da Silva efetuou. Tal clonagem não consiste em tirar “ovelha” da cartola, como fez Ian Wilmut, mas em tentar anular a política por meio de uma simulada coalizão de interesses que negava a luta de classes, da qual Lula nunca gostou, apesar de ter crescido dentro dela.

ão é o arco nominal de alianças, que vai desde ele mesmo até seu antigo desafeto Fernando Collor de Mello, passando por José Sarney e Paulo Maluf, que explica a situação do ex-presidente, mas a mágica de transformar a miséria em ativo financeiro.
É isso o que o Bolsa Família faz. Oito anos de governo liderado pelo PT destinaram ao ano cerca de 14 bilhões de reais para os pobres, e mais de 200 bilhões de reais para os detentores de títulos da dívida pública interna.
Marcio Pochmann, que presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, naqueles tempos e hoje, fez os cálculos: umas 15 mil famílias detêm os tais títulos brasileiros; e os que estão nas mãos de estrangeiros, entre os quais grandes instituições financeiras mundiais, constituem uma das fatias mais importantes. O mundo todo se rendeu a Lula da Silva.

Os profissionais, contudo, sabem: o pior mágico é o que pensa que faz mágicas. O avalista dos títulos da dívida pública interna, esse milagre brasileiro, é o Bolsa Família – isto é, os pobres. E agora são os miseráveis. Quem diz isso é André Singer, o ex-porta-voz do presidente e professor de ciência política que, numa investigação que requer coragem intelectual e política, dedicou-se a estudar o que ele mesmo chama de “as bases sociais do lulismo”.
Assim, a Presidência de Dilma Rousseff saiu de uma crise para capotar na seguinte. Não é a sua inabilidade, nem a proclamada dureza, ou mesmo a falta de charme, que lhe causam dificuldade, mas o artificialismo da coalizão de interesses que Lula da Silva armou.
Na sequência da Presidência FHC, que lhe deu de presente a estabilidade monetária, sem a qual nem os pobres nem os ricos receberiam uns as migalhas e outros os bilhões que Lula os presenteia, nem a coalizão resistiria aos oito anos e agora aos prováveis mais oito de Dilma Rousseff – ou equivalente. A coalizão se baseia nessa esdrúxula somatória que Lula da Silva pensa que inventou.

A ignorância histórica é uma má conselheira: o PRI, o Partido Revolucionário Institucional, do México, que nasceu da liderança de Lázaro Cárdenas, já havia realizado façanha semelhante desde 1935, criando um esquema que durou quase meio século. Depois, o que sobrou para os mexicanos? Sobrou uma direita superagressiva, a corrupção disseminada, um país dominado pelo narcotráfico, o desmonte do Estado, uma perda de independência quase total do México, que segue preso entre as engrenagens da dependência dos Estados Unidos, nos marcos do Nafta, o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio. Já dizia Porfirio Díaz,que conhecia o assunto, pois governou o país por três décadas com mão de ferro: “Pobre México, tão perto dos Estados Unidos e tão longe de Deus.”

Não há nenhum catastrofismo pela frente. O Brasil continuará em sua rota na direção do capitalismo total, sans ambages, sem vergonha diríamos melhor, já a sexta economia capitalista do mundo, caminhando para superar várias potências europeias, ante as quais antigamente nos curvávamos. Ingressamos, finalmente, no clube dos ricos.
Não sem paradoxos muito fortes, como acontece frequentemente: Carlos Slim, do México, quase sempre está à cabeça dos mais ricos, e o Brasil já tem dois ou três capitalistas nesse time. Par contre, como dizem os franceses, continuamos a bater recordes de desigualdade moderna, e não à antiga, que, como é de bom-tom, atribuíamos às nossas heranças históricas.

15 de abril de 2012

AS FALSAS VESTAIS DO PT

Elas seriam recusadas até pelos bordéis de quinta categoria

No plano político, os petistas usam até hoje a mesma máscara de paladinos da justiça que sempre encobriu o caráter torpe que caracteriza a personalidade desvirtuada de seus maquiavéis autodidatas. São especialistas na montagem de planos mirabolantes para a destruição de seus adversários, mas pateticamente incapazes de se sustentarem no poder sem abusar da mentira como forma convencimento, e da miséria que atormenta milhões de brasileiros como método de persuasão.

No plano administrativo, os petistas não conseguem ao menos abrandar o caos que assola a saúde, a educação, a segurança, o saneamento básico. E lhe falta qualificação para estancar a corrupção que, se numa ponta os enriquece, na outra ponta tripudia sobre a dignidade humana ao negar de maneira cruel o acesso de uma multidão de crianças, adultos, jovens e idosos às mais comezinhas condições de sobrevivência.

Na esfera policial, de tanto conviverem com os corruptos ─ companheiros ou aliados ─ e com a corrupção, aprenderam a contornar a imensa fossa que os sufoca distribuindo afagos aos seus bandidos de estimação, absolvendo-os de seus crimes mesmo antes que sejam julgados pela Justiça. Os exemplos abundam e demandaria um espaço extraordinário para elencá-los.

O escândalo envolvendo o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que acabou atingindo os governadores Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Agnelo Queiroz (PT), de Brasília, dimensiona com exatidão o modo canhestro que orienta a ação dos petistas. O perigo de tornar-se realidade a CPI que tentaram encenar os desorientou, o que exigiu a imediata intervenção de sua estrela maior.

A cínica declaração do ex-presidente Lula criticando o governador tucano e poupando seu companheiro petista prenuncia uma CPI conspurcada na sua essência, cuja missão principal será enquadrar somente os corruptos opositores e, de lambuja, demolir a oposição. Os corruptos de estimação de Lula se sentirão a salvo enquanto a certeza da impunidade predominar.

Experientes na arte da empulhação, tratarão de fantasiar-se de parlamentares indignados. Procurarão vender à sociedade a imagem de donzelas indignadas, embora esteja evidente que dificuldades para se empregarem até mesmo como cortesãs de bordéis de quinta categoria. “Joguem merda no Demóstenes, maldito Demóstenes!”, berrarão coléricos. De positivo, fica a certeza de que o mau cheiro que exala de tanta podridão inexoravelmente os igualará.

No universo petista, não faltarão testemunhas para garantir a conduta ilibada do companheiro Agnelo. José Dirceu, Erenice Guerra, Antonio Palocci, José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e muito outros nomes de peso estarão à disposição. É só escolher.

15 de abril de 2012
MAURO PEREIRA

MENSALÃO: HORA DA SENTENÇA

Tudo que você queria saber sobre o escandaloso mensalão
Neste momento a Nação perplexa assiste às manobras espúrias de Lula e seus sequazes destinadas a fazer crer que o maior escândalo da República teria sido uma farsa.
 
A protelação do julgamento desse caso escandaloso custa bilhões de reais ao país, haja vista que as manobras do PT ocupam as instâncias estatais, desviam o foco daquilo que interessa à Nação, levam as instituições democráticas ao descrédito e, em especial o Poder Judiciário.
 
Decorre daí que o julgamento do mensalão torna-se imperioso não apenas para punir os criminosos acusados nesse processo, mas para reafirmar a vontade nacional eminentemente majoritária que defende a democracia e a liberdade e repudia as ações subversivas do PT no seu intento de cubanizar o Brasil
Sete anos após a eclosão do escândalo, o Supremo Tribunal Federal prepara-se finalmente para julgar os réus do mensalão. Passo a passo, entenda o trâmite do processo, as manobras dos acusados e as principais decisões tomadas pela corte.
 
Clique AQUI para saber todos os detalhes do deletério MENSALÃO
 
15 de abril de 2012
aluizio amorim

ANISTIA: NETO DE JANGO RECEBE INDENIZAÇÃO POR TER NASCIDO EM LONDRES

Considerado uma vítima da ditadura militar, o neto do ex-presidente João Goulart, o advogado Christopher Belchior Goulart, 35 anos, recebeu no início da noite desta sexta-feira, na Capital, um pedido formal de desculpas do Estado brasileiro e uma indenização no valor de R$ 18,7 mil (30 salários mínimos).
 
A decisão partiu da Comissão da Anistia, formada pelo Ministério da Justiça, e foi unânime. Outros seis perseguidos políticos ligados ao Rio Grande do Sul tiveram processos julgados.
 
Nascido em 1976 em Londres, na Inglaterra, Christopher entrou na Justiça em busca de reparação por entender que sua vida foi diretamente afetada pelas pressões vividas por seus familiares a partir do momento em que seu avô foi deposto e seguiu para o exílio.
Foto: Mauro Vieira / Agencia RB
Sei que algumas pessoas podem questionar por que um jovem de 35 anos busca esse tipo de reparação. Mas eu estou tranquilo quanto a isso. Só eu sei o quanto minha família foi prejudicada — disse Christopher.
 
Em seu voto, o relator José Carlos Moreira da Silva Júnior reconheceu que os prejuízos ultrapassaram gerações.
 
— Não restam dúvidas de que Christopher foi atingido de forma direta. Ele foi privado de ter nascido em território nacional e de aqui contar com o aconchego de sua família. É um filho do exílio — afirmou Silva Júnior.
 
De mesma opinião, o presidente da comissão, Paulo Abrão, fez questão de explicar a decisão, no auditório lotado do prédio 11 da PUCRS. Conforme Abrão, o resultado não foi motivado pelo parentesco de Christopher.
 
— Não se trata de anistiá-lo por ser neto de Jango. Mas por ter sido uma pessoa atingida por atos de exceção, como foram tantas outras.
Durante o julgamento, Christopher falou por 10 minutos. Em seu discurso, agradeceu a posição adotada pela comissão.
 
Meu país reconhece que errou. Aceito o reconhecimento e só tenho a agradecer - afirmou o advogado, emocionado.
Além de Christopher, foram anistiados e receberam reparação financeira outras seis pessoas, entre elas o engenheiro naturalizado Peter Ho Peng, preso entre 1971 e 1973 por envolvimento com o movimento estudantil. À época, ele teve os documentos recolhidos e perdeu a cidadania. Hoje, recebeu novamente o direito de ser brasileiro, e foi aplaudido de pé.
 
Confira quem foram os sete perseguidos políticos anistiados nesta sexta:
 
Christopher Goulart
Neto do ex-presidente João Goulart, Christopher nasceu em Londres, na Inglaterra, em 1976, enquanto sua família estava no exílio. Aos 35 anos, é advogado e ativista na área dos direitos humanos e segue lutando para que sejam esclarecidas as circunstâncias da morte de seu avô.

Sandra Iglesias Macedo
Gaúcha, foi casada com o jornalista já falecido Celso Afonso Gay de Castro, a quem acompanhou no exílio em 1971, passando por países como Chile, Argentina e França. Retornou ao Brasil após a Lei da Anistia, em 1979. Também foi militante na luta contra a ditadura.

Diógenes Sobrosa de Souza (já falecido)
Representado pela viúva, Lia de Souza, no julgamento que resultou em sua anistia, Souza foi soldado da Brigada Militar em Três Passos entre 1966 e 1967. Foi forçado a deixar a corporação por lutar contra a ditadura. Tornou-se membro da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Permaneceu preso entre 1970 e 1979, quando sofreu tortura. Cometeu suicídio em 1999, em função das sequelas da perseguição.

Peter Ho Peng
Nasceu em Hong Kong e chegou ao Brasil em 1950, onde foi naturalizado brasileiro. Estudou Engenharia na UFRGS, em Porto Alegre. Formou-se em 1970 e foi líder estudantil. Acabou preso em 1971. Ao ser libertado, em 1973, teve os documentos recolhidos e perdeu a cidadania, sendo obrigado a seguir para os Estados Unidos.

Namir José Oliveira Bueno
Foi funcionário do Banrisul na Capital e participou da greve dos bancários que sacudiu Porto Alegre em 1979, junto com personalidades como o ex-governador Olívio Dutra. Foi preso e, oito dias após a soltura, acabou se demitindo do banco por pressões políticas.

Jorge Luiz Marroni
Foi membro da Ação Popular e do Partido Revolucionário dos Trabalhadores. Gaúcho, respondeu em Porto Alegre a um inquérito policial militar por participar do movimento estudantil. Mais tarde, foi preso em Goiás, por integrar uma ação de resistência no município de Trombas.

Davi Guimarães Dib
Filho de Samuel Dib, preso político, foi compelido a se mudar para a ex-União Soviética em 1975 para escapar das perseguições e ameaças.
 
Juliana Bublitz
15 de abril de 2012
 
Fonte: Zero Hora
citado no Blog do Montedo
 
COMENTO: eu também quero indenização, mas por ter nascido nessa pocilga de país! Ora, é só dar uma pequena olhada na lista de agraciados e nos motivos da 'perseguição' sofrida para se ter uma idéia do quanto a patifaria domina os recursos públicos 'deçepaíz'.
 
- Um advogado que nasceu três anos antes da Lei da Anistia. Quem devia explicações à justiça brasileira, na época, era seu avô, o qual morreu dois meses depois do nascimento desse sofrido jovem. Os pais do garotão não estavam no Brasil por que optaram pela sofrida vida européia, certamente financiada pelo vovô.
 
- A sofrida esposa do jornalista, nos seus oito anos de exílio e militância contra a ditadura, deve ter padecido muito no Chile, Argentina e França.
 
- Um brigadiano 'forçado a deixar a corporação' a que serviu por dois anos e que se suicidou vinte anos após a Lei da Anistia, não resta dúvida sobre a responsabilidade dos pagantes de impostos em indenizar seus atos.
 
- O pobre 'ling-ling' defenestrado do país por ser 'líder estudantil' não revela que sua expulsão se deveu ao envolvimento com organização política ilegal na época.
 
- Um bancário grevista que se demite do emprego também não deixa dúvidas quanto à culpa da sociedade pela sua opção.
 
- Um estudante gaúcho preso em Goias em uma "ação de resistência" é claro que foi mais um injustiçado.
 
- Um outro inocente "compelido a se mudar para a ex-URSS".
 
Na forma como são apresentados, são realmente vítimas do arbítrio pois nada fizeram para ser presos pelos selvagens militares que dominavam 'eçepaíz'. Por fim, não posso deixar de aproveitar a expressão "filho do exílio", usada a respeito de um dos agraciados para afirmar que tenho a certeza de que os membros da tal comissão não passam de uns filhos de quem a boa educação me impede de citar o adjetivo.
 
E assim seguem os canalhas, distribuindo as verbas públicas surrupiadas dos contribuintes - as quais deveriam ser utilizadas em proveito da sociedade - para encher a guaiaca dos cupinchas.
 

SERÁ QUE DESSA VEZ VAI PRO VINAGRE?

PF avança na investigação de corrupção em programa do Ministério do Esporte

A Polícia Federal avança nas investigações de denúncias de corrupção no Instituto Cidade, de Juiz de Fora, de onde desapareceram R$ 2,4 milhões — quando Orlando Silva era ministro – , destinados ao programa Pintando a Cidadania, do Ministério do Esporte, assunto divulgado neste espaço desde 2009.

Depoimento
Na semana passada, a senhora Sandra Helena Rodrigues Costa, que preside a cooperativa contratada pelo Instituto Cidade para produção de material esportivo, prestou depoimento ao delegado Ronaldo Guilherme Campos, da Polícia Federal.

Ela confirmou, entre outros dados, o que já havia dito em reportagem: filiados ao PCdoB que não trabalhavam no projeto recebiam vale-transporte do Instituto Cidade.

“O gerenciamento do vale-transporte era da Senhora Margareth, prima de Wadson Ribeiro” – à época secretário do Ministério do Esporte, amigo de Orlando Silva e um dos políticos do PCdoB com pretensões a se tornar prefeito de Juiz de Fora, em novembro próximo.

Será que o vale-transporte já fazia parte de apoio a cabos eleitorais? Está aí o que a polícia também investiga.

Na prática, o dinheiro do programa do Pintando a Cidadania era repassado pelo Ministério do Esporte ao Instituto, que pagava os funcionários da cooperativa. Mas…
Surpresa
“Um dia, o diretor do Instituto – José Augusto Silva – anunciou que o dinheiro tinha acabado, mesmo faltando confeccionar mais da metade do material – bolas, redes, bolsas, agasalhos etc”, declarou Sandra Helena.

Indagado sobre o motivo do fim da parceria, já que o material não havia sido produzido, José Augusto explicou, conforme registros de Sandra Helena à PF. “Assumo que desviei o dinheiro para outros programas do Instituto Cidade”, ONG intimamente ligada a Wadson Ribeiro
Quedas
Diante desse escândalo e tantos outros, o ministro Orlando Silva acabou demitido pela presidenta Dilma Rousseff.

Antes, detonou o responsável pelo programa Pintando a Cidadania, Wadson Ribeiro, de Juiz de Fora, cidade mineira pela qual já disputou vaga para deputado federal (PCdoB), mas não se elegeu.

As investigações continuam e o delegado Ronaldo Guilherme Campos ainda quebra a cabeça para descobrir onde foram parar R$ 2,4 milhões do Ministério do Esporte.

Em breve, novos capítulos. Porém, o maior problema é que, devido essa irresponsabilidade da equipe do ex-ministro Orlando Silva, cerca de 250 famílias passam por enormes dificuldades em Juiz de Fora. A Cooperativa perdeu um trabalho que empregava mão-de-obra com muito trabalho pela frente, hoje desempregada.
Wadson e Orlando: investigados pela PF

Enquanto isso…
Neste país sem memória e de corrupção renovada continua a mais recente e emocionante novela, tendo como principais protagonistas os senhores Carlinhos Cachoeira, Agnelo Queiroz, Demóstenes Torres e por aí vai.

Com uma novidade: quem investigará essa gente são Fernando Collor e Renan Calheiros, entre outros senadores…

E agora, vai?

José Cruz
15 de abril de 2012

ENTREMENTES... NO PALÁCIO PATOGÊNICO DO GOVERNO...

Neste fim de semana, em São Bernardo, no seu primeiro palanque público depois de ser liberado pelo médico Roberto Kalil Filho, Lula falou, tossiu, bebeu água, chorou e disse que deve voltar em "15 ou 20 dias". Mas não falou, digamos, de maneira "categórica".

Na mesma data, um pouco mais à noitinha, Zé Sarney baixou ao Sírio- Libanês e o mesmo Roberto Kalil Filho que, depois de Zé Alencar, já teve nas mãos assépticas a primeira-presidenta Dilma, coordenou a instalação de um stent no coração do presidente do Senado.

Quer dizer, o Sírio-Libanês é o palácio patogênico do governo e Kalil Filho o presidente-executivo de plantão na República dos Calamares.

Michel Temer, como tem acontecido em trocas de ministros e com tudo mais que acontece nas esferas do poder, ainda não foi avisado.

Em compensação, continua com aquelas feições imperscrutáveis que o irônico ACM identificava como as de um mordomo de filme de vampiro e tão inescrutáveis quanto fazem bem à concepção que o papa do PMDB construiu para o seu posto de vice-presidente mais enfeitado da história da nação.

Ao fim e ao cabo, de mais este final de semana, conclui-se que Lula não é mais feliz que Sarney que não é mais feliz que Dilma que tanto faz como tanto fez para Michel Temer que não tem nada a ver com isso. Ele apenas cumpre plantão, pronto como Kalil, para qualquer eventualidade.

RODAPÉ - "Imperscrutáveis" e "inescrutáveis" só têm uso e razões desculpáveis em notícias de domingo. Mesmo tirando o ritmo do texto, são boas para fazer rima. Gil e Caetano até já pensam em compor alguma coisa juntando as duas num verso só. Ou, quem sabe até, um deles ocupar um cargo público por causa disso e daquilo. Sabe cumé, né meu rei?... Como diria Michel Temer: - Um plantão de fim de semana a gente nunca sabe como termina. (Ops!... Isso ele falou de "uma CPI"- por acaso, a do Cachoeira).

15 de abril de 2012
sanatório da notícia

NOTÍCIAS LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO...


Reprodução
Agnelo, tiririca da vida, nega intercessão por contratos do GDF com a Delta Construções.

Reprodução
Kiko Chaves, mesmo sem dizer nada é mais engraçado que Agnelo.

Sarney tá dodói no Sírio-Libanês


Zé Sarney está no Sírio-Libanês, o SUS das Elites. Foi passar um fim de semana por lá. Talvez até aproveite para se submter a alguns exames, já que não se sentiu bem na hora de pousar a cabeça no travesseiro e conversar com ele mesmo, na noite desta sexta-feira, 13.

Sarney não gosta de ser contrariado. Essa coisa de abrirem uma CPI do Cachoeira, o deixou extremamente chateado. Ele tem engulhos só em saber que a CPI, planejada para pegar no pé da oposição, vai acabar dando tiro no pé do PT, da base aliada e encher de furo a barriga do governo.

CENA TRAGICÔMICA

Depois do anúncio ainda não "categórico" de que sumiu o seu câncer na laringe, Lula ao abrir a primeira página de sua agenda de cabo-eleitoral do ano, deparou-se com um quadro de cores estranhas: o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Hahahadadd, e a senadora Marta Suplicy (PT), em colóquios sobre solas de sapato. O pano de fundo era um palanque, em São Bernardo do Campo.

A tragicômica cena roubou as atenções que deveriam estar voltadas para o lançamento do Centro Educacional Unificado (CEU) Regina Rocco Casa, por mérito e coincidência notáveis, nome da mãe da ex-primeira dama, Marisa Letícia.

Marta entrou nessa moldura, como Pilatos entrou no Credo. Foi lá, porque esse tipo de centro educacional foi a marca registrada de sua administração como prefeita de São Paulo. Se Marta não fosse, logo os marqueteiros petistas providenciariam a imediata transferência dessa ideia para o novo candidato anencéfalo que Lula aprontou para os eleitores paulistanos.

Por isso e por aquilo, por esta e outras, Lula aproveitou a ocasião e botou de novo a voz rouca na rua. De olho no par de vasos a seu lado, Lula falou por seis minutos. Ele prometeu voltar de uma vez por todas à campanha do PT e da base
coalizada em 15 ou 20 dias. Não, nenhum médico da equipe do Sírio-Libanês estava lá para passar atestado de sanidade à peça de oratória do presidente de honra do PT.

Reprodução/Div
O que um político não faz para conseguir o que deseja... Mal desceu do palanque, Fernando Hahahaddad já teve que dar explicações quando chegou em casa.

15 de abril de 2012´
sanatório da notícia