"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 25 de novembro de 2012

A SAÍDA DE MANO MENEZES É UM RETROCESSO

 

Em dois anos, Mano Menezes acertou mais que errou. Acertou, principalmente, na concepção de jogo coletivo. Errou, principalmente, em algumas convocações e escalações.


A seleção principal tem marcado por pressão, comandado as partidas, jogado com a bola no chão e com mais troca de passes, que era o estilo brasileiro.
O time não deu um chutão contra a Colômbia. Provavelmente, vai entrar um técnico tradicional, desses que ajudaram na transformação do estilo brasileiro, que gostam de chutões, de pegada, de jogadas aéreas, de volantes brucutus, de marcar mais atrás para contra-atacar e de um centroavante parado, esperando a bola para finalizar.

Mano estava certo em deixar o centroavante fixo como opção. O ataque da seleção principal ficou mais imprevisível, envolvente e com mais mobilidade.
Além disso, não existe, no Brasil, um típico e excepcional centroavante, para o nível de uma seleção brasileira. Fred é hoje o melhor. Não adianta também ter um artilheiro, e o ataque jogar mal.

Mano Menezes também cometeu erros. Se o Brasil quiser ganhar de uma grande seleção, o que não ocorreu sob o comando do técnico, não pode ter dois jogadores no meio-campo e quatro só no ataque. Vira o antigo 4-2-4 dos anos 1950. Um meia de cada lado tem de marcar o lateral adversário. Isso não ocorreu contra a Colômbia e em outras partidas.

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ESCALAÇÕES

Mano errou em várias convocações e escalações. No jogo final da Olimpíada, inexplicavelmente, trocou Hulk pelo lateral Alex Sandro, para ser o secretário de Marcelo. Quando percebeu o erro, já era tarde. Contra a Colômbia, escalou Thiago Neves e Leandro Castán. Se fosse para Thiago Neves marcar o lateral Cuadrado, teria um motivo. Nem isso ele fez.

Mano perdeu tempo com alguns jogadores sem nenhum futuro na seleção, e outros, que deveriam continuar, não foram mais chamados, como Fernandinho, volante do Shakhtar Donetsk. Não falo isso porque o time ucraniano está bem na Copa dos Campeões.

Mano Menezes e um grande número de treinadores de clubes e seleções, do Brasil e de todo o mundo, sofrem de um problema crônico, geralmente incurável, que é o de ter um rei, ou melhor, um deus na barriga. Eles escutam apenas os auxiliares. Para os técnicos, auxiliar bom é o que quase não fala, nunca discorda do chefe nem sonha em ser treinador.

José Maria Marín, um simpatizante de Maluf e da ditadura militar, que desceu de paraquedas na CBF, graças ao amigo Ricardo Teixeira, a quem paga de retribuição altos salários, atrapalha o futebol. É o “dando que se recebe”, uma praga nacional.

Felipão deve ser o escolhido, por seu carisma e aceitação popular. Já é consultor do Ministério do Esporte. Será treinador e garoto-propaganda da Copa.

25 de novembro de 2012
Tostão (O Tempo
 

IMAGEM DA SEMANA

 
Explosão após ataque israelense na faixa de Gaza
Explosão após ataque israelense na faixa de Gaza - Ahmed Jadallah/Reuters
 
25 de novembro de 2012

DILMA TIRA ONDA DE INDEPENDENTE: "O PT NÃO MANDA NO MEU GOVERNO".

Dilma: “O PT não manda no meu governo; quem manda no meu governo sou eu”


Dilma: batendo na mesa

Em dado momento da reunião com as bancadas do PTB e do PR na semana passada, um senador citou nomeações que o PT fizera no governo, Dilma Rousseff bateu na mesa, cortou sua palavra e disse com todas as letras:

- O PT não manda no meu governo; quem manda no meu governo sou eu.

25 de novembro de 2012
PorLauro Jardim - Radar - Veja Online

A LEITURA FACIAL DE MADAME ZORAYDA

                        Interpretando a imagem. By, Madame Zorayda.
Porra Sebento!!!!
Vai tomar no oco!!!
Eu não aguento mais limpar suas cagadas!!!!
 
25 de novembro de 2012
omascate

A ÚNICA GRANDE OBRA DOS OITO ANOS DE GOVERNO LULA

 

Nomear J. Barbosão para o STF.
De resto, foi só bandalheira, vagabundagem, mentiras e muito roubo!!!
 
25 de novembro de 2012
OMASCATE

SANATÓRIO GERAL DA 'POLÍTICA'

Servidora da pátria (2)

“Tem que dar para Rose R$ 12.500, R$ 7.500 da cirurgia e R$ 5 mil para fazer o armário. Eu só tenho aqui a metade do dinheiro”.

Marcelo Vieira, integrante da quadrilha desbaratada pela Polícia Federal, combinando por email com o irmão e comparsa Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC), o pagamento da cirurgia plástica de Rosemary Nóvoa de Noronha, que desde 2005, quando foi nomeada por Lula, cuida dos interesses do padrinho e dos negócios do bando disfarçada de chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo.
 

Servidora da pátria

“Há indícios de que, pelo menos, no período entre 2009 e 2012, Rosemary Nóvoa Noronha solicitou e recebeu, direta ou indiretamente, diversas vantagens para si, para amigos, familiares, tais como: viagem de navio, emprego para terceiros, serviços para terceiros, ajuda jurídica pessoal, pagamento de boletos”.

Trecho do relatório da Polícia Federal, descrevendo algumas atividades de Rosemary Nóvoa de Noronha (“Rose”, para os íntimos e os integrantes da quadrilha), nomeada por Lula (e mantida por Dilma Rousseff) para servir aos interesses da pátria na chefia do escritório da Presidência da República em São Paulo.

A fé e o cofre

“Vamos confiar isso a Deus”.

Gabriel Chalita, deputado federal do PMDB, ao repórter interessado em saber que ministério vai ganhar por ter apoiado Fernando Haddad depois de derrotado no primeiro turno da eleição em São Paulo, com cara de quem está rezando muito para que o prêmio tenha cofre grande e vigilância pequena.

Campeonato Nacional de Quadrilhas

“O povo de Goiás vai ter orgulho de mim”.

Carlinhos Cachoeira, acusando os goianos de torcerem pela vitória do bando que chefia no Campeonato Nacional de Quadrilhas, no momento liderado pela turma do mensalão e que tem como caçula a equipe concentrada até ontem no escritório da Presidência da República em São Paulo.

Corrupto racista

“Um negro chegou à presidência do Supremo Tribunal Federal porque era um compromisso do presidente da República reparar as injustiças”.

João Paulo Cunha, ainda deputado federal, mensaleiro condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, durante mais um ato do Movimento pela Impunidade dos Bandidos Companheiros, afirmando que Joaquim Barbosa se tornou ministro e agora presidente do STF não por ter notável saber jurídico e reputação ilibada, mas por ser negro — e por isso deveria ter retribuído a generosidade do padrinho branco absolvendo todos os culpados protegidos por Lula.


25 de novembro de 2012
Sanatório geral
Augusto Nunes

BATATA QUENTE

 

A Câmara tem se manifestado sobre a questão da perda do mandato dos deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal de modo apenas formal, sob a ótica do que diz a Constituição.
 
Reivindica a prerrogativa de abrir o processo de cassação, como manda o artigo 55 em oposição a outro dispositivo que fala na perda dos direitos políticos de parlamentares mediante condenação em ações penais transitadas em julgado.
 
Falta, no entanto, uma manifestação de caráter político. Afinal, o Legislativo é favorável ou não à cassação daqueles pares? Descontadas declarações pontuais, nada se ouviu até agora que possa indicar qual a tendência da Casa.
 
Quando, e se, chegar esse momento talvez a Câmara note que o melhor teria sido deixar a solução definitiva nas mãos do Supremo.
 
Nesta semana, muito provavelmente o STF vai enfrentar o tema, logo depois de definidas as penas dos réus que receberam dinheiro do valerioduto, entre os quais figuram os deputados João Paulo Cunha, Pedro Henry, Valdemar da Costa Neto e o suplente José Genoino em via de assumir a vaga aberta por Carlinhos Almeida, eleito prefeito de São José dos Campos.
 
Do ponto de vista da legislação a coisa é bem intrincada. Tanto que a julgar pelas opiniões já externadas por ministros, não há consenso na Corte. Juristas de um modo geral também se mostram divididos, pois a questão é abordada em três momentos do texto constitucional, sendo dois deles aparentemente contraditórios.
 
A polêmica, portanto, está contratada. Não parece o suficiente para abertura de confrontos mais sérios entre os Poderes Legislativo e Judiciário, porque o que tiver de ser será de acordo com a mais correta interpretação da lei. Isso quanto ao rito.
 
Definida a forma, restará decidir sobre o conteúdo. Se prevalecer o entendimento de que a perda dos mandatos não é automática e deverá passar pelo crivo da Câmara, o tão desacreditado Legislativo terá uma batata quente nas mãos.
 
O quorum é alto (maioria absoluta, 257 votos) e a votação secreta. E se a maioria decidir não cassar os condenados? Nem toquemos na imagem do Legislativo, porque nesse quesito quase nada há para ser salvo.
 
Falemos da situação objetiva: os mandatos desses deputados só terminam no fim de 2014, quando já deverão estar no cumprimento das penas. No mínimo, dormindo na prisão.
 
Poderão sair para votar em sessões noturnas? De dia poderão comparecer ao "trabalho"? Como fica a Câmara na convivência de presidiários?
 
O mais provável é que nenhum deles possa ir, o que altera a composição do colegiado que, na prática, deixará de ter 513 para contar com 509 deputados.

Protocolo. Onde se lia "protesto" nos atos de apoio de petistas e companhias aos amigos condenados, leia-se agora "debate" sobre as decisões tomadas no Supremo.
 
Não se fala mais em ataques nem em acusações, mas em "discutir" o processo em grupos de modo a "convencer" a sociedade de que houve injustiça.
 
Atitude meramente protocolar, uma maneira de marcar posição sem se posicionar francamente contra a corrente da opinião pública, obviamente satisfeita com o resultado do julgamento.
 
A insistência no tom mais agressivo levaria a uma inevitável redução da plateia disposta a se reunir para bater palmas em celebração aos condenados e condenação aos magistrados.
 
Ato de ofício. Certeira a indagação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em repúdio à proposta de emenda constitucional em tramitação na Câmara que cassa prerrogativas do Ministério Público: "A quem interessa retirar o poder de investigação?".
Primordialmente a potenciais investigados.

25 de novembro de 2012
DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo

'CHINELAGEM' PURA...

A Polícia Federal descobriu que uma Erenice do Lula chefiava o Planaltinho


Por que Dilma Rousseff recebe Lula com tanta frequência no escritório da Presidência da República em São Paulo?, perguntavam-se desde janeiro de 2011 os brasileiros sensatos, intrigados com os constantes encontros entre a chefe de governo e seu antecessor no prédio na Avenida Paulista.
Só nos últimos quatro meses foram sete: dois em agosto, dois em setembro, dois em outubro, um em novembro. Nenhuma das conversas durou menos de três horas.

Até para manter as aparências, por que Dilma não recebe Lula no Palácio do Planalto?, queriam saber os cérebros normais. Porque foi sempre ele o anfitrião, sabe-se agora. O padrinho nunca foi recebido: ele é quem recebe desde janeiro de 2003. Até o fim do segundo mandato, recebeu a ministra Dilma no gabinete no Planalto.
Depois de entregar a faixa à afilhada, passou a recebê-la no escritório que transformou numa extensão do palácio em Brasília.

No fim dos anos 50, quando suspendia os despachos no Catete para visitar a nova capital em construção, Juscelino Kubitschek se hospedava no Catetinho, uma rústica casa de madeira improvisada por Oscar Niemeyer.
Neste fim de novembro, o Brasil soube que Lula, desde a criação dessa inutilidade administrativa, tem um Planaltinho no coração da capital paulista. O Catetinho foi usado por um presidente no exercício do mandato.
O Planaltinho continuou servindo a um político incapaz de desencarnar do cargo que deixou de pertencer-lhe há dois anos.

É muito mais confortável que o palácio de tábuas de JK. Desde 2005, disfarçada de “chefe de gabinete do escritório da Presidência da Repúblicada em São Paulo”, até governanta tem. Ou tinha: nomeada por Lula, que ordenou a Dilma que mantivesse a amiga no posto, Rosemary Nóvoa de Noronha perdeu o emprego um dia depois de revelada a descoberta da Operação Porto Seguro: há sete anos o Planaltinho era comandado por uma Erenice do Lula.

O relatório da Polícia Federal informa que Rosemary (ou só Rose, para os amigos e companheiros de delinquências) intermediou reuniões de integrantes da organização criminosa especializada na venda de pareceres técnicos com “autoridades públicas”, entre as quais o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o onipresente Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Antes de tornar-se amiga de Lula, e em seguida presença quase obrigatória nas comitivas presidenciais em viagens ao exterior, Rose foi durante 12 anos secretária de José Dirceu. (Aliás, na madrugada em que os agentes da PF chegaram à sua casa para cumprir o mandado de busca e apreensão, ela ligou para Dirceu à procura de socorro.
O telefonema deveria ser anexado às provas de culpa.) Agora indiciada por corrupção passiva e formação de quadrilha, ela ampliou o prontuário agindo em parceria com outros ilustres filhotes do lulopetismo.

Figuram no comando da organização criminosa, por exemplo, José Weber Holanda Alves, advogado-geral da União substituto, Paulo Vieira, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e seu irmão Rubens Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (Ana). “Há indícios de que, pelo menos, no período entre 2009 e 2012″, diz um trecho do relatório da PF, “Rosemary Nóvoa Noronha solicitou e recebeu, direta ou indiretamente, diversas vantagens para si, para amigos, familiares, tais como: viagem de navio, emprego para terceiros, serviços para terceiros, ajuda jurídica pessoal, pagamento de boletos”.

Arranjou bons empregos para o filho e o marido, ganhou passagens para um cruzeiro marítimo animado pela dupla sertaneja preferida, conseguiu financiar com propinas a cirurgia plástica que a fez parecer algumas horas mais jovem, coisas assim.
“Coisas de chinelagem”, resumiu um agente da Polícia Federal, recorrendo à gíria que identifica a categoria que agrupa os corruptos baratos, gente que vende a alma em troca de miudezas, fregueses das lojas 1,99 do comércio de consciências.

Vista de perto, Rose é uma delinquente de quinta categoria. Por isso mesmo, é a cara da Era da Mediocridade.
No Brasil que Lula reinventou e Dilma faz o possível para piorar, o governo federal escolheu para representar a Presidência da República em São Paulo uma vigarista desoladoramente medíocre.
Caprichando na pose de quem não conhece ninguém no lugar onde trabalha e mora há dez anos, Dilma ordenou o afastamento dos quadrilheiros. Lula perdeu a voz outra vez.

25 de novembro de 2012
Augusto Nunes

FRASE DO DIA


"Ele nunca se defende daquilo pelo que é acusado. Ele diz que o processo é nulo. É a mesma tática de defesa que foi utilizada pelos advogados do processo do mensalão, que é tentar desqualificar o trabalho do Ministério Público."


Helio Telho, procurador da República, a respeito de Carlinhos Cachoeira

SUPREMO DEVE CONDENAR JOÃO PAULO CUNHA A REGIME FECHADO

Ministros têm aplicado aos réus culpados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato penas superiores a oito anos de prisão


Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem condenar esta semana o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) a passar o dia inteiro na prisão. Pelos votos apresentados até o momento no processo do mensalão, o colegiado tem aplicado aos réus considerados culpados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato penas superiores a oito anos de prisão. Com essa punição, por lei, os condenados têm de começar a cumprir a pena inicialmente em regime fechado.

Veja também:
Ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP) é o parlamentar mais ameaçado de passar por essa situação. O recém-empossado presidente do STF e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, já disse que somente após o plenário concluir a etapa da fixação das penas é que o colegiado decidirá sobre se os parlamentares condenados no processo perdem ou não automaticamente o mandato.

Essa decisão tem potencial para deflagrar a primeira crise entre o Judiciário e o Legislativo na presidência de Joaquim Barbosa. A expectativa de parlamentares serem condenados a passar o dia na cadeia, segundo ministros da Corte, torna a situação ainda mais sensível. O julgamento será retomado nesta segunda-feira com a análise das penas a serem impostas a nove dos 25 réus que ainda não tiveram suas penas aplicadas pela Corte, na primeira sessão de Joaquim Barbosa já como presidente do tribunal.

Nos bastidores, o relator do mensalão tem dado sinais de que é favorável à perda imediata dos mandatos dos congressistas, mas no tribunal a questão está em aberto. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), contudo, já disse que cabe à Casa decidir o futuro dos parlamentares, após a abertura de um processo contra cada um dos condenados.

João Paulo, colega de partido de Marco Maia, foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e duas vezes por peculato. Segundo os ministros, ele recebeu propina para favorecer a agência de Marcos Valério no contrato de publicidade com a Câmara, tendo se envolvido em desvios milionários no caso.

Outros dois deputados federais, Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), foram condenados na ação. Henry, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e Valdemar, apenas por corrupção passiva. Os dois, de acordo com as manifestações do tribunal até agora, devem escapar de cumprir a pena fechada.

25 de novembro de 2012
RICARDO BRITO - Agência Estado

COINCIDÊNCIA OU PSICOPATIA DA CORRUPÇÃO?


                "Tudo que esse canalha toca vira corrupção".
A demissão de Rosemery Noronha, chefe de gabinete da Presidência em SP, que tem estreitas ligações com Lula – foi sua indicada para o cargo – e com a cúpula do PT, reforça, ainda mais, um fato consumado pelo julgamento do Mensalão: durante as duas gestões do representante do PT como presidente da República, o Brasil foi transformado em um Paraíso de Patifes e o poder público em um Covil de Bandidos.

A deformação moral do poder público estendeu seus tentáculos a centenas de empresários, esclarecidos canalhas, que aceitaram o triste papel de serem cúmplices e partícipes "voluntários", corrompidos ou subornados, da profunda degeneração moral das relações público-privadas, degeneração esta promovida por essa esquerda nojenta e calhorda que se aproveitou da falência educacional e cultural para cativar majoritariamente os menos favorecidos com um assistencialismo comprador de votos disfarçado de assistência social ou políticas afirmativas.

Durante os desgovernos de Luís Inácio Lula da Silva, o mais sórdido político da história do país, nosso país regrediu em todas as áreas, tudo camuflado pelo assistencialismo comprador de votos às vítimas da falência cultural e educacional, pela absurda omissão e covardia da classe média, pela corrupção e suborno de milhares de esclarecidos canalhas, pela propaganda paga à mídia marrom cliente de carteirinha das benesses financeiras oficiais – entre as quais os empréstimos subsidiados do BNDES –, e pela associação entre centenas de empresários com os agentes da deformação moral entre o público degenerado e o privado corrompido ou subornado.

A mais recente investigação da PF sobre mais uma gang acusada de integrar um esquema de corrupção, agora atuante em agencias de regulação e órgãos federais, além de mais uma confirmação da amplitude do suborno de empresários em troca de favores pessoais e escambos da corrupção, reflete a psicopatia da corrupção desenfreada estabelecida no país durante as gestões presidenciais do PT, cujo líder já denunciado por um condenado como o verdadeiro chefe do Mensalão, continua livre, leve e solto, comemorando o altíssimo grau de idiotice e imbecilidade majoritária de nossa sociedade que ainda não teve coragem de pedir nas ruas sua prisão imediata.

Incrível é o fato de que mesmo com a comprovação de um genocídio resultante de bilhões desviados dos cofres públicos pelos desgovernos civis ainda tem gente que continua perseguindo nossas Forças Armadas que não praticaram nenhum genocídio, mas tão somente defenderam o país da sanha comunista, mantando durante a luta armada, muitos dos que queriam transformar o Brasil em uma Cuba Continental, vontade esta que persiste até os dias atuais. Podiam ter matado mais 41 ...

Ao mesmo tempo em que são divulgadas mais evidências da degeneração moral do poder público, mais uma denúncia específica envolvendo o Poder Judiciário é investigada pelo CNJ, manchado mais ainda, se ainda há alguma coisa limpa, o poder responsável pelo cumprimento das leis no país.

O Brasil apodreceu durante as gestões do PT e somente uma dura reação da sociedade poderá levar, efetivamente, à prisão os condenados do Mensalão, seu verdadeiro chefe – doutor honoris causa da corrupção – e centenas de cúmplices do bilionário roubo dos contribuintes.

Que a sociedade dos não corrompidos ou subornados fique alerta, pois um golpe se aproxima com a posse de mais um togado – indicado pela presidente Dilma – no STF: um pedido de vistas do processo do Mensalão, golpe este que se passar impune significará a desmoralização definitiva da Justiça no país e a transformação da PF em definitivos bobos da corte do Retirante Pinóquio.

Por que a sociedade continua permitindo que distribuição de cargos e aprovação de emendas continue fazendo do Parlamento um balcão de negociações espúrias entre os parlamentares que praticam com este processo uma forma alternativa de Mensalão?

O que o Superior Tribunal Eleitoral espera para cassar o registro do PT diante das comprovações que justificam plenamente essa decisão legal?

O que a presidenta Dilma espera para sair desse partido desqualificado que não representa mais nenhum valor válido para a política do país, e que está corroendo de forma quase incontrolável sua gestão?

O que o STF espera para evitar que advogados de corruptos não sejam mais confundidos como togados para que não continuem subvertendo ainda mais os valores de justiça defendidos por esta Corte Suprema?

25 de novembro de 2012
Geraldo Almendra

HISTÓRIAS DO JORNALISTA SEBASTIÃO NERY

O conhaque de Bárbara

RIO – Varsóvia era uma cidade-martirio. Numa madrugada branca, toda pingada de neve, naquele já quase inverno de 1957, o velho motorista de táxi, olhos azuis e cabelos fogueados, ia me contando coisas de sua vida, entre o restaurante Krokodila e o hotel Bristol. De repente, a praça imensa, quadrada, seca, vazia, absolutamente vazia, como um pedaço de deserto caído sobre a cidade, com um discreto monumento negro ao centro.

 
A rendição no gueto de Varsóvia

- O que é isso, esta praça estranha?

- Aqui foi o gueto de Varsóvia. Aqui perdi pai, mãe, irmãos, filhos, a família inteira. Aqui vivíamos, nós, os judeus. Em 1943, cansados do cerco de Hitler, indignados com as perseguições, violências e assassinatos diários cometidos pelos nazistas, explodimos.
Fizemos um levante armado, um desesperado suicídio. Fomos arrasados pela superioridade militar dos nazistas. Sobramos poucos, pouquíssimos. Fui um deles.

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O GUETO

Arrastando seu francês cansado, o velho motorista de Varsóvia parou o carro pequeno de quatro lugares, saltou, chegou junto ao monumento e passou as gordas e avermelhadas mãos sobre a pedra negra, como se alisasse o rosto inútil dos pais, irmãos e filhos mortos.
Tremi de frio e angústia na madrugada branca de Varsóvia vendo aquele homem encardido de desesperanças acarinhando a saudade de tudo que ele foi e a vida dilacerou nas garras da violência, do radicalismo, do racismo.

Cheguei ao hotel, comecei a escrever uma série de indignadas reportagens sobre os crimes de Hitler contra os judeus: Treblinka, às margens do rio Buz, onde foram cremados os heróis do gueto de Varsóvia; Auschwitz, hoje museu da loucura dos homens, onde 3 milhões de judeus, 180 mil franceses, holandeses, russos, foram massacrados e queimados.
Os campos todos da ignomínia da barbárie nazista visitei e descrevi com a repulsa irada de minha juventude agredida.

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VARSÓVIA

Era 1957. A guerra acabara só há doze anos. Fui dos primeiros jornalistas brasileiros a descrever e denunciar os campos nazistas de extermínio, que executaram a monstruosidade do Holocausto.

Guardei para sempre a certeza de que, na dura briga do homem pela existência, uma coisa não se justifica: a agressão pelo preconceito, a violência em nome do bem.
Não longe do hotel Bristol, havia um pecado instalado. Um bar de nome inconfundível, Krokodila, com cara e fumaça de cave existencialista de Paris, naquela cidade arrasada pela guerra.

Lá, a um canto do Krokodila, toda noite, tomando conhaque da Geórgia, uma estudante de arquitetura com cara de pecado, Barbara Slanka, pulôver vermelho de gola rolê e calça preta. Ia ficar uma semana em Varsóvia, fiquei varias, naufragado nos olhos verdes de Barbara.

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JUDEUS

Uma noite, na véspera de vir embora, no quarto miúdo onde Barbara morava, já de madrugada, eu lhe pedi que bebesse menos. Barbara sorriu um sorriso triste de guerreiro que perdeu a batalha :

- Somos judeus. Meu avô morreu numa guerra da Alemanha com a Rússia. Meu pai morreu numa guerra da Alemanha com a Rússia. Eu sei que vou morrer numa guerra da Alemanha com a Rússia.
O conhaque ajuda a esquecer isso. E vai me ajudar também a esquecer você.

No dia seguinte, Barbara ficou lá na estação do trem para Praga, dando adeus, com seu pulôver vermelho, sua gola rolê, sua calça preta e os olhos verdes cheios de lagrimas. Em 1991 voltei a Varsóvia só para dizer a Barbara que ela não morreu numa guerra da Alemanha com a Rússia.

Não a reencontrei.Toda vez que explodem novos conflitos entre Israel e Palestinos, o coração me dói lembrando as mãos gordas do velho motorista do gueto de Varsóvia e os olhos desesperançados de Barbara.

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GAZA

Na semana passada, o “Globo” contou na pagina 2:

- “O foguete que matou Ahmed Al-Jabari (comandante militar do Hamas na Faixa de Gaza) acendeu o sinal vermelho nas redações mundo afora. O ataque muito provavelmente desencadearia uma escalada. Dois dias depois, a chuva de foguetes de lado a lado trouxe de volta o temor de uma nova guerra, como a de 2008”.
A “Folha” disse também na pagina 2:

- “Hamas deflagra (sic) mais um confronto com Israel, que responde (sic) com força. As ações do Estado judeu são uma resposta (sic) ao lançamento de foguetes contra alvos israelenses, que são inadmissíveis”.

O “Globo” falou a verdade. A “Folha” mentiu despudoradamente. O mundo todo viu que quem começou a escalada foi Israel, assassinando o líder militar de Gaza. A “Folha” soma: 155 palestinos e 5 israelenses mortos.

Toda véspera de eleição em Israel é a mesma coisa: bombardeiam ou invadem Gaza. Israel só esperava as eleições norteamericanas passarem para bombardear Gaza. 70 anos depois, Gaza é o gueto da Palestina.

25 de novembro de 2012
Sebastião Nery

POLÍCIA FEDERAL TEM 122 GRAVAÇÕES QUE REVELAM COMO ROSE DISCUTIA NEGÓCIOS COM "TIO" LULA E DIRCEU

 


Exclusivo – A Polícia Federal está atrás de um motoboy chamado Roberto. O motociclista profissional, que está desaparecido, tem em seu poder 10 comprometedores envelopes com documentos de alto interesse para a Operação Porto Seguro. O rapaz simplesmente não cumpriu a missão de entregar o material enviado ao consultor José Dirceu de Oliveira e Silva pela agora exonerada chefe de Gabinete da Presidência da República, Rosemary Novoa de Noronha.

Amiga pessoal do ex-Presidente Lula da Silva, ela foi indiciada por coordenar um mega esquema de corrupção ativa e tráfico de influência para beneficiar empresas que faziam negócios com o Governo Federal. A avaliação geral é que Rose não tinha competência para comandar, sozinha, um esquema tão complexo. Logo, Rose tinha um chefão por trás dela. Quem era? A PF e o MPF só não descobrem se não quiserem.

Outra bomba mantida em sigilo da Operação Porto Seguro deixa Lula e Rose na maior saia justa. A Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, já está de posse de 122 gravações de conversas telefônicas entre Luiz Inácio Lula da Silva e Rosemary Novoa de Noronha. Ele a chamava de “Rose” ou “Rosa”. Ela o tratava pelo amoroso apelido de “Tio”. Nas conversas, Rose passava ao amigo informações sobre quem deveria receber em audiência e para quem deveria mandar documentos.

Todo esse material sigiloso – que pode ser varrido do mapa pelas conveniências do poder – foi recuperado por uma empresa de alta tecnologia paulista que pode tornar públicas as informações, caso sofra ameaças ou retaliações.
Os arquivos foram recuperados de um computador cujo Hard Disk (HD) fora formatado, na vã tentativa de esconder e eliminar informações comprometedoras.
O azar dos bandidos é que a empresa, com tecnologia israelense, consegue salvar 100% dos dados de um disco rígido que tenha sido formatado até oito vezes seguidas.

Agora, o medo maior do Palácio do Planalto é que vazem documentos ainda mais comprometedores sobre Rose e suas ligações pessoais e de negócios com Lula – e também com José Dirceu.
 
A Presidenta Dilma Rousseff fará neste domingo sua terceira reunião seguida do desesperado Gabinete de Crise. Neste sábado, em mais uma tensa sessão de espinafração, Dilma resolveu exonerar Rosemary Novoa de Noronha.
Como ela não pediu exoneração, conforme fora aconselhada a fazer, acabou saída por Dilma.
A Presidenta escalou seu Secretario-Geral Gilberto Carvalho para transmitir a terrível notícia a Lula, assim que ele desembarcou da viagem à Índia.

Dilma também canetou José Weber Holanda Alves (Advgado-Geral-Adjunto da União. Só não se sabe se o superior dele Luis Inacio (com S) Adams tenha repetido a costumeira artimanha do Luiz Inácio (com Z), alegando que nada sabia sobre o que seu imediato fazia de errado.
Dilma pode também afastá-lo, assim que puder. Adams, que sonhava com o STF, agora vive um pesadelo acordado e tem tudo para ficar desempregado.

Mais uma bomba! A Agência Brasileira de Inteligência foi alertada em outubro de que haveria uma investigação sobre Rosemary. No informe de classificação A1A, a Abin informou ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência de que Rosemary enviava documentos para apartamentos em Interlagos e nos Jardins. O material seria destinado, pessoalmente, a José Dirceu e Luiz Inácio Lula da Silva

Lula teria falado sobre o delicadíssimo assunto da investigação sobre Rose com a Presidenta Dilma durante o último jantar antre ambos.
Dilma cobrou da PF se havia tal investIgação. Foi-lhe alegado que nada havia na PF, mas que poderia ter algo sendo engendrado no Ministério Público. Quinze dias atrás, Dilma soube que o caso era gravíssimo e poderia estourar a qualquer momento.

E explodiu feio! Na verdade, tudo parece um grande contra-golpe. O que teria desencadeado o ápice da Operação Porto Seguro foi o movimento radical do PT contra a Justiça, o Ministério Público e, especificamente, contra o Procurador-Geral Roberto Gurgel – ameaçado de indiciamento da CPI do Cachoeira. O “troco” ao radicalismo burro da petralhada veio em alta velocidade.

Agora, a PF e o MPF têm um complicado quebra-cabeças para montar – que mais parece o roteiro de uma novela mexicana. Também não será fácil provar que a Dilma não tinha “domínio dos fatos”.
Parece que se repete a novela do Mensalão – com milhões de reais de agravantes, já que não dá para crer que uma super-secretária e amiga de Lula tinha poder para coordenar todo o crime que agora lhe atribuem.



Foi o “Black Friday de Lula”

Em tese, um mito nunca morre. Mas os poderes míticos se enfraquecem. Seja por influência do Poder da Justiça ou do Poder Divino. O risco de condenação judicial provoca danos à imagem, ainda mais se acabar em condenação, com pagamento de multas, prisão e, pior ainda, perda de direitos políticos.
Já a condenação divina pode custar mais cara ainda. Perder a voz ou a vida, por acaso, tem preço?

Eis os dois perigos atualmente sofridos pelo mito Luiz Inácio Lula da Silva. Não resta dúvidas de que a temporada de caça a Lula está abertíssima. A estrela máxima do PT corre o risco de sair ofuscada ou até apagada por várias investigações judiciais já públicas ou que ainda correm em segredo judicial: Mensalão parte 2, BMG-PT-Lula, Delta-Cachoeira, Petrobrás e Eletrobrás.
Mas sexta-feira estourou a gota d´água contra Lula e seus parceiros: a Operação Porto Seguro – que até podia ter sido criativamente batizada de “Aguenta, Coração”...

O caso mais grave é o conjunto de provas materias sobre a existência de um Gabinete Paralelo da Presidência da República, operando no 3º andar do prédio da Previ, na esquina da Rua Augusta com Avenida Paulista, em São Paulo.
 
O “escritório” servia para práticas de crimes de tráfico de influência e corrupção ativa. Em troca de muita grana, favores, “presentinhos” ou viagens, a quadrilha promovia fraudes de documentos públicos ou soluções pouco convencionais de problemas para empresas interessadas em fazer negócios ou licitações com o Governo Federal.

O batom na cueca vermelha de Lula é que todo o esquema era comandado por uma amiga muito íntima dele: Rosemary Novoa de Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo – que acabou exonerada neste sábado pela irada Presidenta Dilma Rousseff.
As investigações da PF indicam que a “Doutora Rose”, como era mais conhecida, recebia salário de de R$ 11.179,36 para servir ao ex-Presidente.
Até sexta-feira, Rose era um “Porto Seguro” para o “Tio” Lula. Agora, se transforma em uma “Atração Fatal”.

Nos bastidores petistas, todo mundo sabe que Rose talvez só seja menos importante para Lula que a ex-primeira dama Mariza Letícia. Literalmente, Lula tomou um tiro no coração com a operação Porto Seguro da PF e do MPF.
A desagradável surpresa aconteceu no momento em que Lula recebia, no palácio presidencial Rashtrapati Bhavan, em Nova Déli, na Índia, o prêmio Indira Gandhi pela Paz, Desarmamento e Desenvolvimento 2010.
Em São Paulo, sem dúvida, foi armada uma arapuca para declarar guerra total a Lula, acabando com a paz dele – inclusive e principalmente dentro de seu apartamento, em São Bernardo do Campo.

Como o caso corre no famoso e providencial “segredo judicial”, são gigantescas as chances de não serem tornadas públicas as ligações telefônicas entre os super amigos Rose e Lula. As Velhinhas de Taubaté do PT já espalham na mídia amestrada a fantasiosa versão de que “não resta dúvida de que Lula não sabia das atividades ilegais atribuídas ao grupo, que integrava um esquema que produzia pareceres favoráveis aos interesses de grandes empresas junto ao governo federal”.

CPI da Rose?

A previsão do tempo para segunda-feira é: O Brasil explode politicamente. Dilma tentará se blindar, com discurseira de combate à corrupção, justificada com as exonerações em alta velocidade. Tudo pode piorar se o dólar subir, sem controle do Banco Central, alimentando o risco de problemas econômicos.

Segunda-feira também recomeça o julgamento para definição de penas dos condenados no Mensalão. No Congresso, a oposição falará grosso contra Lula e o PT, pedindo uma CPI sobre a escandalosa Operação Porto Seguro que também mexe com o ex-senador Gilberto Miranda – que é ligadíssimo ao poderoso presidente do Senado, José Sarney.

Investigações da PF indicam que “Doutora Rose” era responsável pela nomeação e pelas ações fora da lei promovidas pelos “Irmãos Vieira”: Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Rubens Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Marcelo Rodrigues Vieira, também da Anac. Detalhe importante: os irmãos Vieira eram apadrinhados de Lula, Rose e Dirceu.

O escândalo transforma em “roubo de galinha” o Mensalão agora julgado no STF. Envolve servidores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Anac, da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Advocacia Geral da União (AGU) e do Ministério da Educação (MEC). A organização criminosa atuava também agilizando processos em órgãos públicos e falsificando documentos em troca de dinheiro e vantagens. Os pareceres fraudados eram usados por empresas interessadas em processos de licitação junto ao governo.

“Doutora Rose” era poderosa e muito influente. Na década de 90, foi assessora de José Dirceu de Oliveira e Silva. Naquela época, conheceu Luiz Inácio.
Rose começou a trabalhar no governo Lula em 2003 como assessora especial do gabinete da Presidência em São Paulo. Em 2005, virou a “Doutora Rose, ao ser nomeada chefe de gabinete do escritório regional da Presidência, na Avenida Paulista.

Rose já esteve envolvida em problemas no governo Lula. Em 2006, quando explodiu o escândalo dos gastos com cartões de crédito corporativos, o nome dela estava na lista de 65 servidores que fizeram saques para pagamento de despesas da Presidência.
 
O deputado Indio da Costa (DEM-RJ), então candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB), e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pediram a convocação de Rose para depor na CPI criada para investigar o uso dos cartões corporativos. O caso, como tantos outros, deu em nada.

Rosemary é tão ligada Lula que costumava participar da maioria de suas viagens internacionais, nos oito anos de governo. Chegou a fazer 17 viagens presidenciais, entre 2005 e 2010. Somando todas, teria embolsado R$ 45 mil em diárias. Rose costuma integrar o Escav (escalão avançado), equipe que preparava a chegada de Lula aos países. Rose estaria separada de José Cláudio de Noronha.
O ex-marido marido ocupa um cargo de assessoria especial na administração regional da Infraero em São Paulo. Deve ser também “justiçado” pela ira de Dilma.

A cúpula petista sabia que Rose era amiga íntima de Lula. Logo, se ele “não sabia de nada” que ela fazia, o maior mito apedeuta do universo poderia se considerar um sujeito traído?

Se for, e voltar ao Brasil jurando pela felicidade da nação corinthiana que de nada sabia, Lula merecerá ser tratado como uma espécie de “Grande Corno Político”.

Talvez a ele se aplique uma versão atualizada e parodiada de um velho provérbio:

Diga-me com quem amas que vos direi quem és”.

O risco real: esse perigoso caso pode acabar em ruptura institucional ou na pizza podre de sempre...


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

25 de novembro de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

O PAULO PRETO DO PT


Durante muito tempo, o PT tentou incriminar Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ligando-o à corrupção na busca de caixa de campanha para José Serra. Visava, assim, manchar o nome do adversário.
Até que o Paulo Preto tucano foi à CPI do Cachoeira e calou a boca dos petistas. Agora o PT tem o seu próprio Paulo Preto.
O seu nome também é Paulo Vieira, o Paulo Rodrigues Vieira, o Paulo Preto que fazia parte da Gang da Rose, que funcionava dentro do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, que foi estourado pela Polícia Federal.
O Paulo Preto do PT ajudava as grandes construtoras a ganharem mais dinheiro com as grandes barragens construídas no Brasil. Coisa de bilhões!
Era o homem do Lula dentro da ANA, Agência Nacional de Águas, que dava pareceres para aumentar número de turbinas, por exemplo, em Santo Antônio do Jirau. Vamos ver o que o PT vai fazer com o seu Paulo Preto.
Vai votar a favor da sua convocação pelo Senado, para dar explicações dos seus atos? Ou vai engavetar os requerimentos?
 
25 de novembro de 2012
in coroneLeaks

DIRCEU ESTÁ DELIRANDO!

Acha que os militantes petistas vão sair às ruas para defendê-lo...

Era só o que faltava. O ex-ministro José Dirceu, condenado a dez anos e dez meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, resolveu mesmo convocar o PT e os movimentos sociais a irem às ruas para “fazer o julgamento do julgamento” do mensalão.
 


Reportagem de Diógenes Campanha, da Folha, revela que Dirceu discursou em reunião plenária em Osasco, promovida pelo deputado João Paulo Cunha, também condenado pelo Supremo.
O ex-presidente do PT José Genoino, sentenciado a seis anos e oito meses de prisão, também participou do desagravo aos réus condenados.

“É preciso ir às ruas, discutir, debater o que está acontecendo. Não aceitamos. Estamos revoltados e indignados e somos vítimas de um julgamento injusto”, afirmou o ex-ministro da Casa Civil, que também criticou a imprensa. “Nós, antes de sermos condenados, fomos linchados.
Quem jogou o principal papel na articulação foram os meios de comunicação, não todos, mas determinados meios de comunicação.”

Pelo visto, Dirceu está confundindo tudo. Pensa que a militância do PT vai sair às ruas protestando contra o Supremo. Não percebe que ele, João Paulo, Delúbio e Genoíno não representam mais nada. São figuras de um passado que muitos petistas querem esquecer. Apenas isso.

Daqui a pouco ninguém fala mais no mensalão. A cada dia surge um novo escândalo de corrupção que substitui o anterior. Nesse particular, o governo do PT é mesmo surpreendente.

25 de novembro de 2012
Carlos Newton

SENADO PODE CONVOCAR JOSÉ EDUARDO CARDOZO PARA FALAR SOBR ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NO CORAÇÃO DO PALÁCIO DO PLANALTO


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, encabeça a lista de possíveis convocados pelo Senado para prestar esclarecimentos sobre o esquema de uma organização criminosa infiltrada em órgãos públicos, revelado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
Também fazem parte da relação de eventuais convocados o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e a ex-chefe de Gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa Noronha, demitida no sábado, 24, por ordem da presidente Dilma Rousseff.
 
Nesta segunda-feira, 26, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) irá protocolar na Comissão de Constituição e Justiça pedido para convocar Cardozo. Simon argumenta que o ministro deve detalhar a operação da PF e explicar medidas do governo na área.
“O ministro ou outra pessoa que a presidente Dilma Rousseff quiser deve falar sobre as providências que foram tomadas e as mudanças que serão feitas nesse setor”, afirmou o senador. “O ministro, aliás, deveria se oferecer para falar”, ressaltou. A assessoria do Ministério da Justiça destacou que Cardozo só irá ao Congresso se for convocado.
 
Simon avalia que o escândalo no escritório da Presidência em São Paulo é “grave demais”, pois ocorreu na “alma do governo”. Ele diz, no entanto, que o Congresso não tem condições no momento de propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso. “Seria muita coragem e cara de pau (do Congresso) pedir CPI depois do vexame da comissão do Cachoeira”, disse Simon, referindo-se ao relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI criada para investigar os negócios do contraventor Carlos Augusto Ramos, que pediu o indiciamento de adversários do governo e deixou de fora aliados envolvidos com o bicheiro. “E depois, nesse caso do Gabinete da Presidência em São Paulo, o governo já tomou medidas a médio prazo, como a demissão de pessoas indiciadas. Vamos deixá-lo agir.”
(…)
 
Por Leonencio Nossa, no Estadão
25 de novembro de 2012
in Reinaldo Azevedo

SINTO SAUDADES DO BIPARTIDARISMO E VERGONHA DO PLURIPARTIDARISMO

 

No tempo da Arena e MDB eram evidentes os ideais políticos de cada cidadão e sabíamos quem era quem dentro da política nacional. Hoje, temos essa quantidade de partidos e a vergonhosa atitude dos que se dizem políticos, que pulam de galho em galho não em busca de seus ideais e simplesmente em busca do poder para simplesmente se locupletarem financeiramente à custa do sacrifício do povo.



Neste regime, o que assistimos quase que cotidianamente a nível nacional, estadual e municipal é que os políticos enganadores ora estão no PZ e ora estão no PX, mudando suas caras de acordo com seus interesses pessoais.

Na verdade as propostas que são apresentadas são vazias e sem qualidade e muito mais se preocupam com o número de cargos para distribuírem entre seus correligionários. As propostas para a saúde, educação, segurança e infraestrutura ficam por cima dos palanques e são esquecidas.

E vergonhoso como adversários de ontem se tornam amigos hoje simplesmente para conquistarem o poder e desrespeitando a vontade de seus eleitores. O povo que se dane. Não importa a forma que se conquiste o poder, o importante é exercê-lo.

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LEIS ENGANADORAS

Os jovens, os idosos, os negros e os brancos são enganados e anestesiados por estatutos e leis enganadoras, promulgadas debaixo de uma grande divulgação na mídia, mas ficam no papel e são desrespeitadas pelos seus próprios propositores. Analisem as propostas feitas no Estatuto dos Idosos, das Mulheres e dos Menores e vejam se estão sendo cumpridas.

Um exemplo evidente disso é a perseguição do governo aos aposentados, que na sua grande maioria já ultrapassaram os 60 anos. Onde está o Estatuto do Idoso e para que foi promulgado?

As coisas não saem do papel para beneficiar o povo e logo, logo caem no esquecimento pela anestesia de bolsas esmolantes, distribuídas à custa do sacrifício de trabalhadores e do desvio de seus recursos previdenciários que durante muitos anos recolheram para tranquilidade em sua velhice.

Poderia ir muito mais longe com minha exposição da vergonha do pluripartidarismo e da saudade que sinto do bipartidarismo. Pois nessa época podíamos ver a cara de cada candidato e sabermos verdadeiramente porque estavam ali.

Cada Ali Baba criou os seus próprios 40 ladrões e saíram pela estrada criando a sigla de abrigo e cavernas para suas próprias quadrilhas. O bipartidarismo é exemplo em quase todos os países desenvolvidos, tanto na esfera do socialismo como no capitalismo.

Bem que podíamos acabar com essa vergonhosa situação onde os políticos vivem pulando de galho em galho, em busca de seus interesses pessoais, desprezando a vontade e os direitos do povo.

25 de novembro de 2012
Antonio Ranauro Soares

IMBRÓGLIO ESPANHOL

NESTE DOMINGO AS ELEIÇÕES QUE PRETENDEM LEVAR A CATALUNHA À INDEPENDÊNCIA.
A manifestação nacionalista de 11 de setembro: combustível para a eleição deste domingo (Foto: La Vanguardia)
 
Um coronel maluco pede intervenção militar na região caso seu governo prossiga no caminho da independência em relação ao país. O secretário de Segurança regional convoca sua polícia para “defender o país” em caso de conflito. O ministro da Justiça avisa que um plebiscito na região para decidir a independência é “claramente ilegal e inconstitucional”.
O chefe do governo regional responde:

– Constituições e tribunais não nos deterão.

Estamos falando de onde? Da Venezuela? De algum país africano que vive de golpe em golpe?
Nada disso. Esse tipo de guerra de palavras está se dando na civilizada e democrática Espanha, às voltas com eleições na comunidade autônoma (equivalente a um Estado americano) da Catalunha, neste domingo, 25, em que a independência da região está, pela primeira vez em séculos, colocada seriamente sobre a mesa.

Os parágrafos acma constituem o lead da excelente matéria que o jornalista Ricardo Setti postou em seu blog no site da revista Veja. Setti está em Barcelona, portanto, no olho do furacão.

Neste domingo, 25 de novembro, os catalães vão às urnas decididos a tornar a Catalunha um país independente e, portanto, desligado completamente da Espanha. A Catalunha é denominada "Província Autônoma', porém integrada ao Estado espanhol.

Além da crise que castiga a Espanha, a fúria pela independência que esquenta a cabeça dos catalães é um fantástico imbróglio que ocorre num contexto de turbulência fervido no caldeirão da crise econômica que, aliás, é um dos ingredientes dessa encrenca.

Vale a pena ler o que informa desde Barcelona, o jornalista Ricardo Setti, num texto bem articulado e com muita inforamção. Clique AQUI para ler tudo.
 
25 de novembro de 2012
in aluizio amorim

A LÓGICA CRUEL QUE PERPASSA NOSSAS RELAÇÕES SOCIAIS


O Brasil começa com um gesto de generosidade invertida: civilizar os índios, explorando sua mão de obra e obrigando-os a converter suas almas a uma religião que lhes era estranha. Depois de quatro séculos, o Brasil começou a ser generoso com os escravos africanos: fez a Lei do Ventre Livre. Os filhos de escravos seriam libertos, mas as mães continuavam escravas. Houve generosidade também com os velhos escravos, quando já não poderiam mais trabalhar.

A Lei Áurea foi outra de nossas generosidades: os escravos já não poderiam ser vendidos nem obrigados ao trabalho forçado, mas não lhes demos terra para produzir a própria comida nem escolas a seus filhos.

Mais recentemente, quase no quinto centenário da existência do país, fomos generosos estabelecendo um salário mínimo. Mas tão mínimo que sempre foi insuficiente para cobrir os custos básicos dos serviços e dos bens essenciais. Para não ficar sem trabalhadores, houve outra generosidade: o vale-refeição. As famílias ficavam sem comida, mas os trabalhadores recebiam a comida que o salário não permitia.

Durante a escravidão, fomos generosos oferecendo "casa" para os escravos: as senzalas fétidas e insalubres. Quando a industrialização pôs os trabalhadores morando distante do lugar do trabalho e o salário não permitia pagar a passagem de ônibus, oferecemos, generosamente, o vale-transporte, mesmo que, no fim de semana, ele e a família não pudessem visitar parentes ou passear no centro da cidade.

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GENEROSIDADE

Temos sido generosos ao oferecermos uma renúncia fiscal no cálculo do Imposto de Renda para financiar escolas particulares, dos filhos de ricos, num valor superior ao gasto médio anual por criança na escola pública, dos filhos dos pobres.

Generosamente, oferecemos Bolsa Família, mas não nos comprometemos em emancipar os pobres da necessidade de bolsas. Generosamente, não oferecemos creches e pré-escolas para nossas crianças, provocando desespero em milhares de mães.

Generosamente, oferecemos também cotas para facilitar o ingresso de jovens negros na universidade, mas não fazemos o esforço necessário para erradicar o analfabetismo, que tortura cerca de 11 milhões de brasileiros, em sua grande maioria, negros e pardos.

Somos generosos facilitando o endividamento das famílias da classe C para comprar carros a serem pagos em até cem meses, sem IPI, mas não eliminamos impostos sobre a cesta básica nem melhoramos o transporte público para todas as classes, inclusive a D e a E.

Nossa generosidade chega ao cúmulo de gastarmos muitos bilhões de reais para fazer no Brasil a Copa e a Olimpíada, às quais nossos pobres vão assistir pela televisão, e não adotamos o compromisso de investir os royalties do petróleo na educação de nossas futuras gerações.

Somos um país coerente com cinco séculos de generosidade seletiva invertida ou pervertida.

25 de novembro de 2012
Cristovam Buarque
 

PSICOSE AMBIENTALISTA