"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ALUNO DE LULA

“Aonde (sic) estão os nossos?”



José Dirceu, sobre o sumiço do exército de companheiros que deveriam estar nas ruas protestando contra a condenação pelo STF, revelando que precisa aproveitar a temporada na cadeia ONDE ficará alojado para aprender que esse AONDE no começo da frase é coisa de quem estudou no Curso de Português Brasileiro do Professor Luiz Inácio.

01 de fevereiro de 2013
Augusto Nunes

E ELES DIZEM QUE OS SEUS MANDATOS REPRESENTAM O POVO...

Repúdio a Renan já reúne mais de 326 mil assinaturas. Parar por quê?


 
 
A petição de repúdio à eleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para a Presidência do Senado conta, neste momento, com mais de 326 mil assinaturas. Todos sabiam, desde o primeiro momento, que ele tinha votos para se eleger com folga. As pessoas não se mobilizaram com o objetivo de impedir a eleição. Queriam demonstrar seu desagrado.
 
Nada impede, pois, que continuem a repudiar o fato consumado. Aliás, esta é uma das qualidades do regime democrático: permitir que os cidadãos digam “não” mesmo a o inevitável. Assim, se você ainda quiser assinar a petição, ela está aqui.

Entendo que os autores originais deveriam adaptar o texto à nova realidade. Os que já são signatários certamente não se oporão. Se repudiavam um Renan candidato, tanto mais repudiam um Renan eleito.
PS – Quando publiquei o post, às 19h05, o contador mostrava mais de 360 mil assinaturas. Agora, às 19h39, mostra pouco mais de 326 mil. Alterei a informação. A página pode estar com algum problema de atualização.

01 de fevereiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

CONTRARIANDO O DITO, UMA COISA É UMA COISA E A OUTRA COISA É A MESMA COISA...

O Congresso muda para continuar igual


A troca de Marco Maia por Henrique Alves na Câmara, e de José Sarney por Renan Calheiros no Senado, mostra que não há perigo de melhorar.

IMAGEM DO DIA


Paraquedistas do exército francês chegam ao Mali com suprimentos
Paraquedistas do exército francês chegam ao Mali com suprimentos - Arnaud Roine/AFP
 
01 de fevereiro de 2013

SOB A ÉGIDE DA ÉTICA DO CRIME.

Ou: A ética dos Renans, dos Dirceus e um livro. Ou: É permitido matar a velha a machadadas?

 
Renan Calheiros (PMDB-AL), reconduzido à Presidência do Senado, resolveu exibir musculatura filosófica no discurso oficial como candidato ao posto.
 
E disparou: “A ética não é um objetivo em si mesma. O objetivo em si mesmo é o interesse nacional. A ética é meio, não é fim”.
 
Que coisa! O candidato falava, então, em termos abstratos, conceituais, e a paixão especulativa poderia nos devolver lá a Aristóteles, passando por Kant e chegando a Espinosa — depois de devidamente desprivatizado, já que, no Brasil, Marilena Chaui se quer a intérprete oficial do autor; se a obra de Espinosa fosse “A Valquíria”, Marxilena se apresentaria como Maria Callas…
Mas que se deixe a abstração de lado. O voo teórico de Renan se fez ética encarnada na voz do senador Lobão Filho (PMDB-MA), que chegou à Casa como suplente de Lobão Pai, hoje ministro das Minas e Energia:
 
“Nessa Casa não há nenhuma vestal. A última vestal que tentou ser vestal nessa Casa foi desossado pela imprensa. Não há ninguém a levantar o dedo para o senador Renan Calheiros”.
 
O Lobinho é o homem do Lobão!
 
Ele se referia certamente a Demóstenes Torres, defenestrado por bons motivos do Senado, como todo mundo sabe. Mas que se note: Demóstenes não perdeu o mandato porque se apresentasse como vestal; ele foi cassado porque não praticava, na vida pública, aquilo que enunciava e anunciava.
 
Quando aquele senador caiu, os valores éticos não caíram com ele. É espantoso! Hoje em dia, intelectuais de esquerda, os petistas e tipos como Lobinho passaram a demonizar o discurso da ética e da moralidade públicas. Ele seria sempre e necessariamente falso; só poderia se exercer como moralismo de fachada. Nessa perspectiva, não se deve mais censurar este ou aquele pelo crime cometido; cumpriria, então, indagar: “Mas por que ele fez tal coisa? O fim é nobre?”.
 
De fato, a ética não é uma finalidade em si, mas um instrumento. Só que há uma consideração que certamente não passa pelo amoralismo de Renan Calheiros e dos setores da esquerda que são hoje seus aliados: os meios empregados qualificam os fins. Se Maquiavel retirou a política da esfera quase celeste e a devolveu à terra ao constatar que, na vida real, os fins acabam justificando os meios, tomada tal perspectiva como um norte ético, mergulha-se, então, no vale-tudo.
 
Não, meus caros! Nem Aristóteles, nem Espinosa, nem Kant. O livro que trata de forma mais viva e cruenta a questão da ética é o magistral “O Zero e o Infinito”, escrito pelo ex-comunista Arthur Koestler, que veio à luz em 1941. Ele precisou de muito menos tempo do que outros para constatar os crimes do comunismo. O centro da obra é justamente um questionamento ético. Entre 1936 e 1938, Stálin — tratado no livro como o “Nº 1” — liquida boa parte da velha-guarda revolucionária no curso dos chamados “Processos de Moscou”, uma farsa judicial espantosa para se consolidar como a única fonte de poder da União Soviética.
Os “processos” são especialmente espantosos porque conduzidos de forma a criar uma maquinaria argumentativa que levava os acusados a confessar a sua culpa, embora soubessem que isso não os livraria da morte, à qual já estavam condenados. A acusação essencial: conspirar contra o estado soviético, a revolução socialista e o partido.
 
É esse clima que Koestler reproduz em seu livro. Rubachov é um comunista revolucionário de primeira hora que está preso, acusado de conspiração e traição.
Somos apresentados a seus diálogos com seus algozes, todos eles a serviço do partido e da causa.
Ocorre que se formara ele também na certeza de que o partido não errava nunca e de que não se iria construir uma nova humanidade sem cometer alguns atos condenados pela moral burguesa.
 
Um trecho do livro é particularmente significativo. Rubachov conversa com Ivanov, um policial do regime com certas pretensões filosóficas. Este faz algumas considerações sobre Raskolnikov, o jovem assassino de “Crime e Castigo”, de Dostoiévski, aquele que mata uma velha exploradora a machadadas para supostamente usar o seu dinheiro em benefício da humanidade. Raskolnikov acaba confessando a sua culpa e busca a reabilitação.
 
Para Ivanov, o policial, “Crime e Castigo” é um livro que deveria ser queimado porque não propõe nenhuma questão relevante. Entende que Raskolnikov
 
“é um louco, um criminoso, não porque se comporte logicamente ao matar a velha, mas porque está fazendo isso por interesse pessoal”. E acrescenta: “O princípio de que o fim justifica os meios é e continua sendo a única regra da ética política. Tudo o mais é conversa fiada e se derrete, escorrendo por entre os dedos. Se Raskolnikov tivesse matado a velha por ordem do Partido (por exemplo, para aumentar os fundos de auxílio às greves ou para instalar uma imprensa clandestina), então a equação ficaria de pé, e o romance, com seu problema ilusório, nunca teria sido escrito, e tanto melhor para a humanidade”.
 
Como vocês percebem, para Ivanov, o assassinato mais torpe se enobrece se a causa é considerada não exatamente justa, mas útil. O programa do computador deu pau (daí a demora em voltar…), e estou digitando trechos do livro. Rubachov responde que, no poder, os revolucionários conseguiram criar uma sociedade pior do que aquela que buscavam substituir, que as condições de vida se deterioram dramaticamente em todas as áreas, que as pessoas sofrem muito mais.
 
Ivanov então responde:
 
“Sim, e daí? Não acha maravilhoso? Alguma vez já aconteceu algo mais prodigioso na história? Estamos tirando a pele velha da humanidade e lhe dando uma nova. Não é uma ocupação para gente de nervos fracos”. O policial já havia dito ao líder comunista que caíra em desgraça que só há duas éticas no mundo, opostas e inconciliáveis: uma é a cristã e humana, que declara que o homem é sagrado e que os princípios da aritmética não podem ser aplicadas a unidades humanas; a outra é a coletiva, que subordina cada homem às necessidades do coletivo; esta outra, que é a sua, diz ele, “não somente permite como pede que o indivíduo seja de todas as maneiras subordinado e sacrificado à humanidade”.
 
De volta a Renan

E o que Renan tem com isso? É um legítimo representante ou herdeiro da esquerda, por acaso? Até namorou com o PC do B quando jovem, mas isso não tem importância. Relembro “O Zero e o Infinito” porque nenhuma obra levou tão longe e de maneira tão viva o questionamento ético. A elite dirigente que hoje comanda o país transformou em norte moral a máxima de que o fim justifica, sim, os meios empregados. Essa visão de mundo contamina setores da imprensa. Quantos não são aqueles que justificam a aliança da velha com a nova oligarquia em nome do interesse nacional?
 
A “ética” de que fala Ivanov é aquela que entrega a um partido, a um ente, o destino da humanidade e de cada homem. Sim, ele está certo na constatação, entendo eu, de que, a rigor, só existem duas éticas: a que sacraliza o indivíduo e a que o transforma em peça de uma narrativa contada por aquele ente de razão. O que nos distingue, por óbvio, é que fico com a primeira, e ele, com a segunda.
 
O Brasil passa por um momento particularmente infeliz no que diz respeito à ética porque, com efeito, o PT é herdeiro moral do vale-tudo bolchevista — sem mais ser, por óbvio, comunista. E, em nome do que vende como “causa da humanidade”, não só pratica os piores crimes como os transforma em ferramenta de progresso social, como faz Ivanov. Esse amoralismo redentor, que apela a amanhãs gloriosos, se casou perfeitamente com os interesses das elites reacionárias brasileiras, de que são expressões os Renans, os Sarneys etc.
 
Se uns nunca tiveram têmpera revolucionária, os outros a empregam como farsa. Porque, de fato, se os reacionários nunca tiveram como perspectiva um novo mundo, os supostamente revolucionários queriam era dividir o comando da reação. E conseguiram. Os dois grupos se dizem hoje irmanados na defesa do bem comum, em nome do qual tudo é permitido.
 
O conjunto explica por que José Dirceu sai proclamando aos quatro ventos que as críticas a Renan derivam do moralismo udenista. Dirceu é o candidato a Ivanov dessa nova ordem. E Ivanov já disse: Raskolnikov, o que matou a velha a machadadas, só não era um herói porque não agiu sob o comando do partido, de uma causa.
 
Não sei se daqui a dois, seis, 10, 14 ou mais anos… Um dia essa gente será apeada do poder. E poderemos, ou outros poderão, refletir com ainda mais rigor sobre a era em que vivemos sob a égide do crime sem castigo. Os que chamamos as coisas por seus respectivos nomes fazemos a crônica de um tempo.
 
01 de fevereiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

RENAN CALHEIROS, ELEITO PRESIDENTE DO SENADO...


E com as bençãos do defenestrado EX presidente Fernando Eunãosoumaluco Collor de Melo, o Senador e trampolineiro mór da pocilga, Renan Canalheiros, é eleito com 56 votos dos 78 possíveis na pocilga federal.
 
Mais uma vez o povo brasileiro assiste calado a maior maracutaia praticada em eleição interna do senado para manter os mesmos de sempre no poder, subjulgados através de acordos obscuros e de muita safadeza, estarão à disposição do poder central do país para se ajoelharem e gritarem amém a todas as ordens da PresidANTA Dilmarionett Ducheff.

A situação vence mais uma vez a frágil oposição, e quem perde é a democracia.

Quando digo que a democracia perde, é que o povo Brasuca não pode perder aquilo que não tem.

Não temos uma democracia efetivamente constituida e sólida, temos uma falsa democracia levada adiante por eleições fajutas, trampoliagens políticas, legislação eleitoral mafiosa e bandida, onde a perpetuação no poder pelos caciques dos partidos é coisa simples independendo dos votos contrarios.

O Brasil atravessa uma fase das mais críticas para nossa combalida democracia, aparelharam o estado com a unica intenção de pilhagem e roubalheira.
Colocaram vagabundos da pior espécie tomando conta das chaves do cofre, e o povão esfolado em impostos imorais e escorchantes se resigna a pular carnaval e comemorar título de futebol na mais odiosa demonstração de que o Pão e Circo da antiga Roma, não é mais assunto para os livros de história da humanidade.
Ela está aí socando nossas caras e afrontando nosso sentimento de justiça, ética, honestidade e democracia.
E vejo no Feicebuque gente comentando sobre o novo uniforme da seleção Brasuca como se fosse assunto de segurança nacional. Enquanto as raposas que já infestam o galinheiro estão acabando com o que sobrou das sempre escassas liberdade e honestidade do povo desta pocilga.
E VIVA RENAN!!!!
VIDA LONGA AO MESTRE DA TRAMPOLINAGEM.
E OBRIGADO POVO DE ALAGOAS,
VOCÊS NOS EMPURRARAM COLLOR E RENAN DE UMA VEZ SÓ.
 
01 de fevereiro de 2013
omascate

NO BRASIL, SÓ 11% DAS CIDADES TÊM BOMBEIROS

Número de soldados na ativa está abaixo da recomendação internacional







Só 11% das 5.568 cidades brasileiras possuíam ao menos uma unidade do Corpo de Bombeiros em 2009, segundo estudo encomendado pelo governo federal e coordenado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).
 
O número de bombeiros na ativa é menor do que padrões internacionais recomendam. De acordo com dados do Ministério da Justiça e de governos estaduais, havia cerca de 63 mil bombeiros no país em 2011 (o número não inclui o Rio Grande do Sul, que não informou o dado). O número ideal seria de 190 mil profissionais.
 
Para o coordenador do estudo “Brasil sem chamas” e pesquisador do IPT, José Carlos Tomina, o percentual de cidades onde os bombeiros estão presentes é muito pequeno, o que prejudica a realização de vistorias e avaliação de segurança em redes comerciais.
 
No nosso país, não se trata a segurança contra incêndio da forma rigorosa como se devia. As pessoas não têm conhecimento da gravidade que é a área de segurança. Acontecem, em média, 200 mil incêndios por ano no Brasil, de média e alta proporções — diz Tomina.
 
Segundo ele, padrões internacionais recomendam que o adequado é haver um bombeiro para cada mil habitantes. O pesquisador, porém, diz que poucos países conseguem alcançar essa meta. Para ele, é fundamental criar um Código Nacional de Segurança Contra Incêndio.
 
Cerca de 1.200 pessoas morrem em incêndios no Brasil por ano em média. O número considera apenas as vítimas que foram retiradas mortas pelos bombeiros e não inclui a quantidade de pessoas que morreram em hospitais.
 
CNJ pede rigor em perícia
 
Em Brasília, o promotor Gilberto Martins, integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pediu ontem ao procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Eduardo Veiga, que, se o número de vítimas do incêndio em Santa Maria crescer, as necrópsias sejam feitas com o máximo rigor.
O objetivo, explicou, é detalhar as razões que provocaram o óbito para subsidiar as ações futuras, criminais ou cíveis, contra os responsáveis pela tragédia. Os exames cadavéricos das vítimas levadas para o Centro Desportivo de Santa Maria foram sumários, com a coleta de amostras de sangue e pele, dado o número elevado de mortos e o estado emocional de seus parentes.
 
— Percebi a frustração das famílias que, passados muitos anos (em outros casos), ainda não viram a Justiça punir com rigor — afirmou Martins.
 
01 de fevereiro de 2013
O Globo

HENRIQUE ALVES E OS GRAMPOS DA MÁFIA DA SAÚDE NO RIO GRANDE DO NORTE


 
Alves: citado nas escutas
Henrique Eduardo Alves é citado nos grampos interceptados pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte durante a operação Assepsia, que desmantelou em junho do ano passado uma quadrilha especializada em desviar dinheiro público da saúde no estado.
Nos grampos, integrantes da máfia classificam Alves como o “suporte político” que teria influência suficiente para alavancar os negócios do bando.
Em uma conversa interceptada pelo MP na internet, o comandante do esquema, o empresário da saúde Tufi Meres, foragido desde a operação, relata a um comparsa o encontro que teria tido com Alves para discutir a prorrogação de contratos em hospitais de interesse do grupo. Diz Tufi:
– Estive com Henrique Eduardo Alves e já falamos sobre a gestão do hospital.
Identificado pelo Ministério Público como interlocutor de Alves no bando, o lobista Cláudio Varela, segundo o MP, ofertou ao grupo criminoso serviços de “proteção política” que seriam realizados a partir da “influência” de Alves junto ao governo federal e junto ao governo do estado.
Em outra conversa interceptada pelo MP, Varela relata a um dos sócios de Tufi no esquema uma conversa que teria tido com Alves. Varela queria marcar o encontro de Tufi com o deputado, mas diz que teme ser visto com o comandante da máfia.
Disse, então, Varela:
– Conversando com o deputado, acertei que iria pra Brasília colar com ele para facilitar algumas coisas que vou resolver e foi aí que ele disse-me direto, olhando nos meus olhos: por favor, serei o presidente da Câmara e estou sendo vigiado 24 horas, não posso fazer contatos que possam me prejudicar. Confio em vocês. Quero que me preservem.
Com o processo ainda sob segredo de justiça, o MP investiga agora se os negócios almejados pela quadrilha foram realizados. O MP também solicitou a entrada da PGR no caso para avaliar se Alves serviu, de fato, como “suporte político” do bando – ou se o nome do deputado estava sendo utilizado fantasiosamente.
01 de fevereiro de 2013
Por Lauro Jardim - Veja

TAQUES AGUARDA SUPREMO PARA ACIONAR CONSELHO DE ÉTICA CONTRA RENAN

 
Taques diz que aguarda Supremo sobre denúncia contra Renan para acionar Conselho de Ética. ‘Chega de Senado perdigueiro’, diz Taques em defesa da Ficha Limpa
 

Pedro Taques e o novo presidente do Senado, Renan Calheiros
Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo
Pedro Taques e o novo presidente do Senado, Renan CalheirosGustavo Miranda / Agência O Globo

Logo após o anúncio de sua derrota na disputa pela Presidência do Senado no início da tarde desta sexta-feira, o senador Pedro Taques (PDT-MT) afirmou que aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para avaliar se o grupo independente que sustentou sua candidatura irá apresentar denúncia contra o novo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética do Senado.

- Isso será analisado pelos senadores depois do Carnaval e vai depender do recebimento ou não da denúncia pelo STF - disse Taques.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou denúncia ao STF na semana passada contra o senador Renan Calheiros, acusado de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso em 2007, no episódio em que acabou absolvido em processo de cassação no Senado por supostamente ter usado de dinheiro de um lobista para pagar despesas pessoais e por haver utilizado laranjas na compra de empresas. O STF ainda não se decidiu sobre o caso.
Questionado se considerava Renan Calheiros um bom nome para presidir o Senado, Taques afirmou que a avaliação dependerá da decisão que o STF tomar a respeito de abertura de processo contra o presidente da Casa. O senador disse ainda "confiar" no Judiciário, dando o exemplo das condenações do julgamento do mensalão:

- Isso é o Poder Judiciário que vai decidir, o Poder Judiciário tem que dar uma resposta à sociedade brasileira. Eu confio no Judiciário do Brasil, o exemplo é o caso do mensalão. Nós temos quadrilheiros, corruptos, que este ano, com certeza, dormirão em um local que não seja sua casa - afirmou.

- O PGR ofertou uma denúncia seríssima em desfavor do senador Renan Calheiros. Agora, o Poder Judiciário vai ter que falar, nós aqui no Senado teremos que ouvir. O Senado absolveu o senador Renan Calheiros pelo Conselho de Ética em 2007, mas isso não significa absolutamente nada, diversamente do que disse o senador Collor, porque as instâncias são diversas. O Poder Judiciário também é independente, soberano, e esperamos que ele possa trazer o resultado desse processo, porque é um instrumento de dignidade para trazer um resultado ao cidadão - completou Pedro Taques.

Em entrevista coletiva após a apuração dos votos, Taques classificou como "covardes" os senadores que votaram nulo ou em branco. Ao todo, dois senadores votaram em branco e outros dois anularam seus votos.

- Não concordo com voto em branco, nem nulo. O cidadão tem que expor, não pode se omitir e se esconder na covardia do anonimato - disse.

O senador afirmou que, mesmo tendo expectativa de um número maior de votos, estava ciente das dificuldades para obtê-los devido ao peso do PT e do PMDB. Taques disse ainda que o bloco de senadores de oposição à Renan Calheiros deve se reunir depois do Carnaval para articular uma agenda conjunta.

- Estávamos contabilizando um número de mais 3 ou 4 votos, mas sabemos da dificuldade, da força do PMDB e do PT. Não seria possível uma eleição para presidente do Senado sem debate, o que fizemos foi uma proposta de debater ideias. Infelizmente, tivemos esse número de votos, mas a democracia precisa ser respeitada. A maioria, na democracia, vence respeitando os direitos das minorias. Eu agradeço os 18 votos, os partidos políticos que nos apoiaram, o PSDB, o PSB, o DEM, o PDT, o PSOL, parte do PMDB e parte do PTB. Esse grupo se fortalece. Nós já tínhamos reuniões marcadas para depois das eleições para discutir esse grupo no Senado, independentemente de partidos políticos, estamos buscando causas.

Pedro Taques negou que tenha objetivo de ocupar algum cargo na Mesa Diretora e disse que somente irá participar da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O senador encerrou alfinetando novamente o colega Renan:

- Nós confiamos que o senador Renan e a Mesa que será eleita possam mostrar que estamos aqui para servir à sociedade, não para nos servirmos da sociedade. A ideia é que possamos ouvir, aqui no Senado, o que o cidadão deseja. Há um misto de alegria e tristeza. Alegria, porque as instituições estão funcionando. Tristeza, porque temos funcionários públicos que não prezam pelo princípio do republicanismo e da responsabilidade pública.

‘Chega de Senado perdigueiro’, diz Taques

Mais cedo, antes da eleição, Taques começou seu discurso afirmando ser o perdedor nessa disputa, o “anticandidato”. Mas afirmou que se candidatou pois há vitórias que elevam o ser humano, enquanto outras o rebaixam, remetendo à Renan, o favorito para ocupar o cargo, como denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Com discurso pela ética, Taques se colocou como a candidatura da esperança, e por vezes chamou nominalmente seus pares no discurso, para afirmar ser a opção daqueles que não aceitaram a continuidade e que defendem a Ficha Limpa.- Sou o titular da perda anunciada, do que não acontecerá. Pois existem vitorias que elevam o gênero humano e outras que o rebaixam. Vitórias da esperança e vitórias do desalento. E, tantas vezes, é entre os derrotados, os que perderam, os que não conseguiram, que o espírito humano mais se mostra elevado, que a política renasce, que a sociedade progride.

Entre suas propostas para a presidência do Senado, Taques destacou buscar mudanças para a gestão da Casa, e por fim à servidão do Congresso perante os outros Poderes . Ele defendeu coibir os exageros do Executivo, como o envio de medidas provisórias em exagero. E questionou se seu oponente teria a mesma postura, de “impugnar esses exageros”.

- Quero que a sociedade brasileira observe que as coisas podem ser diferentes, que o passado não precisa necessariamente voltar, que há modos novos e melhores de fazer política, que esta Casa não é um apêndice, um puxadinho do Poder Executivo, mas que estamos aqui também pelo voto direto que nos deram o bom povo de nossos Estados. Chega do Senado-perdigueiro , chega do Senado-sabujo , somos senadores, não leva-e-trazes do Poder Executivo!

No final do discurso, a um plenário silencioso, Taques terminou afirmando ser o candidato da defesa da Ficha Limpa, cutucando Renan.

- Posso ser um perdedor, mas para mim, a lisura, a transparência, o comportamento austero são predicados inegociáveis de um Presidente do Senado. Será que os vencedores também poderão dizê-lo?- disse. - Nós, os que vamos perder, saudamos a todos, com a dignidade intacta e o coração efusivo de esperança.

01 de fevereiro de 2013
Flávia Pierry e Júnia Gama - O Globo

DIRCEU AFIRMA QUE FOI CONDENADO COMO "INSTRUMENTO DE VINGANÇA" DA DIREITA

 

Ex-ministro classificou julgamento do mensalão como 'nulo, político e de exceção'

BELO HORIZONTE - O ex-ministro José Dirceu afirmou nesta quinta-feira, 31, que a cassação de seu mandato como deputado e sua condenação a mais de dez anos de prisão no julgamento do mensalão realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foram "instrumentos de vingança" de partidos e grupos de direita contrários ao governo petista.
Dirceu participou de evento da legenda em Belo Horizonte que, com o título "Em Defesa do PT e dos Direitos Democráticos", se transformou em tribuna para críticas ferrenhas ao Judiciário e à mídia brasileiros.

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Apesar do tom moderado em seu discurso de quase 45 minutos, o ex-ministro não poupou ataques ao STF e declarou que o processo do mensalão - que classificou como "nulo, político e de exceção" - inaugura um "novo ciclo" no embate político no País. "O julgamento da ação penal 470 é um divisor de águas porque marca também uma mudança da estratégia, da forma de luta da oposição, numa forma geral da palavra, não só dos partidos políticos", declarou.

Segundo o ex-ministro, sua condenação é resultado de uma "disputa ideológica" na qual os "aparelhos que reproduzem valores, que criam e desenvolvem ideias e projetos são cada vez mais controlados pela direita". "Estão criando literatura, cinema, teatro, centros de pensamento, revistas. E estão construindo, através dos meios de comunicação, uma bolha, um mundo real, fictício, dirigido à nova classe trabalhadora, à nova classe média", disparou.

Ele ressaltou que esse público é justamente a parcela da população em ascensão após o PT assumir a Presidência, mas que parte dela "acaba acreditando" em versões que, de acordo com o Dirceu, são criadas e difundidas pela mídia. "O que está em jogo é a disputa pela alma brasileira. Pelo coração e mentes, retirando o foco do momento histórico", salientou o ex-ministro. "Essa é a disputa mais difícil, porque envolve os meios de comunicação, a mídia, a educação. A educação vai se fazer através da internet. E é preciso conteúdo. Quem está produzindo conteúdo? Os grande grupos privados de direita", acrescentou.

Difamação. Sempre com tom de voz ameno, o ex-ministro também disparou petardos contra o Judiciário e acusou o STF de aderir a uma "campanha de difamação a respeito da nossa honestidade". "Sabem que somos honestos e que essa é uma questão de caixa dois eleitoral. Temos que prestar contas, mas não tem nada de maior esquema de corrupção do País", disse, referindo-se ao mensalão.

Dirceu afirmou ainda à plateia que lotou o auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) que sua defesa contra a condenação "não deve ser o centro de nossa luta", mas garantiu que não vai "se calar" e que vai lutar para provar inocência porque "o debate iminentemente é político, mas também é jurídico". "Estamos em momento de enfrentamento, de confronto. E o que precisamos é isto: bateu, levou", orientou.

Além de Dirceu, outros representantes do PT também aproveitaram o evento de ontem para atacar o STF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) por causa do processo do mensalão.
O líder do partido na Assembleia Legislativa de Minas, deputado estadual Rogério Correia, por exemplo, cobrou da PGR uma posição sobre denúncias encaminhadas em 2011 ao órgão contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) que estão paradas com o procurador-geral, Roberto Gurgel. Também cobrou do STF o julgamento do chamado mensalão mineiro, esquema de desvio de verbas públicas em 1998 para financiamento da campanha à reeleição do então governador de Minas, o tucano Eduardo Azeredo, que tramita no Supremo e na Justiça mineira.

Já o secretário-geral do diretório estadual do PT, deputado Durval Ângelo, classificou como "grande erro" do Judiciário brasileiro as condenações no processo do mensalão diante da "ausência de provas". "O mesmo Judiciário que entregou Olga Benário para os nazistas, legitimou a escravidão no século XIX, comete outro erro agora", afirmou.
Olga Benário era a mulher de Luís Carlos Prestes, um dos principais líderes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), morta na câmara de gás pelo regime comandado por Adolf Hitler. O ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto (sem partido), absolvido pelo STF no processo do mensalão, também participou do evento, mas não quis se pronunciar.
01 de fevereiro de 2013
Marcelo Portela, de O Estado de S. Paulo

MARCO MAIA TIRA CORREGEDORIA DE CARGO DA MESA PARA ATENDER AO PSD

 

  • Partido quer cargo na Mesa Diretora, mas não a responsabilidade de investigar deputado

Marco Maia, presidente da Câmara
Foto: Ailton de Freitas / Arquivo O Globo
Marco Maia, presidente da CâmaraAilton de Freitas / Arquivo O Globo

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), assinou ato nesta sexta-feira tirando da segunda-vice-presidência a atribuição de Corregedoria e deslocando a responsabilidade desse órgão para outra secretaria.
A Corregedoria é um dos órgãos da Câmara encarregados de investigar condutas irregulares e denúncias contra os deputados. A medida atende ao PSD, que queria a vaga de vice-presidência, mas não a incumbência de investigar os deputados, considerada pela legenda desgastante.

O ato de Marco Maia terá que ser referendado pela nova Mesa Diretora, que será eleita na próxima segunda-feira. A corregedoria, segundo o ato, ficará sob responsabilidade da terceira Secretaria.
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O PSD que indicou formalmente o nome do deputado Fábio Faria (RN) para integrar a Mesa, não queria ficar com a segunda vice-presidência se isso incluísse a Corregedoria.

Faria foi citado, durante o escândalo da farra das passagens aéreas dos deputados como um dos que usou a cota parlamentar para pagar passagens para artistas, entre eles Adriane Galisteu, que foi sua namorada. Segundo deputados do PSD, a legenda é nova, assume pela primeira vez um cargo na Mesa e seria um desgaste desnecessário.

Segundo integrantes da atual Mesa, os novos membros da Mesa Diretora para o próximo biênio vão discutir a questão e uma das hipóteses que estão sendo estudadas é a de que a Corregedoria possa se tornar, como no Senado, um órgão autônomo, sem estar vinculada a nenhum dos cargos da Mesa.
O papel de investigar os próprios colegas é sempre considerado muito desgastante pelos deputados.

O presidente da Câmara disse que é uma "proposta interessante" a criação de uma Corregedoria como órgão independente, como já ocorre no Senado. Maia disse que a retirada da Corregedoria da segunda vice-presidência da Casa foi uma exigência do PSD. Segundo ele, a nova direção poderá optar em manter na terceira secretaria, conforme ato assinado por ele, ou criar um órgão independente.

- Suscitou na Mesa o debate sobre a conveniência de se criar uma Corregedoria Autônoma. É uma proposta interessante, que já acontece no Senado. É uma boa forma de separar os debates da Corregedoria dos debates da Mesa da Câmara.
É interessante e, pelo o que ouvi dos líderes, há uma boa chance de ser aprovada. O PSD não queria a Corregedoria. Na verdade, nenhum partido se sente feliz de estar à frente da Corregedoria - disse Maia.

A três dias da eleição do novo presidente e da Mesa Diretora, as negociações em torno dos cargos criaram embaraço e deixaram de fora um "eterno" integrante da Mesa: o deputado Inocência Oliveira (PR-PE). Nos bastidores é chamado carinhosamente de "guardanapo", porque vem ocupando, desde 2003, ininterruptamente, um dos cargos da Mesa, sendo que, no início da década de 90, presidiu a Casa.

Por 15 votos a A 13, a bancada do PR decidiu indicar formalmente Maurício Quintella Lessa para a terceira secretaria e não Inocêncio. Se for eleito, Quintella deverá comandar a Terceira Secretaria, para onde migrou a Corregedoria. O deputado responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal por peculato. O GLOBO procurou a assessoria do deputado e não obteve resposta.

Inocêncio cogitou, com o apoio de outros deputados, em lançar-se como candidato avulso à Presidência da Câmara. A ameaça mobilizou Valdemar Costa Neto e o candidato oficial do PMDB à Presidência da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Os dois foram até Inocêncio e convenceram-no a não sair. Henrique convidou o deputado para presidir o Centro de Estudos e Debates da Câmara que será criado se ele for eleito, com a tarefa de realizar debates sobre grandes temas nacionais.

- Assumi compromisso com Henrique e mantenho minha palavra. Recebi com naturalidade (a derrota), é um sentimento natural, de renovação. Cumpri meu dever, sempre colocando o interesse público acima de outros interesses - disse Inocêncio.

Mais cedo, Valdemar trabalhou para garantir a eleição do deputado e ex- governador do Rio Anthony Garotinho como novo líder da bancada. Em seu discurso, Garotinho cobrou que o partido defina um rumo que garanta seu crescimento, com o seu o governo. Cauteloso, no entanto, ele salientou estar ciente de que é desejo da maioria da bancada integrar a base aliada.

- Defendo um projeto político que faça nosso partido crescer. Nosso partido pode crescer de mãos dadas com o governo ou sem ele. Estamos sem direção - disse Garotinho.

Nesta sexta-feira, os partidos fecharam acordo para a distribuição das vagas da Mesa Diretora. O PMDB escolheu a presidência e Henrique Alves já formalizou a candidatura. Outros dois candidatos à presidência também já formalizaram a candidatura: Rose de Freitas (PMDB-ES), que concorre como avulsa, e o mineiro Júlio Delgado, candidato oficial do PSB. O PSOL deve formalizar a candidatura de Chico Alencar (RJ) no próximo domingo.

01 de fevereiro de 2013
Isabel Braga, Cristiane Jungblut

SUSPENSO PAGAMENTO DE AUXÍLIO-MORADIA A DEPUTADOS EM SP

Consultor Jurídico


A Justiça determinou a imediata suspensão do pagamento de auxílio-moradia a todos os 94 deputados estaduais de São Paulo. A ordem é do juiz da 13ª Vara da Fazenda Pública, Luís Manuel Fonseca Pires, que concedeu tutela antecipada em ação civil do Ministério Público.

O bloqueio liminar do benefício terá de ser acatado pela Mesa Diretora da Assembleia, "sob pena de os responsáveis, em caso de descumprimento da medida, responderem por ato de improbidade administrativa em ação própria pelo manifesto dolo de ofensa aos princípios jurídicos da administração pública", como noticiou o jornal O Estado de S.Paulo.

O Ministério Público estima que o corte no privilégio dos deputados vai gerar economia anual de R$ 2,5 milhões para os cofres públicos. Os parlamentares recebem R$ 2.250 todo mês, cada um — verba embutida no subsídio, sem apresentação de comprovante de despesa. A concessão é indistinta e indiscriminada. Mesmo quem mora perto da sede do Legislativo tem direito a recebê-la.

A regalia é concedida aos deputados com base na Lei 14.926/13. "Há ofensa ao princípio da legalidade na medida em que o artigo 1º da Lei 14.926 não se mostra suficiente, logo, é inconstitucional, a justificar o pagamento indiscriminado desta verba porque não há qualquer suporte fático à indenização", adverte o juiz.

Fonseca Pires argumenta que "não há suporte fático porque inexiste diferença entre o parlamentar que reside em imóvel próprio ou alugado, próximo ou distante da Assembleia Legislativa, como ainda não há o condicionamento do pagamento à comprovação de gastos com a moradia". Ele aponta "ausência de critérios claros ao reembolso" e "omissão sobre a comprovação das despesas".

Leia mais em Suspenso pagamento de auxílio-moradia a deputados

01 de fevereiro de 2013
in ricardo noblat 

O GOLPE

 

É quase certo que o Brasil terá racionamento de combustível em futuro próximo. Como é sabido, em algumas regiões do País já há falta de gasolina. O PT conseguiu inviabilizar uma das maiores empresas do Mundo num dos negócios mais lucrativos do Planeta.

roque petrobras

De novo um personagem da Internet que levantou diversos questionamentos. Enviou carta á Revista Veja, que não sei se foi publicada. O conteúdo é o seguinte:

“Caro Diretor de Redação-Revista Veja – São Paulo. Me surpreende que somente agora, depois do estrago feito, a Veja venha revelar aos incautos o engodo que foi o pré-sal, uma fantasia eleitoreira gestada na cabeça do Exu de Nove Dedos com o intuito de enganar trouxas e ganhar eleições, como de fato enganou e ganhou.
Sua reeleição à presidência deve algo ao pré-sal, além da ignorância coletiva das massas estúpidas de eleitores brasileiros. A única coisa que eu entendo de petróleo é que se trata da mais importante fonte de matérias primas, além de ser a principal fonte de energia do planeta..

Isto me bastou para nunca ter acreditado nas mentiras de Lula a respeito do pré-sal, que não é uma novidade brasileira, mas existe em várias partes do planeta. A diferença é que nas diversas partes do planeta onde o pré-sal também existe, inexistem governantes sem nenhum caráter dispostos a enganar empresários trouxas e eleitores idiotas com tal balela.

Quem se der ao trabalho de correr os olhos pelas páginas do site da Statoil, empresa norueguesa que detém a melhor e mais avançada tecnologia de prospecção e extração de petróleo em águas profundas, vai verificar que extrair petróleo do pré-sal é como retirar diamantes de Marte, ou seja, é inviável por diversos motivos:

a) falta de tecnologia adequada;

b) falta de segurança numa operação de tal envergadura e,

c) falta de viabilidade econômica: “mesmo que fosse possível extrair petróleo do pré-sal atualmente, seu preço seria cinco vezes mais alto que o do petróleo extraído em águas profundas da Bacia de Campos.”

Agora a Veja, com esta reportagem, informa que os barões do petróleo estão em maus lençóis por terem acreditado nas mentiras do Exu de Nove Dedos. Bem feito! Inteligência não é coisa para qualquer um.

Relata a reportagem: “Desde a posse da nova presidente da Petrobrás, Maria das Graças Silva Foster , em fevereiro deste ano, o setor passa por um choque de realidade. As metas da empresa foram revistas e, com isso, os contratos com empresas fornecedoras de equipamentos e serviços (as companhias dos barões do petróleo) minguaram.

Os sinais de que os ventos mudaram vêm de longe. Há quase uma década a Petrobrás não cumpre suas metas de produção. No segundo trimestre de 2012, contabilizou um prejuízo de 1,3 bilhão de reais. Foi o pior resultado desde 1999. No semestre, a queda foi de 64% em relação ao mesmo período do ano passado”.
“Na opinião dos especialistas, o pré-sal foi usado como bandeira política pelo ex-presidente Lula. O discurso era que a nova descoberta resolveria os problemas do Brasil, e a Petrobrás prometeu o que não podia”.
Ainda em seu primeiro mandato, o Exu de Nove Dedos anunciou a auto-suficiência do Brasil em Petróleo. Hoje, o Brasil importa gasolina, óleo diesel e até etanol de milho dos Estados Unidos. E ninguém cobra isto dele?

O momento é oportuno, já que foi o ano eleitoral. Mas o dado que mais chama a atenção é a desvalorização das ações da Petrobrás desde àquela manobra de capitalizá-la sem na verdade injetar nenhum dinheiro em seus cofres.
De lá para cá a Petrobrás perdeu 208 bilhões de dólares em suas ações, ou seja, hoje a empresa vale menos 208 bilhões de dólares! E ninguém cobra nada de ninguém? Este é o resultado do estatismo. Entrega-se uma empresa que explora o melhor negócio do mundo a amadores apadrinhados por políticos, usa-se a empresa com fins eleitoreiros, atualmente está sendo usada como instrumento de política monetária, e o consumidor, que em última instância é quem paga a conta, fica a ver navios”.

01 de fevereiro de 2013
Marc Aubert

DOIS COMENTÁRIOS PERTINENTES

KGB disse:

  1. Essa área do pré-sal, foi descoberta na década de 70, depois no governo Itamar tocaram no assunto do pré-sal. Só nesse governo corrupto, irresponsável, demagogo e com um povinho analfabeto que nem elle acreditou nessa balela. Observem que o nosso povo, tem preocupações apenas com o que comer/beber e se divertir(vejam o horror que aconteceu em SMaria). Não se preocupam com o país, com a roubalheira dos políticos. Repito pela décima vez..: meus três filhos são um exemplo. Todos adultos, com curso superior, com bons salários e só se preocupam com churrasco, futebol, música, etc….se tocar no assunto de política, dizem ….pô pai já estás com esse fanatismo político. Então o nosso abestalhado povo (e os meus filhos tb) merecem ser enganados. Lembram que o ladrão do 9dedos, chegou a sujar as mãos de petróleo, dizendo que era óleo do pré-sal…? a imprensa ficou quietinha, inclusive a revista VEJA. Cansei…! vou tomar meu chimarrão que ganho mais.
Resposta

  • Marc Aubert disse:
    KGB,
    Não seja tão egoísta; minhas filhas, meus genros, os filhos de meus amigos, todos estudados, pós tudo, casados, razoavelmente bem de vida são farinha do mesmo saco; balada, praia, música ruim, etc.
    Pior é ver os netos irem para o mesmo balaio, e com a web concorrendo com os pais e a TV para ver quem imbeciliza mais depressa.

 

BILHONÁRIOS

 

Leia mais: Eike é Bilionário graças à Lula, Zé Dirceu e Dilma
Combinando o assunto, vejam também a denúncia apresentada pelo Deputado Estadual Paulo Ramos (PDT-RJ) envolvendo o próprio governo na sua mais alta esfera administrativa.

Paulo Ramos (PDT-RJ)
Paulo Ramos (PDT-RJ)
 
 
01 de fevereiro de 2013
Anhangüera
 
PS. A grafia "bilhonarios" é proposital.

AVANTESMA x O BONITÃO

AVANTESMA* x O BONITÃO


Sob aplausos e conclamado a disputar mais uma eleição com gritos de “um, dois, três, Lula outra vez” pela platéia de convidados da Petrobras, o presidente criticou ainda as elites, que à época desacreditaram no êxito da exploração do petróleo no país e agora “desdenham do esforço do governo” de inclusão social.

Avantesma  e Bonitão
Avantesma e Bonitão

A cerimônia comemorativa foi dividida em duas etapas. A primeira foi na bacia de Campos, a 278 km do Rio. Na plataforma de Campos, à qual só fotógrafos e cinegrafistas tiveram acesso, Lula inaugurou a produção de petróleo da plataforma P-50, momento em que repetiu um ato do ex-presidente Getúlio Vargas, em 1952: Lula molhou as mãos no óleo e imprimiu as marcas em macacões de funcionários da Petrobras.
A Radiobrás, agência de informação estatal, colocou até a foto histórica de Getúlio em seu site, ao lado da de Lula
Nesse dia 31/1/2013 o jornalista Carlos Alberto Sardemberg mostra que a afirmação de Lula feita há 8 anos não passava de mais uma de suas balelelas, pois a auto suficiência jamais existiu.

“Sabe qual a melhor coisa que poderia acontecer para a Petrobras? Uma forte queda do preço internacional do petróleo. Isso derrubaria também as cotações da gasolina e do diesel, produtos que estão quebrando a estatal brasileira. Como não há produção interna suficiente desses combustíveis, a companhia tem que importá-los.

Como o governo Dilma segura os preços internos para conter a inflação, a Petrobras se vê na situação esdrúxula de comprar caro e vender barato — que perdura mesmo depois do reajuste anunciado na última terça” (Leia a íntegra em A Petrobras perdeu até o senso)

Fato é, que sob a direção do bonitão Sergio Gabrielli, a estatal sofreu um processo de destruição pelo o aparelhamento, incompetência e desonestidade.

O “gracioso” avantesma, que ficou em seu lugar, chegou com a fama de competente, todavia não consegue tirar a estatal do buraco.
A Petrobrás está à beira da inadimplência e provocando um efeito dominó, o atraso em seus pagamentos põem em dificuldade as empresas que lhe prestam serviços, algumas como a Tenace Engenharia, que com 90 por cento de faturamento oriundo da estatal, viu-se obrigada a pedir falência no fim do ano passado.

Este é partido que tinha chegado para “mudar tudo isso que está aí”, mudou sim, mas para pior consegui colocar na beira do abismo a maior empresa brasileira e décima segunda do mundo.

01 de fevereiro de 2013
Giulio Sanmartini

PS.
* Pessoa ou coisa que assusta

ESCLARECIMENTOS

 


Contou-me ele que teve sua declaração rejeitada porque, aparentemente, respondeu a uma das questões incorretamente. Em resposta à pergunta “Dependentes”, ele escreveu na declaração, no local correto do impresso: 40 mil imigrantes ilegais, 10 mil viciados, 150 mil servidores públicos, mais 150 mil criminosos nas prisões brasileiras, além de uma porrada de políticos em Brasilia, nos Estados e Municípios.

A Receita afirmou que o preenchimento que ele oficializou na Declaração foi inaceitável.
Aí meu amigo ligou para o serviço de atendimento e perguntou:

– De quem foi que eu me esqueci?

aparelhamento
 
01 de fevereiro de 2013
Magu

"A IMORALIDADE RI DOS CIDADÃOS DE BEM"

congresso 1
 

Acusado dos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito para o seu segundo mandato a frente do Senado Federal por 56 votos contra 18, nesta sexta-feira, dia 1º. Alçado ao mais alto posto do Legislativo, Calheiros também responde a processos por crime ambiental, improbidade, notas frias, nepotismo e tráfico de influência.

Na opinião do cientista político Luiz Felipe D’Ávila, a eleição de Renan Calheiros representa a vitória do corporativismo e da perpetuação do espírito oligárquico que se instalou no Senado. D’Ávila interpreta a eleição do peemedebista como o fracasso da oposição.

“Isso retrata a fragilidade da oposição e sua incapacidade de exercer o seu papel constitucional de fiscalizador do governo e de propositor de ideias e propostas alternativas”, afirma D’Ávila.

Assim como o cientista político, o advogado Sebastião Ventura da Paixão criticou a letargia da oposição. Para ele, a paralisia oposicionista repercute sobre ânimo do povo que parece não mais acreditar na política e no seu inerente poder renovador.

O novo mandato de Renan Calheiros reforça a ideia de que no Brasil existem dois pesos e duas medidas, pois mesmo havendo a Lei da Ficha Limpa um político com histórico de desrespeito às leis assumirá a presidência do Senado. Sebastião lembra que de nada valem boas leis de eficácia zero. “O Brasil gosta muito de mudar a lei, mas não tem o hábito de aplicar a lei”.

Ele explica que, no caso de Renan Calheiros a própria Constituição inviabilizaria a candidatura. “Ora, o artigo 37 da Lei Maior fixou a moralidade como princípio obrigatório e cogente de qualquer dos Poderes da República. E aí, me pergunto: será que os senhores congressistas desconhecem o artigo 37 da Constituição? Ou será que o desconhecido é a própria moralidade pública?”.

Sobre o impacto da eleição de Renan Calheiros para a política nacional, Ventura diz que a situação é preocupante porque os costumes políticos vão de mal a pior com o passar do tempo. “Infelizmente, o panorama político nacional é árido e pouco animador. A imoralidade ri dos cidadãos de bem”.

A eleição do peemidebista já era dada como certa. Mesmo assim, houve pressão da sociedade civil, que reuniu mais 300 mil assinaturas em uma petição virtual contra a candidatura. Em outro protesto, a ONG Rio de Paz colocou 81 vassouras e baldes em frente ao Congresso Nacional, na última quarta-feira, dia 30 de janeiro.

DÁvila questiona o alcance das reivindicações populares. Para ele, a indignação popular é rasa e se restringe a publicar um post na internet, assinar uma petição ou mandar uma carta ao jornal. Segundo D´ Ávila, é necessário mobilização popular e ação política. “Enquanto a indignação não ocupar as ruas e o Parlamento os oligarcas da política vão rir da nossa cara”, concluiu.

01 de fevereiro de 2013
imil