"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 9 de julho de 2012

AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS VINDAS DO EGITO NÃO SÃO NADA BOAS

Horas depois de a Suprema Corte Constitucional do Egito anunciar que o Parlamento continuará dissolvido e que o Poder Legislativo ainda está a cargo dos militares, a Irmandade Muçulmana convocou uma marcha de um milhão de pessoas para apoiar o decreto de domingo do presidente Mohamed Mursi, que restabeleceu a abertura da Câmara.

Há uma queda de braço declarada entre o recém-eleito presidente Mohamed Mursi, representante da Irmandade Muçulmana, e a cúpula militar apoiada pelos juízes da Suprema Corte.

O cenário se tornou extremamenete explosivo, visto que a Síria está as portas da guerra civil e ainda há a ameaça da Turquia entrar no conflito para a derrubada do presidente sírio Assad. Uma faísca poderá desencadear uma guerra generalizada envolvendo, Síria, Líbano, Israel, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita e até o distante Irã. Todo cuidado ainda deverá ser pouco.

Realmente, a decisão do presidente Mohamed Mursi de reabrir o Parlamento foi uma surpresa interessante. Na verdade trata-se de disputa pelo poder.

Lembro que João Goulart em 1961 enfrentou a cúpula militar, que concordou com sua chegada ao poder após a renúncia de Jânio Quadros, desde que fosse no regime parlamentarista. Jango aceitou e seis meses depois lançou um Referendo para o povo decidir: Presidencialismo ou Parlamentarismo?
Venceu o Presidencialismo, lógico.


Então, a partir desse gesto, o presidente Goulart nunca mais teve trégua dos militares até sua queda em 31 de março de 1964. No Egito, penso que haverá repetição do drama brasileiro.

Os militares e a Corte Suprema fecharam o Parlamento de maioria muçulmana exatamente para
reduzir o poder do atual presidente sabedores de que iria ganhar as eleições. O sistema tem seus próprios meios de pesquisa, que são infalíveis diferentemente dos Ibopes da vida, que de vez em quando falham.


O decreto presidencial terá consequências políticas, pois os militares são uma força importante no cenário explosivo do Egito. E afinal, depois de mais de 50 anos no poder, os militares não entregarão facilmente ao presidente civil as estruturas governamentais que geram mordomias e negócios interessantes.

Poucos estão se lixando para os interesses da nação egípcia, do seu povo e dos jovens que realmente lideraram a queda de Mubarack. As grandes potências têm muitos interesses no Canal de Suez, e para a segurança de Israel o acordo de Campi David precisa de continuidade.

Todo cuidado ainda será pouco em relação aos atuais senhores do Egito. Um novo golpe militar será desastroso para a democracia no Oriente Médio e poderá levar aquela nação que foi o berço da civilização, juntamente com o Iraque, para uma guerra civil e o advento do terror para os 60 milhões de habitantes, a maior população entre os países do Oriente Médio.
De que adianta um Trono Manchado de Sangue, a propósito do filme de Akira Kurosawa?

Roberto Nascimento

POR QUE A REFORMA TRABALHISTA ESTÁ TRAVADA?

No Brasil, o empresário que assina a carteira, paga os impostos e garante proteção aos funcionários, também enfrenta concorrentes que trabalham informalmente e têm custos bem menores. Nos Estados Unidos, a porcentagem que o empregador paga de encargos sobre a folha de pagamentos é de 9,03%.

Na Dinamarca, 11,6%; no vizinho Uruguai, 48,05% e na Alemanha, 60%. O Brasil é o campeão mundial absoluto em encargos trabalhistas: 102,76%, mais do que o próprio salário.


A invasão de produtos importados de outros países, a exemplo China, Japão e Indochina, desestimula a contratação de mão de obra brasileira, deixando a míngua milhares de pequenas indústrias, que poderiam gerar divisas e melhorar a vida de trabalhadores e seus familiares.

Um desses exemplos é o setor gráfico, já que as editoras que vencem as licitações de livros didáticos do governo geralmente imprimem o conteúdo no exterior por conta do baixo custo.
O governo é o maior cliente de livros e deveria exigir que fossem feitos inteiramente aqui, o reflexo é que no ABCD (SP), o setor já teve 900 empresas e 13 mil empregados diretos no início da década de 1990, hoje são 680 empresas e seis mil trabalhadores.

Temos a reforma trabalhista estagnada no Congresso, onde estão reunidas cerca de 11 mil propostas de emendas, projetos, sugestões, pareceres, numa completa metamorfose legislativa sem precedente.

Seu novo texto (embora travado) parte de uma proposta de enxugamento defendida pelos conservadores, para outra que amplia para 1,4 mil artigos, sustentados por políticos petistas e aliados aloprados, empresários atrelados ao Bird e ao Banco Mundial, e o sonso sindicalismo cutista, que usa a máquina deste judiciário para manter posições políticas nos estados.

###

DILMA DIZ NÃO

Em março de 2012, durante reunião com representantes de seis centrais sindicais, a presidente Dilma Rousseff negou que o governo pretenda mudar a legislação trabalhista, dando como exemplo, permitir o trabalho por hora, proposto por empresários dos setores do comércio e de serviços.
“No meu governo não vai ter reforma trabalhista. Nenhum ministro está autorizado a falar sobre isso ou propor qualquer coisa nesse sentido”.

De fato a proposta não agradou, porque permitiria a dispensa dos trabalhadores que recebem salário mensal, para recontratá-los em regime temporário.

PICHAÇÃO LEGAL

http://www.sponholz.arq.br/charges/grd/charge_grd_009.jpg


O ARTICULISTA PERCIVAL PUGGINA E A VERDADE RE A LUTA ARMADA E

O articulista Percival Puggina expõe fatos irrespondíveis, envolvendo a turma da luta armada e seu distanciamento da vida nacional, e fala de forma até gentil. Assisti de perto ao trabalho daqueles audazes resistentes, considerando serem eles pessoas tão valentes e tão preparadas que nos faziam sentir apequenados, até parecia que falavam outro idioma. A constatação da completa falta de apoio popular é lapidar: o povo não falava aquele idioma.

O Brasil nunca foi nem nunca será marxista. E muitos dos marxistas poderão ficar embaraçados se souberem o verdadeiro nome do papa/messias da teoria revolucionária que pretendeu – pretendeu mesmo?… – postergar o capitalismo com aquele papo canseira de mais valia (procedente como visão teórica e prática, mas empolada no seu “como”) e outras falas alienígenas. Os fatos comprovam por inteiro as palavras claras e simples do Percival.

Outro dia vi um ex-guerrilheiro falando sobre suas atividades revolucionárias num programa especial de TV. Curiosíssimo o depoimento, porque conheci o cara quando o meio artístico de Rio e São Paulo se mexia querendo alterar as regras ditatoriais que regiam ECAD, CNDA, sindicatos e Ordem dos Músicos. Em momento nenhum, no depoimento do ex-guerrilheiro, apareceu a palavra Brasil ou qualquer conteúdo aproximado de nacionalismo ou patriotismo.

Ele e sua organização lutavam por que objetivo ou ideal? Lutavam pelo País ou por uma ideologia que sonhavam implantar aproveitando a mão grande da ditadura? Qual era o “Brasil” desses caras? Seriam internacionalistas, já então estariam lutando pela globalização política e pela implantação do governo único no planeta?

Teriam, outrossim, Lênin, Trotsky e Stálin cacife para serem admitidos como líderes/ícones do povo brasileiro? Fica até grotesco pensarmos em nossos índios ou nordestinos comuns se referindo à trinca vermelha como sendo coisa saída mesmo de dentro de seus peitos…

###

EXECUÇÃO SUMÁRIA

Mais admirável ainda é sabermos hoje de execuções sumárias praticadas dentro das organizações quando algum quadro entrava em suspeição. A que instância “divina” obedeciam os que eliminavam outros membros? Ao manifesto do Partido Comunista ou ao Livro Vermelho de Mao? Por que simplesmente não expulsavam o cara? Por medo de ele dar todo o serviço às forças repressivas? E esse temor os autorizava a eliminar um ser humano, não concedendo a ele qualquer direito de defesa?
Bem, o ex-guerrilheiro alegava tratar-se de uma guerra. Não era: era guerrilha, condenada em todos os sistemas legais e tratados internacionais como sendo atividade criminosa ou coisa que tal.

A partir do depoimento do ex-guerrilheiro, respeitante ao direito que os guerrilheiros se concediam de eliminar sumariamente qualquer quadro que caísse em suspeição, comprovada ou não, a valer essa “legislação”, imagine-se o que decorreria caso, mesmo que sendo algo impensável, essa turma se alçasse ao poder… Sobreviriam massacres exatamente como depois da ascensão dos comunistas na União Soviética e em todo o Leste, sem contar nos países do Oriente, que beleza!

Então, Percival Puggina falou e disse. A turma dessa Pindorama não reconhece aqueles opositores em armas: “Escassos serão os que lhes atribuem qualquer mérito na necessária redemocratização. Com razão dirão que a retardaram. Não os reconhecem como democratas.”

O brasileiro comum, fadado ao fracasso histórico, condenado às filosofices do louro josé e ao besteirol televisivo casado no civil e no religioso com a plutocracia e a corrupção, prossegue torcendo o nariz ao sentir a inhaca da fala marxista. Por sinal, extinta e de nada saudosa memória, graças ao nosso bom Deus.

A TOGA CORPORATIVA E MEDÍOCRE IMPEDE TRANSPARÊNCIA NOS SALÁRIOS PAGOS PELO POVO

A toga vetusta, corporativa e medíocre concedeu liminar para suspender a publicação dos vencimentos dos servidores. Em suma, mandou a lei da Transparência para a “lata do lixo”.

Este é o retrato do Poder que a sociedade brasileira utiliza para resolver suas pendengas judiciais.
Para eles, entre eles tudo vale, mas para o povo, e´esperar, decisões são medíocres, e ainda debocham dos advogados e das partes em audiências. Se isso não é um caso perdido, minha vovozinha andava de bicicleta. Confira a notícia, nua e crua:

A União está proibida de divulgar os rendimentos individualizados de todos os servidores Federais dos três Poderes. A decisão liminar foi proferida pelo juiz Federal Francisco Neves, da 22ª vara do DF, acolhendo pedido da CSPB – Confederação dos Servidores Públicos do Brasil.

A Confederação alegou que considera que a medida em foco desprestigia os princípios da preservação da privacidade e da segurança, que constituem exceção ao princípio da publicidade.

Para o magistrado, decreto 7.724/12 , que regulamentou a lei 12.527/11 (lei de acesso à informação), não encontra correspondência na norma. Segundo ele, o decreto, “em nenhum de seus comandos”, determinou fossem divulgados à sociedade, à guisa de transparência, dados referentes à remuneração dos agentes públicos.
Neves irá analisar o que será feito em relação aos dados já divulgados somente depois de ouvir a União.

09 de julho sw 2012
Roberto Monteiro Pinho

A DEMOCRACIA DA "PRESIDENTA"

Luiz Inácio Lula da Silva, levou 4 anos e meio como presidente para receber a primeira vaia do povo, o fato deu-se no Maracanã, durante a abertura dos Jogos Pan Americanos em 13/7/2007. Ele foi diversas vezes vaiado pelo público e não fez o discurso de abertura dos Jogos.Já a sua invenção, atual presidente Dilma Rousseff, por ser amorfa, sem ter personalidade política e carisma, está sofrendo o inferno astral de seu criador.

Em pouco mais de um ano e meio de governo, no decorrer de 2 dias, foi vaiada 3 vezes. Uma vez em São Paulo e duas vezes no Rio de Janeiro.

Durante visita a São Bernardo do Campo (SP) na quinta-feira (5), a presidente Dilma Rousseff enfrentou um protesto de estudantes e servidores de universidades federais em greve. Os estudantes gritavam: “Dilma a culpa é sua, a minha aula é na rua”.

Os manifestantes protestaram durante a cerimônia de inauguração de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). “O pessoal pode se acalmar que as coisas irão para os seus lugares na hora certa. Pode ter certeza disso”, disse Dilma, ao final de seu discurso.

Na sexta (6), Dilma Rousseff foi ao Rio entregar 460 apartamentos. Enfrentou um protesto de estudantes. A rapaziada gritava pela destinação de mais verbas para a educação.
Nesse ponto começou a entrar em cena a democracia de Dilma, com a intervenção dos seguranças. Estes sem muita conversa, rasgaram cartazes. Tomaram os celulares dos que filmavam o entrevero. Lançaram os aparelhos no solo. De resto, impediram que os repórteres levassem sua curiosidade para perto do tumulto.

As vaias prosseguiram em um segundo estágio, quando a “presidenta” foi inaugurar uma ala nova da emergência do Hospital Miguel Couto. Aguardavam-na professores e servidores de hospitais federais em greve, que gritavam em coro. “Saúde na rua, Dilma a culpa é sua!”, gritava a turba. “A greve é todo dia, porque a Dilma não negocia!”, variavam os manifestantes.

Não podendo entrar pela porta da frente Dilma valeu-se de uma lateral, quando chegou no elevador, este não funcionava, foi obrigada a subir pelas escadas, fato que a irritou e só de pirraça não fez discurso.

Ainda para terminar, depois da violência dos seus seguranças, teve a coragem de falar em democracia, ao responder a um repórter que tinha perguntado se ela vira os protestos do lado de fora: “Vi, meu querido. Vivemos numa democracia, vocês querem o quê?”.
…E continua o Brasil, sob comando do Dilma, descendo a ladeira.


09 de julho de 2012
Giulio Sanmartini

(*) Fotomontagem: Dilma e Lula, duas formas de enfrentar as vaias.
(*) Fonte: “The Passira News”

POTE DE OURO


Vejo no blog O Mascate, de 30/Março, uma matéria das boas, com a foto que ilustra este texto. O detalhe é que a redação do blogueiro é do cesto da gávea. Eu não devo modificar nem descrever, com minhas próprias palavras, o que está no texto. Nem conseguiria, tão indecoroso é o assunto. Então, com a licença do nosso distinto editor, vou reproduzi-la.
A foto, do mesmo blog, é uma fotomontagem maravilhosa, muito bem executada, explicando o que é uma metamorfose ambulante. Merecedora de prêmio!

“E para quem acredita que o Brasil é realmente uma democracia, eu digo que isto aqui não passa de uma capitania hereditária, mambembe, daquelas bem furrecas e caras. O povão vai votar, mas permanecem no poder sempre os mesmos e seus herdeiros. A velha da foto, que mais parece um traveco decadente, é a deputada Nice Lobão.

Nada mais do que a mulher do senador e sinistro Edison Lobão e mãe do Senador Lobão filho e do Edinho Lobão, diretor da BB Seguradora. A véia piloto de provas de vassoura tirou nada menos do que 82 licenças médicas só no ano de 2011, e dos 101 dias de trabalhos na câmara ela apareceu em 19. Mesmo licenciada e afastada ela continua recebendo seus vencimentos em média de R$ 100.000,00 ao mês e mais R$ 470.000,00 em verbas diversas.
Uma baba de 1.670.000,00 para quem trabalhou efetivamente 19 dias em 2011. Ou (+-) R$ 88.000,00 por dia trabalhado.
A família Lobão está fazendo o pé de meia as custas de eleitores burros que ainda votam sem entender para que serve uma eleição. E a imoralidade, a farra do dinheiro público, e a bandalheira continuam correndo soltas no país do futebol.
Da maneira que vai, o Brasil não agüenta o repuxo sem quebrar a banca. O que se desvia, se rouba, se super-fatura, e o que se paga em salários exorbitantes para político vagabundo fazer de conta que trabalha, é uma imoralidade. E com a situação econômica mundial a pocilga não segura o rojão.

Tem que fechar esse congresso urgentemente. Temos que começar do zero com leis mais inteligentes e menos corporativas, pois de democracia, só temos a “obrigação” de votar, porque do resto é feudalismo, hereditariedade e muita ditadura disfarçada.”

Magu
09 de julho de 2012

(*) Fotomontagem: Luluf a merdamorfose.

NOTA AO PÉ DO TEXTO

A notícia desse escândalo, já fora registrada neste blog.

POETA E CRIMINOSO

No sábado (7), faleceu o político paraibano Ronaldo Cunha Lima (76), exerceu todo os cargos eletivos de seu estado; vereador, prefeito, deputado estadual e federal, senador e governador.

Fora de sua Paraíba, tornou-se conhecido como poeta, todavia seu nome teve repercussão nacional no ano de 1993, pelo caso Gulliver, que foi quase ignorado pela mídia, durante suas exéquias.



No dia 5 de novembro desse ano, quando ele exercia o cargo de governado, entrou no restaurante Gulliver, em João Pessoa e deu três tiros no ex governador do mesmo estado Tarcísio Burity. Cunha Lima tinha a intenção de vingar-se publicamente do agredido.

Os tiros foram disparados em reação às supostas críticas que Burity teria feito ao filho de Ronaldo Cássio Cunha Lima, então superintendente da Sudene. Isso teria sido feito em uma entrevista, concedida ao vivo minutos antes, em uma emissora de TV da capital.

Burity sobreviveu aos tiros, embora tenha ficado alguns dias em coma. O episódio e o ferimento causaram-lhe outros problemas de saúde e, dez anos depois do crime, no dia 8 de julho de 2003, ele morreu de falência múltipla de órgãos. Em sua defesa, Ronaldo Cunha Lima alegou que Burity o ameaçava e que não premeditou o crime.
Cunha Lima renunciou ao cargo de deputado federal (2007), para livrar-se do foro privilegiado que lhe permitia ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal STF e o caso passou a ser competência da justiça comum no seu estado, onde deveria ser julgado por júri popular. A intenção do réu era estar no seu reduto, onde teria facilidades em manipular a magistratura e em última instância pressionar, os jurados.

A coisa funcionou, pois o criminoso ficou impune nessa agressão, que em médio prazo levou à morte Burity.
Seu filho senador (PSDB-PB) junto ao caixão do pai em câmara ardente ainda disse: “Vai ser um eterno poeta. Um humanista , um poeta, um homem público que mostrou que é possível fazer política com decência, com dignidade”.
Pecado que não se ficou sabendo a opinião dos três filhos de Tarcísio Burity.

09 de julho de 2012
Giulio Sanmartini

(*) Fotomontagem: Cunha Lima e Burity

O HERÓI AMAZÔNICO E ANTICOLONIALISTA


Sugestão do Leitor

Caro leitor, neste espaço, você pode participar da produção de conteúdo em conjunto com a equipe do Opinião e Notícia. Sugira temas para pautas preenchendo os campos abaixo. Participe!

article image
Nascido na Irlanda, Roger Casement denunciou abusos cometidos por colonizadores belgas no Congo, e empresas britânicas no Peru, antes de ser condenado por traição (Reprodução/Internet)

Vida de Roger Casement, que defendeu africanos, indígenas sul-americanos e separatistas irlandeses é tema de 'O Sonho do Celta', novo livro do escritor peruano Mario Vargas Llosa

Em 1884, Roger Casement, um jovem da Irlanda do Norte, juntou-se a uma expedição até o rio Congo liderada por Henry Morton Stanley, acreditando que o comércio, o cristianismo e o colonialismo ajudariam a emancipar o continente negro.

Quando deixou a África, 20 anos depois, Casement era a figura principal de uma campanha internacional para denunciar os abusos cometidos pelos colonizadores belgas no Congo. Como cônsul britânico, ele publicou um relatório que detalha como os africanos foram espancados e mutilados para que fornecessem borracha para exportação para a Europa.

Quando a notícia de que o boom da borracha havia gerado um reino semelhante de terror contra a população indígena em Putumayo, na Amazônia peruana, o secretário britânico de Relações Exteriores enviou Casement para investigar o assunto, afirmando: “Você é um especialista em atrocidades. Não pode dizer não”. Suas descobertas levaram ao colapso da Companhia Amazônica Peruana, a empresa londrina responsável pela extração. Casement foi condecorado, e o Times o saudou como “um grande humanitário”.

Um homem apaixonado de caráter complexo, Casement é um protagonista perfeito para Mario Vargas Llosa, escritor peruano que ganhou o prêmio Nobel de literatura em 2010. O Sonho do Celta é uma biografia ficcional meticulosamente pesquisada e um inteligente romance psicológico.

A fama de Casement rapidamente se transformou em notoriedade. Apenas alguns anos depois de seu sucesso elogiado no Peru, ele foi enforcado na prisão Pentonville de Londres como traidor. Depois de ter transferido sua sede de justiça à luta pela independência irlandesa, ele buscou apoio militar alemão para a causa durante a primeira guerra mundial. Casement foi capturado em 1916 em uma praia irlandesa durante uma tentativa frustrada de transportar 20 mil rifles alemães. Seus captores britânicos tentaram manchar ainda mais o seu nome, revelando diários nos quais ele detalhava encontros homossexuais com jovens de vários continentes.

As passagens mais fortes do livro são aquelas em que o autor entrelaça habilmente cenas na prisão de Pentonville com detalhes da vida anterior de Casement, traçando a evolução de sua consciência. O Sonho do Celta é um conto moral. É sobre a escolha entre a negação ou a denúncia frente ao mal, e a linha tênue entre ativismo e fanatismo. Isso faz com que uma velha história se transforme numa narrativa surpreendentemente contemporânea.

09 de julho de 2012

RINHA HUMANA

Anderson Silva e Chael Sonnen durante a pesagemFoto: Getty Images / Divulgação
O fim-de-semana foi animado pela revanche entre os brutalhões Anderson Silva e Chael Sonnen, lutadores de um esporte cujo principal objetivo é produzir lesões, ferimentos e literalmente levar a lona o adversário.
Assim é o UFC, espetáculo de selvageria que foi enlatado pela televisão até se transformar em febre em todo o mundo.
O esporte é de uma brutalidade impressionante. Os gladiadores são colocados no centro de uma arena octogonal onde se espancam mutuamente até que um deles seja subjugado.
Todo mundo já viu alguma vez e sabe como esse "esporte" transformou a violência em estado em matéria-prima para o espetáculo.
O circo romano do UFC não deve nada às lutas medievais. Apenas um elemento -- a superação pela morte -- ainda está ausente da cena.
Ainda.
A selvageria se transformou em indústria e rapidamente caiu no gosto dos brasileiros.
Não deixa de constituir um paradoxo que um País que não permite brigas de galos (pobre Duda Mendonça!) transforme o massacre das lutas de UFC num evento popular, com agenda prescrita nos jornais e transmissão ao vivo pela TV.
O resultado é visível. Na periferia das grandes cidades, jovens sem perspectiva já começam a imitar o visual dos lutadores, tatuam os nomes de seus heróis pelo corpo e se preparam para seguir o caminho de aberto pelos Anderson Silva da vida.
Na porta das escolas, dento das salas-de-aula, o vale-tudo já começou. São cada vez mais violentas as lutas entre colegas. Meninas assumem o papel de brutamontes em confrontos sangrentos com rivas.
E por qualquer motivo: a disputa por um namorado, uma diferença de opinião, o posicionamento antagônico em relação a grupos que se confrontam como adversários.
Com isso, o fenômeno das gangues ganha, na banalização da violência, um poderoso catalizador. Brasília que o diga.
Não entendo no que a massificação desse esporte, que faz o boxe assumir as feições de um encontro de comadres, pode ajudar a aprimorar e humanizar a sociedade.
Não entendo por que galos de briga não podem ser colocados em uma rinha enquanto dois selvagens humanos podem se agredir até a exaustão e a humilhação máximas diante de uma platéia de milhões.
Certo mesmo é que tem muita gente ganhando dinheiro com cada gota de sangue que cai sobre o piso do octógono. Talvez seja o único lucro possível para uma sociedade que aos poucos vai reaprendendo que a falta de respeito e humanidade podem, sim, constituir um ótimo negócio.
09 de julho de 2012
Fábio Pannunzio

O LUCRO DA SELVAGERIA

Anderson Silva e Chael Sonnen durante a pesagemFoto: Getty Images / Divulgação

Bom, estive fora durante o fim-de-semana. Assisti à luta do UFC. Não mudei de opinião: aquilo é selvageria pura.
O arbítrio dos jovens que se lançam nessa vertigem de imitar os brutamontes bem-sucedidos não me parece ser maior do que o dos galos de briga.
Na periferia das grandes cidades, há poucas escolhas possíveis para um garoto pobre: servir ao tráfico matando ou alistar-se como gladiador dessa nova modalidade esportiva.
Há também os virtuosos que conseguem se safar, encontram uma brecha na combalida educação e se tornam cidadão produtivos. Mas esse com certeza é um dos caminhos mais difíceis.
Agora, preciso confessar uma coisa: foi bom ver o Anderson Silva esbofeteando aquele xenófobo arrogante do Chael Sonnen. O cara é um lio completo.
O que gostei de ver não foi a superação física, que sigo condenando. Mas certamente Chael Sonnen nunca mais dirá que não gosta de Anderson Silva porque ele e as demais crianças brasileiras estvam na lama enquanto ele jogava videogame com os amigos.
Desta vez, as pancadas tiveram o condão de repor ordem na bagunça fascista dessa grande rinha chamada MMA.
E Anderson Silva mostrou que, depois de espancar um adversário, pode ser cordial a ponto de puxá-lo pelo braço e pedir o fim das vaias.
Valeu, Anderson Silva. Apesar de eu não gostar do que você faz, adorei o que você fez!
09 de julho de 2012
by Fábio Pannunzio

BADERNEIROS DA CUT DIZEM QUE VÃO ÀS RUAS DEFENDER MENSALEIROS DE LULA

O novo presidente da CUT, Vagner Freitas, que tomará posse nesta semana e será o primeiro bancário a dirigir a central CUT diz que irá às ruas para defender réus do mensalão. Novo presidente da central sindical ameaça reagir a julgamento 'político'.Sindicatos abriram espaço para defesa do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do PT nos últimos meses


O novo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, 46, diz que pode levar às ruas a força da maior central sindical do país para defender os réus do mensalão, que começarão a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal em agosto.
 
"Não pode ser um julgamento político", disse Freitas à Folha. "Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas." Freitas será empossado presidente no congresso que a CUT realizará nesta semana em São Paulo.
 
A abertura do evento hoje deverá contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A central nasceu como uma espécie de braço sindical do PT nos anos 1980 e a maioria dos seus dirigentes é filiada ao partido.
 
Freitas disse temer que o julgamento do mensalão se transforme em mais um campo de batalha entre os petistas e seus adversários, e afirmou que isso poderia colocar em risco os avanços sociais conquistados pelo país após a chegada do PT ao poder.
 
"Nós vivemos um bom momento político e a estabilidade é importante para os trabalhadores", disse o sindicalista. "Não queremos um país desestabilizado por uma disputa político-partidária, entre o bloco A e o bloco B."
 
Se isso acontecer, a central não ficará de braços cruzados: "A CUT é um ator social importante e não vai ficar olhando", afirmou Freitas.
PS - Se a BADERNA ocorrer a polícia precisa manter a ORDEM.
 
09 de julho de 2012
MARIANA CARNEIRO - Folha de São Paulo
 
Movcc

A AMEAÇA DA CUT...


'DESARTICULAÇÃO E INEFICÁCIA'

Desconexas, limitadas, sem objetivos claros, as medidas tomadas pelo governo para estimular a produção, o consumo e os investimentos privados, e assim reduzir o impacto da crise global sobre a economia do país, não estão produzindo os resultados esperados. Diante da sucessão de dados que demonstram sua ineficácia, já estão sendo criticadas até na área do governo.

“As medidas de estímulo foram insuficientes para reverter o cenário de maior retração da indústria”, reconheceu o gerente de coordenação da área de indústria do IBGE, André Macedo, ao comentar os números de maio da produção industrial.
A queda foi de 0,9% em relação a abril e de 4,3% em relação a maio de 2011. Esta é a nona queda consecutiva da produção mensal em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos cinco primeiros meses de 2012, a redução já soma 3,4%. No resultado acumulado de 12 meses, a queda é de 1,8%.

As medidas anunciadas pelo governo visam a estimular o consumo de determinados bens industriais, entre os quais automóveis, eletrodomésticos da linha branca e mobiliário. Os dados do IBGE indicam alguns resultados pontuais dessas medidas, mas mostram sobretudo que a queda é generalizada entre os diversos setores industriais. Houve queda de produção em 17 dos 27 segmentos pesquisados.
“Há predominância de resultados negativos em qualquer comparação que se faça”, admitiu o gerente do IBGE. Tomando-se a média móvel trimestral, por exemplo, houve queda em 21 dos 27 setores industriais.

A desaceleração não se limita à indústria. Embora o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e seus principais assessores continuem a prever que o desempenho da economia neste ano será melhor do que em 2011, quando o PIB cresceu 2,7%, vai se consolidando entre os economistas do setor privado a avaliação de que o ritmo da atividade econômica está se desacelerando.

Pela oitava semana consecutiva, os economistas consultados pelo Banco Central para a elaboração de seu boletim sobre as expectativas do mercado reduziram suas previsões para o desempenho da economia em 2012. A média das projeções para o crescimento do PIB neste ano caiu de 2,18% para 2,05%.
A diminuição constante da confiança do empresariado, como a que acaba de ser constatada pela Fundação Getúlio Vargas com os empresários do comércio, sugere que, nas próximas sondagens do BC, a média das projeções será ainda menor.

Uma explicação para a baixíssima eficácia das medidas do governo foi dada por outro funcionário, o economista Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Ao mesmo tempo esclarecedor e arrasador sobre a reação do governo aos efeitos da crise internacional, seu comentário merece reprodução extensa: “A política econômica está se transformando num emaranhado de medidas desconexas, pontuais, que não estão atuando no sentido de ganhar tempo para que se encontrem estratégias de longo prazo.
As estratégias de longo prazo passaram a ficar de lado”, disse, no lançamento do boletim Conjuntura em Foco elaborado pelo Ipea. Em resumo, “estamos perdendo o foco da política econômica”.

Às medidas pontuais, tomadas em caráter de urgência para “apagar incêndios”, como as descreveu Messenberg, deveria se seguir a elaboração de uma estratégia de longo prazo, para assegurar o crescimento. Uma decisão essencial neste momento seria o aumento dos investimentos ─ sobretudo os públicos, visto que, temerosos, os empresários paralisaram seus programas de expansão da capacidade produtiva ─, mas isto não está sendo feito.

O gerente do Ipea equivoca-se, porém, ao afirmar que há um conflito entre ampliação do investimento público e preservação das metas fiscais. Na sua opinião, a redução do superávit primário permitiria a ampliação da capacidade de investimento do governo. Para o aumento dos investimentos públicos, porém, o contribuinte prefere outro caminho, mais racional: a redução do gastos de custeio.

09 de julho de 2012
PUBLICADO NO ESTADÃO. EDITORIAL

MARCEL PROUST


article image

Escritor francês Marcel Proust nasceu em Auteuil, subúrbio de Paris (Reprodução/Internet)
Escritor francês nasceu no dia 10 de julho de 1871
O escritor francês Marcel Proust nasceu em Auteuil, subúrbio de Paris, no dia 10 de julho em 1871. Asmático, passou a infância no Champs-Élysées, em Paris, buscando suavizar os efeitos da doença com o ar saudável do lugar.
Em 1892 fundou com alguns amigos a revista Le Banquet, onde publicou suas primeiras obras, em maioria, poemas e contos. Formou-se em Direito em 1893 e em Literatura em 1895 pela Faculdade de Sorbonne. Aos 25 anos lançou seu primeiro romance: Os prazeres e os Dias, baseado nos costumes da aristocracia parisiense.

Com a morte de seu pai, em 1903, e de sua mãe, em 1905, Proust isolou-se em seu apartamento na capital francesa e dedicou seu tempo à criação de Em busca do tempo perdido, sua obra mais conhecida, considerada por muitos o principal romance do século XX. Com um estilo inovador, o escritor usou em seu texto conceitos psicanalíticos, que ainda estavam sendo difundidos.

Um exemplo é o episódio do cheiro da “madeleine” embebida no chá, que faz com que o autor rememore involuntariamente a sua infância e, a partir disso, desenvolva a história.
Em busca do tempo perdido foi publicado entre os anos de 1913 e 1927 em oito volumes — No Caminho de Swann, À Sombra das Raparigas em Flor, O Caminho de Guermantes (1 e 2), Sodoma e Gomorra, A Prisioneira, A Fugitiva e O Tempo Redescoberto. Proust morreu em 18 de novembro de 1922.

09 de julho de 2012

AUTOR INDIANO FALA SOBRE VOLTA PARA CASA

Em conversa com o antropólogo e colunista do 'Caderno 2' Roberto DaMatta, Suketu Mehta contou o que o motivou a escrever 'Bombaim'


Marcos de Paula/AE
Em dezembro, o indiano Suketu Mehta viveu uma semana em uma favela do Rio de Janeiro e aproveitou para conhecer algumas outras. Na favela da Maré, não pacificada, foi a um baile funk. Viu garotos segurando armas, cocaína em sacos de lixo no meio da rua e ouviu músicas que falavam de violência, drogas e sexo. Em outra, já pacificada, foi a um clube de jazz.

Ele volta agora ao País, mas para uma experiência um tanto distinta: participar da 10ª Festa Literária Internacional de Paraty. Na manhã de ontem, ele dividiu o palco com o antropólogo e colunista do Caderno 2 Roberto DaMatta para uma conversa sobre cidade e democracia mediada pelo arquiteto Guilherme Wisnik.

Bombaim, o livro de Mehta lançado no Brasil em 2011, foi o ponto de partida do debate, que teve até uma seleção de músicas que cantavam cidades escolhidas por DaMatta - o público começou balançando, discretamente, a cabeça com New York, New York, e terminou fazendo coro em Valsa de uma cidade.
Como um bom indiano, Mehta apresentou um vídeo feito por Bollywood nos anos 50 - uma época em que as dancinhas eram mais discretas. Isto É Bombaim, Meu Amor é a história de um migrante que conta aos que ficaram na aldeia como era a cidade grande. E essa cidade, que cresce ligeiramente, já está longe de ser o que era.

Foi para tentar reencontrar o lugar onde passou a infância - sua família mudou para Nova York quando ele era adolescente - que resolveu escrever Bombaim. "Voltei à cidade depois de 21 anos e percebi que eu era um estrangeiro.
Escrevi esse livro porque queria ir para casa de novo e depois de dois anos e meio, percebi que eu nunca mais poderia voltar a Bombaim, que aquela cidade não existia mais." Encontrou, porém, uma história, ficou satisfeito, e percebeu que era livre para ir embora de novo.

Para Roberto DaMatta, as cidades, que são muito maiores do que os indivíduos, têm personalidade e seu próprio plano de coerção. Tem também muita ambiguidade e geram diferentes reações na população - altruísmo, banditismo, violência, acolhimento, generosidade, preconceito, ódio.
O antropólogo, que publicou recentemente Fé em Deus e Pé na Tábua, sobre a reação do brasileiro ao trânsito, disse que temos alergia à igualdade. "As situações que nos coagem à igualdade são às que reagimos com mais violência."

Boa parte da conversa girou em torno da situação das favelas e de seu papel no futuro das cidades. "Precisamos das favelas porque somos uma sociedade desigual e hierarquizada. Enquanto a sociedade se organizar assim, mesmo que se remodelem as favelas elas vão reproduzir esse sistema comum em todas as nossas relações sociais", disse DaMatta.

Mehta disse que a Índia tem muito dinheiro e que arquitetos do mundo inteiro estão indo para lá construir torres enormes no estilo internacional, "feias" e em lugares inadequados. "Não respeitam nem as nossas ruínas", comentou.

MARIA FERNANDA RODRIGUES , ENVIADA ESPECIAL / PARATY - O Estado de S.Paulo
09 de julho de 2012

LEY MUSULMANA PARA UNA ADÚLTERA

Foto del dia   

Sólo se sabe que su nombre era Najiba y tenía 22 años de edad. Se vio inmersa en un triangulo amoroso y fue asesinada con disparos de fusil. Un jefe de la guerrilla musulmana del Talibán, amante de Najiba, decidió ordenar que la mataran por ser adúltera.
El hecho ocurrió a mediados del mes de junio en Qimchok, una miserable aldea de la provincia de Parwan, al norte de Kabul la capital de Afghanistan. Mientras se oían los disparos del AK47, los aldeanos gritaban ¡Dios es Grande!.

09 de julho de 2012

DEVELAN DETALHES DEL PLAN DE GOLPE DEL CANCILLER DE CHÁVEZ EM PARAGUAY




Dos embajadores venezolanos estuvieron presentes en la reunión con el alto mando. Nicolás Maduro llevó un pronunciamiento para que lo firmaran generales y almirantes.

La versión del diario O Globo.
Siga Leyendo...

09 de julho de 2012

CRÔNICA DO DIA


Cartas de Londres: Impedimento: a regra nem sempre é clara...


Imagino que nem mesmo o jornalista Galvão Bueno saiba quantos jogos de futebol tenha narrado ao longo de sua carreira. E o comentarista Arnaldo Cezar Coelho, saberia dizer quantas vezes escutou a clássica pergunta: “pode, Arnaldo?”.

O inglês Neil Wolfson, também jornalista esportivo, hoje estaria milionário se cobrasse irrisórios 50 centavos sempre que, diante de um impasse durante a transmissão de uma partida, alguém lhe pergunta as regras do “impedimento”.

Como nunca pediu nada pela resposta, desperdiçou a única chance que o jornalismo lhe deu de ficar rico, embora tenha carimbado seu nome na história da Inglaterra e do futebol. Porque foi dele a ideia de explicar, por meio de um desenho na parte de trás de uma moedinha de 50 centavos, o que vem mesmo a ser esse tal de off-side, ou “impedimento”, para nós, brasileiros.

O design do jornalista faz parte de uma coleção comemorativa de 29 moedas de 50 centavos que trazem como tema os jogos olímpicos de Londres. E pela primeira vez na história, o povo inglês foi convidado a desenhar o próprio dinheiro.

Das moedas olímpicas, a de Wolfson é das mais criativas. A intenção do jornalista foi a melhor possível, mas quando um canal de televisão resolveu testar a eficácia do diagrama, chegou-se à conclusão de que nem desenhando dá para a maioria saber quando um jogador está ou não impedido.

Donde se conclui que, diferentemente do que diz nosso Arnaldo Cezar Coelho, a regra nem sempre é clara, pelo menos com relação ao discutível e complicado impedimento...

09 de julho de 2012
Mariana Caminha é formada em Letras pela UnB e em jornalismo pelo UniCEUB. Fez mestrado em Televisão na Nottingham Trent University, Inglaterra.

FRASE DO DIA


Você não pode imaginar que o Brasil deste tamanho vai ter um partido único, dono da verdade, dos 5 mil municípios, dos 27 estados, do Brasil, por um século. Você não pode imaginar que seja esse o projeto do povo brasileiro. É bom que tenha alternância de poder. É importante ter a perspectiva do contraditório.
Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB, em entrevista à Folha de S. Paulo

FOTOGRAFIA DO DIA

Meninos do Sudão do Sul


População do Sudão do Sul


Sudão do Sul, mais novo país do mundo, completa um ano

Em 9 de julho de 2011, o Sudão foi dividido em dois. No primeiro aniversário da nova nação, porém, o conflito entre as duas partes continua, em meio aos coplexos acordos de pós-independência, sobre a divisão do petróleo, demarcações de fronteiras e cidadania.
09 de julho de 2012

IRÃ SE LANÇA À CONQUISTA DA AMÉRICA LATINA


article image


Mahmoud Ahmadinejad não tem poupado esforços para obter apoio da América latina (Reprodução/Internet)

Governo de Mahmoud Ahmadinejad busca apoio na região para superar o isolamento internacional

Há pelo menos seis meses, o Irã está empreendendo uma ofensiva comercial, militar e diplomática sobre a América Latina. Teerã não tem poupado esforços para conseguir o apoio da região para superar o isolamento internacional por conta de seu programa nuclear. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, aproveitou sua participação na Rio +20 para fazer uma mini-turnê pela América do Sul. Foi a segunda em seis meses. Em janeiro, Ahmadinejad visitou a Venezuela, Equador, Cuba e Nicarágua. Em maio, foi a vez do vice-presidente Ali Saeidlo fazer o mesmo roteiro e ainda incluir a Bolívia.

No fim de maio, os habitantes de Quito, a capital do Equador, foram surpreendidos pelo aparecimento de cartazes chamando para um ato de nenhuma tradição local: o aniversário da morte do aiatolá Khomeini. Numa solenidade realizada no país, o líder iraniano foi equiparado a Simón Bolívar. O evento foi captado pela “Hispan TV”, o canal a cabo do regime iraniano, inaugurado em dezembro, que transmite notícias 24 horas por dia em espanhol e cujo principal alvo é o público latino-americano.

Na Bolívia, a presença do Irã é ainda mais emblemática: a embaixada iraniana tem 145 diplomatas, segundo informou o jornal espanhol “El País”. Fontes diplomáticas ocidentais, no entanto, estimam que o número seja ainda maior.

Para o analista do Centro de Estratégias, Inteligência e Relações Internacionais (Ceiri), doutor Marcelo Suano, os latino-americanos, especialmente os governos esquerdistas, têm condições de surgir como número para engrossar o apoio que os iranianos necessitam ter dos atores que realmente têm capacidade de lhes dar suporte: China e Rússia.

“Os latino-americanos podem ser este grupo a fazer número, graças ao comportamento antiamericano dos bolivarianos que se espalhou, em maior ou menor grau, entre os governos de esquerda e centro-esquerda na região. Assim, esses latino-americanos surgem para os iranianos como ‘inimigos do meu inimigo’, logo, apoiadores das suas reivindicações e confrontações”.

Suano ressalta que, diante de possíveis sanções contra o Irã, esses aliados podem se tornar fornecedores de matérias-primas e produtos essenciais para o país, caso seja necessário.

O especialista lembra que os iranianos já têm acordos fechados com os principais bolivarianos (Venezuela, Bolívia, Equador) para fornecer matérias-primas. Há cerca de dois anos, por exemplo, houve aproximações para assinar um tratado visando à exploração e ao fornecimento de urânio da Bolívia ao Irã.

“Os latinos podem ser significativos para a estratégia de sobrevivência do governo iraniano, para a continuidade de seu programa nuclear e para a manutenção da política externa de enfrentamento. É possível dizer que Teerã não vê os latinos como principal suporte, mas poderá vir a percebê-los como cartas importantes do baralho, se não ocorrer de chegar a vê-los como as últimas restantes”.

Mas Teerã não está encontrando facilidades em todos os países nos quais tem buscado uma ofensiva diplomática. A visita de Ahmadinejad ao Brasil, por exemplo, causou polêmica: alguns deputados pediram que o governo brasileiro impedisse a entrada do líder, e a presidente Dilma Rousseff não aceitou se encontrar reservadamente com ele, apesar da insistência do Irã.

Desde que tomou posse, Dilma tem buscado romper com a postura de seu antecessor, o presidente Lula, no que tange ao relacionamento com o Irã. Para Suano, a postura mais técnica, menos ideológica e menos impositiva na política externa do atual governo indica que ele não vá fazer qualquer interferência com relação às posturas que estão sendo adotadas pelos seus vizinhos, permitindo a manutenção dos mesmos posicionamentos na região: “Isso até que os governos bolivarianos percam sua força, credibilidade e sejam substituídos”, conclui o especialista.

Mas, diante da ofensiva do Irã, os Estados Unidos também procurariam ampliar sua presença na região? Para Suano, como qualquer potência global, os EUA procuram defender seus interesses em todos os cantos do globo:

“Ao longo dos últimos 12 anos, os EUA ficaram menos atentos à área e deslocaram os seus interesses para outras áreas do globo que consideraram prioritárias, deixando a América Latina com um espaço de ação unilateral sem precedentes. Num segundo momento, emergiram governos declaradamente antiamericanos, que usavam desse argumento para solidificarem uma base de apoio. Depois, num terceiro tempo, veio à crise econômica norte-americana, que impediu quaisquer ações”.

O especialista ressalta, no entanto, que o ponto central é a forma como os Estados Unidos vão se posicionar no que tange a qualquer ação do governo do Irã na América Latina. “Certamente, vão usar dos mecanismos internacionais disponíveis, como sanções, já que os países da região devem seguir as determinações do Conselho de Segurança da ONU. Mas, é claro que há a possibilidade de eles desrespeitarem as obrigatoriedades da ONU e violarem os tratados assinados”.

Caro leitor,
Você acredita que países da América da Latina possam se tornar aliados do Irã?

Opinião&Notícia
Fernanda Dias
09 de julho de 2012

PENSAMENTO DO DIA

                 Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)


Foto: Pense Nisso!<br /><br />
Podemos Mudar essa história em 2012....<br /><br />
Escolha Candidatos com nível e potencial....</p><br />
<p>AMIGOS CURTO E RECOMENDO ESTA PÁGINA>>>> https://www.facebook.com/LembraremosDeVoceNaEleicao<br /><br />
NÃO TEMOS RABO PRESO COM NINGUÉM FALAMOS O QUE MUITA GENTE TEM VONTADE DE FALAR E NÃO FALA.....


CABRAL ESTÁ DEPRIMIDO, PORQUE VOLTOU A SER ALVO DA CPI, JUNTO COM A DELTA DE SEU EX-CUNHADO CAVENDISH

O governador Sergio Cabral pensou (?) que havia se livrado da CPI do Cachoeira, ao ser dispensado de prestar depoimento, façanha que conquistou pedindo desesperadamente o apoio do PT de Candido Vaccarezza (“nós é teu”), do PMDB de Michel Temer, do PSDB de Aécio Neves e do PP de FranciscoDornelles (no caso, a ajuda desses dois senadores foram movidos por laços de família, pois são parentes próximos da primeira mulher de Cabral, Luciana Neves).

Mas de repente, o jogo virou e Cabral voltou ao centro das atenções da CPI do Cachoeira, devido às suas relações intimas e promíscuas com o empreiteiro Fernando Cavendish, de quem foi concunhado durante algum tempo, antes do acidente de helicóptero na Bahia, quando morreu a então namorada de Cabral, Fernanda Kfouri.

A reviravolta na CPI foi confirmada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), em entrevista ao programa “Poder e Política – Entrevista”, conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha. O parlamentar revelou que os dados do sigilo fiscal da empreiteira Delta de 2009 e 2012 comprovam a relevância do Rio de Janeiro no “esquema” de Carlos Cachoeira. Disse, ainda, que já era conhecida a proeminência do Rio na relação com a empresa, mas há agora um detalhamento maior na declaração de Imposto de Renda.

Em 2009 e 2010, a empreiteira Delta declarou um faturamento total de R$ 3,2 bilhões. O governo federal é o maior pagador, com R$ 1,6 bilhão. Em seguida vêm os pagamentos do governo do Estado do Rio e de prefeituras fluminenses: R$ 715 milhões.

Em entrevista à Folha e ao UOL, Randolfe Rodrigues disse que os dados reforçam a necessidade de a CPI do Cachoeira ampliar o foco de suas investigações. Por causa disso, Cabral não consegue dormir há vários dias. Tem motivos para estar tão apreensivo e deprimido. Desta vez, Aécio e Dornelles lhe negarão apoio.

VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA...

A;'

USA: UM RECORDE RARO E CRUEL (segundo Jimmy Carter)

Revelações de que altos funcionários do governo dos EUA decidem quem será assassinado em países distantes, inclusive cidadãos norte-americanos, são a prova apenas mais recente, e muito perturbadora, de como se ampliou a lista das violações de direitos humanos cometidas pelos EUA.

Esse desenvolvimento começou depois dos ataques terroristas de 11/9/2001; e tem sido autorizado, em escala crescente, por atos do executivo e do legislativo norte-americanos, dos dois partidos, sem que se ouça protesto popular. Resultado disso, os EUA já não podem falar, com autoridade moral, sobre esses temas cruciais.

Por mais que os EUA tenham cometido erros no passado, o crescente abuso contra direitos humanos na última década é dramaticamente diferente de tudo que algum dia se viu nos EUA. Sob liderança dos EUA, a Declaração Universal dos Direitos do Homem foi adotada em 1948, como “fundamento da liberdade, justiça e paz no mundo”.

Foi compromisso claro e firme, com a ideia de que o poder não mais serviria para acobertar a opressão ou a agressão a seres humanos. Aquele compromisso fixava direitos iguais para todos, à vida, à liberdade, à segurança pessoal, igual proteção legal e liberdade para todos, com o fim da tortura, da detenção arbitrária e do exílio forçado.

Aquela Declaração tem sido invocada por ativistas dos direitos humanos e da comunidade internacional, para trocar, em todo o mundo, ditaduras por governos democráticos, e para promover o império da lei nos assuntos domésticos e globais. É gravemente preocupante que, em vez de fortalecer esses princípios, as políticas de contraterrorismo dos EUA vivam hoje de claramente violar, pelo menos, 10 dos 30 artigos daquela Declaração, inclusive a proibição de qualquer prática de “castigo cruel, desumano ou tratamento degradante.”

###

PODER MAL DELIMITADO

Legislação recente legalizou o direito do presidente dos EUA, para manter pessoas sob detenção sem fim, no caso de haver suspeita de ligação com organizações terroristas ou “forças associadas” fora do território dos EUA – um poder mal delimitado que pode facilmente ser usado para finalidades autoritárias, sem qualquer possibilidade de fiscalização pelas cortes de justiça ou pelo Congresso (a aplicação da lei está hoje bloqueada, suspensa por sentença de um(a) juiz(a) federal).

Essa lei agride o direito à livre manifestação e o direito à presunção de inocência, sempre que não houver crime e criminoso determinados por sentença judicial – mais dois direitos protegidos pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, aí pisoteados pelos EUA.

Além de cidadãos dos EUA assassinados em terra estrangeira ou tornados alvos de detenção sem prazo e sem acusação clara, leis mais recentes suspenderam as restrições da Foreign Intelligence Surveillance Act, de 1978, para admitir violação sem precedentes de direitos de privacidade, legalizando a prática de gravações clandestinas e de invasão das comunicações eletrônicas dos cidadãos, sem mandato. Outras leis autorizam a prender indivíduos pela aparência, modo de trajar, locais de culto e grupos de convivência social.



REGRA CRIMINOSA

Além da regra arbitrária e criminosa, segundo a qual qualquer pessoa assassinada por aviões-robôs comandados à distância (drones) por pilotos do exército dos EUA é automaticamente declarada inimigo terrorista, os EUA já consideram normais e inevitáveis também as mortes que ocorram ‘em torno’ do ‘alvo’, mulheres e crianças inocentes, em muitos casos.

Depois de mais de 30 ataques aéreos contra residências de civis, esse ano, no Afeganistão, o presidente Hamid Karzai exigiu o fim desse tipo de ataque. Mas os ataques prosseguem em áreas do Paquistão, da Somália e do Iêmen, que sequer são zonas oficiais de guerra. Os EUA nem sabem dizer quantas centenas de civis inocentes foram assassinados nesses ataques – todos eles aprovados e autorizados pelas mais altas autoridades do governo federal em Washington. Todos esses crimes seriam impensáveis há apenas alguns anos.

Essas políticas têm efeito evidente e grave sobre a política exterior dos EUA. Altos funcionários da inteligência e oficiais militares, além de defensores dos direitos das vítimas nas áreas alvos, afirmam que a violenta escalada no uso dos drones como armas de guerra está empurrando famílias inteiras na direção das organizações terroristas; enfurece a população civil contra os EUA e os norte-americanos; e autoriza governos antidemocráticos, em todo o mundo, a usar os EUA como exemplo de nação violenta e agressora.

###

GUANTANAMO

Simultaneamente, vivem hoje 169 prisioneiros na prisão norte-americana de Guantánamo, em Cuba. Metade desses prisioneiros já foram considerados livres de qualquer suspeita e poderiam deixar a prisão. Mas nada autoriza a esperar que consigam sair vivos de lá. Autoridades do governo dos EUA revelaram que, para arrancar confissões de suspeitos, vários prisioneiros foram torturados por torturadores a serviço do governo dos EUA, submetidos a simulação de afogamento mais de 100 vezes; ou intimidados sob a mira de armas semiautomáticas, furadeiras elétricas e ameaças (quando não muito mais do que apenas ameaças) de violação sexual de esposas, mães e filhas.

Espantosamente, nenhuma dessas violências podem ser usadas pela defesa dos acusados, porque o governo dos EUA alega que são práticas autorizadas por alguma espécie de ‘lei secreta’ indispensável para preservar alguma “segurança nacional”. Muitos desses prisioneiros – mantidos em Guantánamo como, noutros tempos, outros inocentes também foram mantidos em campos de concentração de prisioneiros na Europa – não têm qualquer esperança de algum dia receberem julgamento justo nem, sequer, de virem a saber de que crimes são acusados.

Em tempos nos quais o mundo é varrido por revoluções e levantes populares, os EUA deveriam estar lutando para fortalecer, não para enfraquecer cada dia mais, os direitos que a lei existe para garantir a homens e mulheres e todos os princípios da justiça listados na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Em vez de garantir um mundo mais seguro, a repetida violação de direitos humanos, pelo governo dos EUA e seus agentes em todo o mundo, só faz afastar dos EUA seus aliados tradicionais; e une, contra os EUA, inimigos históricos.

Como cidadãos norte-americanos preocupados, temos de convencer Washington a mudar de curso, para recuperar a liderança moral que nos orgulhamos de ter, no campo dos direitos humanos. Os EUA não foram o que foram por terem ajudado a apagar as leis que preservam direitos humanos essenciais. Fomos o que fomos, porque, então, andávamos na direção exatamente oposta à que hoje trilhamos.

(Artigo enviado por Sergio Caldieri * Tradução: Vila Vudu)

Jimmy Carter (Prêmio Nobel, 39º presidente dos EUA)
09 de julho de 2012