"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 28 de março de 2012

PASQUIM, A SUBVERSÃO DO HUMOR...









28 DE MARÇO DE 2012
m.americo

IMPRENSA

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."
(Millôr Fernandes)

INFORMAÇÃO, CIDADANIA E CORRUPÇÃO

“As pessoas não dão atenção a certos modos de comportamento essenciais, como respeitar os mais velhos, obedecer a passagem de pedestres, a cordialidade no trânsito, a valorização do bem público”(Gilberto Velho – antropólogo)


Há uma sobrecarga de informações, mas falta cidadania. Como observou David Allen, a pessoa atualmente pode estar produzindo o mesmo que três antigamente, mas não está recebendo o triplo.
É claro que o mundo com informação e infinitas possibilidades, veio para ficar. “O desafio é participar de forma produtiva nesse mundo novo e turbulento, sem ficarparalisado por ele”, acrescentou o jornalista.
No fundo: sem ser dele escravo.
Para muitos, a sobrecarga de informação recebida pelos usuários da internet está mais ligada ao consumo do que a produção. “É preciso filtrar corretamente a informação que chega até você, porque, nos próximos anos, isso vai piorar”, afirmou Luli Radfahrer, professor de Comunicação Digital da USP. “A água ainda está na cintura, mas é preciso ser rápido. Caso contrário, a água vai bater na boca, no nariz, na testa, e, aí, vai ser tarde demais”, arrematou.
A palavra cidadania vem do Latim “civitas”, que quer dizer cidade. Ela designa, de modo geral, o conjunto de direitos e deveres que uma pessoa possui em determinada sociedade e também em relação ao Estado. É o conjunto de valores morais que orienta os comportamentos dos indivíduos de um grupo ou de uma sociedade. Também pode ser entendida como o campo da filosofia que reflete sobre os costumes e à moral.
Estamos muito mal nesse terreno.
Vemos isso nas ruas: na falta de civilidade, de cortesia, de gentileza. De educação.
O estresse e a agressividade predominam.
Nesse ambiente, a corrupção se multiplica.
A falta de respeito ao outro e ao bem público se traduz em números. Dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que, numa estimativa realista, anualmente, a corrupção causa um rombo de R$50, 8 bilhões aos cofres públicos.
Com esse dinheiro, seria possível pavimentar 39 mil quilômetros de rodovia, construir 78 aeroportos ou oferecer rede de esgoto a 15,7 milhões de lares.

Emanuel Medeiros Vieira, março de 2012

DEMÓSTENES TORRES TÁ PELA BOLA SETE...

E pensar que o Senador trapalhão Demóstenes Torres era o político mais "respeitado" do Senado Fedemal.

O Ex procurador do estado de Goiás é presidente da comissão de constituição e justiça do Senado Fedemal. A mais importante comissão da casa.

Foi um ferrenho lutador contra a impunidade do mensalão.

Chegou a estar no Ranking dos 100 brasileiros mais influentes do país.

Era líder da bancada do Democratas substituindo Agripino Maia.

Um Senador respeitado e festejado como ético e honesto se deixa pegar por conta de relações com bicheiro.

Será que toda a fama de "ÉTICO" do senador era apenas propaganda enganosa para enrolar eleitores burros? Se for isso, o velho senador está no partido errado, ele deveria se filiar ao PT, lá é que gente sem caráter e sem ética é tratado como ilibado representante da moralidade.

Uma pena que o Demóstenes mostrou mais uma vez que no cãogresso fedemal não se salva ninguém. O mais prestigiado deles acabou ficando pela bola sete.

Vai ser expulso do DEM, e certamente irá perder o mandato por quebra de decoro. E gente para fazer o senador rodar é o que não falta. Os partidinhos dos jumentos vermelhos já estão fazendo a tradicional presepada pedindo a cabeça Demosteana.

Não é cassando o Demóstenes que irão moralizar a política brasileira.

A moralização política só sai quando a população se encher o saco e acordar para as bandalheiras que os congressistas da pocilga promovem, e nesse dia forem as ruas pedindo pelo fechamento do congresso em nome da democracia, da ética e da moralidade.

Cai o Demóstenes, mas todos os outros 80 permanecem por lá, e se o "arauto" da moralidade rodou, imaginem as bandalheiras e imoralidades que não faz um senadorzinho daqueles bem rastaqueras que não tem expressão ou influência política alguma que o permite viver nas sombras do Senado e fora dos holofotes da imprensa.

No cãogresso fedemal, que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou...

Agora os amigos irão virar as costas, o partido expulsa, a mulher abandona, a família critica e politicamente falando, em Brasília, nada vai mudar.

O único que se phodeu foi o espertalhão senador.

E o povão que via nesse senhor um exemplo, mais uma vez percebe que foi traído pelo que há de pior na política da pocilga, a impunidade e a bandalheira..

Mas cá entre nós.
Um senador que ganha mais de R$ 120.000,00 ao mês, pedir 3 paus a um bicheiro para pagar um táxi aéreo, alem de cassado e execrado, deveria também levar uma surra de vara em praça pública para aprender a largar a mão de ser feladeumapota.

28 de março de 2012
omascate

QUE VOLTA? LULA NUNCA FOI...

Luiz Inácio anuncia sua volta. Que volta? Lula nunca foi...
Ele apareceu todos os dias na mídia, e quando não podia falar aparecia seu fotógrafo de plantão para tirar foto do seu " câncer político" por detrás da janela .

Aquele meu tio já falecido devido a um câncer, aquele que olhava Lula na TV e dizia: "É preciso ter muita fé". Ensinou aos sobrinhos com uma história que ele vivera, quando estava na política.
Certa vez, um político ladrão, abominável em seu caráter sofreu um acidente de carro e foi o único sobrevivente da tragédia, e ele cantava em verso em prosa que DEUS estendeu a sua misericórdia e privilegiou ele, o safado!

Pois bem. Essa história meu tio contava e dizia a todos nós que nunca na vida devíamos dizer essa infâmia de se achar o único "Ser" merecedor diante do olhar do divino.
Ele chamava isso de pretensão da ignorante somado a arrogância. Passei a observar esse fato na vida e nas grandes tragédias, pessoas se acharem únicas e merecedoras do divino, mesmo sendo rotuladas como crápulas de toda ordem.

Tenho certeza de que deus não compactua com a desordem moral, com a ladroagem, com a esperteza maléfica. Prefiro a calma para expiação e muita compaixão por tudo que se passa diante de meus olhos, muito respeito com os humildes e nenhuma com os arrogantes, apenas desejo a liberdade para alma crescer no seu tempo certo, e não a prisão que esses vagabundos querem impor aos homens como se fossem donos da vida alheia.

28 de março de 2012
MOVCC

O REBANHO DA SEITA QUE ACOBERTA BANDIDOS DE ESTIMAÇÃO QUER FURAR A FILA DO TRIBUNAL

Com o olho rútilo e o lábio trêmulo, aos uivos, urros, berros e zurros, os milicianos do partido que virou quadrilha exigem a imediata condenação do senador Demóstenes Torres à danação eterna.

O país que presta, que já o castigou com o confisco da credibilidade, entende que o parlamentar goiano deve pagar pelos pecados cometidos. Mas não é de bom tom furar a fila do tribunal.
Demóstenes acabou de juntar-se ao imenso bloco cuja comissão de frente, à exceção do tucano Eduardo Azeredo e do governador José Roberto Arruda, eleito pelo DEM, é constituída exclusivamente por prontuários forjados nas catacumbas do PT e da base alugada.

O grupo de obscenidades à solta inclui:
José Dirceu e seus mensaleiros, Valdomiro Diniz, Antonio Palocci, Benedita da Silva, José Genoíno, Alfredo Nascimento, Orlando Silva, Wagner Rossi, Delúbio Soares, Pedro Novais, Renan Calheiros, Fernando Collor, José Sarney e Famiglia, Erenice Guerra e seus filhotes, Anderson Adauto, Ideli Salvatti, Ana Júlia, Gilberto Carvalho, Edison Lobão, Edison Lobinho, Agnelo Queiroz, Paulo Okamotto, Carlos Lupi, Aloízio Mercadante e seus aloprados, Sílvio Pereira, Walfrido dos Mares Guia, Humberto Costa, Saraiva Felipe, Matilde Ribeiro, Romero Jucá, Silas Rondeau, Mário Negromonte, Severino Cavalcanti e Fernando Pimentel, fora o resto.

Se a lei valesse para todos, se a Justiça brasileira funcionasse, se fosse estendido aos cardeais da seita dos devotos de Lula o castigo que o rebanho reivindica apenas para Demóstenes Torres, a multidão encarcerada seria suficientemente numerosa para disputar com o PCC o controle das gaiolas. Mas não haveria confrontos.
Em nome da governabilidade das cadeias, as duas organizações criminosas logo tratariam de celebrar uma aliança que garantisse a justa divisão dos lucros.


Augusto Nunes - Veja Online
28 de março de 2012

É UMA VERGONHA!

Demóstenes Torres é mais um no 'show' de inutilidades do Senado
Enquanto isso, os pobres mortais, no Inamps...

No momento em que um senador famoso por suas posições moralistas - trata-se Demóstenes Torres (DEM-GO) - é flagrado demonstrando ter fortes ligações um também famoso contraventor de Goiás, o Carlinhos Cachoeira, acusado de ser chefe de um esquema de exploração do jogos e preso pela Polícia Federal, ainda repercute na opinião pública a informação de que senadores depois que não mais exercem o mandato ainda têm direito a despesas ilimitadas com plano de saúde para si e seus parentes pagas pelo Senado, ainda aparece mais uma notícia engraçada naquela Casa Legislativa.

Depois da declaração estapafúrdia do senador Ivo Cassol (PP-RO) afirmando que os parlamentares brasileiros são mal remunerados, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, pressionada pela reação popular aprovou por unanimidade a extinção dos 14} e 15} salários dos senadores, que recebiam no início e no fim de cada ano, livres do Imposto de Renda.

Coube ao senador Cyro Miranda (PSDB-GO) declarar outra grande novidade:

"Tenho pena daqueles que são obrigados a viver com R$ 19 mil líquidos".
O ilustre declarante é um suplente sem voto que ganhou um pedaço do mandato do então titular, Marconi Perillo (PSDB-GO), eleito governador, e 'esqueceu' que mensalmente os 'pobres coitados' que recebem 'somente' R$ 19 mil, custam aos cofres públicos "apenas' R$ 170 mil, somados os subsídios e mais as mordomias a que se deram o direito de receber.

Apesar de sua 'preocupação' com os colegas de baixa remuneração, Cyro Miranda votou pela aprovação do projeto de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que declarou: "Meu Deus do céu! Eu ando nas ruas, vejo as pessoas! Como pode um senador dizer uma coisa dessas?".
Já Ivo Cassol não apareceu na reunião da CAE, mas mandou um voto em separado, a favor do projeto.

A indignação do povo pode ser medida em duas cartas de leitores de 'O Globo', na edição de hoje, sobre esse e outros fatos que povoam o noticiário.

Otávio Basile Novello, de Duque de Caxias, RJ, escreveu:

"Nosso país é uma bênção com quem não trabalha e com os corruptos. Vejam o caso dos senadores que, mesmo sem mandato, continuam a ter direitos à assistência médica ilimitada: é só apresentar o recibo de qualquer valor que o Senado paga. Os senadores com mandato acham que ganham pouco. E agora mais essa, a do sr. Ricardo Teixeira, que será recompensado com salários até 2030. Ele está sendo investigado e ainda ganha um prêmio de bom comportamento. Quando isso vai acabar? Eles só não protegem quem trabalha ou trabalhou, como os aposentados. Trabalho há 54 anos, e vou morrer trabalhando, pois ganho metade do que deveria".

Já Frttz Mueller, de Araruama, RJ, desabafa:

"Uma classe privilegiada desfrutando as benesses da saúde. Uma democracia tendenciosa, caraterizada por um Senado elitista, generoso, complacente com uma assistência médico-hospitalar de ponta.

Na outra ponta, os súditos do INSS esperam o atestado de óbito da vergonha. Os aposentados sobrevivem de esmolas, garimpando migalhas das prateleiras vazias das farmácias populares.
Os senadores são predestinados em gastos milionários de saúde e não entram em filas constrangedoras. Quanto aos reembolsos médicos,as brechas podem ocorrer.
As estatísticas não são favoráveis. Não nos esqueçamos: cartões corporativos, passagens aéreas, horas extras, ponto eletrônico, atos secretos etc. Tudo foi possível com a influência do Senado".


E aí, mas uma vez vem a pergunta que não quer calar: Qual é mesmo a utilidade do Senado?

28 de março de 2012
Postado por Airton Leitão

OS ENDIABRADOS E IMPUNES JOVENS TERRORISTAS

Como se esperava, a esquerda, em regozijo pelo que pretende da Comissão da Verdade, aciona seus títeres para exacerbar os ânimos, destratar cidadãos e infernizar a vida da nação.

É o terrorismo institucionalizado em marcha.

Como dantes, os jovens prestam - se ao ignóbil papel. “A juventude é livre do peso do passado e assimila melhor do que ninguém os preceitos leninistas”, já dizia Stalin.

“Outrora como agora, é notório que os dois segmentos sociais mais visados pelos comunistas são o dos trabalhadores, a quem, segundo Marx, cabia derrubar o regime vigente e estabelecer a nova ordem, e o dos estudantes, que, como adolescentes, apresentam de forma aguda um espírito crítico, uma preocupação altruísta, um inconformismo com a diferença entre o mundo perfeito dos seus sonhos e a cruel realidade do dia-a-dia.

É fácil canalizar - lhe essas manifestações quando não há orientação adequada dos pais ou dos mestres”, escreveu o General Augusto Del Nero na sua obra, “A Grande Mentira”.

Assim, no contexto atual, com orientação deformada e incentivada por escolados subversivos, vemos aflorar em solo fértil, os inocentes úteis, mas bastante cretinos para causar tumultos, sem que o peso da justiça sequer os incomode.

Sob a designação de “populares” movimentam - se em chusmas para constranger os alvos da virulenta e violenta esquerda de triste memória para a história da nação.

São jovens que primam pela falta de orientação, pela falta de caráter, pela falta de estudos.

São jovens insensíveis, incapazes de consultar os arquivos de jornais, ou bibliotecas públicas sobre o que foi escrito na época sobre o dia - a - dia do Movimento Contrarevolucionário de 1964, seus antecedentes, sua evolução, seu desencadeamento e suas conseqüências.

Lamentavelmente, fruto de uma posição defensiva, as instituições que lutaram contra a subversão e o terrorismo não encontram um espaço mínimo para apresentar à juventude, o outro lado da VERDADE.

Muito pelo contrario, tudo leva a crer que uma Comissão verterá nos seus relatórios, para toda a Nação, a “verdade” do seu interesse, e dentro em pouco, as ações de “escracho”, como designam os integrantes do Levante Popular da Juventude aos seus atentados à paz e à tranqüilidade de ilibados cidadãos, serão devidamente protegidas pelos órgãos policiais.

Na China, o poderoso Mao, ao promover a “Revolução Cultural”, incitou a criação de grupos armados de estudantes, “seus jovens”, para perseguirem intelectuais, professores e antigos membros do PC.

O resultado, nós sabemos, foi um banho de sangue e um retrocesso gigantesco na China de um dos mais afamados teóricos do comunismo.

Aqui, o poderoso lulo – petismo, inicialmente, se contentará com pouco, como acontece com o MST, que vai fazendo o que quer, quando quer, e aonde quer, sem nenhuma repressão.

De igual modo, as ações dos jovens terroristas prometem recrudescer na medida em que a sociedade assista inerme às suas demonstrações cheias de maléficas conseqüências.

Sim, já dizia a canção, “estamos a um passo do paraíso”, de Mao, de Stalin, de Prestes, de Fidel, de Tarso, de Marighella, e de outros e outras, que é melhor não citar, pois não gostariam de serem nomeadas, no momento, como próceres do comunismo no Brasil.

Brasília, DF, 28 de março de 2012
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

EMPRESAS DE EIKE TIVERAM PREJUÍZOS DE MAIS DE R$ 1 BILHÃO

Levantamento feito pela Consultoria Economática mostra que cinco empresas de capital aberto do empresário Eike Batista - LLX Log (logísitca), MMX Miner (mineração), MPX Energia (energia), OGX Petróleo (petróleo e gás) e Portx (resultante da cisão da LLX e que tem como único ativo o Superporto Sudeste, em construção em Itaguaí, no Rio de Janeiro) - tiveram prejuízo acumulado de R$ 1,02 bilhão em 2011.

Foi o pior ano em termos financeiros para as empresas do Grupo EBX, já que o maior prejuízo tinha sido registrado em 2010, com perdas de R$ 448 milhões. A OSX Brasil foi a única das seis empresas de capital aberto do grupo a registrar lucro de R$ 7,6 milhões no ano passado.

A OGX Petróleo foi a empresa com maior prejuízo em 2011: R$ 482,2 milhões. A MPX Energia, com prejuízo de R$ 408,6 milhões, foi a segunda do ranking de perdas financeiras do grupo. A LLX Log teve perdas de R$ 39,4 milhões; a MMX Miner apresentou prejuízo de R$ 19,3 milhões e a PortX reportou perdas de R$ 78,9 milhões.

O valor de mercado das seis empresas de Eike Batista, com base nos números do dia 27 de março, é de R$ 72,37 bilhões, sendo a OGX Petróleo a maior delas com valor de mercado de R$ 49,4 bilhões.

A primeira empresa do grupo a ser negociada na Bovespa foi a MMX Miner no ano de 2006, quando apresentou prejuízo de R$ 92,1 milhões. No mesmo ano, a MPX Energia também começou a ser negociada no pregão e reportou perda de R$ 1,8 milhão.

Em 2007, além da MMX e da MPX, a LLX Log e a OGX Petróleo também começaram a ser negociadas em Bolsa. No ano, o grupo teve lucro de R$ 825,1 milhões. Em 2008, as quatro empresas reportaram prejuízo de R$ 337 milhões. Em 2009, com a entrada da OSX Brasil no pregão, as empresas de Eike tiveram prejuízo de R$ 432,8 milhões.

Em 2010, com a criação da PortX, as seis companhias do grupo somaram prejuízo de R$ 448 milhões, o pior resultado até então, segundo dados da Economática.

Veja o prejuízo das empresas de Eike Batista em 2011

OGX Petróleo - R$ 482,2 milhões

MPX Energia - R$ 408,6 milhões

PortX - R$ 78,9 milhões

LLX Log - R$ 39,4 milhões

MMX Miner - R$ 19,3 milhões

Prejuízo total em 2011 de R$ 1,020 bilhão

*A OSX Brasil foi a única com lucro de R$ 7,6 bilhões

28 de março de 2012
O Globo

COFRINHO GORDO E BOLSOS MAGROS

Mês após mês, a cantilena não muda:
o governo bateu novo recorde de arrecadação de impostos. De tão repetitiva, a notícia já nem merece tanto destaque dos jornais, mas o apetite da gestão petista pelo dinheiro do contribuinte pesa cada vez mais no bolso dos brasileiros.
Agora, até os investimentos estão sob ameaça.

Em fevereiro, a arrecadação de tributos federais atingiu R$ 71,9 bilhões. Mais uma vez, um recorde para o mês, com crescimento de 5,91% acima da inflação na comparação com o mesmo período de 2011.

Isso significa que o governo vê suas receitas tributárias crescerem a um ritmo cerca de duas vezes maior do que o da economia em geral. Ou seja, para cada passo que o PIB brasileiro consegue dar, o leão, sempre mais veloz, anda dois. Assim não há quem dê conta.

Nos dois primeiros meses do ano, nada menos que R$ 174,5 bilhões já foram parar nas burras do fisco em Brasília. Haja grana. Significa dizer que, a cada dia de 2012, útil ou não, pingaram R$ 2,9 bilhões no cofrinho da Receita. Dá para imaginar quanto dinheiro é isso?

Na divulgação dos resultados, ontem, a Receita ressaltou que caiu a arrecadação de setores com a indústria. É verdade. Mas, em contrapartida, cresceu, e muito, o que o leão comeu dos salários dos brasileiros:
a alta foi de 16,5% em fevereiro.

Morder os assalariados é, aliás, uma tônica da sanha tributária petista: desde 2002, o volume de dinheiro arrecadado junto às pessoas físicas dobrou - passou de R$ 45 bilhões para R$ 91 bilhões, conforme levantamento divulgado por O Globo há um mês. Como a média geral subiu um pouco menos (72%), os impostos passaram a pesar mais sobre os trabalhadores do que sobre os demais contribuintes.

Os cálculos oficiais a respeito da carga tributária global de 2011 ainda não foram divulgados. Mas a trajetória é clara:
houve novo aumento, com cerca de 35% de toda a riqueza produzida no país sendo devorada pelo leão, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Nada menos que R$ 1,5 trilhão foram pagos em impostos pelos brasileiros no ano passado.

O governo diz que, neste ano, o ritmo de crescimento da arrecadação deverá cair em relação a 2011. Ótimo. Mas, ainda assim, trabalha-se com a hipótese de uma expansão real (isto é, acima da inflação) na faixa de 6%, muito superior às previsões para o PIB. Que sentido há neste aumento constante da carga?

Diante disso, surpreende que o governo Dilma Rousseff comece a falar em aumentar a tributação até mesmo de investimentos produtivos, como informa hoje O Estado de S.Paulo. Novamente, como forma de conter o câmbio, o Ministério da Fazenda estuda sacar sua arma de um tiro só:
planeja aumentar o IOF sobre quaisquer transações que envolvam conversão de moeda.

Com isso, a cobrança do tributo passaria a incidir no ingresso de receitas de exportação, em financiamentos de longo prazo e até mesmo sobre investimentos estrangeiros diretos - ou seja, aqueles recursos direcionados ao aumento da produção. De quebra, a medida contribuiria para engordar ainda mais a arrecadação federal, tão combalida...

"A proposta estaria sendo avaliada pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas ainda sem consenso na equipe econômica. Alguns opositores a consideram radical demais, a ponto de afastar o investidor estrangeiro", informa o jornal.

Parece um disparate pensar numa medida como esta no momento em que a maior fragilidade do país é a falta de investimentos que lhe sustentem o crescimento.
Os empreendimentos públicos praticamente não existem e os privados são sufocados pela irracional estrutura de custos vigente no Brasil, na qual a carga tributária é elemento central.

Mas o governo do PT parece pretender que as garras do leão deem aos investidores estrangeiros a mesma sensação que os brasileiros experimentamos todos os dias:
a de assalto.

28 de março de 2012
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Cofrinho gordo e bolsos magros

ERA SÓ UM TUMORZINHO...

O tumor na laringe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 66, desapareceu. Os exames feitos nesta manhã --de ressonância magnética e diagnósticos detalhados na garganta-- mostram que não há mais resquícios do câncer.

Os médicos evitam falar em cura, o que só poderá ser confirmado em cinco anos. Ao fim deste período, novos exames poderão constatar se o ex-presidente foi curado.
Boletim médico divulgado no final da manhã informou que Lula continuará a fazer sessões de fonoaudiologia.
"Foram realizados exames de ressonância nuclear magnética e laringoscopia, que mostraram a ausência de tumor visível, revelando apenas leve processo inflamatório nas áreas submetidas à radioterapia, como seria esperado", dizem os médicos.

28 de março de 2012
(Da Folha Poder)

MP INVESTIGARÁ REPASSES DO GOVERNO MINEIRO PARA RÁDIO DE AÉCIO NEVES

BELO HORIZONTE – O Ministério Público Estadual (MPE) de Minas Gerais instaurou inquérito civil para investigar repasses feitos pelo governo do Estado à Rádio Arco-Íris entre 2003 e 2010, época em que o tucano comandou o Executivo mineiro. Além de Aécio, também consta no inquérito civil MPMG-0024.12.001113-5, o nome de sua irmã, Andrea Neves, atual presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e coordenadora do Núcleo Gestor de Comunicação Social do governo, responsável pelo controle do gasto com comunicação, inclusive a publicidade oficial, durante a gestão do irmão.

A propriedade da rádio por parte de Aécio e Andrea veio a público em abril do ano passado, quando o senador teve a carteira de habilitação – vencida – apreendida e foi multado em R$ 1.149,24 após se recusar a fazer o teste do bafômetro ao ser parado em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro. Ele dirigia o Land Rover placas HMA-1003, comprado em novembro de 2010 em nome da emissora, que detém uma franquia da Rádio Jovem Pan FM em Belo Horizonte.

Na ocasião, o governo confirmou que havia feito repasses à emissora em 2010, mas afirmou que os pagamentos foram legítimos. O caso levou a oposição ao Executivo tucano na Assembleia Legislativa de Minas a tentar, sem sucesso, criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Agora, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do MPE vai apurar se foram repassadas verbas públicas á rádio também nos outros anos em que Aécio esteve à frente do governo e os critérios usados para a liberação dos recursos. O inquérito foi instaurado na sexta-feira, 16, após o órgão receber, em fevereiro, nova representação contra Aécio e Andrea.

No período em que o atual senador comandou o Executivo mineiro, as despesas de órgãos da administração direta com “divulgação governamental” chegaram a R$ 489,6 milhões, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira de Minas Gerais (Siafi-MG), valor que ultrapassa R$ 815 milhões quando incluídos gastos de empresas, fundações e autarquias controladas pelo Executivo. Além da Rádio Arco Íris, o MPE também vai investigar se as empresas Editora Gazeta de São João del Rei Ltda. e a Rádio São João del Rei S/A, que têm Andrea como sócia, receberam recursos do governo durante a gestão do irmão. Ela é cotada entre lideranças tucanas de Minas para disputar o governo do Estado em 2014 pelo PSDB.

Aécio se tornou sócio da Rádio Arco Íris, que já era dirigida pela atual presidente do Servas, em dezembro de 2010, dois meses após ser eleito para o Senado. A assessoria do tucano informou que sua mãe, Inês Maria, comprou parte das cotas de Andrea e as repassou ao filho. O Land Rover é um dos 12 veículos registrados em nome da emissora, que está registrada com capital social de R$ 200 mil e faturou R$ 5 milhões em 2010. Inês Maria já tinha participação na rádio quando Aécio entrou na sociedade.

Por meio de nota, a assessoria do senador informou que os responsáveis pela representação – deputados estaduais Sávio Souza Cruz e Rogério Correia, líderes, respectivamente, do PMDB e do PT na Assembleia de Minas – são os mesmo que entraram com “ação idêntica” em 2011 e que a iniciativa tem “caráter político”. A nota ressalta que o grupo técnico presidido por Andrea tinha função “meramente consultiva” e que o MPE já arquivou um procedimento sobre o assunto em julho do ano passado ao “considerar a regularidade de todos os procedimentos adotados”, conforme documentos entregues ao órgão. O texto diz ainda que a rádio não recebeu patrocínios do governo durante a gestão de Aécio e que obteve “o mesmo número de inserções comerciais realizadas em mais de 300 emissoras” do Estado.

Matéria do Estadão:
28 de março de 2012
implicante

MAU USO DO DINHEIRO PÚBLICO EM JOÃO PESSOA



Projeto milionário que prometia dar acesso à internet sem fio para toda João Pessoa (PB) está paralisado dois anos após sua inauguração pelo atual ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro.
Também há indícios de que equipamentos foram comprados muito acima do preço de mercado. Assista reportagem do “Fantástico”.

28 de março de 2012
Inst Milênio

MISCELÂNEA DO SANATÓRIO

Pronto, agora tem diploma!

Ontem, como costuma acontecer com presidentes que visitam a Índia, Dilma Rousseff recebeu o título de Dr. Honóris Causa da Universidade de Nova Déli. Pronto, ela tem agora um diploma de verdade.

Quem gosta de ostentar títulos que não tem, não precisa mais pagar mico pra ninguém. Basta visitar o país em que as vacas são sagradas e pleitear um doutor Honóris em causa própria desses que são distribuídos aos borbotões.

Não vale surrupiar exemplares que estejam dando sopa nas bancas de camelôs indianas. Nem apresnetar cópias autenticadas. Dessas tem aos monte ali em Rio Branco, do outro lado de Jaguarão ou no Chuí, assim assim ó com Santa Vitória do Palmar.


Dependendo dela faz feio sim

Eduardo Campos, depois de dar umn carão em Lula que o tirou para dançar outro dia lá em São Bernardo, disse que o PSB pretende lançar um candidato próprio à Prefeitura de São Paulo. Logo em seguida, Luiz Erundina se manifestou: "Dependendo do PSB não faremos feio".
Pô, essa mulher não tem espelho em casa?!?


A nau dos insensatos

DEMóstenes Fones mal chegou à nau dos insensatos da República dos Calamares e a gangue dos malfeitores de malfeitos do governo Dilma já quer que ele vá para os remos da galera. Calma!

É preciso respeitar a ordem de chegada. Na frente de DEMóstenes - o Desmoralizado, tem, depois da pandilha de ministros já degredados, Aninha de Hollanda, o híbrido Bezerra Coelho, o consultor das multidões, Fernando Pimentel, Zé Dirceu e seus 40 mensaleiros e uma dezena de marinheiros de muitas viagens que andam pelo convés da Esplanada dos Ministérios...

DEMóstenes fez por merecer e merece mesmo estar nessa canoa furada, mas não pode ir pegando nos ferros na frente da pirataria que está na fila.
É como deputaria o filósofo Romário num terminal rodoviário: - Chegou recém agora no ônibus e já quer viajar na janelinha?!?".
às 07:05


Palocci está em casa

Instituto Lula

Este é o time de fundadores do Instituto Lula que já disse a que veio, mas ainda não mostrou o que disse. Palocci perdeu a inauguração de mais essa pedra fundamental.

Antonio Palocci, o mago das consultorias que enriqueceu com o PAC - Plano de Aceleração do Patrimônio próprio tem sido visto com religiosa frequência no Instituto Cidadania que melhor atende pelo codinome de Instituto Lula.

Como se sabe, até agora Palocci não apresentou nenhuma prova de sua inocência em questões de enriquecimento ilícito, ou não.

Assim é que, até prova em contrário, pode ser considerado tão inocente quanto culpado. Quanto a sua presença constante no Instituto Lula, nada a estranhar. Embora ninguém saiba até agora para que serve o instituto, Palocci está no lugar onde se sente mais à vontade. É como se estivesse em casa.


Mandato Tampão de Dilma

O movimento "Volta, Lula!" está para Dilma Rousseff aqui no Brasil, assim como a manobra de Vladimir Putin esteve para Dimitri Medvedev na Rússia. Putin não deu chance para o repeteco de Medvedev.

Lula e seus companheiros bons e batutas nunca pensaram, nem de leve, que o governo de Dilma seria mais do que um mero e oportuníssimo mandato tampão.


DEMóstenes deixa liderança: é pouco.

DEMóstenes Fones entregou nesta terça-feira a liderança do DEM no Senado. A renúncia foi formalizada em nota ao presidente do partido, senador Zé Agripino Maia. DEMóstenes alega que assim terá mais tempo para se defender das denúncias de que teria negócios escusos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. É pouco e não cola. Na verdade, tem todo o tempo do mundo para deixar de ser senador.

28 de março de 2012
sanatório da notícia

OS ANTISSEMITAS

A polícia francesa abateu Mohamed Merah, autor do massacre de sete pessoas em França. Sabemos pelos jornais que este jovem "extremista" (adoro eufemismos) não morreu descansado: ele gostaria de ter morto mais crianças judias. Atenção ao adjetivo: "judias". As três que ele assassinou em Toulouse não foram suficientes.

A Europa está horrorizada com o caso. E eu, horrorizado com a Europa, apenas pergunto: mas que caso? O do regresso do antissemitismo assassino ao continente, dessa vez servido por fanáticos islamitas?

Não vale a pena tanto espanto. E, para os interessados, aconselho leitura a respeito: o livro de Gabriel Schoenfeld, "The Return of Anti-Semitism" (Encounter Books, 193 págs.), publicado em 2004. O terceiro capítulo da obra, sobre o regresso da besta antissemita à Europa depois dos horrores da Segunda Guerra Mundial, vale o livro inteiro.

Sim, a extrema-direita tem tido um papel relevante no assunto, sobretudo em países como a Rússia ou a Ucrânia.

Mas em países ocidentais como o Reino Unido, a Alemanha ou a França, são os jihadistas caseiros que levam vantagem.

Só na Alemanha, conta o autor, a polícia acredita que 60 mil "estrangeiros" (outro eufemismo para muçulmanos radicais) pertencem a 65 grupos terroristas com ligações à Al Qaeda ou organizações semelhantes. O que significa que, em momentos de particular tensão entre o Ocidente e o Islã (os atentados de 11 de setembro; a "segunda intifada" em Israel etc.) as coisas, digamos, sobem de tom.

O leitor quer números? Voilá: quando rebentou a "segunda intifada" em setembro de 2000, registaram-se na Europa ocidental 250 crimes antissemitas nas primeiras semanas do mês - da violência física contra judeus à profanação de cemitérios, sem esquecer o desporto comum de destruir sinagogas.

Em 2002, nas primeiras duas semanas de abril, a fasquia subiu para 360 crimes contra judeus ou instituições judaicas --e só estamos a falar da França. A queima de sinagogas, e em particular a redução a cinzas de uma sinagoga em Marselha, continuou vibrante.

Não admira que, só nesse ano, 2.500 judeus tenham optado por abandonar o país. Muitos mais seguiram o exemplo na primeira década do século 21. O êxodo, agora, promete continuar.

Moral da história? Os crimes de Mohamed Merah não são uma anormalidade na escalada antissemita que a Europa tem permitido dentro das suas fronteiras. Pelo contrário: são a conclusão lógica de uma cultura de ódio reinante.

E o pior de tudo é que essa cultura nem sequer é exclusividade de terroristas ou marginais. Ela é produzida e, pior que isso, legitimada pela "intelligentsia" europeia em suas colocações grosseiras sobre o conflito israelense-palestino.

Lemos o "pensamento" do criminoso de Toulouse sobre esse conflito e ele não é substancialmente diferente de livros ou editoriais "respeitáveis" onde a Faixa de Gaza é apresentada como um novo Auschwitz; os israelenses como os novos nazistas; e os judeus como os eternos conspiradores para dominar o mundo (de preferência, manipulando a política de Washington).

Não vale a pena explicar o que existe de paranóia e abuso nessas colocações. Exceto para dizer que elas excedem em muito qualquer crítica legítima --repito: legítima-- que se possa fazer aos governos israelenses democraticamente eleitos.

Aplicar aos judeus de hoje e ao seu estado categorias próprias da desumanidade nazista é o pretexto ideal para que os fanáticos se sintam autorizados a atuar em nome dessa repulsa.

Mohamed Merah, no fundo, limitou-se a apertar o gatilho. Mas o veneno que existia na sua cabeça é plantado diariamente na Europa por insuspeitos humanistas.

28 de março de 2012
João Pereira Coutinho
Postado por UPEC

REFÉNS DO ESTADO, PERSEGUIDOS DO MEDO

Artigos - Direito

No Brasil, um policial combatente do narcotráfico, quando é vítima dos traficantes, pode ter problemas ainda maiores caso peça ajuda aos órgãos públicos. Conheça o caso de Marco Antonio dos Anjos. Uma história que alguns veículos da grande imprensa já tomaram conhecimento, mas nada publicaram a respeito.

As pessoas, vítimas e testemunhas, que se sujeitam aos "cuidados" dos bandidos que dominam o poder público no Brasil, ingressando nessa verdadeira fraude denominada "Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas da Violência", almejam, como o nome diz, serem protegidas pelo Estado, ao qual colaboraram para sua manutenção.

Pagam impostos e devem ter acesso a alguns serviços públicos, sobretudo a segurança, elementar para uma vida digna.

No entanto, tornam-se, na verdade, reféns desse Estado, abandonadas a própria sorte, expostas a tudo e sem um mínimo assistência para alentá-lo e cuidarem do trauma sofrido pela violência desferida por aqueles que integram o "poder paralelo", que na verdade, cada vez mais, trata-se de uma continuidade do poder público.

Uma síntese dos fatos

Sou policial militar reformado, inspetor de segurança penitenciária e agente da Polícia Federal. Deste último cargo me alijaram, apesar de ter concluído todas as etapas do concurso com bom aproveitamento, mas... os “deuses” da justiça em nosso país julgaram improcedente a ação pelo fato de eu ter feito todas as etapas amparado por liminar, e estas tem caráter precário.

Todos os demais da minha turma exercem desde 1998. Além disso, sou formado em Direito, tendo advogado para o Estado do Rio por 8 anos, fato reconhecido pelo TJRJ, mas, até agora não recebi um centavo de pagamento. O Estado do Rio de Janeiro me deve por todos estes anos de trabalho.

Revoltado com esses fatos, que modificaram de forma drástica minha vida em família, vivendo em um zona minada por poderes paramilitares, em 2006, compareci ao comício no qual Sérgio Cabral seria recepcionado pelos irmãos Jerominho e Natalino, notoriamente conhecidos como os chefões do crime organizado na zona oeste do Rio, com a anuência do Cabral. Foi eleito com maciça quantidade de votos dados pelos irmãos da zona oeste, Ricardo Batman e demais componentes da sua gangue.

Em 2007, comecei a me insurgir contra as atividades criminosas daquela facção criminosa até que, em agosto 2007, atentaram contra minha vida, quando fui alvejado por quatro disparos de PAF. Isso contribui de forma decisiva para o falecimento prematuro de minha mãe.

Fui socorrido e atendido no Hospital Rocha Faria em Campo Grande. No dia seguinte, na enfermaria, acordei com gritos de dor de um dos meus algozes e até aquele momento estavam trocando nossas plaquetas médicas (com as prescrições médicas).

Estavam queimando arquivo; foi julgado sumariamente por seus comparsas que tentaram executá-lo. Usaram-no para me matar e depois resolveram eliminá-lo, mas conseguiu escapar e coincidentemente foi parar ao lado do meu leito, com a anuência do diretor do hospital, outro envolvido com o crime, devido ao sistema paralelo de poder.

O hospital ficou completamente sitiado pelos milicianos da área e alguns policiais de serviço que estavam ali para dar cobertura para uma possível tentativa de homicídio.

Não fosse a providencial atitude do meu irmão Carlos Alberto (agente federal), talvez eu tivesse sido assassinado. Meu algoz morreu dois dias depois, após algumas tentativas frustradas do bandidos.

Autoridade alguma tomou providências para garantir minha segurança.

A recuperação

Após ter sido removido, sob escolta, para o HPM-NIT, passei 5 dias na UTI e mais 25 dias internado. A recuperação foi lenta.

Fiquei aqui e ali me refugiando em casa de familiares, mas, o sistema comunista faz com que as pessoas se afastem de seus familiares, destruindo a família.

Ninguém da minha família pôde me amparar. Eu havia me tornado um alvo que comprometia a segurança dos meus entes queridos e isso eu compreendi. Minha esposa e filhos ficaram com meus sogros, o que me atormentava, receoso de alguma represália.

Usava uma bolsa de colostomia no abdome devido as perfurações que atingiram meu intestino. Teria que me submeter a uma nova cirurgia para reconstrução do intestino em 90 dias.

Da inclusão no programa

Em tal situação, não podendo sair do Estado e recomeçar minha vida em outro, ou até mesmo sair do país, resolvi não colocar minha família em risco. No dia 20 de dezembro de 2007, o promotor Jorge Magno, outro que se promoveu ao me usar, tendo meu telefone, repassou-o para o promotor Marcelo Marques que agendou para o dia seguinte um depoimento no prédio do MPRJ.

Colaborei com todos os presentes sob a promessa de que tudo seria feito para a preservação do bem estar da minha família. Estavam ali Antonio José, subprocurador do estado, Marfan, procurador geral e o delegado da DRACO, Claudio Ferraz. Todos foram promovidos politicamente graças ao depoimento que dei e que ratifiquei em juízo, condenando Jerominho, Natalino, Ricardo ‘Batman’ e mais sete comparsas.

Quando prestei o depoimento deixaram claro que se referia ao atentado que sofri, mas, não o foi. Usaram o peso de meu depoimento como agente público para solucionar paliativamente um problema que eles mesmos criaram. O caos através das milícias no Rio de Janeiro. Todos são envolvidos com o crime porque o toleraram.

Fomos colocados, eu, minha esposa e dois filhos em uma sala com dois técnicos da ONG com nome muito sugestivo de Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis. E ali começaram a fazer um questionário sobre nossa vida e se tínhamos parentes fora do estado. Ficaram com todos nossos cartões bancários e de crédito, com as senhas pessoais, e nos levaram para Lima Duarte (MG) e mandaram que começássemos a usar nomes fictícios. Não podíamos usar nossos CPF´s e nem comprar a crédito.

Eu dependia do meu salário como servidor público, que não era repassado regularmente. Tivemos que pedir dinheiro emprestado. Qualquer serviço deveria ser usado pela rede pública.

Começaram a administrar em nós medicamentos psicotrópicos para nos ter a mercê de sua subversão ideológica. O que comecei a rechaçar para não perder a razão e não ter minha mente lavada.

É incrível o cinismo desse sistema comunista. Essa cultura vem sendo massificada há décadas e o momento político os favorece (Copa, Olimpíada e “pré-sal”). Ninguém quer perder. Enquanto isso os cidadãos se passam por idiotas úteis, para cumprir as finalidades dessa casta.

O monitoramento era feito a distância, através de contatos telefônicos para um plantão criado pela ONG, onde o auxílio para qualquer eventualidade de risco para as famílias simplesmente não é dado. Eles simplesmente orientam as pessoas a se deslocarem para um local público. Esses técnicos, profissionais liberais, estão à disposição desse sistema para oprimir vítimas e testemunhas ao passo que são impotentes para agirem em situação de riscos reais para essas famílias.

Criaram uma lei (9807/99) para justificarem que a corrupção está sendo combatida através de métodos eficazes de prevenção, quando a intenção é rechaçar o que mais ameaça um sistema criminoso: vítimas e testemunhas.

Implorei para ser submetido à reconstrução de intestino porque tinha que defender minha família. Após 5 meses do atentado fui submetido a exames no Hospital João Penido em Juiz de Fora-MG, quando fui abandonado sem qualquer vigilância, por uma noite, a mercê de vários presos que ali estavam sob a escolta de 2 agentes penitenciários, sem algemas, transitando livremente pelos corredores do hospital.

Os exames detectaram divertículos no interior do meu intestino pelo tempo excessivo em desuso, quando a intervenção deveria ter sido feita em 90 dias após o incidente, acarretando a perda do meu intestino grosso e consequentemente uma disfunção gastrintestinal, além dos defeitos estéticos ocasionados pelas sucessivas e desastrosas cirurgias.

Fui internado na Casa de Misericórdia de Juiz de Fora em 04/03/2008, sem qualquer vigilância, onde passei os piores dias da minha vida, submetido a três cirurgias, por uma sucessão de erros negligenciais. Fui tratado como bandido.

Temo que todos esses históricos médicos tenham sido confiscados ou apagados dos sistemas.

As atrocidades não terminam por aí. Após me usarem para alcançarem seus intentos, esses bandidos nos remanejaram, isto em setembro de 2008, para Fortaleza. Ali, fomos revitimados. Meus dois filhos foram alijados de terminarem o último bimestre, somente podendo concluir o ano por termos, eu e minha esposa, matriculado-os no Colégio Padre Nilson. Ao terminarem o ano letivo, matriculamos os dois no Colégio Batista (um dos melhores) com bolsas de 70 a 80% conseguidas por nós.

Não bastou pára começarem as torturas psicológicas, após eu ter distribuído algumas petições denunciando as arbitrariedades, sem êxito, ante a inércia das autoridades locais. Passamos, inclusive, por um verdadeiro tribunal de exceção comandado pelos membros da ONG local e demais autoridades em meados de 2009. E nos dias 16 e 19 de outubro deste mesmo ano, quando, novamente tivemos que deixar aquele Estado sob a alegação de que estávamos comprometendo a subversão trazida por esta nova ordem, ou, nos termos que usaram, “queimando toda a rede”, devido às denúncias e petições que encaminhei a vários órgãos públicos sobre as arbitrariedades e injustiças que estávamos sofrendo, eu e minha família. Nessas ocasiões, meus filhos, na época com 9 e 10 anos, ficavam trancados em casa com prejuízo dos seus estudos.

Novamente meus filhos deixaram de concluir o ano letivo. Concluíram-no em outra cidade de outro Estado da Federação, numa escola pública. No ano seguinte matriculamos os dois em outro colégio, um dos melhores da cidade. Mas, meu filho mais novo, psicologicamente abalado, se desestimulou com os estudos, e foi reprovado.

Cansado de tanta tortura psicológica decidi ir a Brasília e impetrar o HC 205736, além da queixa crime 080618-77.2011.4.02.5101 na JFRJ e outros vários procedimentos, sendo que o Judiciário Estadual e Federal, MPF, MPE, PGERJ, PGU, etc., constitucionalmente, por conveniência, são subordinados ao Executivo Estadual e Federal.

Aí estão alguns fatos, meus prezados.

Eles vão continuar a cometer arbitrariedades, abuso de poder, tortura psicológica, etc., porque no Brasil as leis são feitas pelos bandidos e para os bandidos. E não para os cidadãos honestos.

Esse foi um breve relato do que estou passando dentro dessa fraude, sem falar nas recentes investidas da promotora e presidente do CONDEL/RJ que está ameaçando suspender o pagamento do meu aluguel onde estou atualmente, mesmos sabendo que estou alijado de usufruir do meu patrimônio no Estado do Rio de Janeiro, onde morei por mais de 45 anos e tive que deixar tudo para trás. Além das pendências com a Receita Federal durante quatro anos, quando fui impedido de declarar meu IR, e outros encargos, benefícios sociais e minha aposentadoria, tudo por conta dessa ONG e das autoridades envolvidas nessa fraude contra o tesouro.

Criaram uma nova fonte de recursos através de vidas humanas.

Faço um apelo a vocês, leitores do Mídia Sem Máscara.

Não podemos ficar de braços cruzados esperando gerações inteiras serem lobotomizadas por essa horda de malfeitores. Como poderei passar princípios sólidos de solidariedade, moral e dignidade que me foram passados pelos meus antecessores? Estarei a transformar meus filhos em criminosos se forem contra esse sistema pútrido e imoral?

Peço encarecidamente que me ajudem a divulgar esses crimes. Tenho muito material sobre todas estas atrocidades.

Pessoas estão morrendo nesse processo, mas, ninguém se atreve a enfrentá-los. Se não for assim, só pedindo asilo em outro país. Os idiotas úteis não entenderiam nada. Acreditando num sistema aparentemente justo, acabei me tornando um deles. Mas vou me redimir.
Obrigado pela oportunidade,

Marco Antonio dos Anjos

PS: E quanto a esta burlesca “Comissão da Verdade”? Foi criada pelo PT para ocultar os crimes perpetrados por seus integrantes no passado e, claro, os da terrorista Dilma. Enquanto praticam crimes tais como os que te relatei. Crimes contra a dignidade humana, que merecem a atenção internacional, inclusive, para que tais atos sejam julgados por um tribunal internacional, pois, no Brasil transformaram a Constituição em um abrigo para os interesses dos revolucionários socialistas aliançados com os narcotraficantes comunistas no Foro de São Paulo. As instituições públicas não são autônomas, mas, harmônicas, quando se fala em conspirar para obter resultados que ocultem a verdadeira história.

Enquanto presidentes e governadores continuarem a indicar e nomear magistrados, promotores, defensores e advogados para cargos estratégicos não teremos instituições autônomas. O Judiciário, as procuradorias, o MP, a advocacia geral e a defensoria não podem ser subordinadas ao Poder Executivo. Imagine um exemplo: o Ministério Público estadual é subordinado a Procuradoria Geral do Estado que tem seu procurador indicado pelo governador. Entenderam? Não há autonomia nem democracia onde o promotor de justiça não promove justiça contra os interesses do representante do estado, por estar simplesmente subordinado a ele. A independência dos poderes é uma utopia.

Então, podemos deduzir que são todos farinha do mesmo saco. Se você vai contra os interesses dessa corja, a manipulação acontece. Isso em âmbito estadual. Imaginem no âmbito federal!

28 de março de 2012
Marco Antonio dos Anjos, advogado, é policial militar reformado e inspetor de segurança penitenciária

AÍ VEM OS... SEM-SEXO?

Artigos - Globalismo

A tática da fragmentação social em grupos antagônicos, todos digladiando-se por terem guarida do Estado e por terem sustentadas suas pretensões (às quais dão o singelo e mutilado nome de “direitos”) tem um objetivo claro: o enfraquecimento da tessitura sócio-cultural para a instalação de um regime supranacional.

Se você acha que parecer o Sylvester Stallone e falar (e vestir-se) como a Ísis Valverde é algo que choca, se você acredita que ter relações sexuais com uma canaleta de PVC ou com uma mudinha de buriti é escandaloso, certamente você será tachado de preconceituoso e isso vai motivar a ação de um sem-número de ONGs cuja existência baseia-se tão-somente em instrumentalizar características e opções particulares para secar as gordas tetas do poder público. E, de acordo com uma matéria recentemente publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a coisa não vai parar por aí. Prepare-se para receber os assexuados!

Na verdade, o termo é utilizado de maneira incorreta, uma vez que todos nós nascemos sexuados. Utilizar ou não essa capacidade natural é uma questão individual, seja de escolha, seja de saúde. Existem aquelas pessoas que sacrificam seus impulsos sexuais de maneira profunda em prol de atividades e idéias que considerem superiores – é o caso daqueles que optam pelo celibato apostólico ou religioso –, e há os que de fato não sentem atração sexual. É a estes que se aplica a denominação de assexuados.

Sim, eles já tem até uma bandeira!

Há algo excepcionalmente gritante e escandaloso em alguém simplesmente não querer ter sexo? Não. Entretanto, como sói acontecer nesse mundo em que toda e qualquer preferência individual é fatalmente instrumentalizada para fins políticos, já existem (pasmem!) organizações em defesas dos assexuados. Essas organizações têm por objetivo informar as pessoas sobre o que é ser assexuado, lutar contra a discriminação (!) que existe contra os assexuados e formar uma rede de apoio em que outros assexuados enrustidos possam “sair do armário” (ou, talvez, manter-se em suas calças) sem pressões nem problemas.

Onde reside o problema? Toda essa instrumentalização conduz, inevitavelmente, para os cofres públicos. Assim como centenas de organizações LGBT têm dedicado suas existências a auferir suas verbas do Estado – ou seja, de toda a sociedade, uma vez que o Estado não tem, por si mesmo, dinheiro algum –, não é exagerado supor que, num futuro mais-do-que-próximo, teremos ONGs que lutarão pelos direitos dos assexuados, que exigirão tratamento especializado no sistema de saúde, que demandarão legislação específica para proteger seus interesses e que, evidentemente, terão suas próprias tetas da Mãe-Estado nas quais haverão de se fartar despreocupadamente.

A tática da fragmentação social em grupos antagônicos, todos digladiando-se por terem guarida do Estado e por terem sustentadas suas pretensões (às quais dão o singelo e mutilado nome de “direitos”) tem um objetivo claro: o enfraquecimento da tessitura sócio-cultural para a instalação de um regime supranacional. Evidências há, e aos montes: a atuação constante e diligente de organizações internacionais – como a Fundação Ford, a Fundação Rockfeller, a Organização das Nações Unidas, a UNESCO e a OMS – e nacionais – associações feministas, gayzistas e militantes de toda sorte, atuando dentro e fora dos ambientes institucionalizados brasileiros (sobretudo as universidades) com apoio material e financeiro daquelas mesmas organizações internacionais já citadas. Instrumentalizar o assexualismo (!) como uma bandeira social, cultural e política é do mais alto interesse para as organizações globalistas. Não é à toa que havia uma ala de assexuados na última Parada Gay de San Francisco.

O problema de tudo isso não é, de fato, a opção (ou condição) individual, mas a noção completamente equivocada de que o Estado deve subvencionar toda e qualquer preferência individual sob a única justificativa de ser característica de uma “minoria”. A distorção criada por esse pensamento é o que, por exemplo, levou à estapafúrdia decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em retirar todos os crucifixos dos prédios do judiciário gaúcho a pedido da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL). O falso discurso de proteção às minorias gerou a agressão a um símbolo que, mais do que um sinal material de um credo religioso, é um objeto central na própria cultura brasileira. Como lembrou Paulo Brossard em seu artigo ao jornal Zero Hora:

Em todas as salas onde existe a figura de Cristo, é sempre como o injustiçado que aparece, e nunca em outra postura, fosse nas bodas de Caná, entre os sacerdotes no templo, ou com seus discípulos na ceia que Leonardo Da Vinci imortalizou. No seu artigo “O justo e a justiça política”, publicado na Sexta-feira Santa de 1899, Rui Barbosa salienta que “por seis julgamentos passou Cristo, três às mãos dos judeus, três às dos romanos, e em nenhum teve um juiz”… e, adiante, “não há tribunais, que bastem, para abrigar o direito, quando o dever se ausenta da consciência dos magistrados”. Em todas as fases do processo, ocorreu sempre a preterição das formalidades legais. Em outras palavras, o processo, do início ao fim, infringiu o que em linguagem atual se denomina o devido processo legal. O crucifixo está nos tribunais não porque Jesus fosse uma divindade, mas porque foi vítima da maior das falsidades de justiça pervertida.

Não se espantem, pois, se em breve alguma LBA (Liga Brasileira dos Assexuados) começar a emitir panfletos, divulgar vídeos malfeitos, espalhar discursos inflamados e exigir, a expensas de toda a população, dinheiro público para financiar suas atividades. Lembremos, hoje e sempre, daquelas sábias palavras do economista francês Frédéric Bastiat: “O Estado é a grande ficção na qual todos querem viver às custas de todos.”

28 de março de 2012
Felipe Melo

O ADVENTO DA DITADURA SECRETA

Artigos - Globalismo

Obama deu a si mesmo poderes ditatoriais em momentos calculados para desviar as atenções e frustrar a divulgação. A precaução acabou por se revelar desnecessária: jornais e canais de TV, levando a solicitude até o último limite, não publicaram praticamente nada a respeito.


Escolados pelo precedente do Foro de São Paulo, cuja existência lhes foi ocultada durante dezesseis anos pela mídia soi disant respeitável, alguns leitores brasileiros talvez não se sintam tão espantados ao ver que o New York Times, o Washington Post, a CNN e demais organizações jornalísticas de maior prestígio nos EUA, mesmo depois do pito que levaram do Pravda, continuam sonegando ao público qualquer notícia sobre os documentos forjados de Barack Hussein Obama.

Nos dois casos, a recusa de cumprir a mais primária obrigação do jornalismo pode se explicar, de início, pela reação automática de ceticismo ante condutas que, de tão perversas, maliciosas e abjetas, parecem inverossímeis.

Quem poderia acreditar, assim sem mais nem menos, que a esquerda, desmoralizada e aparentemente moribunda após a queda da URSS, estava preparando um retorno triunfal na América Latina por meio de um acordo secreto entre organizações legais e criminosas, planejado para controlar, pelas costas do eleitorado, a política de todo um continente? Quem poderia engolir, na primeira colherada, a hipótese de que um bandidinho com identidade falsa, subsidiado por bandidões, ludibriou a espécie humana praticamente inteira e, da noite para o dia, saiu do nada para se tornar presidente da nação mais poderosa do mundo?

É mesmo difícil. Mas quando nem mesmo o acúmulo incessante de provas inquestionáveis demove do seu silêncio os profissionais que são pagos para falar, então é impossível evitar a suspeita de que o engodo não foi tramado só por políticos, mas também pelos donos de jornais, revistas e canais de TV, secundados pelo proletariado intelectual das redações.

No entanto, como qualquer pessoa com mais de quinze anos tem a obrigação de saber, não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar. Após ocultar a maior fraude política de todos os tempos, a mídia americana passou a esconder até decretos oficiais do governo Obama, que assim são impostos a uma população desprovida do elementar direito de saber que eles existem.

Os leitores mais velhos devem se lembrar de que a nossa ditadura militar inventou, um belo dia, um treco chamado "decreto secreto", que entraria em vigor sem precisar ser publicado. Inventou-o mas, que eu saiba, não teve a cara-de-pau de chegar a usá-lo. Pois bem, graças às empresas de comunicações de Nova York e também de Washington, essa deformidade jurídica inigualável está em pleno uso na mais velha e – até recentemente – mais estável democracia do mundo.

Quando o amor fanático da classe jornalística a um político se coloca acima da Constituição, das leis, da segurança nacional e de todas as regras básicas da moralidade, não há como explicar isso pela mera preferência espontânea dos profissionais de imprensa, por mais obamistas que eles comprovadamente sejam.

Alguns jornalistas chegaram a queixar-se ao chefe da Comissão Arpaio, Michael Zullo, de que haviam recebido ameaças diretas do governo para que nada publicassem das investigações. Artigos a respeito foram misteriosamente retirados até de sites conservadores como www.townhall.com, e uma entrevista marcada com Jerome Corsi, o incansável investigador da fraude documental, foi suspensa na Fox News por ordem explícita da diretoria. Com toda a evidência, o bloqueio vem de muito alto, envolvendo tanto funcionários do governo quanto potentados da mídia.

Quando se conhece, porém, o conteúdo dos decretos ocultados, vê-se que a coisa é infinitamente mais grave do que o simples boicote organizado do direito à informação.

Em 31 de dezembro, quando o povo estava distraído festejando o Ano Novo, Obama assinou o Defense Authorization Act, que lhe dava, simplesmente, o direito de mandar matar ou de prender por tempo indefinido, sem processo nem habeas corpus, qualquer cidadão americano.

No crepúsculo da sexta-feira, 16 de março, veio uma ordem executiva (o equivalente da nossa "medida provisória", com a diferença de que não é provisória) que confere ao presidente os poderes necessários para estatizar, a qualquer momento e sem indenização, todos os recursos energéticos do país, incluindo as empresas de petróleo, mais a indústria de alimentos, e ainda para instituir quando bem deseje, sem autorização do Congresso, o recrutamento militar obrigatório.

Em suma: o homem deu a si mesmo poderes ditatoriais, e nas duas ocasiões fez isso em momentos calculados para desviar as atenções e frustrar a divulgação. A precaução acabou por se revelar desnecessária: jornais e canais de TV, levando a solicitude até o último limite, não publicaram praticamente nada a respeito, de modo que, com exceção daqueles que já voltaram as costas à mídia elegante e preferem informar-se pela internet, os americanos, tendo adormecido numa democracia, acordaram numa ditadura sem ter ideia do que havia acontecido (v. os comentários de Dick Morris em http://www.dickmorris.com/obama-assumes-dictatorial-powers/).

Não que esta seja a primeira ditadura a ocultar sua própria existência. O segredo, ensinava René Guénon, é da essência mesma do poder. As diferenças são duas: 1– Pela primeira vez na história do mundo a ditadura secreta é implantada por um ilustre desconhecido cuja identidade permanece secreta, bloqueada a todas as investigações. 2– O episódio evidencia com clareza obscena o fenômeno mundial, a que já aludi muitas vezes, do giro de 180 graus na função da grande mídia, que de veículo de informação se transmutou maciçamente, nas últimas décadas, em órgão de censura e controle governamental da opinião pública.

Olavo de Carvalho
28 de março de 2012
Publicado no Diário do Comércio.

OS RATOS JÁ ESTÃO INDIGNADOS DE SEREM CHAMADOS DE PARLAMENTARES

A VERGONHOSA VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS PALESTINAS

Tempos atrás, fiz uma nota sobre os maus tratos sofridos por crianças palestinas que são presas pelas forças de segurança de Israel. É uma situação preocupante e vergonhosa, que, aos poucos, começa a se tornar debate internacional.

Não se trata de uma repressão destinada a impedir pequenos furtos e atos de violência. São medidas que visam punir adolescentes e crianças — o limite legal é 16 anos — que jogam pedras em soldados de Israel e também em colonos instalados, à revelia da lei internacional, na Cisjordânia, que é território palestino.

Minha primeira nota se baseava numa reportagem da correspondente do jornal inglês “Guardian”, que conversou com crianças, advogados e famílias.
Agora, “El País” publica uma reportam sobre o assunto. Conforme o jornal, ”o tratamento que recebem os menores palestinos detidos pelas forças de segurança israelenses preocupa há tempos as chancelarias europeias e as organizações de defesa da infância. Preocupam-se de que os jovens sejam interrogados sem a presença de um advogado, que sejam encerrados em celas de isolamento e, sobretudo, que sofram maus-tratos.”

Segundo o jornal, a ONG Defense for Children International (DCI) compilou casos durante quatro anos. Numa investigação que tem apoio da União Européia, a DCI afirma que se encontrou um “padrão de abusos sistemáticos” e, pior ainda, “alguns casos de torturas praticadas em crianças encarceradas em centros militares”.

Todos os anos, diz a entidade, o exército israelense detém, interroga e encarcera entre 500 e 700 menores. Com base em 311 declarações juradas de menores palestinos detidos, 234 menores sofreram algum tipo de violência física durante ou depois da detenção; 57% dos detidos receberam ameaças e 12% foram encerrados em uma cela de isolamento.

Duas entidades israelenses, B’Tselem e Médicos pelos Direitos Humanos, costumam condenar o tratamento dado aos menores palestinos nos cárceres israelenses.

Mark Regev, porta-voz do governo israelense, afirma que, “quando as autoridades militares detêm menores, o fazem de acordo com os procedimentos específicos necessários”.

A lei militar considera menores apenas quem ainda não completou 16 anos de idade, o que significa que a partir daí mesmo quem ainda é considerado adolescente recebe o tratamento mais severo reservado a adultos — e não há mais um cuidado específico com sua situação. Os menores de 16 anos são tratados por tribunais especiais, cujo objetivo é adequar o tratamento às características do acusado.

Leia como “El País” descreve o padrão de trabalho das forças de segurança israelenses para capturar os menores: ”Costuma ocorrer durante a noite. Os blindados entram no povoado e tiram os menores de suas casas, algemados e com os olhos vendados. Levam-nos até um centro de detenção para interrogá-los, sem que possam acompanhá-los nenhum familiar e muitas vezes sem que haja um advogado presente durante o interrogatório.”

Conforme a ONG DCI, “em quase um terço dos casos estudados, os menores são obrigados a assinar documentos em hebraico, que não compreendem. Em um prazo de oito dias, os menores comparecem, com correntes nos tornozelos, diante de um tribunal militar situado em Israel, em violação ao artigo 76 da quarta Convenção de Genebra, que proíbe tais transferências. É então que têm a oportunidade de ver pela primeira vez seus familiares, desde que estes consigam as permissões necessárias para entrar no país a tempo.”

Segundo o jornal, “cerca de dois terços dos menores detidos acabam em um presídio israelense, segundo dados da ONG DCI. A organização explica que nos últimos anos, entretanto, houve uma melhora significativa no sistema penitenciário. Uma das novidades positivas que raramente as autoridades israelenses mantém menores e adultos em cárceres diferentes, o que antes ocorria com mais frequencia.

28 de março de 2012
Paulo Moreira Leite
(Transcrito da revista Época)

É SEMPRE BOM LEMBRAR RUI BARBOSA

É sempre bom lembrar as palavras cheias de sabedoria e, infelizmente, sempre atuais, de Rui Barbosa, naquele discurso de 1914 no Senado Federal no Rio de Janeiro…

Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade” em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

E o pior de tudo isso é a atualidade dessas palavras de Rui Barbosa, que, se hoje fossem proferidas, fariam o mesmo sentido, teriam a mesma validade, seriam perfeitas para retratar o momento atual por que passa o nosso Congresso Nacional e o país.

Não é isso fruto da genialidade inconteste de Rui Barbosa, mas da nossa teimosia de errar como nação, na nossa insistência em permanecer baseados em preceitos falsos, em praticar um moralismo fingido, um empreguismo deletério no governo, a um uso da máquina pública em uso próprio que envergonha a todos.

Nosso povo segue sendo um escravo da sua própria deficiência, alimentando um esquema que o consome, num motocontínuo que vara os séculos e não se soluciona porque a sua solução implica na morte desse esquema que se mantém pela deficiência.
28 de março de 2012
Washington Rodrigues

BLINDAGEM DO JUDICIÁRIO PRECISA SER DERRUBADA

Durante o 5° Encontro Nacional do Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça em novembro, foram definidas as novas metas, e o “milagre” esperado são os documentos virtuais, que vão eliminar os balcões das Varas.

Vale lembrar que do orçamento total da Justiça do Trabalho, 93% são para sua folha de pagamento, isso equivale dizer que estamos diante de uma péssima administração do patrimônio público, financiando uma autêntica “Ilha da Fantasia”, com a utópica expectativa de que este judiciário é necessário para mediar às questões controvertidas das relações de trabalho, o que vem a ser uma mera hipótese, conforme os números negativos estão provando.

Na opinião do ministro Ives Gandra Martins Filho, do TST, o fato é que o processo trabalhista é “duro” no que diz respeito à despersonalização da pessoa jurídica, o que impõe mais uma dificuldade à execução processual. “Existe a proteção para garantia do direito de defesa, para ver o quanto que é devido. Mas, ao mesmo tempo, há muita fuga de capital das empresas”, salienta o ministro.

Na área de terceirização as empresas simplesmente somem, não se encontram os sócios nem dinheiro. No caso de empresa pública, ela recorre em todas as instâncias e na execução, embarga e recorre novamente – assim, para receber a ação é um suplicio para o trabalhador. Se as terceirizadas desaparecem e um dos responsáveis é o tomador, que na maioria desses casos são empresas públicas, eis uma das razões de existirem tantas ações públicas na especializada.

Venho monitorando com absoluto critério os movimentos de cunho organizacional traçados pelos magistrados trabalhistas, com objetivo de resolver as questões de fundo do judiciário. Mas a “reserva de mercado” é visível e por isso mesmo qualquer sugestão desse segmento é fragilizada por sua essência.

Há muito os “pseudos” dirigentes da JT vêm contando historinhas para a sociedade, apontando como causa da lentidão fatores por influencia dos atores externos, os planos econômicos, as demissões voluntárias (PDV), como se tudo isso fosse um enorme problema, e foi graças a essas anomalias que se fez necessário à manutenção deste judiciário trabalhista, que já esteve com os dias contados para sua extinção.

A EC 45/04, que ampliou a competência na especializada, migrou para este judiciário a execução previdenciária, e a receita federal nos processos trabalhistas, convertendo a JT para que se tornasse na “cobradora de luxo” do governo, e com isso novas varas, serventuários se fizeram necessários.
Da mesma forma os Planos Econômicos mantiveram acessa a esperança dos integrantes na manutenção da especializada, já que nesses estão embutidos a fatia do governo.

O fato é que o maior desafio da Justiça não é resolver os conflitos, mas sim solucioná-los em tempo hábil, fato que não ocorre na JT. Se o papel de cada juiz é buscar agilizar de todas as formas possíveis o andamento do processo em seu local de trabalho, isso não significa que a solução estaria não nos procedimentos abruptos de execução.

O Judiciário brasileiro chegou a um ponto em que não adianta mais adotar o discurso da falta de estrutura, de juízes e de servidores. Se cada juiz do país tomar atitudes estratégicas com a sua equipe, um grande passo já terá sido dado para combater a morosidade.

28 de março de 2012
Roberto Monteiro Pinho

MORTE... QUE COISA MAIS SEM GRAÇA!

COMICHÃO DA MENTIRA...

"SÓ SE MORRE UMA VEZ. MAS É PARA SEMPRE".

“Um dia, mais dia menos dia, acaba o dia-a-dia.” A Morte segundo Millôr Fernandes (1924-2012).
Extraído de “ A bíblia do caos”, de Millôr Fernandes.

Morrer é o que você nunca conta com, porque sempre acha que não vai já.

Morrer não tem perdão.

A maior causa da mortalidade são os nascimentos.

A maior causa de mortalidade no mundo inteiro é esse mal terrível chamado diagnóstico.

Pensamento final de todo mundo: “Mas já? E por que eu? Por que tão cedo? Por que assim? Por que pra sempre?

A morte mata. É a sua função e ela a exerce. Ao contrário da vida. Não existe a expressão: a vida vive. A morte me apavora. Não só a morte final. Também, e sempre, a morte diária, o resgate, o tento a tento, do tempo que me deram de vida. A hora que passa. O instante que flui. Ah, já falei tanto sobre isso. “Morro mas morre o mundo comigo”. Que compensação!

A morte é hereditária.

A morte, amaior parte do tempo é um sentimento desfocado, apenas um frio na espinha que dá de vez em quando e se repele. Mas se a maior parte dos temores não se realiza, este se realizará, fiquem tranquilos.

A vantagem de morrer moço é que se economiza muitos anos de velhice.

Não estar aqui e não estar em parte alguma eu não mereço. Não há nada mais terrível que a morte, não me minta, mais verdadeiro, menos compartilhado.

O mal da vida é que todo mundo tem onde cair morto.

A morte é compulsória. A vida não.

A morte se alimenta do ato de viver.

Estou jurado de morte, mas continuo cheio de vida.

Lendo história verifico que tem gente que já morreu há mais de 100.000 anos. E me vem uma certeza: a morte pode não ser definitiva, mas é por muito tempo.

Nem todos morrem. Os que morrem depois de nós são imortais.

O cadáver, esse sim, é um homem realizado.

Um dia, mais dia menos dia, acaba o dia-a-dia.

Quando eu morrer só acreditarei na sinceridade de uma homenagem – o agente funerário não me cobrar o enterro.

Só se morre uma vez. Mas é para sempre.

Todos falam em mortes prematuras, ninguém fala em mortes procrastinadas.

A morte é dramática, o enterro é cômico, e os parentes, ridículos.

Não tenha medo de morrer. Talvez não haja o desconhecido, haja um velho amigo.

Se a morte é fatal, por que todo mundo deixa o enterro pra última hora.

Tali o velho, sentadão no parque, com a morte já aparecendo.

Todo dia leio os anúncios fúnebres dos jornais: às vezes a gente tem surpresas agradabilíssimas.

Morte súbita é aquela em que a pessoa morre sem o auxílio dos médicos.

27 de março de 2012
Ricardo Froes

FINALMENTE, MORRE UM HUMORISTA NO BRASIL

A imprensa nacional saudou, na semana passada, a morte de um humorista. Em verdade, quem morreu foi um piadista vulgar. O humorista morreu hoje. Millôr Fernandes, enfim um escritor sem estilo, como se definia.

Acompanho Millôr desde meus dias de guri, quando assinava coluna em O Cruzeiro. Guardo até hoje comigo sua “Verdadeira História do Paraíso”, em dez páginas, publicada em outubro de 63, que lhe valeu a expulsão da revista.

"Eva, de repente, descobrindo uma bela cascata, resolveu tomar um banho de rio. A criação inteira veio então espiar aquela coisa linda que ninguém conhecia. E quando Eva saiu do banho, toda molhada, naquele mundo inaugural, naquela manhã primeval, estava realmente tão maravilhosa que os anjos, arcanjos e querubins, ao verem a primeira mulher nua sobre a Terra, não se contiveram, começaram a bater palmas e a gritar, entusiasmados: "O AUTOR! O AUTOR! O AUTOR!".

P.S. - Este discurso do Todo-Poderoso está sendo divulgado pela primeira vez em todos os tempos, aqui neste livro. Nunca foi publicado antes, nem mesmo pelo seu órgão oficial, a BÍBLIA".

Fechava a historieta com chave de ouro:

“Toda essa pressa,
demonstra-o incompetente.
Porque fazer a humanidade em sete dias,
Se tinha a eternidade pela frente?”

Nos anos 80, encontrei Millôr em um restaurante da Avenida da Rendeiras, em Florianópolis, acompanhado pela Cora Rónai. Me apresentei como seu freguês de livreta e conversamos boa parte da tarde.
Comentei ter recortado a “Verdadeira História” da Cruzeiro.

- Não acredito. Não tens idade para isso.

Tinha. E recitei alguns trechos da história. Mas passo a palavra a Millôr, para que conte o episódio.

- Posteriormente, a história foi apresentada, também, na TV Tupi do Rio, e num espetáculo teatral, Piftac-Zigpong, antes de ser vendida como matéria especial com contrarecibo e pagamento adiantado, pois eu conhecia bem a administração da empresa, para a revista O Cruzeiro, em maio de 1963. A revista, creio que por motivos de programação, só publicou a história seis meses depois, em outubro, ocasião em que eu viajava pela Europa. Uma noite, estando numa festa em Lisboa, me lembro de que havia, na festa, uma ilustre companhia, desde a senhora Princesa da Fátima à não menos senhora condessa de Paris, pois eu, Proust e Ibrahim Sued estamos sempre nessas, o cantor Juca Chaves se aproximou de mim com aquele ar satânico de quem vai anunciar a repetição do terremoto de 1755 e perguntou: "Você viu o que O Cruzeiro escreveu contra você?" Vi no dia seguinte, na embaixada.

- Na primeira página da revista, na qual eu tinha trabalhado 25 anos (seis meninos, tínhamos elevado a vendagem da revista de 11.000 a 750.000 exemplares semanais, a maior da imprensa brasileira em todos os tempos) havia um incrível editorial contra mim, naturalmente não assinado, no qual se dizia que eu tinha publicado a história, dez páginas em quatro cores (!), sem conhecimento da redação, da secretaria e, conseqüentemente, da direção do semanário. Acho que o fato é inédito na história da imprensa e da pusilanimidade internacional e só foi mesmo possível devido ao caos moral em que se transformaram os Diários Associados, desagregação essa que, pelo gigantismo da organização, influenciou, e influencia ainda hoje, no pior sentido, a imprensa brasileira.

Em minha biblioteca, tive por vários anos os quatro exemplares de O Pif-Paf. Infelizmente, sumiram. Ainda nos anos 80, tive oportunidade de fazer uma rápida correção a Millôr. Em sua coluna na Veja, ele escrevera que Shakespeare e Cervantes haviam morrido na mesma data, 23 de abril de 1616. No mesmo dia, sim, comentei. Mas não na mesma data. Castela utilizava o calendário gregoriano desde o século XVI, enquanto a Inglaterra só o adotou em 1751. Ou seja, Shakespeare morreu dez dias depois de Cervantes. Millôr recebeu a observação com simpatia.

Colunista no Pasquim, Millôr acabou se incompatibilizando com os vivaldinos que faziam da contestação seu pé de meia. Foi um dos raros intelectuais do país a definir a verdadeira natureza dos revolucionários pós-64. "A luta armada não deu certo e eles agora pedem indenização? Então, eles não estavam fazendo uma rebelião, mas um investimento". Ziraldo e Jaguar receberam, cada um uma bolsa-ditadura, de R$ 1,2 milhão e R$ 1 milhão respectivamente.

Autodidata, não teve universidade – exceto a do Meyer, como gostava de chamar a Escola Ennes de Souza, onde estudou de 1931 a 1935 – Millôr tinha amplo domínio de línguas e da cultura ocidental.
Publicou mais de cinquenta livros, quinze peças e uma centena de traduções de dramas, tragédias e comédias. Considerado o melhor tradutor de Shakespeare no Brasil, tinha da tradução uma concepção nada teórica, mas rigorosa:

- Fica dito: não se pode traduzir sem ter uma filosofia a respeito do assunto. Não se pode traduzir sem ter o mais absoluto respeito pelo original e, paradoxalmente, sem o atrevimento ocasional de desrespeitar a letra do original exatamente para lhe captar o melhor espírito. Não se pode traduzir sem o mais amplo conhecimento da língua traduzida mas, acima de tudo, sem o fácil domínio da língua para a qual se traduz. Não se pode traduzir sem cultura e, também, contraditoriamente, não se pode traduzir quando se é um erudito, profissional utilíssimo pelas informações que nos presta – que seria de nós sem os eruditos em Shakespeare? – mas cuja tendência fatal é empalhar borboleta. Não se pode traduzir sem intuição. Não se pode traduzir sem ser escritor, com estilo próprio, originalidade sua, sendo profissional. Não se pode traduzir sem dignidade.

Nada a ver com o vulgar piadista da Globo. Compartilhava comigo – e suponho que era o único a compartilhar – minha visão de Machado de Assis como um escritor banal. Sempre considerei absurdo o fato de a crítica tupiniquim considerar como o grande drama nacional o fato de Capitu ter ou não ter traído Bentinho.

Dizia Millôr:

- Machado de Assis é um bobo, mas todo o mundo o coloca no céu. É difícil a pessoa recuar naquilo que absorve na juventude. Minha cabeça funciona o tempo todo. A questão da Capitu em Dom Casmurro, por exemplo. Fica todo o mundo preocupado se a Capitu deu ou não para o Escobar. Ora, é evidente que sim. O livro diz que o filho da Capitu tem a cara do Escobar. Demonstro com evidências que Capitu traiu. Bentinho descreve de tal maneira Escobar que ele parece mesmo apaixonado pelo amigo. Peguei trechos sintomáticos do Bentinho no livro. Escobar se afasta no ônibus e Bentinho fica triste porque ele não lhe dá adeus. Eles ficavam de mãos dadas no colégio de padres e os padres achavam aquilo estranho. Não era normal. Dom Casmurro é um livro fraco.

Assino embaixo. Requiescat in pace, caríssimo. Que o inferno te seja ameno. Lá, encontrarás boa companhia. No paraíso estão os puxa-sacos de Jeová, que não deve ter gostado de tua versão da Criação.

27 de março de 2012
janer cristaldo

COMISSÃO DA VERDADE E A ROTINA DAS COBRAS

Este artigo do filósofo, jornalista e escritor Olavo de Carvalho, publicado no Diário do Comércio (transcrevo após este prólogo), diário paulistano, mas que não tem a capilaridade e cobertura dos grandes veículos de comunicação, está absolutamente correto.
Por isso mesmo permanecerá confinado nas páginas do valente Diário do Comércio e no site que o próprio Olavo de Carvalho mantém na internet e que deve ser visitado.
O titulo original é A rotina das cobras.

A grande imprensa, cujas redações são patrulhadas pelo pensamento políticamente correto, para o qual é um sacrilégio tocar na palavra comunista, como também é um sacrilégio censurar os princípios contidos numa espécie de ideário de consenso quase absoluto, onde repousam os postulados dessa nova ordem de alcance universal.
O resultado vocês mesmo podem aferir quando lêem os principais veículos da grande mídia, vêem as redes de televisão e ouvem o rádio. Até mesmo na internet a grande mídia estende o seu domínio absoluto. Escapam alguns poucos blogs independentes.

Olavo de Carvalho, que vive nos Estados Unidos, é dos raros jornalistas e pensadores brasileiros que faz um contraponto a essa canalhice institucionalizada que promove a lavagem cerebral da coletividade.
Quem lê este blog pode notar que houve uma diminuição de links em direção à grande imprensa, porque suas matérias não passam de louvações aos governos. Isto dá a exata medida sobre essa funesta realidade que pretende transformar cada cidadão num ser imbecilizado pelo pensamento politicamente correto.

Os meios de comunicação formam a opinião pública. É a partir do que é divulgado, comentado e intrepretado, que se solidifica a opinião da maioria.

Isto quer dizer que, ao final, teremos uma população majoritariamente idiota e capaz de convalidar sem ressalvas, uma lei cassando as prerrogativas constitucionais que consagram a liberdade individual.

A isso os comunistas denominam "reforma política".

A primeira iniciativa nesse sentido foi a criação da denomina Lei Ficha Limpa que, a rigor, está acima da própria Constituição e das leis ordinárias dela emanadas e que, pasmem, nunca dispuseram que todas as iniquidades serão consentidas.

O segundo ato em andamento destinado a solapar o Estado de Direito democrático e rasgar mais um pedaço da Constituição é a Comissão da Verdade, negar o direito líquido e certo, consagrado na Constituição, sobre o alcance da lei da anistia.

É disso que trata o artigo de Olavo de Carvalho, quando aponta com fatos, como um sistema político-jurídico é destruído para no seu lugar ser edificado outro nos moldes comunistas para o proveito da nomenklatura e seus áulicos, em detrimento da liberdade individual da maioria.

São artigos como este que jamais estarão publicados na grande imprensa. Por que isso acontece?, ora, porque uma das primeiras ações do movimento comunista sempre foi o controle da informação.

Repito: a verdade dos fatos não está na grande imprensa que não serve mais para nada, a não ser promover a imbecilização coletiva em proveito de um projeto de poder que tem duas letras: PT. Leiam:
Se há uma lição que a História ensina, documenta e prova acima de qualquer dúvida razoável, é a seguinte: sempre que os comunistas acusam alguém de alguma coisa, é porque fizeram, estão fazendo ou planejam fazer logo em seguida algo de muito pior.
Acobertar crimes sob afetações histriônicas de amor à justiça é, há mais de um século, imutável procedimento-padrão do movimento mais assasino e mais mentiroso que já existiu no mundo.


Só para dar um exemplo incruento: o Partido dos Trabalhadores ganhou a confiança do eleitorado por sua luta feroz contra os políticos corruptos, ao mesmo tempo que ia preparando, para colocá-lo em ação tão logo chegasse ao poder, o maior esquema de corrupção de todos os tempos, perto do qual a totalidade dos feitos de seus antecessores se reduz às proporções do roubo de um cacho de bananas numa barraca de feira.

Mas nem todos os episódios desse tipo são comédias de Terceiro Mundo. Nos anos 30 do século passado, o governo de Moscou promoveu por toda parte uma vasta e emocionante campanha contra as ambições imperialistas de Adolf Hitler, ao mesmo tempo que, por baixo do pano, as fomentava com dinheiro, assistência técnica e ajuda militar, no intuito de usar as tropas alemãs como ponta-de-lança para a ocupação soviética da Europa.

Os exemplos poderiam multiplicar-se ilimitadamente.
Em todos os casos, a regra é a máxima atribuída a Lênin: “Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz.”

Se o acusado realmente cometeu crimes, ótimo: desviarão a atenção dos crimes maiores do acusador. Se é inocente, melhor ainda. Durante os célebres Processos de Moscou, onde o amor ao Partido levava os réus a confessar crimes que não haviam cometido, Bertolt Brecht, ídolo literário maior do movimento comunista, proclamou: “Se eram inocentes, tanto mais mereciam ser fuzilados.”
Não foi mera efusão de servilismo histriônico. A declaração obscena mostra a funda compreensão que o dramaturgo tinha da premeditação maquiavélica por trás daquela absurdidade judicial.

Como o bem e o mal, na perspectiva marxista, não existem objetivamente e se resumem à resistência, ou apoio oferecidos às ordens do Partido, a inocência do réu é tão boa quanto a culpa, caso sirva à propaganda revolucionária – mas às vezes é muito mais rentável.
Condenar o culpado dá aos comunistas o ar de justiceiros, mas condenar o inocente é impor a vontade do Partido como um decreto divino, revogando a moral vigente e colocando o povo de joelhos ante uma nova autoridade, misteriosa e incompreensível. O efeito é devastador.

Isso não se aplica somente aos Processos de Moscou. Perseguir o general Augusto Pinochet por delitos arquiconhecidos dá algum prestígio moral, mas condenar o coronel Luís Alfonso Plazas a trinta anos de prisão por um crime que todo mundo sabe jamais ter acontecido é uma operação de magia psicológica que destrói, junto com o inimigo, as bases culturais e morais da sua existência.

Na presente “Comissão da Verdade”, os crimes do acusado são reais, mas menores do que os praticados pelo acusador.
A onda de terrorismo guerrilheiro na América Latina data do início dos anos 60, e já tinha um belo currículo de realizações macabras quando, em reação, os golpes militares começaram a espoucar.
Computado o total das ações violentas que, partindo de Cuba, se alastraram não só por este continente, mas pela África e pela Ásia, a resposta dos militares à agressão cubana mostra ter sido quase sempre tardia e moderada, sem contar o fato de que, pelo menos no Brasil, veio desacompanhada de qualquer guerra publicitária comparável à que os comunistas, inclusive desde a Europa e os EUA, moviam contra o governo local.
Sob esse aspecto, a vantagem ainda está do lado dos comunistas. Os delitos cometidos pelos militares chamam a atenção porque uma rede de ONGs bilionárias, secundada pela militância esquerdista que domina as redações, não permite que sejam esquecidos.
Nenhuma máquina de publicidade, no entanto, se ocupa de explorar em proveito da “direita” as vítimas produzidas pela Conferência Tricontinental de 1966, pela OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade, 1967) ou, hoje, pelo Foro de São Paulo.

Numa disputa travada com tão escandalosa desproporção de recursos, a verdade não tem a menor chance. Na tão propalada ânsia de restaurar os fatos históricos, ninguém se lembra sequer de averiguar a participação de brasileiros nas ações criminosas empreendidas pelo governo de Fidel Castro em três continentes. Encobrindo esse detalhe, fugindo ao cotejo dos números, trocando os efeitos pelas causas e partindo do pressuposto tácito de que os crimes praticados a serviço de Cuba estão acima do julgamento humano, a “Comissão da Verdade” é, de alto a baixo, mais uma farsa publicitária montada segundo o modelo comunista de sempre.

Seu objetivo não é o mero “revanchismo”, como ingenuamente o pensam os militares: é habituar o povo a conformar-se com um novo padrão de justiça, no qual, a priori e sem possibilidade de discussão, um lado tem todos os direitos e o outro não tem nenhum.

A única coisa estranha, nessa reencenação de um script tradicional, é que suas vítimas ainda procedam como se esperassem, de seus julgadores, alguma idoneidade e senso de equilíbrio, sentindo-se surpreendidas e chocadas quando a igualdade perante a lei lhes é negadatanto quanto os cristãos se sentem repentinamente traídos quando o governo Dilma volta atrás no seu compromisso anti-abortista de campanha.
Não há nada de surpreendente em que as cobras venenosas piquem. Surpreendente é que alguém ainda se surpreenda com isso.

28 de março de 2012
olavo de carvalho