"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 30 de julho de 2013

INDICE PASTEL DA INFLAÇÃO

Criado pelo ucho.info, “Índice Pastel” mostra que em seis meses inflação real chegou a 14,29%

Hora da verdade – Inflação oficial é uma enganação criada pelos tecnocratas de gabinete que tem apenas e tão somente duas serventias: para os banqueiros baterem carteira à vontade e para o governo não ser escorraçado de seus palácios. De resto, a inflação oficial só recheia os devaneios de economistas que de alguma forma faturam com o embuste.

Os falsos gênios do mercado financeiro adoram lançar novidades para medir a realidade da economia e fingir que o país de Alice está perto, enquanto distrai a opinião pública, mas a realidade do cotidiano desmonta a farsa em questão de segundos.

Os senhores das previsões apocalípticas apostam que até 31 de dezembro deste ano a amaldiçoada inflação estará abaixo de 6%. E para tal usam argumentos dos mais bizarros, como o preço do tomate, a TPM de Cristina Kirchner, o mau humor de Ben Bernanke (do Federal Reserve), a cara pizza Margherita da esquina, o frio polar, as bacanais de Silvio Berlusconi, e por aí vai…

Como sabem os leitores, o ucho.info não é uma usina de réplicas de Aladim e por isso usa exemplos simples e compreensíveis para escancarar a mentira que é diariamente despejada sobre os brasileiros.

Há alguns anos, por sugestão do editor, este site criou o “Índice Pastel” para medir a verdadeira inflação dessa louca Terra de Macunaíma. E nada melhor do que usar como ferramenta de monitoramento da economia uma das guloseimas mais cobiçadas pelos brasileiros, que nas feiras-livres se entregam ao pecado da gula.

Ao contrário do que revelam as muitas siglas embusteiras criadas pelos órgãos que gravitam na órbita da mentira oficial, o “Índice Pastel” mostra que a inflação, de fevereiro a julho deste ano, alcançou a incrível marca de 14,29%.

Dilma, a gerentona inoperante, e seus “golden boys” podem espernear à vontade, mas o verdadeiro e cruel Índice Pastel mostra a trajetória da inflação nesses seis meses.
Em matéria publicada em 25 de fevereiro passado, o ucho.info usou informou que, após aumento de 40% em dois anos, o pastel, em São Paulo, custava R$ 3,50.

Na reportagem alertamos para a expectativa dos pasteleiros diante da possibilidade de alta no preço desses deliciosos envelopes de massa que guardam muito vento e pouco recheio.

Seis meses depois, a reportagem do ucho.info voltou ao mesmo local, frequentado por pessoas de todos os níveis sócio-econômicos, e constatou que, como esperavam os comerciantes, pastel passou a valer R$ 4.

Dilma e seus adoráveis companheiros de legenda sempre criticaram o baixo valor do salário mínimo, gazeta ruidosa que acontecia nos tempos de oposição. Agora no poder, os mesmos gazeteiros de outrora se valem da desfaçatez para afirmar que o salário mínimo de R$ 678 é uma enorme conquista dos trabalhadores.

Se um trabalhador cometer a ousadia de comer um pastel por dia, gastará ao final de um mês R$ 120, o que equivale a 17,7% do salário mínimo. Se o PT palaciano não estiver abusando da bazófia, apenas duas alternativas restam aos brasileiros. Apaga-se a luz e toma-se o caminho do aeroporto, com passagem apenas de ida, ou sobe-se a rampa do Palácio do Planalto para colocar ordem na casa.

30 de julho de 2013
ucho.info

PARA PSIQUIATRAS 40% DA POPULAÇÃO MUNDIAL É DOENTE


De uns tempos para cá, os psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e afins resolveram tentar recuperar o terreno perdido para as “terapias alternativas” no tratamento dos chamados transtornos mentais. É uma briga dura essa, dos rotos e dos esfarrapados.
 
E por que rotos e esfarrapados? Porque ambas as terapias - as “alternativas” e as “psicos” - são absolutamente empíricas e nuca tiveram nenhum resultado prático satisfatoriamente confirmado. As alternativas, ainda vá lá que se ature pelo seu descompromisso e despretensão como ciência - se não fizerem bem, mal não fazem -, mas às “psicos”, deram uma importância que de maneira nenhuma corresponde à realidade, tanto em termos de resultados quanto em conceitos.
 
Desde quando a psicologia pode ser considerada uma ciência, se ela se baseia em interpretações? A prática das terapias que lidam com a psique do indivíduo chega a ser criminosa, tal é a presunção dos seus profissionais em se arvorarem em detentores da panaceia que cura qualquer problema mental. Para eles simplesmente não há o desconhecido. Antiéticos, praticamente todos aceitam tratar o que não conhecem. E o melhor exemplo que conheço dessa irresponsabilidade aconteceu comigo mesmo e relato a seguir, abreviadamente.
 
Um belo dia (não tão belo assim) de 1978 tive um ataque de pânico do nada. Acontece que nessa época nem se sonhava em existir tal transtorno. Tive outro, e mais outro, e assim foram se sucedendo os ataques, do nada, até que eu ficasse totalmente preso em casa por medo de que eles ocorressem quando eu estivesse sozinho na rua, por causa da sua imprevisibilidade. Procurei então meu médico clínico geral, que me receitou uma batelada de exames, cujos resultados não deram em nada: saúde perfeita. Receita: Lexotan e andar na praia...
 
Como andar na praia se eu não conseguia sair de casa sem passar mal? E o Lexotan também não adiantou xongas.
 
Não podendo ficar assim - eu tinha uma fábrica com 150 empregados para administrar e fazia dois meses que eu não conseguia sair de casa -, procurei um psiquiatra e fui parar na mão do presidente da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, que além das três sessões de análise semanais (com o próprio) me receitou dois ou três “torpedos” cavalares que simplesmente me transformaram em um zumbi, mas que não conseguiram amenizar as crises de pânico - que, enfatizo, até então era um mal desconhecido de todos. Foram dois ou três meses de sofrimento em dobro porque além dos remédios não resolverem os meus problemas, causavam outros mais graves, quais sejam transformar-me em uma planta que de vez em quando tomava um choque elétrico (os ataques de pânico).
 
Resolvi então que não iria mais tomar os “torpedos” e comuniquei ao psiquiatra, que receitou outros, mais leves, segundo ele. Mais outros tantos meses, dessa vez menos sofridos pela mudança dos medicamentos, mas nada do pânico melhorar. Parei com eles também, mas as sessões de análise - tremendamente freudianas - continuaram até que o “doutor” se convencesse definitivamente que eu não tinha comido a minha mãe nem sido sodomizado pelo meu pai, nem em sonho. E não há exagero nisso, tal a ênfase que era dada aos aspectos sexuais da minha vida.
 
Perdi mais ou menos um ano e ganhei “alta”, terminando o ciclo da mesma maneira que comecei: em pânico.
 
Foi aí que começou a peregrinação por onze doutores “psico-qualquer-coisa”, cada um mais considerado que o outro. Seis meses com um, um ano com outro, frequentando os consultórios de uma sequência de espertalhões que quase sempre diziam “isso é mole!”, mas que foram incapazes de confirmar a “moleza”. Enquanto isso dinheiro que eu tinha obtido com a forçosa venda da fábrica, ia quase todo para as mãos desses charlatães.
 
Um detalhe: nos intervalos entre uma psicanálise e outra, fiz yoga, fui a um centro espírita (uma única vez) e fiz sessões de hipnose.
 
Acabei desistindo de tudo, disposto a me conformar com a minha condição de prisioneiro de mim mesmo e sujeito a eventuais ataques de pânico. E foram dez anos vivendo em uma gaiola virtual que era o meu quarteirão. Atravessar a rua, só acompanhado; ficar em casa sozinho era um sofrimento; viajar, nem pensar.
 
A essas alturas, o pânico já estava devidamente catalogado pela psicologia como um “transtorno mental” e eu já sabia que ele era a consequência de uma deficiência da comunicação intra-neuronial - sinapse - que retardava a ação da serotonina no cérebro. Mas isso não me adiantava em nada, já que eu sou avesso a medicamentos e nem tampouco me arriscaria a tomar alguma coisa por conta própria. E a minha aversão adquirida aos doutores “psicos” também me impedia de procurá-los.
 
Foi então, em 2003, 25 anos depois da primeira crise, um grande amigo, médico, conseguiu me convencer, depois de muito insistir, a procurar um determinado psiquiatra que “lidava muito bem com drogas” (medicamentos, é claro) que o tinha livrado do pânico pouco tempo antes.
 
E lá fui eu ao tal psiquiatra depois de dez longos anos sem contatos com essas figuras, para mim, até então, todas abjetas. Muito embora a vontade de me ver livre dessa praga de pânico fosse enorme, armei-me de paus, pedras e ceticismo, em função do que eu já tinha passado nas mãos de doze calhordas. Ele era o número treze. Cabalístico...
 
Durante uma hora conversamos e, é lógico para quem me conhece, falei 95% do tempo expondo tudo isso que narrei até agora, inclusive a minha renitência a medicamentos, e ao final ele me pediu um crédito de confiança de três meses porque iria me receitar um remédio. Entre o espanto por tanta humildade e a aversão às drogas, fiquei com a primeira e resolvi encarar, até porque o doutor recomendou que eu ligasse para ele relatando as minhas reações para que ele pudesse estabelecer a dosagem inicial até que meu organismo se adaptasse à ideal.
 
E não é que liguei? E não é que ele me retornou todas as ligações? E não é que em um mês eu já estava me aventurando a longos passeios sozinho, fora da gaiola? E não é que ele me disse ao final da terceira vez que eu fui ao seu consultório que eu não precisaria mais voltar lá porque eu era absolutamente bem resolvido e não tinha nenhum problema psíquico e sim bioquímico, que o tal remedinho milagroso estava resolvendo satisfatoriamente?
 
Alguém falou “abreviadamente”?...
 
Mas voltando ao começo, enfatizo que nenhum dos “psicos” recusou-se a me tratar, mesmo não sabendo exatamente qual era o meu mal. Ora, se isso não é charlatanismo coletivo, minha avó é uma bicicleta!
 
Mas foram duas coisas que me chamaram a atenção nesses dias, me levaram a escrever sobre o assunto, lembrando de tanta coisa que passei. Uma parece boba, mas mostra bem o nível de imbecilidade do meio. O Kinder Ovo - ovinho de chocolate que vem sempre com um brinquedinho-surpresa dentro - resolveu fazer versões diferentes por sexo para evitar que os meninos ganhem brindes de menina e vice-versa, e coloriu as embalagens de azul e rosa. Não é que uma psicanalista e “sexóloga” de nome Regina Navarro Lins declarou ao Globo que a atitude da empresa foi “sexista e absurda” e que “insistir em manter os papéis sexuais limita as pessoas, aprisionando-as a estereótipos e isso começa na infância, com brinquedos diferentes para meninos e meninas”?
 
Ninguém em sã consciência “aprisiona” crianças a estereótipos, mas ninguém, também em sã consciência, vai presentear uma filha com um boneco do Incrível Hulk ou um filho com uma Barbie, pombas!
 
Se seguirmos os conselhos dessa gente em breve teremos bonecos de Hulks gays e Barbies lésbicas.
 
Outra coisa que me chamou atenção foi a entrevista do psiquiatra Luis Augusto Rohde, que foi um dos 160 “especialistas” do mundo convidados pela Associação Americana de Psiquiatria para elaborar o DSM-5, o novo Manual Diagnóstico e Estatístico  de Transtornos Mentais, um absurdo que diz que 40% das pessoas são portadoras de distúrbios mentais, o que equivale a dizer que os “psicodoutores” têm 2,8 bilhões de pacientes em potencial no mundo. É querer puxar muita brasa para as suas sardinhas, tanto que o próprio Rohde afirma que com o DSM-5 haverá uma explosão no registro e reconhecimento de doenças mentais nos consultórios.
 
O que não dá para entender é que, em sendo a psiquiatria totalmente subjetiva, tanto nas informações recebidas quanto nos diagnósticos elaborados, como é que se pode afirmar tão categoricamente que isto ou aquilo é uma doença? E eu digo doença, porque “transtorno” é apenas um eufemismo psiquiátrico politicamente correto. Aliás, se não fossem consideradas doenças, não precisariam de tratamento, não é mesmo?
 
Para se ter um exemplo do absurdo, Rohde diz que a parte que trata da sexualidade é das mais complicadas, para depois citar o “transtorno do exibicionismo” - o sujeito andar nu pela sua casa com as janelas abertas, segundo suas palavras - como sendo uma doença, desde que o sujeito sinta prazer e culpa pelo ato. Então quer dizer que se eu ando pelado sem prazer nem culpa eu sou normal? Eu acho que há uma certa inversão de valores aí. Se o cara anda peladão porque esqueceu de botar a roupa, aí mesmo é que ele tem algum problema mental. Parece piada, mas é lógico.
 
Outra coisa que não dá para entender é a não inclusão de certas formas de homossexualismo nessa xaropada toda, ou por outra: dá sim. É a porcaria do politicamente correto de novo. Como é que o exibicionismo pode ser considerado uma doença e o homossexualismo não, se o que os gays de ambos os sexos mais fazem é se exibir sexualmente, pelados ou mesmo vestidos?
 
O que esses caras fizeram foi uma mixórdia que acrescentou os hábitos e os costumes às doenças já conhecidas, tanto que se essa porcaria de DSM-5 for considerada em certos lugares ou até mesmo países, não vai sobrar um só cidadão “normal”. Um sujeito que tem por costume ir à igreja todos os dias para dar uma “rezadinha” - e conheço muitos não carolas que o fazem, a minha esposa, inclusive - vai ser taxado de doido; se fizer sexo demais ou de menos, vai pro divã; se lavar as mãos com frequência é transtornado... Ora, vão lamber sabão e peidar bolhinhas!
 
Loucos mesmo são esses psicomerdas! Mas não rasgam dinheiro, isso eu garanto...
 
30 de julho de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
30 de julho de 2013

 

SANITÁRIO DA POLÍTICA

Pai insone

“Faço um apelo de pai: deixem a porta da minha casa”.

Sérgio Cabral, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, sobre os atos de protesto ocorridos quase diariamente diante do prédio onde mora, pedindo aos manifestantes que não misturem o público e o privado, coisa que o governador do Rio começou a fazer quando ainda era bebê de colo.

30 de julho de 2013
Augusto Nunes, Veja

FUNDAÇÃO JOSÉ SARNEY É UM CASO DE POLÍCIA

O vídeo da TV Folha mostra mais quadros da galeria da blasfêmia e comprova que a Fundação José Sarney é um caso de polícia


As pinturas que transformam a Famiglia Sarney e seus parceiros em candidatos à canonização só podem ser fotomontagens, espantaram-se alguns leitores da coluna. O vídeo da TV Folha prova que a galeria da blasfêmia é real, embora pareça mentira. E deixa claro em apenas 5:38 que a fundação que cultua a memória do dono do Maranhão é um caso de polícia à procura do merecidíssimo castigo.


A CARA DA JUSTIÇA NOS GROTÕES DO BRASIL

Os algozes da menina estuprada na cadeia do Pará estão livres. Ela desapareceu





Em 21 de outubro de 2007, a menor L.A.B. foi presa em Abaetetuba, no Pará, sob a acusação de tentar furtar um telefone celular. Tinha 15 anos, menos de 40 quilos e um metro e meio de altura.

Levada para a delegacia da cidade de 130 mil habitantes, a quase 100 quilômetros de Belém, passou os 26 dias seguintes numa cela ocupada por mais de 20 homens.
Durante todo o tempo, o bando de machos serviu-se à vontade da única fêmea disponível. Estuprada incontáveis vezes, teve cigarros apagados em seu corpo e as plantas dos pés queimadas enquanto procurava dormir. Alguns detentos, aflitos com as cenas repulsivas, apelaram aos carcereiros para que interrompessem o calvário.
Os policiais preferiram cortar o cabelo da adolescente com uma faca para camuflar a aparência feminina.
A rotina de cinco ou seis relações sexuais diárias foi suspensa apenas nos três domingos reservados a visitas conjugais. O tormento só acabou com a intervenção do conselho tutelar, alertado por uma denúncia anônima.

De tão escabroso, os fatos resumidos no parágrafo acima parecem extraídos de um filme de ficção. Mas o episódio aconteceu. E a realidade foi um pouco pior.

Naquele 21 de outubro de 2007, um domingo, L.A.B. foi flagrada por Mayko Deyvison de Lima Santos tentando furtar um aparelho celular, algumas roupas e uma corrente de prata pertencentes ao dono da casa. Eram 9 horas da manhã. Depois de trancá-la num banheiro, Mayko ligou para um tio, Adilson Pires de Lima, e para os amigos Sérgio Teixeira da Silva e Francisco Carlos Fagundes Campos. Os três são investigadores de polícia.

Assim que chegou ao local do crime, Adilson se apresentou com um soco no estômago de L.A.B.. A arma colocada dentro da boca encerrou a primeira etapa do calvário. Encaminhada à delegacia, foi recepcionada por Sérgio teixeira com um chute nas costas.

(Era a quarta vez em menos de quatro meses que a adolescente entrava naquele lugar. Em 24 de junho, L.A.B. havia sido detida por tentativa de furto e liberada depois de pagar a fiança de R$ 180. Em 14 de setembro, foi presa por furto. O alvará de soltura, expedido em 18 de setembro, tem a assinatura da juíza Clarice Maria de Andrade. Não se sabe onde L.A.B. ficou por 72 horas. Nas duas ocasiões, alterou o sobrenome ─ para “da Silva Prestes” ─ e também a idade: afirmou ter 24 e 19 anos. Existe outro inquérito por furto aberto em 3 de julho.)

A história que teve início em 21 de outubro começou a percorrer descaminhos muito mais perturbadores quando a delegada Flávia Verônica Monteiro Pereira resolveu trancafiar L.A.B. ─ que nem precisaria de documentos para provar a menoridade denunciada aos gritos pelo físico ─ na jaula atulhada de machos.

Flávia foi a primeira mulher a cruzar o caminho da menina de 15 anos.

(A atitude da delegada não chega a ser surpreendente nos grotões do Brasil – muito menos nas lonjuras do Pará. No relatório da CPI do Sistema Carcerário, publicado em 2009, delegados, promotores, agentes penitenciários e juízes confirmaram que “quando não tem onde prender mulher, a gente coloca com os homens mesmo”. Ao vistoriar prisões paraenses, integrantes da CPI localizaram dois casos semelhantes ao de L.A.B.. No primeiro, uma presa engravidou depois de cinco meses numa cela com 38 homens. Noutro, a detenta teve dois filhos ao fim de temporadas distintas na cadeia. A quantidade de parceiros impede a identificação dos pais biológicos.)

Se não engravidou, L.A.B. teve sorte. Logo na primeira noite, foi atacada por Beto Júnior Castro da Conceição. Diante da resistência da presa, ele a levou para o banheiro e ali a estuprou. “A vítima gritou bastante, porém, como neste ambiente prevalece a lei do silêncio e os próprios presos tinham medo deste acusado, nada fizeram”, resume a denúncia do Ministério Público, à qual teve acesso o site de VEJA.

O segundo a saciar-se foi Rodinei Leal Ferreira, vulgo Cão. Como a adolescente seguia resistindo, os detentos resolveram confiscar-lhe a comida, que só liberavam mediante o que chamam de “empanada”: a vítima estende um pano no chão e faz sexo em troca de alimento, dinheiro ou material de limpeza.

Enquanto permaneceu no cárcere, L.A.B. sofreu lesões corporais, teve o corpo queimado com cigarros e isqueiros durante o sono e foi constantemente coagida a ficar longe das grades para não ser vista. Por causa da alta rotatividade, ela só conseguiu identificar Beto Júnior e Rodinei Leal, o Cão. A dupla, hoje no Centro de Recuperação Regional de Abaetetuba, foi condenada a 10 anos e 8 meses por estupro e atentado violento ao pudor contra a ex-companheira de cela.

(Beto Júnior também cumpre pena por dois crimes de roubo qualificado. O prontuário de Rodinei Leal inclui uma condenação por tentativa de roubo e outra por roubo qualificado.)


Cela em que L.A.B. passou 26 dias

Em 23 de outubro, dois dias depois da captura, Clarice Maria de Andrade – a mesma juíza que subscreveu o alvará de soltura de L.A.B. em 18 de setembro – assinou o auto de prisão em flagrante. A magistrada sabia que não existem celas só para mulheres na delegacia. Mas não quis saber onde L.A.B. ficara alojada.

Clarice foi a segunda mulher a cruzar o caminho da menina de 15 anos.
(“Se um juiz mandar soltar todas as pessoas que estejam presas em situação degradante no Brasil não sobrará ninguém atrás das grades”, avisa Emiliano Alves Aguiar, advogado de Clarice. “As cadeias estão superlotadas. Não há condições mínimas de salubridade para homens e mulheres”.)

Em 5 de novembro de 2007, 14 dias depois do início do drama, Clarice recebeu um ofício “em caráter de urgência” assinado por Antonio Fernando Botelho da Cunha, superintendente regional do Tribunal de Justiça do Pará.
O documento determinava a transferência de L.A.B. para Belém, “uma vez que não possuímos cela para o abrigo de mulheres, estando a mesma custodiada juntamente com outros detentos, correndo risco de sofrer todo e qualquer tipo de violência”.

A juíza repassou o pedido para Graciliano Chaves da Mota, diretor da Secretaria da 3ª Vara de Abaetetuba, que assessorava a doutora. Embora tenha garantido à magistrada que a solicitação havia sido encaminhada por fax em 8 de novembro, o diretor só a enviou 12 dias depois, quando L.A.B. já estava em liberdade e o caso começava a chamar a atenção da imprensa. Nesse período, Clarice não procurou saber se o diretor cumprira a ordem que lhe dera.

O episódio ganhou repercussão nacional depois da interferência do conselho tutelar. Alertada para a presença de uma menina de 15 anos na cela masculina da cidade, a conselheira Diva de Jesus Negrão Andrade correu para a delegacia levando a certidão de nascimento de L.A.B..
Na frente do delegado Antônio Fernando Cunha, a adolescente não só reconheceu a menoridade, como confirmou a denúncia de que estava sendo abusada sexualmente pelos outros presos.

As evidências não foram suficientes para sensibilizar o delegado Cunha. Ao dizer que a menor só sairia dali com ordem judicial, devolveu L.A.B. ao inferno. Nesse mesmo dia, achou prudente transferi-la para a sala dos escrivães.

Na tarde seguinte, quando o pai de L.A.B. chegou à delegacia acompanhado de um conselheiro tutelar, o delegado Rodolfo Fernando Valle Gonçalves alegou que a adolescente havia fugido – e recusou-se a fazer um boletim de ocorrência registrando o sumiço da menina.

L.A.B. foi encontrada três dias mais tarde vagando no cais do porto. Contou que fora levada até lá por três policiais civis, que a ameaçaram de morte se não caísse fora da cidade.

Inquieta com os possíveis prejuízos eleitorais decorrentes da repercussão nacional do episódio, a governadora Ana Júlia Carepa prometeu afastar os diretamente envolvidos no absurdo.
Reconheceu que outras cadeias do Pará reprisavam com frequência o mesmo espetáculo da promiscuidade e baixou um decreto proibindo homens e mulheres de dividirem a mesma cela – como se isso não fosse proibido pela legislação brasileira há alguns séculos.

Ana Julia foi a terceira mulher a cruzar o caminho da menina de 15 anos.
(A governadora não conseguiu se reeleger em 2010)

Hoje, o processo contra os protagonistas desse episódio ainda corre em sigilo no Tribunal de Justiça do Pará. Em tese, há 12 réus e uma vítima. O destino dos protagonistas informa que, na prática, existem 12 vítimas e uma ré. Os únicos que continuam encarcerados são os estupradores Beto Júnior Castro da Conceição e Rodinei Leal Ferreira, que já estavam atrás das grades quando cometeram o crime.

Declarados culpados no Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pela corregedoria da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), os agentes prisionais Benedito de Lima Amaral e João de Deus Oliveira foram exonerados em 5 de dezembro de 2008. Absolvido, o agente Marcos Eric Serrão Pureza trabalha atualmente na Casa do Albergado, em Belém.

Marcos Eric, como os demais envolvidos, foi condenado por omissão, em primeira instância, a 2 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. O Tribunal de Justiça do Pará concedeu-lhe o benefício do regime aberto.

Também foram exonerados os delegados Antônio Fernando Botelho da Cunha, Rodolfo Fernando Valle Gonçalves, Celso Iran Cordovil Viana, Danieli Bentes da Silva e Flávia Verônica Monteiro Pereira. Na denúncia, a promotora Ana Carolina Vilhena Gonçalves afirmou que todos souberam do que se passava e optaram pela omissão.

Ana Carolina destacou a participação de Antônio Cunha, que só tomou providências para a transferência da menor ao receber um ofício da Secretaria de Direitos Humanos do Pará, em 5 de novembro – 18 dias depois do flagrante –, e da delegada Flávia Pereira. “Em decorrência da conduta desta acusada, a vítima sofreu os mais diversos abusos em seus direitos”, descreve a denúncia. “Depois de lavrado o flagrante, nem ao menos um ofício requerendo sua transferência para uma penitenciária feminina foi confeccionado”.

(“Infelizmente todos foram afastados”, lamenta João Nascimento de Moraes, presidente do Sindicato dos Delegados do Estado do Pará (Sindelp). “Eles são vítimas de um sistema carcerário em frangalhos. Os culpados são, primeiro, o governo federal, depois, o estadual”. De acordo com Moraes,a demissão dos delegados extinguiu o vínculo com a polícia e, consequentemente, com o sindicato. A exceção é Rodolfo Gonçalves. Contratado como um “faz tudo” do Sindelp, recebe hoje pouco mais de um salário mínimo por mês. “Foi uma maneira que arrumamos para ele não morrer de fome”, justifica Moraes.)

Apesar de ainda responderem ao processo penal, os investigadores de polícia Adilson Pires de Lima e Sérgio Teixeira da Silva foram absolvidos por falta de provas no Processo Administrativo instaurado pela Polícia Civil. O assessor de imprensa do órgão, que só revelou seu prenome ─  Valrimar ─, limitou-se a informar que nenhum deles trabalha mais na comarca de Abaetetuba. Não disse para onde foram transferidos os dois acusados de lesão corporal grave e ameaça.

Embora não figure entre os réus, a juíza Clarice Maria de Andrade foi aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 20 de abril de 2010. Em 14 de junho de 2012, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) anularam a decisão por considerá-la “excessiva”. A determinação do STF foi publicada em junho deste ano, quando Clarice já fora nomeada juíza titular da comarca de Ananindeua.

L.A.B. esteve sob a proteção do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) até completar 18 anos. Em 6 de junho de 2010, segundo a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, migrou para outro programa destinado a adultos. Convidada a justificar a mudança, a Secretaria de Direitos Humanos, que até então respondera a todas as perguntas formuladas pelo site de VEJA, encerrou o assunto com uma desculpa nada esclarecedora: não podia fornecer “informações sobre pessoas que fazem parte dos seus programas de proteção, como forma de garantir sua segurança e integridade”.

Passados seis anos, os policiais que abandonaram L.A.B. no cais do porto de Abaetetuba conseguiram o que queriam. Eles continuam em liberdade. Lidiane Alves Brasil desapareceu.

E NA GUERRA ENTRE DEUS E O DIABO...

 
O quadrilheiro Zé Genoíno é internado as pressas com problemas cardíacos...
Passa bem...

O Tucano trapalhão Zé Serra é internado as pressas com problemas cardíacos...
Passa bem...

O caquético Zé Sarney é internado as pressas por problemas infecciosos...
Passa bem...

Pelo visto..Deus puxa e o Diabo devolve...
E neste braço de ferro está 3 X 0 para o Capiroto.

Azar do povo Brasuca.
 
30 de julho de 2013
omascate

COMPARAR O "MAIS MÉDICOS" COM O "MÉDICOS SEM FRONTEIRAS"? O PT ROMPEU AS FRONTEIRAS DO RIDÍCULO.

 
"Médicos sem Fronteiras" é um modelo altamente profissional de medicina. Sim, os MSF trabalham em condições adversas, em campos de batalha, em áreas com epidemias, em regiões paupérrimas. No entanto, são altamente treinados e possuem equipamentos adequados às atividades que irão exercer.
Vejam, abaixo, qual o campo de ação de um médico do MSF e quais os requisitos para ser contratado:

Atividades em campo:
Atenção primária à saúde, criação e gestão de postos de saúde, gestão de centros de alimentação e ambulatório, clínicas e hospitais, planejamento e implementação de campanhas de vacinação e organização de programas de saúde materno-infantil.
Requisitos básicos:
  • Mínimo 2 anos de experiência profissional
  • Experiência em supervisão, gestão de pessoas e treinamentos
  • Comprometimento com os objetivos e valores de MSF
  • Estar de acordo com os protocolos de MSF
  • Registro no Conselho Regional de Medicina para brasileiros ou equivalente para latino-americanos
  • Diploma em Medicina Tropical ou experiência profissional relevante em ambiente tropical
  • Capacidade para trabalhar bem como parte de uma equipe multicultural e multidisciplinar
  • Capacidade para organizar e priorizar o volume de trabalho e ter iniciativa
  • Disponibilidade para trabalhar em áreas instáveis
  • Adaptabilidade e capacidade de trabalhar em equipe
  • Flexibilidade e capacidade de gestão do estresse
  • Motivação pelo trabalho humanitário
  • Fluência em francês ou inglês
Experiência em uma ou mais das seguintes áreas:
Veja aqui o que é exigido de um cirurgião, de um anestesista, de um obstetra para trabalhar na organização. Já no "Mais Médicos" do PT basta ter um diploma em Cuba.
30 de julho de 2013
in coroneLeaks

ONU COMPROVA QUE IDH CRESCEU 28% MAIS COM FHC DO QUE COM LULA. TUCANO AFIRMA: "VERDADES DA HISTÓRIA SEMPRE VENCEM A PROPAGANDA POLÍTICA POPULISTA"


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) usou sua página pessoal no Facebook para comentar estudo divulgado pelo ONU sobre Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil e criticar seu adversário político e sucessor, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Recomendando uma notícia publicada no site do PSDB que diz que, em seus oito anos de governo, o crescimento do IDHM foi maior do que na era Lula, FHC afirmou: "verdades da História sempre vencem a propaganda política populista".
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante o programa "Roda Viva", da TV Cultura
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal brasileiro subiu 47,5% nas últimas duas décadas, saindo da classificação "muito baixo" para o nível considerado "alto". Essa é a uma das principais conclusões do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, pesquisa da ONU feita com a ajuda do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), subordinado à Presidência da República, e da Fundação João Pinheiro, do governo de Minas Gerais. Os dados foram calculados usando os Censos de 1991, 2000 e 2010 --e não captam, portanto, o governo Dilma Rousseff.
 
30 de julho de 2013
in coroneLeaks 

Comparar o "Mais Médicos" com o "Médicos sem Fronteiras"? O PT rompeu as fronteiras do ridículo.

 
"Médicos sem Fronteiras" é um modelo altamente profissional de medicina. Sim, os MSF trabalham em condições adversas, em campos de batalha, em áreas com epidemias, em regiões paupérrimas. No entanto, são altamente treinados e possuem equipamentos adequados às atividades que irão exercer. Vejam, abaixo, qual o campo de ação de um médico do MSF e quais os requisitos para ser contratado:
Atividades em campo:
Atenção primária à saúde, criação e gestão de postos de saúde, gestão de centros de alimentação e ambulatório, clínicas e hospitais, planejamento e implementação de campanhas de vacinação e organização de programas de saúde materno-infantil.
Requisitos básicos:
  • Mínimo 2 anos de experiência profissional
  • Experiência em supervisão, gestão de pessoas e treinamentos
  • Comprometimento com os objetivos e valores de MSF
  • Estar de acordo com os protocolos de MSF
  • Registro no Conselho Regional de Medicina para brasileiros ou equivalente para latino-americanos
  • Diploma em Medicina Tropical ou experiência profissional relevante em ambiente tropical
  • Capacidade para trabalhar bem como parte de uma equipe multicultural e multidisciplinar
  • Capacidade para organizar e priorizar o volume de trabalho e ter iniciativa
  • Disponibilidade para trabalhar em áreas instáveis
  • Adaptabilidade e capacidade de trabalhar em equipe
  • Flexibilidade e capacidade de gestão do estresse
  • Motivação pelo trabalho humanitário
  • Fluência em francês ou inglês
Experiência em uma ou mais das seguintes áreas:
Veja aqui o que é exigido de um cirurgião, de um anestesista, de um obstetra para trabalhar na organização. Já no "Mais Médicos" do PT basta ter um diploma em Cuba.
30 de julho de 2013
in coroneLeaks

IDHM: UM PAÍS QUE AVANÇA



O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) divulgado ontem mostra, felizmente, um país em evolução, que caminha para superar seu secular atraso. O indicador deixa claro que as duas últimas décadas foram prodigiosas. 
Mas é muito importante também porque implode uma falsa visão que os petistas tanto gostam de propagandear: a de que o Brasil foi descoberto em 1° de janeiro de 2003, com a posse de Lula.

muito que comemorar no levantamento publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Na média, o IDH dos municípios brasileiros subiu 47,5% desde 1991 até 2010, passando de 0,493 para 0,727. Com isso, deixou de ser considerado "muito baixo" para ser classificado como "alto". Progredimos.
Duas décadas atrás, o Brasil tinha 86% de seus municípios com IDH "muito baixo". Hoje apenas 0,6% ainda continuam nestas sofríveis condições, levando em consideração as dimensões renda, longevidade e educação. Melhor ainda, cerca de um terço das cidades do país já alcançaram status de "altamente desenvolvidas".
Entre as três dimensões, os municípios brasileiros saem-se melhor em longevidade, com média de 0,816 e expansão de 23% em duas décadas. Educação mantém-se como a mais baixa (0,637), embora tenha sido a de maior progressão ao longo destes últimos 20 anos: evoluiu 128%. O avanço dos rendimentos foi o menor (14%) do período, levando o indicador específico desta dimensão para 0,739.

O levantamento do Pnud permite analisar a evolução dos municípios brasileiros dividindo-a em duas fases:
de 1991 a 2000, período que praticamente coincide com o governo de Fernando Henrique Cardoso, e 2001 a 2010, dominada predominantemente pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em quase tudo, o desempenho no primeiro decênio supera o do segundo.


Na média, o IDHM geral saltou 24% de 1991 a 2000 e, no período seguinte, melhorou mais 19%. Na educação, a diferença é cavalar: na primeira metade das duas últimas décadas, ou seja, na fase predominantemente tucana, o avanço obtido pelo país foi de 63%, percentual que caiu para 40% no decênio seguinte.
Os avanços na renda praticamente se equivalem nos dois períodos: 
6,9% entre 1991 e 2000 e 6,8% de 2000 a 2010. 
Apenas a progressão no indicador específico para longevidade foi mais elevada, ainda que levemente, nos anos que coincidem majoritariamente com os da gestão petista: 
aumento de 12% no período mais recente, ante 10% no decênio inicial.
Ficar fazendo comparações pretéritas é como ficar olhando para o retrovisor sem ver se o carro ruma para espatifar-se contra o muro. Mas este é o esporte preferido dos petistas, como fez, novamente, a presidente Dilma Rousseff na entrevista que deu à Folha de S.Paulo publicada no domingo. É algo tão descabido que equivaleria a ver Fernando Henrique cotejando-se a João Baptista Figueiredo lá na metade inicial de seu governo...

Em lugar de ficar contemplando o passado, o importante é mirar no que o Brasil realmente precisa investir para construir seu futuro. E o que o Pnud, mais uma vez, deixa evidente com o IDHM é que nosso grande gargalo é a educação: entre nossos jovens de 15 a 17 anos, apenas 57% completaram o ensino fundamental e, entre 18 e 20, só 41% concluíram o médio. 
Conseguimos pôr praticamente todas as crianças brasileiras na escola - hoje 91% delas estão nas salas de aula - mas não lhes oferecemos educação de qualidade. Basta ver quais são os municípios mais desenvolvidos do país - a paulista São Caetano do Sul continua liderando o ranking nacional - para se constatar que a chave do sucesso é a aprendizagem bem feita.

"Os dados revelam uma defasagem no caminho seguido por quem está na escola. É como se o estudante desistisse ano a ano. Especialistas em educação sabem que escola boa segura o aluno, mas escola ruim o expulsa", analisa a Folha. Para complicar, as diferenças regionais são ainda mais evidentes nesta dimensão: 
localidades do Norte e do Nordeste saem-se bem pior que o resto do país.

Um último aspecto a considerar é a limitada influência do quesito renda na melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. A queda na mortalidade infantil - que influencia a dimensão longevidade - pesou muito mais na expansão verificada nos últimos 20 anos do que, por exemplo, a universalização de programas como o Bolsa Família. 
A pesquisa do Pnud é riquíssima para apontar quais caminhos o país precisa seguir para alcançar condições de desenvolvimento realmente mais dignas. E serve, também, para mostrar quem mais fez pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros nos últimos 20 anos. Se é para comparar, a vitória é dos tucanos.
 
30 de julho de 2013
Instituto Teotônio Vilela
 

FARRA LULISTA, OPERAÇÃO NO HAITI CUSTA R$ 2,3 BILHÕES AOS NOSSOS BOLSOS

Brasil gastou R$ 689 mi de adicional no Haiti
 
Governo complementa o salário dos militares que fazem parte da missão das Nações Unidas no país caribenho. Sem contar reembolso dado pela ONU, gastos do Tesouro brasileiro com a operação no Haiti chegam a R$ 2,3 bilhões
 
 
O governo brasileiro gastou R$ 689 milhões, em valores atualizados, apenas com adicionais salariais para os militares que servem na missão das Nações Unidas no Haiti, no período que vai do início da operação, em 2004, até dezembro de 2012.

O valor, obtido pela Folha em consultas aos comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica --com base na Lei de Acesso à Informação--, era desconhecido até então e não integrava os balanços do governo nem de grupos de fiscalização de gastos federais.

Previsto em lei aprovada pelo Congresso, o adicional, que tem o nome técnico de "indenização", funciona da seguinte forma: o militar que é escolhido para participar da operação no Haiti ganha uma remuneração mensal em dólar, paga em espécie, sem prejuízo do vencimento normal que já recebe no Brasil.

Um terceiro-sargento, por exemplo, que recebe no Brasil em média R$ 2.700 líquidos, obtém mais US$ 3 mil (R$ 6.700) mensais pela missão no Haiti --há hoje 231 terceiros-sargentos atuando no país caribenho.

O valor escalonado dos adicionais foi estabelecido em 2004 por meio de lei elaborada pelo governo. As despesas com os adicionais só em 2012 (R$ 106,3 milhões), por exemplo, foram o dobro do desembolsado pelo Exército com o programa "preparo e emprego combinado das Forças Armadas".

Na justificativa enviada ao Congresso quando da aprovação da lei, o então ministro da Defesa, José Viegas, procurou relativizar o gasto, ao dizer que "o custo de uma operação de paz estará, em linhas gerais, limitado aos gastos com pagamento de pessoal no exterior e às despesas com viagens de inspeção, apoio e coordenação".

Segundo Viegas, "os demais custos" seriam "reduzidos ou cobertos pelas indenizações e reembolsos previstos na legislação da ONU para esse tipo de evento".

REEMBOLSOS

O reembolso da ONU ficou muito abaixo dos gastos reais. Em 2004, o Brasil passou a comandar a missão no Haiti como parte da estratégia do governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) de buscar apoio internacional para obter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU --o que até hoje não ocorreu.

Com as "indenizações", o gasto total do governo brasileiro no Haiti de 2004 a dezembro de 2012 atingiu R$ 3,04 bilhões, em valores atualizados pela inflação. No mesmo período, a ONU reembolsou o Brasil em R$ 709 milhões, em valores igualmente corrigidos. Assim, o Tesouro brasileiro desembolsou efetivamente R$ 2,33 bilhões.

Em nota à Folha, o Ministério da Defesa afirmou que os reembolsos da ONU "cobrem os custos gerados pelo emprego efetivo da tropa na missão de paz".

"Os custos referentes às fases anteriores e posteriores ao emprego da tropa (mobilização, preparo e desmobilização) são, em geral, arcados pelo país contribuinte, como no caso do Brasil", diz o texto do ministério.

Não há previsão oficial para a saída das tropas brasileiras do Haiti --hoje são 1.120 militares na missão.

Em ao menos duas ocasiões, o ministro da Defesa, Celso Amorim, já manifestou sua preocupação sobre evitar "uma zona de conforto" no Haiti. Em maio último, disse que o Brasil pretende "progressivamente deixar para o Haiti a responsabilidade por sua segurança e pela manutenção da lei e da ordem".

Indagado pela Folha sobre os benefícios da presença brasileira no Haiti, o Exército disse, em nota, que a missão "traz crescente prestígio à política externa e às Forças Armadas brasileiras, aumentando a projeção nacional no cenário mundial".

30 de julho de 2013
RUBENS VALENTE - Folha de São Paulo

JUSTIÇA IMPEDE ROSEANA SARNEY DE NOMEAR CUNHADO COMO DESEMBARGADOR

Nepotismo - Justiça impede Roseana Sarney de nomear cunhado advogado como desembargador no Maranhão, citando “evidente ofensa aos princípios da isonomia, moralidade e impessoalidade”



O advogado Samir Jorge Murad: projeto de ser nomeado pela cunhada teve veto da Ordem dos Advogados e da Justiça (Foto: O Globo)
 
A Justiça Federal manteve a decisão que impede o advogado Samir Jorge Murad de se candidatar a vagas do quinto constitucional no Tribunal de Justiça do Maranhão.
 
Conforme decisão proferida nesta segunda-feira (29/7), a nomeação de desembargador por sua cunhada constitui evidente ofensa aos princípios da isonomia, moralidade e impessoalidade. Samir Jorge Murad é cunhado da governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
 
Para a juíza federal substituta Maria Cândida Carvalho Monteiro de Almeida, da 17ª Vara Federal do Distrito Federal, a candidatura de Murad compromete, também, o sistema de freios e contrapesos, inerente ao princípio da separação de poderes, causando sérias distorções nas relações entre o Legislativo e o Judiciário.
 
“Onde deveria haver separação, poderia haver ‘promiscuidade’; onde deveria haver controle recíproco, poderia haver conivência”, diz em sua decisão.
 
No caso, em agosto de 2012, a seccional do Maranhão da Ordem dos Advogados do Brasil proibiu Samir Murad de se candidatar ao quinto do TJ.
 
Baseado em consulta ao Conselho Federal da OAB, a seccional considerou que “cônjuge, companheiro ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau do chefe do Poder Executivo a quem couber a escolha de que trata o parágrafo único do artigo 94 da Constituição Federal não poderão concorrer às vagas destinadas ao quinto constitucional”.
 
O advogado então recorreu ao Conselho da OAB-MA que, por 21 votos a 12, manteve o impedimento, por considerar o caso como nepotismo.
 
“Parente próximo de governador que escolherá e nomeará desembargador pelo quinto constitucional representa desequilíbrio na disputa e configura nepotismo”, diz a decisão de abril deste ano.
 
Insatisfeito, o advogado tentou sem sucesso retirar o impedimento no Conselho Federal da OAB.

30 de julho de 2013
Tadeu Rover, da revista
Consultor Jurídico

"O ESPERTINHO E A FARSANTE"

 

Disse Dilma pra imprensa
que “Lula nunca saiu”…
é coisa de quem não pensa
ou que a verdade não viu
por certo ela está achando
que já esteve mandando
nos destinos do Brasil


Presidenta “pau-mandado”,
essa mulher obscura,
poste torto e apagado,
ganhou sua sinecura
tomou conta da cadeira,
fez um monte de besteira,
o seu caso não tem cura


O criador da maluca
muito pior do que ela
lhe armou uma arapuca
e caiu na esparrela
agora destrambelhada
perdida e inconformada
começa a contar balela

Mas Lula prepara o bote
porque é cobra criada
que sabe comer caçote
e vive de presa armada
Falastrão e mentiroso
o envolvente raposo
deixou a dama enrascada


Assim, confirmada a farsa
pela própria criatura
ela se disse comparsa
admite com candura
aceitou a palhaçada
e se sentirá honrada
se morrer nessa fritura


Já vão dez anos e meio
de mentira e enganação
o Brasil perdeu o freio
sucumbiu à corrupção
Está com a crista baixa
não tem mais dinheiro em caixa
vai perder da inflação


Mas o povo está de olho
não é bobo e só aguarda
pôs sua barba de molho
azeitou sua espingarda
porque ladrão de galinha
que anda fora de linha
apanha na retaguarda


Porque lugar de ladrão
é dentro d’uma boa cela
pra pagar sua ambição
de ser o Deus na capela,
ou no harém, um Sultão
mas este é um beberrão
um bobão pé-de-chinela


A história é implacável
com quem brinca com a verdade
o tempo é inexpugnável
e cobra caro a maldade,
a atitude mesquinha
dos que saíram da linha
por excesso de vaidade !


FRED CRUX

30 de julho de 2013

"OS BRASILEIROS AINDA ESPERAM UMA RESPOSTA"

Prova da surdez dos parlamentares está no fato de terem saído de ‘recesso’ sem votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, contrariando a Constituição
 
 
 
Há várias frases anedóticas que expressam a incompetência dos governos.
O americano Milton Friedman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 1976, afirmava: “Se o governo administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia.” Já o economista Delfim Netto prognosticou: “Se o governo comprar um circo, o anão começará a crescer.”
 
Nas recentes manifestações sociais as reivindicações foram difusas, mas tiveram como pano de fundo a péssima qualidade dos serviços públicos (saúde, educação, segurança e mobilidade urbana) frente à elevada carga tributária e à corrupção deslavada.
 
Decorridos quase dois meses do início das mobilizações, poucas foram as respostas efetivas. A presidente Dilma reuniu-se com uma dúzia de ONGs chapas-brancas e empurrou o pepino para o Legislativo, ao propor uma constituinte “inconstitucional” exclusiva sobre a reforma política e, posteriormente, ao sugerir temas óbvios para um plebiscito relâmpago e inviável.
Além disso, propôs pactos que não se consumaram. Nesse contexto, o Mais Médicos gerou mesmo foi mais confusão.

Mas, se a intenção for mesmo consultar a sociedade, são várias as perguntas em relação às quais a enorme maioria dos brasileiros gostaria de responder “Sim” ou “Não”.
 
Apostaria no “Sim” em várias situações como: redução para menos da metade dos 39 ministérios. Corte de 2/3 das 22.417 funções comissionadas de Direção e Assessoramento Superior (DAS). Férias de somente 30 dias para os membros do Legislativo e do Judiciário, como ocorre com qualquer trabalhador. Redução da quantidade de deputados federais, estaduais e vereadores. Votação imediata dos 130 projetos de lei relativos ao combate à corrupção, engavetados há anos no Congresso Nacional. Redução para 1/3 dos gastos com publicidade na União, estados e municípios. Julgamento imediato dos mensalões (PT, PSDB e DEM) e dos processos que envolvem parlamentares, a começar pelo do presidente do Senado. Proibição do uso de recursos públicos ou de isenções fiscais para bancar aquelas propagandas partidárias, repetidas, irritantemente, nos horários nobres. Fim dos suplentes de senadores sem votos. Maioridade penal aos 16 anos, para exterminar o “sou di menor”.
 
Proibição para que parlamentares condenados pelo Supremo Tribunal Federal continuem legislando, a seu favor ou contra aqueles que os condenaram. Fim do voto secreto no Congresso. Ampliação da Ficha Limpa para todas as instâncias e Poderes. Fim do imposto sindical obrigatório que retira compulsoriamente do trabalhador o valor correspondente a um dia de trabalho por ano em prol de sindicatos (alguns fictícios), militantes e dirigentes com fortunas amealhadas sabe-se lá como. Esse plebiscito do bem daria um livro.
 
Por outro lado, creio que surgiria um “Não” sonoro às propostas que implicam em dar mais poder e dinheiro aos caciques políticos. Dessa forma, parecem mínimas as chances de os brasileiros concordarem em votar em uma “lista fechada” de candidatos definida pelos “proprietários” dos partidos, bem como de aprovarem o financiamento público exclusivo das caríssimas campanhas eleitorais, à custa dos impostos pagos. Neste ano, mesmo sem eleições, os partidos políticos irão receber do orçamento da União (via Fundo Partidário) R$ 294,2 milhões, além dos R$ 300 milhões das isenções fiscais concedidas aos veículos de comunicação pelas inserções políticas publicitárias.
 
Plebiscito à parte, prova da surdez dos parlamentares está no fato de terem saído de “recesso” sem votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, contrariando a própria Constituição. Justificam a “gazeta” argumentando que as Casas estão funcionando, apenas sem as votações. A “mentirinha” faz lembrar o historiador Capistrano de Abreu, que imaginava como artigo principal da Constituição Federal o dispositivo:
“Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.”
Ao contrário, alguns dos nossos deputados e senadores devem lustrar os rostos com óleo de peroba. Tomara que não o façam com a verba indenizatória... Enfim, como as autoridades — por incompetência ou conveniência — continuam fazendo vista grossa às reais demandas da sociedade, os protestos tendem a continuar.
 
A queda abrupta da popularidade da presidente Dilma e da maioria dos governadores é reflexo natural da insatisfação coletiva. O que os governantes e marqueteiros não percebem é que o anão do circo cresceu e que as manifestações não morrerão na praia ou no deserto de providências concretas que atendam, de fato, os anseios de milhões de brasileiros.

30 de julho de 2013
Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas
O Globo

EMPRESAS DO IBOVESPA PERDERAM R$ 249 BILH'OES EM VALOR DE MERCADO ESTE ANO

Empresas listadas no Ibovespa perderam R$ 249 bilhões em valor de mercado este ano
 
 


Companhias do Grupo EBX apresentaram as maiores desvalorizaçõesLevantamento foi feito pela empresas de informações financeiras CMA 

As 71 empresas listadas no Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perderam em valor de mercado R$ 249 bilhões do início do ano até agora.
O levantamento foi feito pela empresa CMA, especializada em informações financeiras. O Ibovespa recuou 21,92% no período.
Entre as companhias que tiveram as maiores perdas estão as do Grupo EBX, do empresário Eike Batista.
Os papéis ON da OGX Petróleo, por exemplo, perderam 88% de seu valor este ano, a maior desvalorização entre as ações que integram a carteira teórica do Ibovespa. Nos últimos 12 meses, a perda das ações da OGX chega a 91,18%.
 
No ranking das maiores desvalorizações elaborado pela CMA, em segundo lugar ficou a MMX Mineração, também do Grupo EBX. As ações da mineradora tiveram desvalorização de 68,76% no ano e de 74,86% nos últimos 12 meses. Em terceiro, aparece a LLX Logística com perda de 67,08% das ações ON no ano e de 67,22% nos últimos 12 meses. Na quarta posição, está a Eletropaulo. As ações PN da companhia de energia se desvalorizaram 60,43% no ano e 66,07% nos últimos 12 meses. No quinto lugar, as ações ON da OI aparecem com perda de 52,89% no ano e de 57,82% em 12 meses. (Veja o ranking elaborado pela CMA)
 
Nos últimos dias, o Ibovespa voltou para o patamar dos 49 mil pontos, nível que não era atingido há mais de um mês. Mesmo assim, as perspetivas para a Bolsa não são otimistas para este ano, segundo Raphael Juan, diretor da CMA.
 
"A conjuntura para a Bovespa é pessimista, no curto prazo. Num cenário de inflação alta, taxa de juros subindo,. carga tributária elevada, que sufoca a competitividade dos produtos brasileiro. Tudo isso, tem se refletindo no lucro das empresas e, consequentemente, no preço das ações", diz Juan.
 
O levantamento da CMA mostrou que nem mesmo setores considerados 'portos seguros' dos investidores da Bolsa escaparam da desvalorização este ano. De acordo com a CMA, os papéis ligados a consumo, que são beneficiados quando a economia brasileira cresce, perderam juntos em valor de mercado R$ 59 bilhões. Os papéis do setor financeiro também apresentam desvalorização este ano. O valor de mercado dessas empresas encolheu em R$ 45 bilhões desde janeiro, o equivalente a uma desvalorização de 15,95%.
 
Também registraram perda de valor de mercado, segundo a CMA, as empresas do setor de energia (R$ 10 bilhões, o equivalente a uma desvalorização de 16%); as empresas ligadas à construção e imóveis (perda de R$ 10 bilhões, o equivalente a 25,39%) e as chamadas small caps, ações de empresas pequenas que têm pouca liquidez no pregão, que perderam juntas R$ 37 bilhões em valor de mercado este ano, uma desvalorização de 31,13%.
 
"Embora a Bolsa brasileira tenha concentração de empresas de commodities, houve perdas significativas no setor de consumo, financeiro e small caps, que sofem por causa da liquidez", diz Raphael Juan.
 
Veja o ranking das ações que tiveram as maiores perdas no ano e em 12 meses:
 
OGX Petróleo ON: 88,58% e 91,28%
 
MMX Mineração ON: 68,76% e 74,86%
 
LLX Logística ON: 67,08% e 67,22%
 
Eletropaulo PN: 60,43% e 66,07%
 
OI ON: 52,89% e 57,82%
 
OI PN: 52,04% e 53,15%
 
Brookfield ON: 49,12% e 36,96%
 
Siderúrgica Nacional ON: 47,36% e 39,13%
 
B2W Digital ON: 44,35% e nos últimos 12 meses alta de 45,76%
 
Usiminas ON: 43,01% e nos últimos 12 meses alta de 7,45%

30 de julho de 2013
Fonte: CMA