Pelo fim do verão, a notícia do que sucedia na Granja dos Bichos já se espalhara pelo condado. Todos os dias, Bola-de-Neve e Napoleão enviavam formações de pombos com instrução de misturar- se aos animais das granjas vizinhas, contar-lhes a história da Revolução e ensinar-lhes a melodia de Bichos da Inglaterra.
Jones passava a maior parte desse tempo no Leão Vermelho, em Willingdon, queixando-se, a quem quisesse ouvi-lo, da monstruosa injustiça que sofrera ao ser expulso de sua granja por uma súcia de animais imprestáveis.
Os outros granjeiros eram lhe simpáticos, em princípio, mas inicialmente não lhe deram muita ajuda. No fundo, cada um imaginava secretamente alguma forma de tirar vantagem do infortúnio de Jones. Era uma sorte que os proprietários das granjas adjacentes à dos bichos estivessem permanentemente em más relações. Uma delas, chamada Foxwood, era uma granja grande, abandonada e A Revolução dos Bichos antiquada, coberta de mato, com as pastagens cansadas e as cercas caindo.
O proprietário, Sr. Pilkington, era um sujeito indolente, granjeiro que passava a maior parte do seu tempo caçando ou pescando, conforme a estação. A outra granja, chamada Pinchfield, era menor e mais bem tratada. Seu proprietário era o Sr. Frederick, homem rude e sagaz, permanentemente envolvido em processos na justiça e com a reputação de levar a cabo barganhas muito difíceis. Os dois se hostilizavam tanto que lhes era sumamente difícil chegar a qualquer acordo, mesmo em defesa de seus próprios interesses.
Todavia, ambos estavam assustados com a Revolução na Granja dos Bichos e desejosos de prevenir que seus próprios animais tomassem maior conhecimento do assunto. De início, acharam graça na idéia de bichos gerirem por si próprios uma granja. O caso todo estaria acabado numa quinzena, diziam. E diziam também que os animais da Granja do Solar (insistiam em chamá-la Granja do Solar; não admitiam o nome "Granja dos Bichos") estavam lutando entre si e não tardariam a definhar até morrer. Como o tempo passava e os animais evidentemente não definhavam, Frederick e Pilkington mudaram de tom e começaram então a falar nas terríveis perversidades que estavam ocorrendo na Granja dos Bichos.
Comentavam que os animais praticavam o canibalismo, torturavam uns aos outros com ferraduras ao rubro e tinham suas fêmeas em comum. Isso era o que advinha do desrespeito às leis da Natureza, diziam Frederick e Pilkington.
Entretanto, nunca ninguém acreditou nessas histórias. Boatos de um sítio maravilhoso, de onde haviam sido expulsos os seres humanos e onde os bichos tomavam conta dos próprios negócios, continuavam a circular, em formas vagas e desfiguradas, e durante todo aquele ano uma onda de revolta percorreu a região.
Bois que sempre haviam sido tratáveis, repentinamente se tornaram selvagens, as ovelhas derrubavam cercas e comiam o trevo, as vacas davam coices nos baldes, os cavalos de salto refugavam os obstáculos, jogando os cavaleiros do outro lado. Sobretudo, a melodia e mesmo a letra de Bichos da Inglaterra tornavam-se conhecidas em toda parte. Espalhavam-se com espantosa rapidez.
Os humanos não podiam conter a raiva ao ouvirem essa canção, embora quisessem encará-la como simplesmente ridícula. Não conseguiam compreender, diziam, que mesmo animais chegassem ao ponto de cantar aquela porcaria. O bicho que fosse apanhado a cantá-la, seria chicoteado. Ainda assim, a canção era irreprimível. Os melros cantavam-na pousados nas cercas, as pombas arrulhavam-na nos olmeiros, e ela aparecia nas marteladas dos ferreiros e no bimbalhar dos sinos das igrejas. Ao ouvirem-na, os seres humanos tremiam secretamente ante aquela mensagem que previa sua desgraça.
No início de outubro, quando o trigo já fora colhido, amontoado, e em parte até debulhado, uma revoada de pombos chegou em turbilhão e pousou no pátio da Granja dos Bichos, presa de grande excitação.
Jones e todos os seus homens, mais meia dúzia de outros homens de Foxwood e Pinchfield, haviam penetrado pela porteira das cinco barras e vinham subindo a trilha que conduzia à fazenda. Todos armados de bastões, exceto Jones, que marchava à frente com uma espingarda na mão. Era, evidentemente, uma tentativa de recuperar a granja Há muito isso era esperado, e os preparativos estavam feitos.
Bola-de-Neve, que estudara um velho livro sobre as campanhas de Júlio César, encontrado na casa-grande, estava encarregado das operações defensivas. Rapidamente deu suas ordens, e em pouco tempo cada animal estava em seu posto.
Quando os homens chegaram perto das casas, Bola-de-Neve lançou o primeiro ataque. Os pombos, em número de trinta e cinco, voaram por cima dos homens e defecaram no ar sobre eles; enquanto os homens atrapalhavam-se com isso. Os gansos, até então escondidos nas sebes, avançaram e bicaram-lhes as pernas energicamente. (reagem ä ditadura de Jones).
Mas isso era apenas uma pequena manobra de escaramuça, destinada a criar confusão, e os homens facilmente espantaram os gansos com os bastões Então, Bola-de-Neve lançou sua segunda linha de ataque. Maricota, Benjamim e as ovelhas, com Bola-de-Neve à frente, arremeteram sobre os homens, marrando, mordendo e escoiceando-os por todos os lados. Novamente, porém, os homens com os bastões e os coturnos rústicos foram mais fortes; e de repente, a um guincho de Bola-de-Neve que era o sinal para bater em retirada, todos os bichos volveram a frente e fugiram para dentro do pátio; através do portão.
Os homens soltaram um brado de triunfo. Viram, tal como haviam imaginado, seus inimigos em fuga e lançaram-se no encalço, desordenadamente. Era justamente o que Bola-de-Neve desejava. Tão logo eles entraram no pátio, os três cavalos, as três vacas e o restante dos porcos, que estavam emboscados atrás do estábulo, surgiram-lhes de inopino à retaguarda, cortando a retirada. Bola-de-Neve deu o sinal de carga. Ele próprio correu na direção de Jones. Vendo-o, Jones levantou a arma e atirou. Os projéteis abriram riscos sangrentos no dorso de Bola-de-Neve e uma ovelha caiu morta. Sem titubear um só instante, Bola-de-Neve lançou os seus cem quilos contra as pernas de Jones. O homem foi jogado sobre um monte de esterco, e a arma voou-lhe das mãos. Porém, o espetáculo mais terrível, entre tudo era Sansão, erguendo-se nos posteriores e dando manotaços com seus cascos ferrados, feito um garanhão. Logo ao primeiro golpe atingiu o crânio de um cavalariço de Foxwood, prostrando-o sem vida na lama. Ante isso, vários homens largaram os bastões e os caçavam em volta do pátio. Foram chifrados, batidos, mordidos e atropelados.
Não houve bicho da granja que não tirasse desforra, cada um à sua moda. Até o gato, inesperadamente, saltou de um telhado sobre as costas de um peão, cravando-lhe as unhas no pescoço e fazendo o homem dar um berro de dor. Em dado momento, desimpedida a saída, os homens conseguiram fugir do pátio e correram desabaladamente rumo à estrada principal. E assim, poucos minutos após a invasão, batiam em vergonhosa retirada pelo mesmo caminho da vinda, com uma multidão de gansos no seu encalço, bicando-lhes as pernas sem piedade.
Todos os homens haviam fugido, exceto um. No pátio, Sansão empurrava, com a pata, o cavalariço que jazia de bruços na lama, tentando virá-lo. Mas o rapaz não se mexia.
- Está morto - disse Sansão penalizado. Eu não queria fazer isso. Esqueci que estava usando ferraduras.
Quem acreditará que não fiz de propósito?
- Nada de sentimentalismos, camarada! - gritou Bola-de-Neve, de cujos ferimentos o sangue jorrava. - Guerra é guerra. Ser humano bom é ser humano morto.
- Eu não desejo tirar a vida de quem quer que seja, nem mesmo de um ser humano - repetiu Sansão com os olhos cheios de lágrimas.
- Onde está Mimosa? - perguntou alguém.
Mimosa, realmente, havia desaparecido. Por momentos houve grande alarma. Temeu-se que homens a tivessem ferido, ou mesmo a levado com eles. Por fim, foi encontrada, em sua própria baia com a cabeça escondida no feno da manjedoura. Havia fugido no momento do tiro da espingarda. E quando voltaram, após encontrá-la, foi para descobrir que o cavalariço, que na verdade havia apenas desmaiado, já voltara
a si e desaparecera.
Os bichos, então, tornaram a reunir-se, presas da maior excitação, cada qual narrando suas façanhas na batalha com a voz mais alta que conseguia. Uma celebração de improviso realizou-se imediatamente. A bandeira foi hasteada e cantaram Bichos da Inglaterra muitas vezes, depois a ovelha morta recebeu funerais solenes, sendo plantado em seu túmulo um ramo de espinheiro. Ao pé do túmulo, Bola-de-Neve fez um pequeno discurso, pondo em relevo a necessidade de todos os animais estarem prontos a morrer pela Granja dos Bichos, se necessário.
Os animais decidiram, por unanimidade, criar uma condecoração militar, a "Herói Animal, Primeira Classe", que foi conferida ali mesmo a Bola-de-Neve e a Sansão. Consistia numa medalha de bronze (era, na realidade, bronze dos arreios achados no galpão de ferramentas) para ser usada nos domingos e feriados. Criaram também a "Herói Animal, Segunda Classe", conferida postumamente à ovelha morta.
Houve muita discussão quanto ao nome que seria dado à batalha. Por fim, foi batizada de Batalha do Estábulo, pois fora o lugar onde se armara a emboscada.
A espingarda de Jones foi encontrada na lama. Como existisse uma boa quantidade de cartuchos na casa-grande, ficou decidido que colocariam a espingarda ao pé do mastro, como se fosse uma peça de artilharia, e dariam uma salva duas vezes ao ano - uma no dia 12 de outubro, aniversário da Batalha do Estábulo, e outra no dia 24 de junho, aniversário da Revolução.
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
UM HOMENZINHO FILOSÓFICO
Tempos atrás, quando a leitura de As Portas da Percepção de Aldous Huxley estava fresca na memória da geração Woodstock e ainda era moda louvar as virtudes iluminativas da ingestão de drogas, conheci dois irmãos que faziam viagens ao menos semanais nas asas do LSD. Acreditavam com isso estar adquirindo poderes extraordinários, ascendendo ao pináculo do conhecimento espiritual. Embora eu notasse que, em vez disso, eles se tornavam cada dia mais idiotas, abstive-me de qualquer esforço para tirá-los da ilusão. Uma só vez apresentei a um deles uma modesta objeção às suas pretensões, e isto bastou para deixá-lo embasbacado ao ponto de esfriar por algum tempo sua devocäo lisérgica. Foi assim. Ele estava me contando que a droga aguçava sua percepção sensorial, a dele e a do irmão, ao ponto de que este último, estando a cinqüenta metros de distância, podia ser chamado de volta com um simples cochicho, ouvindo-o com a nitidez de quem estivesse a cinqüenta centímetros.
-- Mas, se estavam ambos drogados, -- perguntei -- como é que você sabe que era seu irmão quem, estando a cinqüenta metros, ouvia como se estivesse a cinqüenta centímetros, e não você próprio quem, estando a cinqüenta centímetros dele, o enxergava como se estivesse a cinqüenta metros?
Ele arregalou os olhos, coçou a cabeça e confessou:
-- Pô! Eu nunca havia pensado nisso.
Como logo depois ele e o irmão saíram do meu círculo de convivência, não sei se minha observação chegou a ajudá-los ou se, passado o momento de perplexidade, voltaram à rotina estupefaciente.
O que sei é que, para mim, a conversa foi de uma utilidade extraordinária, num sentido que nenhum deles jamais poderia suspeitar. A partir desse dia, adquiri o hábito de examinar o problema da percepção sempre por dois lados, emissor e receptor, em vez de fazê-lo só desde o ponto de vista do sujeito, como tinha sido de praxe na filosofia ao longo de pelo menos três séculos, de Descartes a Husserl. Foi assim que me livrei não só das inibições cépticas contraídas da leitura de David Hume, mas também do remédio ainda mais profundamente inibidor constituído pelas precauções críticas de Immanuel Kant. Se a primeira lição do adestramento filosófico é o confronto com as objeções cépticas quanto à possibilidade do conhecimento, deixar-se prender na jaula do kantismo e aprender a escapulir dela já é uma etapa superior de aprendizado, na qual muitos filósofos de ofício continuam atolados até à morte. Foi no dia em que venci essa etapa que pude pela primeira vez olhar no espelho e proclamar com orgulho: “Meu filho, você já está um homenzinho.” Perto disso, aqueles que, não conseguindo evadir-se do subjetivismo cartesiano, apelaram ao subterfúgio de negar a existência do sujeito, como Foucault e Heidegger, começaram a me parecer adolescentes que, impedidos de elevar-se ao estado de homenzinhos, e mais ainda ao de homens, forjaram um arremedo de consolo mediante a negação da possibilidade de amadurecer.
A chave da jaula kantiana, invisível a tantas gerações, esteve no entanto sempre à mostra. Para encontrá-la, bastava lembrar que nenhum sujeito pode ser só e exclusivamente sujeito, sem ser jamais objeto. Na relação cognoscitiva, sujeito é aquele que recebe as informações, objeto aquele que as emite. Na relação ativa, ao contrário, sujeito é o que age, objeto o que recebe a ação; mas como toda ação é transferência de informações, nenhum ente pode ser sujeito da ação sem ser simultaneamente objeto desde o ponto de vista cognoscitivo, nem objeto da ação sem ser cognoscitivamente sujeito. Para que numa relação cognoscitiva um homem pudesse ser total e unilateralmente sujeito, sem nada de objeto, ele precisaria estar totalmente desprovido da possibilidade de agir sobre o objeto, isto é, de transferir-lhe informações e ser portanto, para ele, objeto cognoscitivo. Logicamente falando, é uma obviedade dizer que sujeito e objeto são termos relativos, que exprimem posições e relações acidentais entre os entes, e não a natureza fixa e definitiva de qualquer deles. Mas justamente essa obviedade deixou de ser levada em conta na prática filosófica durante três séculos, daí nascendo o subjetivismo que descambou inevitavelmente em cepticismo e fenomenalismo, isto é, na redução do mundo a um conjunto de aparências sem essência identificável. O erro aí foi, na verdade, primário: o sujeito foi sempre examinado como sujeito, o objeto como objeto, elevando meras posições relativas à condição de diferenças ontológicas irrecorríveis. Só graças a esse cacoete foi possível argumentar, como Montaigne, que “como nosso estado acomoda as coisas a si, e as transforma de acordo consigo próprio, não sabemos mais o que são as coisas em verdade; pois nada chega ao nosso conhecimento senão falsificado e alterado pelos nossos sentidos” (Éssais, Paris, Garnier, 1962, I, p. 632). Nesse parágrafo, o príncipe dos cépticos modernos, penetrando já no puro kantismo avant la lettre, dá por pressuposto que os sentidos humanos alteram por si as informações recebidas das coisas, sem se perguntar se as coisas, por seu lado, teriam o poder de enviá-las diversas do que as recebemos. Vejo, por exemplo, um elefante a cinqüenta metros, e ele me parece do tamanho de um coelho. Mas ele, por sua vez, teria o poder de fazer-se ver como se estivesse a cinqüenta centímetros? Em caso de dúvida, posso testar isso olhando-me a mim mesmo num espelho a várias distâncias. Se meus olhos não conseguem, a cinqüenta metros, me ver maior do que a distância admite, é porque meu corpo também não pode, a essa mesma distância, projetar de si uma imagem ampliada para que os olhos o vejam maior. A limitação não está nos olhos, mas simultaneamente neles e no corpo que vêem. Não está no sujeito, mas simultaneamente nele e no objeto. E essa limitação recíproca, obviamente, não é limitação: é a adequação da mensagem enviada à mensagem lida, é a proporcionalidade de emissão e recepção, é, em suma, percepção da realidade no seu tecido vivo de interações e perspectivas. Descartes, Hume e Kant poderiam ter feito essa experiência, mas jamais consentiram em descer da dignidade de sujeitos à humilde condição de objetos. Tomaram-se como puros olhos, desprovidos de corpos, transformando o mundo num corpo sem olho, que eles viam mas não podia vê-los. Desprovido abstrativamente da condição de objeto que é concomitante e inerente à sua possibilidade de ser sujeito, o sujeito humano se excluía da realidade ao mesmo tempo que tentava alcançá-la – exatamente como quem tentasse provar o gosto da comida sem levá-la à boca – e, naturalmente não o conseguindo, concluía pela existência de um abismo entre sujeito e objeto, entre conhecimento e realidade, sem perceber que o abismo só existia porque ele próprio o havia cavado. René Descartes desceu tão fundo nesse estado de auto-hipnose, que, vendo da janela as pessoas que caminhavam pela rua, tinha dificuldade em admitir que, como ele, fossem sujeitos cognoscentes e não simples corpos em movimento. O sujeito só pode fechar-se em si quando se esquece de sua condição de objeto, rebaixando a objetos os demais sujeitos. Tornado permanente, esse estado seria pura despersonalização esquizofrênica.
Foi mediante essas considerações que pude livrar-me do subjetivismo moderno, sem ter de recorrer ao expediente “pós-moderno” -- e ainda mais profundamente esquizofrênico -- de negar, além do conhecimento, a existência do próprio conhecedor.
Não creio que a dupla de sapientes drogados tenha tirado tanto proveito de minhas observações.
OLAVO DE CARVALHO
-- Mas, se estavam ambos drogados, -- perguntei -- como é que você sabe que era seu irmão quem, estando a cinqüenta metros, ouvia como se estivesse a cinqüenta centímetros, e não você próprio quem, estando a cinqüenta centímetros dele, o enxergava como se estivesse a cinqüenta metros?
Ele arregalou os olhos, coçou a cabeça e confessou:
-- Pô! Eu nunca havia pensado nisso.
Como logo depois ele e o irmão saíram do meu círculo de convivência, não sei se minha observação chegou a ajudá-los ou se, passado o momento de perplexidade, voltaram à rotina estupefaciente.
O que sei é que, para mim, a conversa foi de uma utilidade extraordinária, num sentido que nenhum deles jamais poderia suspeitar. A partir desse dia, adquiri o hábito de examinar o problema da percepção sempre por dois lados, emissor e receptor, em vez de fazê-lo só desde o ponto de vista do sujeito, como tinha sido de praxe na filosofia ao longo de pelo menos três séculos, de Descartes a Husserl. Foi assim que me livrei não só das inibições cépticas contraídas da leitura de David Hume, mas também do remédio ainda mais profundamente inibidor constituído pelas precauções críticas de Immanuel Kant. Se a primeira lição do adestramento filosófico é o confronto com as objeções cépticas quanto à possibilidade do conhecimento, deixar-se prender na jaula do kantismo e aprender a escapulir dela já é uma etapa superior de aprendizado, na qual muitos filósofos de ofício continuam atolados até à morte. Foi no dia em que venci essa etapa que pude pela primeira vez olhar no espelho e proclamar com orgulho: “Meu filho, você já está um homenzinho.” Perto disso, aqueles que, não conseguindo evadir-se do subjetivismo cartesiano, apelaram ao subterfúgio de negar a existência do sujeito, como Foucault e Heidegger, começaram a me parecer adolescentes que, impedidos de elevar-se ao estado de homenzinhos, e mais ainda ao de homens, forjaram um arremedo de consolo mediante a negação da possibilidade de amadurecer.
A chave da jaula kantiana, invisível a tantas gerações, esteve no entanto sempre à mostra. Para encontrá-la, bastava lembrar que nenhum sujeito pode ser só e exclusivamente sujeito, sem ser jamais objeto. Na relação cognoscitiva, sujeito é aquele que recebe as informações, objeto aquele que as emite. Na relação ativa, ao contrário, sujeito é o que age, objeto o que recebe a ação; mas como toda ação é transferência de informações, nenhum ente pode ser sujeito da ação sem ser simultaneamente objeto desde o ponto de vista cognoscitivo, nem objeto da ação sem ser cognoscitivamente sujeito. Para que numa relação cognoscitiva um homem pudesse ser total e unilateralmente sujeito, sem nada de objeto, ele precisaria estar totalmente desprovido da possibilidade de agir sobre o objeto, isto é, de transferir-lhe informações e ser portanto, para ele, objeto cognoscitivo. Logicamente falando, é uma obviedade dizer que sujeito e objeto são termos relativos, que exprimem posições e relações acidentais entre os entes, e não a natureza fixa e definitiva de qualquer deles. Mas justamente essa obviedade deixou de ser levada em conta na prática filosófica durante três séculos, daí nascendo o subjetivismo que descambou inevitavelmente em cepticismo e fenomenalismo, isto é, na redução do mundo a um conjunto de aparências sem essência identificável. O erro aí foi, na verdade, primário: o sujeito foi sempre examinado como sujeito, o objeto como objeto, elevando meras posições relativas à condição de diferenças ontológicas irrecorríveis. Só graças a esse cacoete foi possível argumentar, como Montaigne, que “como nosso estado acomoda as coisas a si, e as transforma de acordo consigo próprio, não sabemos mais o que são as coisas em verdade; pois nada chega ao nosso conhecimento senão falsificado e alterado pelos nossos sentidos” (Éssais, Paris, Garnier, 1962, I, p. 632). Nesse parágrafo, o príncipe dos cépticos modernos, penetrando já no puro kantismo avant la lettre, dá por pressuposto que os sentidos humanos alteram por si as informações recebidas das coisas, sem se perguntar se as coisas, por seu lado, teriam o poder de enviá-las diversas do que as recebemos. Vejo, por exemplo, um elefante a cinqüenta metros, e ele me parece do tamanho de um coelho. Mas ele, por sua vez, teria o poder de fazer-se ver como se estivesse a cinqüenta centímetros? Em caso de dúvida, posso testar isso olhando-me a mim mesmo num espelho a várias distâncias. Se meus olhos não conseguem, a cinqüenta metros, me ver maior do que a distância admite, é porque meu corpo também não pode, a essa mesma distância, projetar de si uma imagem ampliada para que os olhos o vejam maior. A limitação não está nos olhos, mas simultaneamente neles e no corpo que vêem. Não está no sujeito, mas simultaneamente nele e no objeto. E essa limitação recíproca, obviamente, não é limitação: é a adequação da mensagem enviada à mensagem lida, é a proporcionalidade de emissão e recepção, é, em suma, percepção da realidade no seu tecido vivo de interações e perspectivas. Descartes, Hume e Kant poderiam ter feito essa experiência, mas jamais consentiram em descer da dignidade de sujeitos à humilde condição de objetos. Tomaram-se como puros olhos, desprovidos de corpos, transformando o mundo num corpo sem olho, que eles viam mas não podia vê-los. Desprovido abstrativamente da condição de objeto que é concomitante e inerente à sua possibilidade de ser sujeito, o sujeito humano se excluía da realidade ao mesmo tempo que tentava alcançá-la – exatamente como quem tentasse provar o gosto da comida sem levá-la à boca – e, naturalmente não o conseguindo, concluía pela existência de um abismo entre sujeito e objeto, entre conhecimento e realidade, sem perceber que o abismo só existia porque ele próprio o havia cavado. René Descartes desceu tão fundo nesse estado de auto-hipnose, que, vendo da janela as pessoas que caminhavam pela rua, tinha dificuldade em admitir que, como ele, fossem sujeitos cognoscentes e não simples corpos em movimento. O sujeito só pode fechar-se em si quando se esquece de sua condição de objeto, rebaixando a objetos os demais sujeitos. Tornado permanente, esse estado seria pura despersonalização esquizofrênica.
Foi mediante essas considerações que pude livrar-me do subjetivismo moderno, sem ter de recorrer ao expediente “pós-moderno” -- e ainda mais profundamente esquizofrênico -- de negar, além do conhecimento, a existência do próprio conhecedor.
Não creio que a dupla de sapientes drogados tenha tirado tanto proveito de minhas observações.
OLAVO DE CARVALHO
R$ 54,2 MILHÕES COM FESTAS...
NOVO ESCÂNDALO DO GOVERNO DO PT! GASTOS COM FESTAS ATINGEM R$ 54,2 MILHÕES. HADDAD FOI CAMPEÃO EM TORRAR DINHEIRO PÚBLICO
Nem a queda de sete ministros por suspeitas de corrupção, muito menos os cortes orçamentários e a estagnação de programas carros-chefes do governo como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida atrapalharam o governo federal de bancar festividades oficiais e homenagens ao longo de 2011, quando os gastos em comemorações atingiram R$ 54,2 milhões, 19,5% a mais do que no ano anterior (R$ 45,4 milhões).
Se levarmos em conta os dispêndios para esse tipo de evento nos últimos cinco anos o crescimento é de 314%.
Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), divulgados pela ONG Contas Abertas, em 2007, primeiro ano do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tais despesas somaram pouco mais de R$ 17 milhões.
No ano seguinte, tiveram um acréscimo de 40% e saltaram para R$ 24 milhões. Já em 2009 o aumento foi de 30%, ultrapassando os R$ 31 milhões. Em 2010, ano das eleições presidenciais, o governo desembolsou R$ 45,5 milhões, o que representou um aumento de quase 45% em relação ao ano anterior.
- O levantamento mostra que esses gastos têm crescido de forma significativa. E essa rubrica (festividade) acaba sendo utilizada por inúmeras unidades gestoras.
Podemos ver uma homenagem aqui, outra festividade ali. Mas de grão em grão a galinha enche o papo. Um valor que chega a R$ 54 milhões é um gasto relevante - diz o economista Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas: - Essa é uma das despesas em que é possível o governo fazer um esforço para reduzir os gastos. É um conjunto de solenidades muitas vezes que pouco podem acrescentar. O que não pode acontecer é esses gastos se generalizarem - critica ele.
O Ministério da Cultura foi o principal responsável pelo aumento em 2011 ao elevar suas despesas com festas em mais de 108% em relação a 2010 (de R$ 5,2 milhões para R$ 11,3 milhões). Procurada pela reportagem do GLOBO, a assessoria de imprensa da pasta pediu prazo para justificar os gastos.
Mas o ‘grande festeiro’ no governo Dilma, em termos absolutos, é o Ministério da Educação, que no ano passado, ainda sob o comando de Fernando Haddad, elevou em 70% seus gastos, totalizando R$ 15,4 milhões.
Em 2010, a pasta já tinha ficado com o título de campeã de gastos com despesas que chegaram a quase R$ 11 milhões. Em 2011, a maior parte dos recursos, R$ 2,9 milhões, foi utilizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, sendo que todo o montante foi pago à empresa Front Propaganda Ltda, cuja sede é em Brasília.
As universidades federais do Ceará e do Rio de Janeiro aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com gastos que somaram R$ 2,3 milhões e R$ 1 milhão só com festividades.
O Ministério da Defesa também se destaca entre os maiores gastadores, com aumento de 67% nas despesas que em 2011 chegaram a R$ 14,5 milhões, enquanto que em 2010 a soma foi R$ 10,8 milhões.
Em termos comparativos, os R$ 54,2 milhões gastos em 2011 pelo governo federal com festividades e homenagens equivalem a seis vezes aos R$ 8,9 milhões desembolsados com o programa “Promoção de Políticas Afirmativas para Igualdade Racial” e a quatro vezes as despesas com o programa de “Mobilidade Urbana”, um dos principais gargalos para a realização da Copa do Mundo de 2014, que totalizam R$ 12,9 milhões.
Nesses mesmos cinco anos, o total de aumentos do salário mínimo do trabalhador brasileiro não ultrapassou 85%, passando de R$ 380 em 2007 para R$ 622 em 2011.
Defesa empenha R$ 818,4 para compra de cerveja
As aquisições mostram muitas vezes a pouca preocupação com o erário. Dentre algumas das despesas d,e 2011, estão a compra de crisântemos e margaridas no valor de R$ 2.600 pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ para a festa de posse de professores titulares.
A verba é do Ministério da Educação.
Já o Ministério da Defesa empenhou R$ 818,40 para a compra de cerveja para uma festa da 4ª Companhia de Comunicações, subordinada à pasta.
24 de fevereiro de 2012
Do site do jornal O Globo
Nem a queda de sete ministros por suspeitas de corrupção, muito menos os cortes orçamentários e a estagnação de programas carros-chefes do governo como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida atrapalharam o governo federal de bancar festividades oficiais e homenagens ao longo de 2011, quando os gastos em comemorações atingiram R$ 54,2 milhões, 19,5% a mais do que no ano anterior (R$ 45,4 milhões).
Se levarmos em conta os dispêndios para esse tipo de evento nos últimos cinco anos o crescimento é de 314%.
Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), divulgados pela ONG Contas Abertas, em 2007, primeiro ano do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tais despesas somaram pouco mais de R$ 17 milhões.
No ano seguinte, tiveram um acréscimo de 40% e saltaram para R$ 24 milhões. Já em 2009 o aumento foi de 30%, ultrapassando os R$ 31 milhões. Em 2010, ano das eleições presidenciais, o governo desembolsou R$ 45,5 milhões, o que representou um aumento de quase 45% em relação ao ano anterior.
- O levantamento mostra que esses gastos têm crescido de forma significativa. E essa rubrica (festividade) acaba sendo utilizada por inúmeras unidades gestoras.
Podemos ver uma homenagem aqui, outra festividade ali. Mas de grão em grão a galinha enche o papo. Um valor que chega a R$ 54 milhões é um gasto relevante - diz o economista Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas: - Essa é uma das despesas em que é possível o governo fazer um esforço para reduzir os gastos. É um conjunto de solenidades muitas vezes que pouco podem acrescentar. O que não pode acontecer é esses gastos se generalizarem - critica ele.
O Ministério da Cultura foi o principal responsável pelo aumento em 2011 ao elevar suas despesas com festas em mais de 108% em relação a 2010 (de R$ 5,2 milhões para R$ 11,3 milhões). Procurada pela reportagem do GLOBO, a assessoria de imprensa da pasta pediu prazo para justificar os gastos.
Mas o ‘grande festeiro’ no governo Dilma, em termos absolutos, é o Ministério da Educação, que no ano passado, ainda sob o comando de Fernando Haddad, elevou em 70% seus gastos, totalizando R$ 15,4 milhões.
Em 2010, a pasta já tinha ficado com o título de campeã de gastos com despesas que chegaram a quase R$ 11 milhões. Em 2011, a maior parte dos recursos, R$ 2,9 milhões, foi utilizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, sendo que todo o montante foi pago à empresa Front Propaganda Ltda, cuja sede é em Brasília.
As universidades federais do Ceará e do Rio de Janeiro aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com gastos que somaram R$ 2,3 milhões e R$ 1 milhão só com festividades.
O Ministério da Defesa também se destaca entre os maiores gastadores, com aumento de 67% nas despesas que em 2011 chegaram a R$ 14,5 milhões, enquanto que em 2010 a soma foi R$ 10,8 milhões.
Em termos comparativos, os R$ 54,2 milhões gastos em 2011 pelo governo federal com festividades e homenagens equivalem a seis vezes aos R$ 8,9 milhões desembolsados com o programa “Promoção de Políticas Afirmativas para Igualdade Racial” e a quatro vezes as despesas com o programa de “Mobilidade Urbana”, um dos principais gargalos para a realização da Copa do Mundo de 2014, que totalizam R$ 12,9 milhões.
Nesses mesmos cinco anos, o total de aumentos do salário mínimo do trabalhador brasileiro não ultrapassou 85%, passando de R$ 380 em 2007 para R$ 622 em 2011.
Defesa empenha R$ 818,4 para compra de cerveja
As aquisições mostram muitas vezes a pouca preocupação com o erário. Dentre algumas das despesas d,e 2011, estão a compra de crisântemos e margaridas no valor de R$ 2.600 pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ para a festa de posse de professores titulares.
A verba é do Ministério da Educação.
Já o Ministério da Defesa empenhou R$ 818,40 para a compra de cerveja para uma festa da 4ª Companhia de Comunicações, subordinada à pasta.
24 de fevereiro de 2012
Do site do jornal O Globo
PAULO HENRIQUE É O JORNALISTA MAIS CORAJOSO DO BRASIL PARA ATACAR A REPUTAÇÃO DA OPOSIÇÃO. DE QUALQUER OPOSIÇÃO, COMO SABE LULA.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Os petralhas — na Argentina, essa espécie se chama “Los K” — tentam invadir o post em que trato das ofensas raciais dirigidas por Paulo Henrique Amorim contra o jornalista Heraldo Pereira, o que o levou a ter de se retratar, desdizendo o dito. E a turma vem com a delicadeza de sempre, com aquela valentia do anonimato, com seus falsos e-mails, a ignorância tão característica, aquele analfabetismo moral agressivo… Não há surpresa nisso.
Este post, na verdade, é dirigido a alguns bobalhões desavisados que pretendem me enredar no seu tatibitate de suposta isenção. Uma parcela da corrente decidiu escolher o caminho do nem-nem. Sintetizo a sua linha de intervenção:
“Gosto muito de você e do Paulo Henrique Amorim, acho que os dois têm uma parcela de razão…”
Como diria Tereza Cristina, a doida do Aguinaldo Silva, “Pode parar, bebê!” Se gosta muito de mim e daquele outro, das duas, uma — ou as duas: ou não entende o que eu escrevo, ou não entende o que ele escreve, ou não entende o que ambos escrevemos. Impossível! Como diria Padre Quevedo no Fantástico, no tempo de eu ser menino, “Isso non ecziste”. É um delírio da mente — e demente.
Essa é só uma tentativa de emplacar delinqüências intelectuais na área de comentários do meu blog, o que não vai acontecer. Há uma suposição estupidamente falsa nessa iniciativa: a de que sejamos pólos opostos de uma contenda. Ele seria o Reinaldo Azevedo do lado de lá, e eu, o Paulo Henrique do lado de cá! Não poderia haver nada de mais errado. EU PROVO!
Poucos se lembram de que Paulo Henrique Amorim já foi delirantemente antilulista. Depois se tornou delirantemente lulista. Por que se entregou de corpo e alma (qual será a cor da sua?) tanto a uma coisa como a seu contrário? Eis um homem que sabe ser feroz, implacável mesmo, com quem está na oposição. A coragem de Paulo Henrique Amorim para dizer “verdades” na cara de QUEM ESTÁ FORA DO PODER é assombrosa!
Não! Não somos iguais, só que em pólos opostos. Eu fui crítico do governo FHC — os veículos que eu dirigia, então, o provam — e continuei crítico dos governos Lula e Dilma. Há mais: opino, sim, mas sobre fatos. A mentira não pode ser confundida com opinião. E Paulo Henrique? Em 2006, o jornalista Alberto Dines — com quem não tenho intimidade e de quem já discordei com dureza — escreveu um artigo sobre este monumento à coerência. Dines se refere ao comportamento de Paulo Henrique Amorim na véspera da eleição de 1998, quando Lula era a sua vítima. Leiam um trecho:
Paco, o linchador - Em seu site Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim publicou na noite de sexta-feira (3/11) a seguinte manchete:
“Internautas criticam artigo de Alberto Dines”. Clica-se e aparece a foto deste observador e um pequeno texto:
“A favor da mídia. Internautas criticam artigo em que Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, se manifesta a favor da mídia”.
Os curiosos então clicam para saber o que Paulo Henrique Amorim, porventura, tem a dizer sobre o assunto e descobrem que Paulo Henrique Amorim, como sempre, nada tem a dizer: escafedeu-se. Mas como precisa fazer jus ao cachê de linchador, remete para os comentários dos internautas furiosos com este observador.
Convém registrar que o afiadíssimo site é completamente cego em matéria de interatividade e democracia: não recebe comentários dos leitores.
Paulo Henrique Amorim - Paco, para os íntimos - é o protótipo do linchador. Paradigma do empastelador. Agente provocador de quebra-quebras. Tem longa experiência nesta matéria.
Paco agora anda camuflado de militante petista. O disfarce vai durar pouco. Em setembro de 1998, véspera da segunda disputa Lula-FHC, ele comandou na TV Bandeirantes uma viciosa cruzada contra Lula com os mais torpes argumentos.
Pretendia denunciar a operação financeira que permitira ao então líder sindical a compra de um apartamento em São Bernardo do Campo. Não foi um ataque político, foi um golpe baixo. Não foi um surto pontual, foi uma cruzada contínua, demorada, persistente.
Em todas as edições do principal telejornal da Band, durante longos minutos, com todos os recursos de edição, depoimentos, documentos e aquela vozinha histérica, nasalada, tentando levantar os ânimos para derrotar Lula logo no primeiro turno.
Paco, o linchador, era o âncora do telejornal e conseguiu ser ouvido por alguns veículos. (…).”
Voltei
Lula processou Paulo Henrique Amorim e a Band, que pediu desculpas públicas ao petista. Entenderam por que, entre muitas razões — e a capacidade de empregar orações subordinadas está entre elas —, não somos faces opostas da mesma moeda ou, sei lá, pólos opostos de uma contenda?
Isso até pode ter algo de verdadeiro num único aspecto: como é a oposição que define um regime democrático, não o governo (que existe, e como!, em todas as ditaduras), eu confesso ter uma ligeira simpatia, em princípio, por oposicionistas.
Gosto da idéia de que lhes cabe vigiar o poder. Paulo Henrique, como resta comprovado, gosta mesmo é de governo.
Quando o PT era oposição, Lula era a sua anta. Quando o PT ganhou a eleição, Lula passou a ser o seu Schopenhauer. E sempre com a mesma convicção. Nunca antes na história destepaiz houve um jornalista tão corajoso com aqueles que estão fora do poder!
Se eu achar algum texto de Paulo Henrique Amorim atacando as privatizações enquanto FHC era presidente, publico aqui, junto com a foto de uma cabeça de bacalhau e do enterro de um anão.
24 de fevereiro de 2012
Reinaldo Azevedo
Os petralhas — na Argentina, essa espécie se chama “Los K” — tentam invadir o post em que trato das ofensas raciais dirigidas por Paulo Henrique Amorim contra o jornalista Heraldo Pereira, o que o levou a ter de se retratar, desdizendo o dito. E a turma vem com a delicadeza de sempre, com aquela valentia do anonimato, com seus falsos e-mails, a ignorância tão característica, aquele analfabetismo moral agressivo… Não há surpresa nisso.
Este post, na verdade, é dirigido a alguns bobalhões desavisados que pretendem me enredar no seu tatibitate de suposta isenção. Uma parcela da corrente decidiu escolher o caminho do nem-nem. Sintetizo a sua linha de intervenção:
“Gosto muito de você e do Paulo Henrique Amorim, acho que os dois têm uma parcela de razão…”
Como diria Tereza Cristina, a doida do Aguinaldo Silva, “Pode parar, bebê!” Se gosta muito de mim e daquele outro, das duas, uma — ou as duas: ou não entende o que eu escrevo, ou não entende o que ele escreve, ou não entende o que ambos escrevemos. Impossível! Como diria Padre Quevedo no Fantástico, no tempo de eu ser menino, “Isso non ecziste”. É um delírio da mente — e demente.
Essa é só uma tentativa de emplacar delinqüências intelectuais na área de comentários do meu blog, o que não vai acontecer. Há uma suposição estupidamente falsa nessa iniciativa: a de que sejamos pólos opostos de uma contenda. Ele seria o Reinaldo Azevedo do lado de lá, e eu, o Paulo Henrique do lado de cá! Não poderia haver nada de mais errado. EU PROVO!
Poucos se lembram de que Paulo Henrique Amorim já foi delirantemente antilulista. Depois se tornou delirantemente lulista. Por que se entregou de corpo e alma (qual será a cor da sua?) tanto a uma coisa como a seu contrário? Eis um homem que sabe ser feroz, implacável mesmo, com quem está na oposição. A coragem de Paulo Henrique Amorim para dizer “verdades” na cara de QUEM ESTÁ FORA DO PODER é assombrosa!
Não! Não somos iguais, só que em pólos opostos. Eu fui crítico do governo FHC — os veículos que eu dirigia, então, o provam — e continuei crítico dos governos Lula e Dilma. Há mais: opino, sim, mas sobre fatos. A mentira não pode ser confundida com opinião. E Paulo Henrique? Em 2006, o jornalista Alberto Dines — com quem não tenho intimidade e de quem já discordei com dureza — escreveu um artigo sobre este monumento à coerência. Dines se refere ao comportamento de Paulo Henrique Amorim na véspera da eleição de 1998, quando Lula era a sua vítima. Leiam um trecho:
Paco, o linchador - Em seu site Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim publicou na noite de sexta-feira (3/11) a seguinte manchete:
“Internautas criticam artigo de Alberto Dines”. Clica-se e aparece a foto deste observador e um pequeno texto:
“A favor da mídia. Internautas criticam artigo em que Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, se manifesta a favor da mídia”.
Os curiosos então clicam para saber o que Paulo Henrique Amorim, porventura, tem a dizer sobre o assunto e descobrem que Paulo Henrique Amorim, como sempre, nada tem a dizer: escafedeu-se. Mas como precisa fazer jus ao cachê de linchador, remete para os comentários dos internautas furiosos com este observador.
Convém registrar que o afiadíssimo site é completamente cego em matéria de interatividade e democracia: não recebe comentários dos leitores.
Paulo Henrique Amorim - Paco, para os íntimos - é o protótipo do linchador. Paradigma do empastelador. Agente provocador de quebra-quebras. Tem longa experiência nesta matéria.
Paco agora anda camuflado de militante petista. O disfarce vai durar pouco. Em setembro de 1998, véspera da segunda disputa Lula-FHC, ele comandou na TV Bandeirantes uma viciosa cruzada contra Lula com os mais torpes argumentos.
Pretendia denunciar a operação financeira que permitira ao então líder sindical a compra de um apartamento em São Bernardo do Campo. Não foi um ataque político, foi um golpe baixo. Não foi um surto pontual, foi uma cruzada contínua, demorada, persistente.
Em todas as edições do principal telejornal da Band, durante longos minutos, com todos os recursos de edição, depoimentos, documentos e aquela vozinha histérica, nasalada, tentando levantar os ânimos para derrotar Lula logo no primeiro turno.
Paco, o linchador, era o âncora do telejornal e conseguiu ser ouvido por alguns veículos. (…).”
Voltei
Lula processou Paulo Henrique Amorim e a Band, que pediu desculpas públicas ao petista. Entenderam por que, entre muitas razões — e a capacidade de empregar orações subordinadas está entre elas —, não somos faces opostas da mesma moeda ou, sei lá, pólos opostos de uma contenda?
Isso até pode ter algo de verdadeiro num único aspecto: como é a oposição que define um regime democrático, não o governo (que existe, e como!, em todas as ditaduras), eu confesso ter uma ligeira simpatia, em princípio, por oposicionistas.
Gosto da idéia de que lhes cabe vigiar o poder. Paulo Henrique, como resta comprovado, gosta mesmo é de governo.
Quando o PT era oposição, Lula era a sua anta. Quando o PT ganhou a eleição, Lula passou a ser o seu Schopenhauer. E sempre com a mesma convicção. Nunca antes na história destepaiz houve um jornalista tão corajoso com aqueles que estão fora do poder!
Se eu achar algum texto de Paulo Henrique Amorim atacando as privatizações enquanto FHC era presidente, publico aqui, junto com a foto de uma cabeça de bacalhau e do enterro de um anão.
24 de fevereiro de 2012
Reinaldo Azevedo
O QUE PENSA A CLASSE MÉDIA?
Os Estados Unidos não são mais aqueles. Seja qual for a solução que venha a ser dada à questão da dívida pública, o fato é que a América expôs as suas vulnerabilidades ao mundo. Ao menos na minha geração, ninguém esperava vir a assistir ao fim da supremacia do dólar.
O século passado é apontado pelos historiadores como o “século americano”. Nos anos 70 e 80 as pessoas guardavam dólares em casa. Era uma reserva de valor. “In God we trust” (“Em Deus confiamos”) vem inscrito nas cédulas verdes. E nós – independentemente da crença no Todo-Poderoso – botávamos alguma fé também no dólar…
Hoje os EUA ameaçam uma moratória e as cotações da sua moeda estão despencando. Algo impensável poucos anos atrás. A Europa também vai mal e, com isso, a civilização ocidental fica sem referências. O século 21 promete ser dos Brics, que, com exceção da Rússia, são as únicas grandes economias que continuam crescendo (China, Índia, África do Sul e Brasil). E é a respeito do nosso país que falaremos agora.
O lulopetismo ficou encantado ao perceber, já no seu segundo mandato, que os ventos sopravam a favor do Brasil. Os preços das nossas commodities (ferro e soja, principalmente) subiram nos mercados internacionais e, assim, escapamos com poucos danos da crise financeira. Além disso, foram encontradas grandes jazidas de petróleo. Mesmo que porventura elas venham a mostrar-se economicamente inviáveis, serviram, ao menos, para criar uma grande expectativa em relação ao Brasil e aos brasileiros.
O grande líder descobriu, maravilhado, que a classe média havia crescido em tamanho e poder aquisitivo. Nosso estadista-operário tratou, então, de atribuir o fenômeno ao seu governo. “Isso foi possível graças às nossas políticas sociais”, cantam seus acólitos. “Foi tudo obra nossa”.
O andor tem de ser carregado com mais apuro. Efeitos não devem passar por causas. Não é porque tudo isso ocorreu durante a gestão petista que lhe caberiam todos os louros. Aliás, o único mérito que reconhecidamente lhe cabe, no campo econômico, é o de não ter interrompido o que já estava sendo feito.
A tão alardeada “nova classe média” é composta de pessoas que, com certeza, não são clientes do Bolsa-Família, nem de nenhum outro eventual mecanismo de transferência de renda. É mais provável que tenham emergido socialmente porque a inflação acabou. Garantida a estabilidade econômica, a oferta de crédito aumentou e mais gente pôde ter acesso a ele.
Quanto às jazidas de petróleo, apesar do alarido, há que considerar que não foram descobertas pelos petistas, mas durante o governo deles. A mais de 7 mil metros de profundidade, não há nenhuma certeza quanto à viabilidade econômica de sua extração. Nem sequer existe tecnologia para tanto, vale ressaltar.
A bem da verdade, a estabilidade não se deve tão somente ao Plano Real. O problema é que as finanças públicas estavam desarrumadas, os poderes públicos – federal, estaduais e municipais – vinham gastando muito mais do que arrecadavam. Endividavam-se todos além do razoável e se cultivava o mau hábito de repassar tais passivos aos novos governantes. “O dever acima de tudo!”, bradavam prefeitos e governadores. E como a inflação era alta, ela se encarregava de mascarar todo o processo. Para estancar de vez a sangria inflacionária não bastava um engenhoso plano econômico. Isso ficou evidente com o fracasso de todos os planos anteriores. O fim da constante elevação dos preços restabeleceu a verdade dos fatos: o problema estava no setor público.
O governo federal acabou com o déficit da União. E assumiu para si as dívidas dos Estados e municípios. Todos, a partir dali, poderiam recomeçar do zero. E para evitar que eles voltassem a se endividar foi criada a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Algo assim como o preceito popular “aqui se faz, aqui se paga”. Governadores e prefeitos não mais poderiam assumir dívidas que não pudessem quitar durante sua gestão.
Vários setores da economia, antes em poder do Estado, foram privatizados. Nos anos 90, bem me recordo, não havia linhas telefônicas disponíveis. Aqui, em São Paulo, a empresa estatal de telefonia vendia novas linhas para entrega num futuro incerto. O jeito era alugar as já existentes. Celulares já existiam, mas custavam caro e não completavam as ligações, davam sempre sinal de ocupado.
Não dá para afirmar que as gestões tucanas tenham sido 100% virtuosas. Havia quase tantos escândalos como agora. Mas tiveram a visão correta dos males de que padecia o País e a coragem de fazer as reformas necessárias. O custo político foi alto. Como a economia não crescia, a popularidade do governo também não. Aos petistas, que chegaram ao poder depois, coube apenas colher os resultados. Restou aos social-democratas a oposição.
Quanto à “nova classe média”, o governo acaba de encomendar pesquisa para aprender a lidar com ela. A classe média, no Brasil, já é maioria. Ela possui casa, carro e computador. E não é tola. Troca informações pela internet. Qual a mensagem que a sensibiliza? Talvez a do “espírito de fronteira”. A cultura do desafio. Algo que no passado entusiasmava os americanos e agora não existe mais. É triste. A História nos ensina que a decadência dos impérios começa onde as virtudes de seus povos terminam.
O que distingue um sonhador de um realizador é que este cuida de transformar os próprios sonhos em realidade. E, para tanto sabem que é preciso dedicar muito esforço, talento e empenho. A educação também entra nessa lista. E a “nova classe média” não espera pelas dádivas de ninguém. Ela própria financia seus estudos. Seus membros têm consciência de que ninguém lhes dará nada sem lhes exigir alguma coisa. Eles têm o sagrado direito de buscar a felicidade. E já o fazem. Mas à sua maneira.
João Mellão Neto – O Estado de S.Paulo
O século passado é apontado pelos historiadores como o “século americano”. Nos anos 70 e 80 as pessoas guardavam dólares em casa. Era uma reserva de valor. “In God we trust” (“Em Deus confiamos”) vem inscrito nas cédulas verdes. E nós – independentemente da crença no Todo-Poderoso – botávamos alguma fé também no dólar…
Hoje os EUA ameaçam uma moratória e as cotações da sua moeda estão despencando. Algo impensável poucos anos atrás. A Europa também vai mal e, com isso, a civilização ocidental fica sem referências. O século 21 promete ser dos Brics, que, com exceção da Rússia, são as únicas grandes economias que continuam crescendo (China, Índia, África do Sul e Brasil). E é a respeito do nosso país que falaremos agora.
O lulopetismo ficou encantado ao perceber, já no seu segundo mandato, que os ventos sopravam a favor do Brasil. Os preços das nossas commodities (ferro e soja, principalmente) subiram nos mercados internacionais e, assim, escapamos com poucos danos da crise financeira. Além disso, foram encontradas grandes jazidas de petróleo. Mesmo que porventura elas venham a mostrar-se economicamente inviáveis, serviram, ao menos, para criar uma grande expectativa em relação ao Brasil e aos brasileiros.
O grande líder descobriu, maravilhado, que a classe média havia crescido em tamanho e poder aquisitivo. Nosso estadista-operário tratou, então, de atribuir o fenômeno ao seu governo. “Isso foi possível graças às nossas políticas sociais”, cantam seus acólitos. “Foi tudo obra nossa”.
O andor tem de ser carregado com mais apuro. Efeitos não devem passar por causas. Não é porque tudo isso ocorreu durante a gestão petista que lhe caberiam todos os louros. Aliás, o único mérito que reconhecidamente lhe cabe, no campo econômico, é o de não ter interrompido o que já estava sendo feito.
A tão alardeada “nova classe média” é composta de pessoas que, com certeza, não são clientes do Bolsa-Família, nem de nenhum outro eventual mecanismo de transferência de renda. É mais provável que tenham emergido socialmente porque a inflação acabou. Garantida a estabilidade econômica, a oferta de crédito aumentou e mais gente pôde ter acesso a ele.
Quanto às jazidas de petróleo, apesar do alarido, há que considerar que não foram descobertas pelos petistas, mas durante o governo deles. A mais de 7 mil metros de profundidade, não há nenhuma certeza quanto à viabilidade econômica de sua extração. Nem sequer existe tecnologia para tanto, vale ressaltar.
A bem da verdade, a estabilidade não se deve tão somente ao Plano Real. O problema é que as finanças públicas estavam desarrumadas, os poderes públicos – federal, estaduais e municipais – vinham gastando muito mais do que arrecadavam. Endividavam-se todos além do razoável e se cultivava o mau hábito de repassar tais passivos aos novos governantes. “O dever acima de tudo!”, bradavam prefeitos e governadores. E como a inflação era alta, ela se encarregava de mascarar todo o processo. Para estancar de vez a sangria inflacionária não bastava um engenhoso plano econômico. Isso ficou evidente com o fracasso de todos os planos anteriores. O fim da constante elevação dos preços restabeleceu a verdade dos fatos: o problema estava no setor público.
O governo federal acabou com o déficit da União. E assumiu para si as dívidas dos Estados e municípios. Todos, a partir dali, poderiam recomeçar do zero. E para evitar que eles voltassem a se endividar foi criada a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Algo assim como o preceito popular “aqui se faz, aqui se paga”. Governadores e prefeitos não mais poderiam assumir dívidas que não pudessem quitar durante sua gestão.
Vários setores da economia, antes em poder do Estado, foram privatizados. Nos anos 90, bem me recordo, não havia linhas telefônicas disponíveis. Aqui, em São Paulo, a empresa estatal de telefonia vendia novas linhas para entrega num futuro incerto. O jeito era alugar as já existentes. Celulares já existiam, mas custavam caro e não completavam as ligações, davam sempre sinal de ocupado.
Não dá para afirmar que as gestões tucanas tenham sido 100% virtuosas. Havia quase tantos escândalos como agora. Mas tiveram a visão correta dos males de que padecia o País e a coragem de fazer as reformas necessárias. O custo político foi alto. Como a economia não crescia, a popularidade do governo também não. Aos petistas, que chegaram ao poder depois, coube apenas colher os resultados. Restou aos social-democratas a oposição.
Quanto à “nova classe média”, o governo acaba de encomendar pesquisa para aprender a lidar com ela. A classe média, no Brasil, já é maioria. Ela possui casa, carro e computador. E não é tola. Troca informações pela internet. Qual a mensagem que a sensibiliza? Talvez a do “espírito de fronteira”. A cultura do desafio. Algo que no passado entusiasmava os americanos e agora não existe mais. É triste. A História nos ensina que a decadência dos impérios começa onde as virtudes de seus povos terminam.
O que distingue um sonhador de um realizador é que este cuida de transformar os próprios sonhos em realidade. E, para tanto sabem que é preciso dedicar muito esforço, talento e empenho. A educação também entra nessa lista. E a “nova classe média” não espera pelas dádivas de ninguém. Ela própria financia seus estudos. Seus membros têm consciência de que ninguém lhes dará nada sem lhes exigir alguma coisa. Eles têm o sagrado direito de buscar a felicidade. E já o fazem. Mas à sua maneira.
João Mellão Neto – O Estado de S.Paulo
O GOVERNO GASTOU $ 54,2 MILHÕES EM FESTAS E HOMENAGENS
Os piedosos de gente pobre e outras barbaridades de siglas, gastaram 54,2 milhões na farra. Esses " democratas comunistas" , não sabem o que fazer com tanto dinheiro, porque a saúde, educação, segurança está indo às mil maravilhas.
O negócio é festejar, dançar e falar montes de baboseiras aos seus pares. A cada esquema de corrupção bem sucedido, vale festas e homenagens para essa gente de outro mundo.
E o povo humilde e os pagantes de impostos que se danem.
MOVCC
POP NEWS - Da Redação
O governo federal desembolsou R$ 54,2 milhões com festividades e homenagens em 2011, ano em que a presidente Dilma Rousseff sofreu com denúncias contra seus ministros. O balanço é da ONG Contas Abertas.
Segundo a entidade, o principal responsável pelo aumento do valor (que em 2010 chegou a R$ 45,4 milhões) foi o Ministério da Cultura, da ameaçada de degola Ana de Hollanda. A maior parte dos recursos foi aplicada pela Fundação Nacional de Artes.
O governo, por outro lado, fez cortes severos no Orçamento e diminuiu o ritmo de investimento em programas como o Minha Casa, Minha Vida, um dos principais do governo Lula.
Em 2007, os gastos com festividades e homenagens foram de R$ 17,4 milhões. Em 2009, o montante já havia saltado para R$ 31,8 milhões.
movcc
O negócio é festejar, dançar e falar montes de baboseiras aos seus pares. A cada esquema de corrupção bem sucedido, vale festas e homenagens para essa gente de outro mundo.
E o povo humilde e os pagantes de impostos que se danem.
MOVCC
POP NEWS - Da Redação
O governo federal desembolsou R$ 54,2 milhões com festividades e homenagens em 2011, ano em que a presidente Dilma Rousseff sofreu com denúncias contra seus ministros. O balanço é da ONG Contas Abertas.
Segundo a entidade, o principal responsável pelo aumento do valor (que em 2010 chegou a R$ 45,4 milhões) foi o Ministério da Cultura, da ameaçada de degola Ana de Hollanda. A maior parte dos recursos foi aplicada pela Fundação Nacional de Artes.
O governo, por outro lado, fez cortes severos no Orçamento e diminuiu o ritmo de investimento em programas como o Minha Casa, Minha Vida, um dos principais do governo Lula.
Em 2007, os gastos com festividades e homenagens foram de R$ 17,4 milhões. Em 2009, o montante já havia saltado para R$ 31,8 milhões.
movcc
SEIS POR MEIA DÚZIA
Acabei a leitura de Nomade (edição francesa), o segundo livro autobiográfico da somali Ayaan Hirsi Ali. É uma viagem e tanto. Nem tanto no espaço, afinal Mogadiscio fica a poucas horas de Amsterdã ou Nova York. Mas no tempo. Em seus quarenta e poucos anos, Ayaan varou séculos de distância. Oriunda de uma tribo na Somália, a escritora chegou às metrópoles do século XXI. De menina condenada a ser mulher de um membro da tribo qualquer, sem ter chance de não aceitar o macho que a escolheu, Ayaan foi deputada no Parlamento holandês e hoje é escritora traduzida em vários idiomas, com livre trânsito no Ocidente. Este feito não é para qualquer mortal.
A viagem de Ayaan é fascinante. Nos transporta, de uma tribo onde é preciso soprar brasas e apojar cabras para garantir o de comer, ao mundo da telefonia e do cartão de crédito. A autora transita com aisance de um universo a outro, e nos conduz, ocidentais, há séculos atrás no tempo.
Mas o final do livro, pelo menos para mim, deixou algo a desejar. Nos últimos capítulos, a autora abandona o relato autobiográfico e a narrativa das desavenças entre ocidentais e muçulmanos, para advogar uma espécie de resolução do conflito. Ayaan tem uma teoria, segundo a qual a maior parte dos muçulmanos estão em busca de um Deus redentor.
“Eles acreditam que existe uma força superior e que esta força é a provedora de toda moralidade, que ela lhes fornece uma bússola que os ajuda a distinguir o bem do mal. Muitos muçulmanos estão em busca de um conceito de Deus que, a meus olhos, corresponde à definição do deus cristão. Em lugar disso, eles encontram Alá. Eles encontram Alá porque muitos deles nasceram no seio de famílias muçulmanas onde Alá é a divindade reinante desde muitas gerações; outros se convertem ao Islã ou são filhos de convertidos”.
Até aí morreu o Neves. Todos nascemos ateus. Se assumimos qualquer religião, é em função da educação, da família e do Estado. Em minha infância – que tem até muitos pontos em comum com a de Ayaan – eu não tinha religião alguma. Até o dia em que uma catequista chegou àqueles pagos e me jogou na igreja. Nascesse eu na Somália ou em países árabes, não teria chance alguma de escapar ao islamismo. Se Ayaan encontrou Alá, eu encontrei Jeová e mais o judeu aquele. Não há como escapar. Aliás, este foi um dos argumentos que usei, quando adolescente, para negar a idéia de Deus. Se acredito no cristianismo porque nasci aqui, certamente acreditaria no islamismo porque nasci lá. Deus era então algo muito relativo.
Em um encontro com um padre católico em Roma, a escritora sugere que as Igrejas poderiam penetrar as comunidades muçulmanas e fornecer serviços como fazem os muçulmanos radicais: construir novas escolas católicas, hospitais e albergues socioculturais, como aqueles que tiveram uma função altamente civilizadora na época do colonialismo, na África.
“As igrejas dispõem de recursos, da autoridade e das motivações necessárias para converter os imigrantes muçulmanos a um modo de vida e a crenças mais modernas. Ensinem-lhes a higiene, a disciplina, a ética do trabalho e tudo em que vocês acreditam. O Ocidente está perdendo está guerra de propaganda. Mas vocês têm os meios de rivalizar com o Islã fora da Europa e de assimilar vigorosamente os muçulmanos ao interior do espaço europeu”.
Tenho minhas dúvidas. Se o Ocidente, com toda sua cultura e tecnologia, com seu luxo e fartura, com sua arte e sofisticação, não conseguiu até hoje converter os brutos, não creio que estes sejam convencidos com escolas, hospitais e albergues. Escolas, hospitais e albergues são fornecidos aos imigrantes, mas os cabeças-de-toalha não renunciarão jamais a oprimir mulheres e filhas, a cometer crimes de honra e a cortar clitóris. E a erguer o traseiro para a lua em preito a Alá.
Ayaan sugere aos europeus propor aos novos imigrantes muçulmanos o conceito de um Deus que é símbolo de amor, de tolerância, de racionalidade e de patriotismo. Se entendeu muito bem o Islã, parece no entanto não ter lido o livro em que se fundamenta toda nossa cultura. Por mais que a Bíblia fale em amor, Jeová é um deus sanguinolento, que manda matar e arrasar todas as tribos que cultuam outros deuses. A Bíblia é certamente o livro mais intolerante do Ocidente.
Mas digamos que Ayaan esteja se referindo ao Cristo. A diferença não é muita entre o velho e o novo livro. Se Jeová manda exterminar amorreus, heteus, ferezeus, cananeus, heveus, jebuseus - mais tribos do que massacrou Maomé -, o Cristo não fica atrás. Tem apenas mais espírito de síntese: quem não está comigo, está contra mim. Que ninguém espere encontrar tolerância na Bíblia.
Ayaan propõe uma troca de deuses. Em vez de um jugo de cem quilos, você porta sobre a cerviz um jugo de, digamos, vinte quilos. Ora, o homem pode muito bem viver sem jugo algum.
Verdade que viver em uma cultura cristã é bem mais confortável do que viver em outra muçulmana. O cristianismo abrandou um pouco os preceitos bárbaros do judaísmo. A hipocrisia dos católicos - o abandono e ao mesmo tempo crença nos livros antigos - tornou o Ocidente bem mais aprazível.
Mas o que autora está propondo, no fundo, é trocar seis por meia dúzia.
24 de fevereiro de 2012
janer cristaldo
A viagem de Ayaan é fascinante. Nos transporta, de uma tribo onde é preciso soprar brasas e apojar cabras para garantir o de comer, ao mundo da telefonia e do cartão de crédito. A autora transita com aisance de um universo a outro, e nos conduz, ocidentais, há séculos atrás no tempo.
Mas o final do livro, pelo menos para mim, deixou algo a desejar. Nos últimos capítulos, a autora abandona o relato autobiográfico e a narrativa das desavenças entre ocidentais e muçulmanos, para advogar uma espécie de resolução do conflito. Ayaan tem uma teoria, segundo a qual a maior parte dos muçulmanos estão em busca de um Deus redentor.
“Eles acreditam que existe uma força superior e que esta força é a provedora de toda moralidade, que ela lhes fornece uma bússola que os ajuda a distinguir o bem do mal. Muitos muçulmanos estão em busca de um conceito de Deus que, a meus olhos, corresponde à definição do deus cristão. Em lugar disso, eles encontram Alá. Eles encontram Alá porque muitos deles nasceram no seio de famílias muçulmanas onde Alá é a divindade reinante desde muitas gerações; outros se convertem ao Islã ou são filhos de convertidos”.
Até aí morreu o Neves. Todos nascemos ateus. Se assumimos qualquer religião, é em função da educação, da família e do Estado. Em minha infância – que tem até muitos pontos em comum com a de Ayaan – eu não tinha religião alguma. Até o dia em que uma catequista chegou àqueles pagos e me jogou na igreja. Nascesse eu na Somália ou em países árabes, não teria chance alguma de escapar ao islamismo. Se Ayaan encontrou Alá, eu encontrei Jeová e mais o judeu aquele. Não há como escapar. Aliás, este foi um dos argumentos que usei, quando adolescente, para negar a idéia de Deus. Se acredito no cristianismo porque nasci aqui, certamente acreditaria no islamismo porque nasci lá. Deus era então algo muito relativo.
Em um encontro com um padre católico em Roma, a escritora sugere que as Igrejas poderiam penetrar as comunidades muçulmanas e fornecer serviços como fazem os muçulmanos radicais: construir novas escolas católicas, hospitais e albergues socioculturais, como aqueles que tiveram uma função altamente civilizadora na época do colonialismo, na África.
“As igrejas dispõem de recursos, da autoridade e das motivações necessárias para converter os imigrantes muçulmanos a um modo de vida e a crenças mais modernas. Ensinem-lhes a higiene, a disciplina, a ética do trabalho e tudo em que vocês acreditam. O Ocidente está perdendo está guerra de propaganda. Mas vocês têm os meios de rivalizar com o Islã fora da Europa e de assimilar vigorosamente os muçulmanos ao interior do espaço europeu”.
Tenho minhas dúvidas. Se o Ocidente, com toda sua cultura e tecnologia, com seu luxo e fartura, com sua arte e sofisticação, não conseguiu até hoje converter os brutos, não creio que estes sejam convencidos com escolas, hospitais e albergues. Escolas, hospitais e albergues são fornecidos aos imigrantes, mas os cabeças-de-toalha não renunciarão jamais a oprimir mulheres e filhas, a cometer crimes de honra e a cortar clitóris. E a erguer o traseiro para a lua em preito a Alá.
Ayaan sugere aos europeus propor aos novos imigrantes muçulmanos o conceito de um Deus que é símbolo de amor, de tolerância, de racionalidade e de patriotismo. Se entendeu muito bem o Islã, parece no entanto não ter lido o livro em que se fundamenta toda nossa cultura. Por mais que a Bíblia fale em amor, Jeová é um deus sanguinolento, que manda matar e arrasar todas as tribos que cultuam outros deuses. A Bíblia é certamente o livro mais intolerante do Ocidente.
Mas digamos que Ayaan esteja se referindo ao Cristo. A diferença não é muita entre o velho e o novo livro. Se Jeová manda exterminar amorreus, heteus, ferezeus, cananeus, heveus, jebuseus - mais tribos do que massacrou Maomé -, o Cristo não fica atrás. Tem apenas mais espírito de síntese: quem não está comigo, está contra mim. Que ninguém espere encontrar tolerância na Bíblia.
Ayaan propõe uma troca de deuses. Em vez de um jugo de cem quilos, você porta sobre a cerviz um jugo de, digamos, vinte quilos. Ora, o homem pode muito bem viver sem jugo algum.
Verdade que viver em uma cultura cristã é bem mais confortável do que viver em outra muçulmana. O cristianismo abrandou um pouco os preceitos bárbaros do judaísmo. A hipocrisia dos católicos - o abandono e ao mesmo tempo crença nos livros antigos - tornou o Ocidente bem mais aprazível.
Mas o que autora está propondo, no fundo, é trocar seis por meia dúzia.
24 de fevereiro de 2012
janer cristaldo
CHÁVEZ PODE MORRER SE NÃO OBEDECER PRESCRIÇÃO DOS MÉDICOS. EMBARCA HOJE PARA MAIS UMA CIRURGIA EM CUBA!
Completamente em transe, Chávez segura imagem da Virgem
O caudilho Hugo Chávez, desconsiderando procedimentos de repouso e pausa no trabalho, comumente indicados pelos médicos para pacientes que padecem de câncer e se recuperam da quimioterapia, passou mais um dia agitando-se em Caracas numa encenação burlesca que tenta sensibilizar a sociedade venezuelana, cindida entre "los rojos", vermelhos bolivarianos que formam a corriola que apóia o tiranete e aquele extrato social conseqüente que luta para recolocar a Nação no caminho democrático.
Autoproclamando-se "guerrilheiro do tempo", Chávez montou um verdadeiro circo para no final anunciar que embarca nesta sexta-feira à tarde para Cuba.
Como até hoje não se sabe com exatidão em que parte do corpo do caudilho foi extraído um primeiro tumor, e agora se submeterá a uma nova cirurgia para sacar o que confessou ser uma "lesão" que pode ser maligna, os venezuelanos vivem um clima de incerteza. Como o nível de transparência é zero, os rumores proliferam sem parar.
Há quem afirme que, caso Chávez não se convença de que precisa de repouso absoluto para combater o câncer com sucesso, poderá morrer. Seu estado de saúde é delicado. Mesmo assim, o caudilho se agarra ao poder de forma enlouquecida e afirma que continuará dirigindo o país até mesmo quando for apagado pela anestesia dentro do centro cirúrgico de um hospital cubano.
O próprio vice-presidente Elías Jaua se nega a assumir a presidência na ausência de Chávez.
E se pode notar que já foi montado um amplo aparato midiático para manter Chávez no ar, em que pese a gravidade de uma cirurgia para extirpar aquilo que pode ser um novo tumor, a indicar o aparecimento de metástase, segundo já foi noticiado na imprensa internacional. Supõe-se, também, que após a cirurgia o paciente poderá ser obrigado a submeter-se a novas sessões de quimioterapia seguindo-se a radioterapia, tratamentos que têm um efeito devastador.
Como a verdade continua trancafiada por Chávez, a usina de boatos esquenta. Mais ainda pelo fato de que a Venezuela estará, a partir desta sexta-feira, com a Presidência da República praticamente acéfala.
Chegou-se a cogitar a mudança da data da eleição presidencial marcada para o dia 7 de outubro deste ano.
Entretanto, segundo matéria do site do jornal O Globo, o reitor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Vicente Díaz, negou nesta quinta-feira que, por conta da saúde de Chávez, uma mudança na data das eleições presidenciais esteja em pauta.
— Não existe nenhum dispositivo jurídico ou legal que justifique uma mudança na data da eleição por conta da doença de um candidato — disse.
Segundo ele, o assunto nem chegou a ser debatido, e as eleições presidenciais estão mantidas para 7 de outubro.
Concluindo: a Venezuela, a rigor, já vive uma ditadura comunista, que Chávez designa como Socialismo do Sécuo XXI.
Se essa situação estivesse ocorrendo apenas na Venezuela já seria um alento.
Mas esta é na verdade verdadeira, sem retoques, a realidade de praticamente todo o continente sul-americano que obedece, através de seus tiranetes, as ordens emanadas do Foro de São Paulo, a organização esquerdista fundada por Lula e o próprio Hugo Chávez et caterva para dar a direção e a estratégia para a implantação do comunismo em todo o continente.
E acreditem: isto não é uma teoria conspiratória ou um prosaico delírio. Isto é a triste realidade impulsionada pela avassaladora ignorância da maioria do povo latino-americano.
24 de fevereiro de 2012
aluizio amorim
O caudilho Hugo Chávez, desconsiderando procedimentos de repouso e pausa no trabalho, comumente indicados pelos médicos para pacientes que padecem de câncer e se recuperam da quimioterapia, passou mais um dia agitando-se em Caracas numa encenação burlesca que tenta sensibilizar a sociedade venezuelana, cindida entre "los rojos", vermelhos bolivarianos que formam a corriola que apóia o tiranete e aquele extrato social conseqüente que luta para recolocar a Nação no caminho democrático.
Autoproclamando-se "guerrilheiro do tempo", Chávez montou um verdadeiro circo para no final anunciar que embarca nesta sexta-feira à tarde para Cuba.
Como até hoje não se sabe com exatidão em que parte do corpo do caudilho foi extraído um primeiro tumor, e agora se submeterá a uma nova cirurgia para sacar o que confessou ser uma "lesão" que pode ser maligna, os venezuelanos vivem um clima de incerteza. Como o nível de transparência é zero, os rumores proliferam sem parar.
Há quem afirme que, caso Chávez não se convença de que precisa de repouso absoluto para combater o câncer com sucesso, poderá morrer. Seu estado de saúde é delicado. Mesmo assim, o caudilho se agarra ao poder de forma enlouquecida e afirma que continuará dirigindo o país até mesmo quando for apagado pela anestesia dentro do centro cirúrgico de um hospital cubano.
O próprio vice-presidente Elías Jaua se nega a assumir a presidência na ausência de Chávez.
E se pode notar que já foi montado um amplo aparato midiático para manter Chávez no ar, em que pese a gravidade de uma cirurgia para extirpar aquilo que pode ser um novo tumor, a indicar o aparecimento de metástase, segundo já foi noticiado na imprensa internacional. Supõe-se, também, que após a cirurgia o paciente poderá ser obrigado a submeter-se a novas sessões de quimioterapia seguindo-se a radioterapia, tratamentos que têm um efeito devastador.
Como a verdade continua trancafiada por Chávez, a usina de boatos esquenta. Mais ainda pelo fato de que a Venezuela estará, a partir desta sexta-feira, com a Presidência da República praticamente acéfala.
Chegou-se a cogitar a mudança da data da eleição presidencial marcada para o dia 7 de outubro deste ano.
Entretanto, segundo matéria do site do jornal O Globo, o reitor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Vicente Díaz, negou nesta quinta-feira que, por conta da saúde de Chávez, uma mudança na data das eleições presidenciais esteja em pauta.
— Não existe nenhum dispositivo jurídico ou legal que justifique uma mudança na data da eleição por conta da doença de um candidato — disse.
Segundo ele, o assunto nem chegou a ser debatido, e as eleições presidenciais estão mantidas para 7 de outubro.
Concluindo: a Venezuela, a rigor, já vive uma ditadura comunista, que Chávez designa como Socialismo do Sécuo XXI.
Se essa situação estivesse ocorrendo apenas na Venezuela já seria um alento.
Mas esta é na verdade verdadeira, sem retoques, a realidade de praticamente todo o continente sul-americano que obedece, através de seus tiranetes, as ordens emanadas do Foro de São Paulo, a organização esquerdista fundada por Lula e o próprio Hugo Chávez et caterva para dar a direção e a estratégia para a implantação do comunismo em todo o continente.
24 de fevereiro de 2012
aluizio amorim
UMA NOVA DIREITA, POR QUE NÃO?
‘Nunca é recomendável se atirar com ímpeto nas novas concepções de mundo. Primeiro, porque os radicais, apesar de ridicularizarem os nossos usos e costumes e questionarem as nossas instituições, nunca se mostraram capazes de construir algo melhor do que o que antes existia. As mudanças devem sempre existir, mas na forma de aperfeiçoamentos, jamais de ruptura. As pessoas têm de entender que o "novo" não é necessariamente melhor que o "velho".’
A resistência da opinião pública à direita se explica: a direita foi a principal força civil a sustentar a ditadura. E os militares, no período, jamais respeitaram os direitos humanos e as garantias individuais de ninguém.
Por causa disso, um fenômeno raro na maior parte do mundo ocorreu no Brasil: nas últimas eleições presidenciais os principais concorrentes eram dois candidatos assumidamente esquerdistas. Cada um deles foi apoiado por uma constelação de partidos menores cujo único ponto em comum é a inclusão das palavras social e socialista em suas siglas.
Até os mais empertigados empresários, no País, alegam ser dotados de "consciência social". Em resumo, não existe aqui nenhum partido estruturado que defenda ideias de direita.
Até segunda ordem, todos os gatos são pardos. Esse fenômeno é curioso porque as teses da direita não são de difícil entendimento, ao contrário, elas têm muito que ver com o que a maioria das pessoas pensa. O que precisa mudar é a forma de abordagem: conquistam-se os homens mais pelas ideias do que pelas baionetas.
Talvez por medo do impressionante avanço comunista durante a guerra fria, nossos melhores pensadores de direita acabaram por se engajar no movimento dos generais. Isso foi fatal para eles: perderam sua moral e sua credibilidade.
Mas o pensamento da direita ainda existe. E está bem vivo tanto na Europa como nos Estados Unidos. A maioria dos governos no Velho Continente é de direita – Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Portugal, Espanha.
Será que os povos de todos esses países simplesmente não sabem votar? Seríamos nós, aqui, nos rincões da América Latina, os únicos que conhecem a verdade? Deveríamos, então, doutriná-los, mostrar-lhes qual é, de fato, o "caminho justo"?
Na verdade, o "caminho justo" boa parte deles já conhece. E quer distância dele. São os povos da Europa do Leste, os quais, depois da 2.ª Guerra Mundial, foram obrigados a ser felizes à maneira da União Soviética.
Angela Merkel, que cresceu do lado de lá, hoje é a chanceler dos alemães. E chegou a esse posto por defender ideias conservadoras.
Afinal, o que é a direita? Ela se divide em duas vertentes: a conservadora e a liberal. E embora ambas pensem de forma semelhante, não é sempre que estão de acordo. Sobre os liberais trataremos em outro artigo. Façamos uma breve descrição do pensamento conservador.
O primeiro autor a retratar o conservadorismo foi o irlandês Edmund Burke, no final do século 18.
Seu livro Reflexões sobre a Revolução na França e sobre o Comportamento de Certas Comunidades em Londres Relativo a esse Acontecimento foi uma resposta aos excessos cometidos pela Revolução Francesa.
Segundo Burke, todas as reformas necessárias poderiam ter sido implantadas sem derramamento de sangue, ou a execução de seu rei.
E o que é o pensamento conservador? Em primeiro lugar, o conservador entende que os pensadores atuais são meros anões nos ombros de gigantes do passado. Eles acreditam enxergar mais longe, mas isso se dá unicamente em função da estatura de seus antecessores.
No que tange a ideias, tudo o que existe já foi pensado ou implantado no passado. A única que medrou foi a da democracia liberal – conceito que foi mais bem desenvolvido por Karl Popper na sua obra Sociedade Aberta e os Seus Inimigos.
Os conservadores, por entenderem – como Platão – que a prudência é a maior da virtudes, levam muito a sério o que denominam "teste do tempo".
A ideia subjacente disso é a de que o passar dos anos é o grande algoz das falsas ideias. Elas surgem, empolgam e algum tempo depois desaparecem ou caem em desuso.
Se isso é válido até para as ciências, que dirá, então, da sociedade?
O conservador entende que, apesar do gigantesco avanço tecnológico dos tempos recentes, praticamente em nada se evoluiu em termos de moral ou de política. Apesar do conforto material ser muito maior, será que tivemos algum avanço em termos de felicidade? Provavelmente, não. O homem é até mais infeliz porque foi desentranhado de seu hábitat natural. E esse hábitat era harmonioso, uma vez que fora o resultado de séculos e séculos de arranjos sociais, todos eles decorrentes de tentativas e erros através da História.
Nunca é recomendável se atirar com ímpeto nas novas concepções de mundo. Primeiro, porque os radicais, apesar de ridicularizarem os nossos usos e costumes e questionarem as nossas instituições, nunca se mostraram capazes de construir algo melhor do que o que antes existia. As mudanças devem sempre existir, mas na forma de aperfeiçoamentos, jamais de ruptura. As pessoas têm de entender que o "novo" não é necessariamente melhor que o "velho".
Outra forte razão para não dar ouvidos aos radicais é que, após tantos séculos de civilização, é, no mínimo, improvável que nós, modernos, venhamos a descobrir algo de realmente novo em termos de moral, política ou arranjos sociais.
Nenhuma idéia é plenamente nova. Tudo já foi pensado e idealizado. E se não foi implantado, é porque se mostrou inviável. Os conservadores, defendendo a idéia de que o livre-arbítrio existe, jamais culpariam a sociedade, em geral, por o malfeitor ser o que é. Todas as pessoas são dotadas de consciência, ninguém há de se compadecer dos malfeitores.
O conservador, por fim, entende que a ordem moral é um valor permanente no universo. Se uma sociedade se pautar por um forte sentido de certo e errado, por uma ordem moral duradoura e por convicções pessoais sobre honra e justiça, ela prosperará. Mas se, por outro lado, não passar de uma malta de indivíduos ignorantes das normas e convenções, voltados exclusivamente para a imediata satisfação de seus apetites primários, essa sociedade, por melhor que seja o seu governo, desaparecerá.
24 de fevereiro de 2012
João Mellão Neto – O Estado de S.Paulo
*Jornalista, foi deputado, secretário e ministro de Estado.
A resistência da opinião pública à direita se explica: a direita foi a principal força civil a sustentar a ditadura. E os militares, no período, jamais respeitaram os direitos humanos e as garantias individuais de ninguém.
Por causa disso, um fenômeno raro na maior parte do mundo ocorreu no Brasil: nas últimas eleições presidenciais os principais concorrentes eram dois candidatos assumidamente esquerdistas. Cada um deles foi apoiado por uma constelação de partidos menores cujo único ponto em comum é a inclusão das palavras social e socialista em suas siglas.
Até os mais empertigados empresários, no País, alegam ser dotados de "consciência social". Em resumo, não existe aqui nenhum partido estruturado que defenda ideias de direita.
Até segunda ordem, todos os gatos são pardos. Esse fenômeno é curioso porque as teses da direita não são de difícil entendimento, ao contrário, elas têm muito que ver com o que a maioria das pessoas pensa. O que precisa mudar é a forma de abordagem: conquistam-se os homens mais pelas ideias do que pelas baionetas.
Talvez por medo do impressionante avanço comunista durante a guerra fria, nossos melhores pensadores de direita acabaram por se engajar no movimento dos generais. Isso foi fatal para eles: perderam sua moral e sua credibilidade.
Mas o pensamento da direita ainda existe. E está bem vivo tanto na Europa como nos Estados Unidos. A maioria dos governos no Velho Continente é de direita – Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Portugal, Espanha.
Será que os povos de todos esses países simplesmente não sabem votar? Seríamos nós, aqui, nos rincões da América Latina, os únicos que conhecem a verdade? Deveríamos, então, doutriná-los, mostrar-lhes qual é, de fato, o "caminho justo"?
Na verdade, o "caminho justo" boa parte deles já conhece. E quer distância dele. São os povos da Europa do Leste, os quais, depois da 2.ª Guerra Mundial, foram obrigados a ser felizes à maneira da União Soviética.
Angela Merkel, que cresceu do lado de lá, hoje é a chanceler dos alemães. E chegou a esse posto por defender ideias conservadoras.
Afinal, o que é a direita? Ela se divide em duas vertentes: a conservadora e a liberal. E embora ambas pensem de forma semelhante, não é sempre que estão de acordo. Sobre os liberais trataremos em outro artigo. Façamos uma breve descrição do pensamento conservador.
O primeiro autor a retratar o conservadorismo foi o irlandês Edmund Burke, no final do século 18.
Seu livro Reflexões sobre a Revolução na França e sobre o Comportamento de Certas Comunidades em Londres Relativo a esse Acontecimento foi uma resposta aos excessos cometidos pela Revolução Francesa.
Segundo Burke, todas as reformas necessárias poderiam ter sido implantadas sem derramamento de sangue, ou a execução de seu rei.
E o que é o pensamento conservador? Em primeiro lugar, o conservador entende que os pensadores atuais são meros anões nos ombros de gigantes do passado. Eles acreditam enxergar mais longe, mas isso se dá unicamente em função da estatura de seus antecessores.
No que tange a ideias, tudo o que existe já foi pensado ou implantado no passado. A única que medrou foi a da democracia liberal – conceito que foi mais bem desenvolvido por Karl Popper na sua obra Sociedade Aberta e os Seus Inimigos.
Os conservadores, por entenderem – como Platão – que a prudência é a maior da virtudes, levam muito a sério o que denominam "teste do tempo".
A ideia subjacente disso é a de que o passar dos anos é o grande algoz das falsas ideias. Elas surgem, empolgam e algum tempo depois desaparecem ou caem em desuso.
Se isso é válido até para as ciências, que dirá, então, da sociedade?
O conservador entende que, apesar do gigantesco avanço tecnológico dos tempos recentes, praticamente em nada se evoluiu em termos de moral ou de política. Apesar do conforto material ser muito maior, será que tivemos algum avanço em termos de felicidade? Provavelmente, não. O homem é até mais infeliz porque foi desentranhado de seu hábitat natural. E esse hábitat era harmonioso, uma vez que fora o resultado de séculos e séculos de arranjos sociais, todos eles decorrentes de tentativas e erros através da História.
Nunca é recomendável se atirar com ímpeto nas novas concepções de mundo. Primeiro, porque os radicais, apesar de ridicularizarem os nossos usos e costumes e questionarem as nossas instituições, nunca se mostraram capazes de construir algo melhor do que o que antes existia. As mudanças devem sempre existir, mas na forma de aperfeiçoamentos, jamais de ruptura. As pessoas têm de entender que o "novo" não é necessariamente melhor que o "velho".
Outra forte razão para não dar ouvidos aos radicais é que, após tantos séculos de civilização, é, no mínimo, improvável que nós, modernos, venhamos a descobrir algo de realmente novo em termos de moral, política ou arranjos sociais.
Nenhuma idéia é plenamente nova. Tudo já foi pensado e idealizado. E se não foi implantado, é porque se mostrou inviável. Os conservadores, defendendo a idéia de que o livre-arbítrio existe, jamais culpariam a sociedade, em geral, por o malfeitor ser o que é. Todas as pessoas são dotadas de consciência, ninguém há de se compadecer dos malfeitores.
O conservador, por fim, entende que a ordem moral é um valor permanente no universo. Se uma sociedade se pautar por um forte sentido de certo e errado, por uma ordem moral duradoura e por convicções pessoais sobre honra e justiça, ela prosperará. Mas se, por outro lado, não passar de uma malta de indivíduos ignorantes das normas e convenções, voltados exclusivamente para a imediata satisfação de seus apetites primários, essa sociedade, por melhor que seja o seu governo, desaparecerá.
24 de fevereiro de 2012
João Mellão Neto – O Estado de S.Paulo
*Jornalista, foi deputado, secretário e ministro de Estado.
"SAKANAMOTO" : "EUTANÁSIA NÃO É MORTE, É DIGNIDADE"
Artigos - Aborto
Para a esquerda, aborto e eutanásia não dizem respeito à vida ou à liberdade do indivíduo, mas ao controle e à engenharia social pelo gerida pelo estado.
Hoje fui ao Blog do Sakamoto para ver quais foram os absurdos que ele andou escrevendo. Fazia já um tempo que eu não me dedicava a desmascarar suas falácias arrotadas sob o argumento de autoridade. Menos mal é que os amigos Luciano Ayan e Leonardo Bruno têm se revezado comigo neste mister, e diga-se, com grande competência e estilo.
Para quem o desconhece, Leonardo Sakamoto, por ele mesmo, é “jornalista” (tem um blog no UOL) e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Professor de Jornalismo na PUC-SP, é coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.”.
Agora vejam bem: ele é professor de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ôôô, cadê os católicos da PUC-SP? Ou todos trocaram a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo pela do purulento barbudo alemão? Então é assim: vocês empregam um sujeito que prega abertamente o aborto e a eutanásia, sem falar do comunismo, que também merece excomunhão automática?
Eu não tenho nada contra o direito de Leonardo Sakamoto e nem de ninguém proferir suas tenebrosas ideias, desde que o façam em um fórum condigno. Mas numa universidade católica? Os diretores, professores e alunos da PUC que são cristãos e que possuam um pingo de vergonha na cara têm o dever de exigir a revogação de seu contrato.
Ainda, como há muito tenho dito: respeito inteiramente o direito de alguém ser socialista e de declamar as suas convicções, segundo o direito universal de liberdade de pensamento e de expressão (nos seus respectivos quadrados, bem relembrado). Entretanto, não confiro a esta gente o direito de sustentar suas alegações com base em mentiras e empulhações. O problema é que até agora não vi um só socialista, esquerdista, progressista, petista, comunista ou o diabo vermelho que seja que não faça uso da desonestidade intelectual como instrumento de persuasão.
No caso do Leonardo Sakamoto, sua compulsão pelo logro é tanta que há de se perceber como ele mesmo acredita em suas próprias mistificações conscientemente forjadas com fim de induzir seus leitores - e consequentemente, seus alunos de cátedra – ao erro. Algo tão sintomático como o famoso dito do chefe do mensalão, José Dirceu “ - Estou cada vez mais convencido da minha inocência…”
Agora, vamos a alguns comentários sobre um de seus últimos textos. Olhem só este aqui: “Holanda fará Eutanásia em Domicílio. Por aqui, aliviar a dor é crime”
Como vocês podem constatar, já no título ele induz o leitor distraído à confusão, levando-o a concordar que drogas letais “aliviam” a dor. Ora, aliviar a dor é atenuá-la. Se eu tenho dor de cabeça, tomo um analgésico e ela, a dor, é aliviada. Como pode uma droga letal “aliviar” a dor? O que se pode dizer, quando muito, é que esta interrompe um período prolongado de sofrimento, mas não que o próprio seja aliviado!
Sem muitas delongas, o trombeteiro dos cavaleiros do apocalipse elogia a Holanda por praticar a eutanásia em domicílio, em atendimento aos pacientes que alegam o desejo de morrerem lúcidos, enquanto no Brasil o tema ainda gera “olhares de repreensão e nojo em muita gente”. Como corolário da técnica erística da inversão do discurso, o japariba (mistura de “japonês” com “paraíba”, hehe...) vem com aquele papo de que “não é uma discussão sobre a morte, mas sobre a vida e sua dignidade”. Ah, tá, me engana que eu gosto!
O que ele não diz é que é crescente o número de cidadãos holandeses que se mudam para a Alemanha e outros países para fugir de seus cruéis filhos que visam a herança e o fim do sofrimento... deles, isto é, de cuidar de seus velhos! E o que ele também não diz é sobre o grande número de pessoas que sob os pretextos mais imaginativos pretendem cometer não a eutanásia, mas o suicídio assistido, haja vista suas consideráveis probabilidades de se tratarem.
Agora imaginem a eutanásia liberada em solo sob a jurisdição do SUS! Estaria resolvido o problema da superlotação dos hospitais públicos, não é mesmo? Que tal delegarmos ao mesmo órgão que deve cuidar da saúde a prerrogativa de controlar a sua própria demanda?
Não se enganem: aborto e eutanásia nunca teve nada a ver com liberdade do indivíduo, este ser que inexiste em uma sociedade estatizada. Trata-se apenas de instrumentos de controle e de engenharia social. Em uma sociedade onde os cidadãos se vêm dependentes do estado para tudo, ele é que decidirá quem pode nascer e quem deve morrer. Dissidente do regime? Eutanásia. Filho de dissidente? Aborto! Síndrome de Down? Se vivo, injeção letal; se feto, sucção AMIU!
Há uma frase cabal para explicar bem o que o “nosso” japonês (parece que os deles ainda são melhores que os nossos, infelizmente...) pretende fazer valer: nas sociedades livres, se há dez cabeças e nove chapéus, fabrica-se mais um chapéu; nas sociedades socialistas, corta-se uma cabeça! Deu bem pra entender o recado?
Quando eu era criança, nutria certa dúvida quanto à assertiva de que Jesus Cristo liberta. Ouvia isto como uma frase de efeito, algo de marketing. Hoje, na infância da minha velhice, percebo o quanto mais livre um cristão é, frente àqueles que preferem fugir do sofrimento ao invés de enfrentá-lo. Sim, porque o sofrimento nos acomete a todos, queiramos ou não.
Por exemplo, o casamento tem, sim, muito de sacrifício, especialmente passados aqueles deslumbrantes anos iniciais. Mas é ele quem protege e educa as crianças, fornecendo a elas o direito a um lar cheio de amor. E todos nós fomos crianças um dia. Da mesma forma, o dever de estar ao lado do doente terminal nos rouba os momentos de lazer, mas quanto de verdadeiro alívio se encontra na alma daquele que se despede da vida ao sentir-se acolhido por seus próximos?
Jesus Cristo veio para oferecer vida em abundância e para todos, e o modo cristão de viver garante isto, de fato. Mas que garantia de vida e dignidade há em delegarmos ao estado o poder de interromper a vida de nascituros porque malformados, ou de uma raça minoritária, ou filho de uma classe social considerada desnecessária? Que garantia de vida há em ver crianças sem pai e mãe sendo conduzidas por burocratas que só têm números na boca e ódio no coração? Que garantia de vida há em você ficar doente e o estado optar pela eutanásia para cortar custos ou se livrar do sujeito indesejado?
Caros leitores: não hei de descansar enquanto não constatar que esse militante de sua espúria doutrina esteja desacreditado perante aqueles que se encontram sob sua esfera de influência, e vou fazer isto simplesmente assim: denunciando suas inverdades e engodos. Vai dar trabalho? Não me importa.
Klauber Cristofen Pires,
24 Fevereiro 2012
EM REPÚBLICA DE CANALHAS... INTERNET VENDE KIT PARA CANDIDATOS: PROJETO PRONTO
O candidato a vereador nas eleições de outubro em qualquer um dos 5.565 municípios brasileiros poderá dispensar o preparo técnico, político ou administrativo.
Se eleito, poderá deixar-se tomar pela preguiça.
Bastará dispor de R$ 19,90 para comprar pacotes de projetos de lei pela internet e os apresentar nos Legislativos municipais como sendo seus.
Pelo menos três endereços virtuais da rede mundial de computadores oferecem para as próximas eleições serviços especiais aos candidatos, com promessas de trabalho personalizado e até discursos exclusivos.
Os temas em pauta vão do esporte à educação, do meio ambiente ao lazer, da proteção ao idoso à proteção à mulher.
O serviço a R$ 19,90 é de propriedade do mineiro Manoel Amaral, no endereço
http://www.casadosmunicipios.com.br.
Nos sites também são oferecidas fórmulas para projetos que visam a criar casas de cultura, turismo, ouvidoria do povo, normas urbanísticas, ocupação e parcelamento do solo, editais de contratação de servidores por tempo determinado, regulamentos do INSS, etc.
Há ainda mais opções disponíveis. Pela internet, o candidato poderá receber um curso sobre lei orçamentária, autorização para a instalação de postos de combustíveis, plano de carreira de servidores, curso para dar estabilidade a servidores.
Enfim, temas do cotidiano das pessoas que vivem nos municípios e que vão votar nos vereadores que ocuparão as Câmaras Municipais nos próximos quatro anos.
Outro dono dos serviços oferecidos aos candidatos a vereador é o ex-vereador José Gilberto de Souza, de Campo Mourão, no Paraná.
Os preços são mais salgados.
Ele oferece pacotes com cerca de 1,5 mil projetos de lei.
O menor, com dez projetos, custa R$ 200.
O maior, com 100, sai por R$ 1,2 mil.
"Cada um escolhe o projeto conforme o seu perfil. Eu faço as adaptações de acordo com o tamanho da cidade e região", disse Souza ao Estado.
O jornalista Roberto Rech, dono do portal www.assessoriapolitica.com, do Rio Grande do Sul, oferece aos candidatos kits de atuação política, cursos para falar bem diante do público, discursos prontos e até assessoria de imprensa. Mas se recusa a vender projetos. "Isso é picaretagem", acusa. "Eu não faço projetos. Se alguém me procura, o oriento sobre o que deve fazer."
Rech se gaba de transformar os que assessora em campeões de aprovação de projetos.
Um deles é o atual deputado federal Giovani Cherini (PDT-RS). Ele afirmou ainda que propostas das quais teve participação, como as que determinaram a montagem de bibliotecas nas cidades, vêm sendo copiados pelos Estados e até no plano federal.
"Eu vendo boas ideias. Não projetos."
24 de fevereiro de 2012
JOÃO DOMINGOS O Estado de S. Paulo
JOÃO DOMINGOS O Estado de S. Paulo
Se eleito, poderá deixar-se tomar pela preguiça.
Bastará dispor de R$ 19,90 para comprar pacotes de projetos de lei pela internet e os apresentar nos Legislativos municipais como sendo seus.
Pelo menos três endereços virtuais da rede mundial de computadores oferecem para as próximas eleições serviços especiais aos candidatos, com promessas de trabalho personalizado e até discursos exclusivos.
Os temas em pauta vão do esporte à educação, do meio ambiente ao lazer, da proteção ao idoso à proteção à mulher.
O serviço a R$ 19,90 é de propriedade do mineiro Manoel Amaral, no endereço
http://www.casadosmunicipios.com.br.
Nos sites também são oferecidas fórmulas para projetos que visam a criar casas de cultura, turismo, ouvidoria do povo, normas urbanísticas, ocupação e parcelamento do solo, editais de contratação de servidores por tempo determinado, regulamentos do INSS, etc.
Há ainda mais opções disponíveis. Pela internet, o candidato poderá receber um curso sobre lei orçamentária, autorização para a instalação de postos de combustíveis, plano de carreira de servidores, curso para dar estabilidade a servidores.
Enfim, temas do cotidiano das pessoas que vivem nos municípios e que vão votar nos vereadores que ocuparão as Câmaras Municipais nos próximos quatro anos.
Outro dono dos serviços oferecidos aos candidatos a vereador é o ex-vereador José Gilberto de Souza, de Campo Mourão, no Paraná.
Os preços são mais salgados.
Ele oferece pacotes com cerca de 1,5 mil projetos de lei.
O menor, com dez projetos, custa R$ 200.
O maior, com 100, sai por R$ 1,2 mil.
"Cada um escolhe o projeto conforme o seu perfil. Eu faço as adaptações de acordo com o tamanho da cidade e região", disse Souza ao Estado.
O jornalista Roberto Rech, dono do portal www.assessoriapolitica.com, do Rio Grande do Sul, oferece aos candidatos kits de atuação política, cursos para falar bem diante do público, discursos prontos e até assessoria de imprensa. Mas se recusa a vender projetos. "Isso é picaretagem", acusa. "Eu não faço projetos. Se alguém me procura, o oriento sobre o que deve fazer."
Rech se gaba de transformar os que assessora em campeões de aprovação de projetos.
Um deles é o atual deputado federal Giovani Cherini (PDT-RS). Ele afirmou ainda que propostas das quais teve participação, como as que determinaram a montagem de bibliotecas nas cidades, vêm sendo copiados pelos Estados e até no plano federal.
"Eu vendo boas ideias. Não projetos."
24 de fevereiro de 2012
JOÃO DOMINGOS O Estado de S. Paulo
JOÃO DOMINGOS O Estado de S. Paulo
FACCIOSISMO E MANIQUEÍSMO
"Comissão da Verdade? Que coisa mais incompatível com um governo recheado de mentirosos públicos."
Os presidentes dos Clubes Militares foram obrigados ontem a publicar uma nota desautorizando o texto do "manifesto interclubes" que criticava a presidente Dilma Rousseff por não censurar duas de suas ministras que defenderam a revogação da Lei da Anistia.
Logo depois, porém, tanto o comunicado original como o desmentido foram retirados do site em que foram divulgados.
Dilma não gostou do teor da nota por não aceitar, segundo assessores do Planalto, qualquer tipo de desaprovação às atitudes da comandante suprema das Forças Armadas.
A presidente convocou o ministro Celso Amorim (Defesa) para pedir explicações. Ele se reuniu com os comandantes das três Forças, que negociaram com os presidentes dos clubes da Marinha, Exército e Aeronáutica a "desautorização" da publicação do documento, divulgado no site do Clube Militar no dia 16, como revelou o Estado na terça-feira.
No dia seguinte, houve a reunião de Amorim com os comandantes das três Forças e uma conversa com a presidente. Paralelamente a essa movimentação, os comandantes telefonaram aos presidentes dos três clubes a fim de que a nota crítica a Dilma fosse suprimida.
Ontem, o "comunicado interclubes" foi retirado do site no início da tarde. Por volta das 16 horas, foi divulgado um outro texto, em que os presidentes desautorizavam o comunicado anterior.
Esse desmentido, porém, não chegou a ficar meia hora no ar.
O Clube do Exército, para tentar encerrar a polêmica, retirou a nota e o desmentido, mas a celeuma já estava criada.
Acesse : www.clubemilitar.com.br (Vejam a semana da verdade)
Críticas.
Apesar de terem sido obrigados a recuar e, com isso, não criar uma crise militar, os presidentes dos clubes não se conformam com as críticas que têm recebido e temem que a Comissão da Verdade só ouça um dos lados na hora de trabalhar.
Os presidentes dos clubes da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, e da Marinha, almirante Ricardo da Veiga Cabral, disseram que em momento algum quiseram criticar a presidente.
Para eles, a nota foi uma "precipitação", no momento em que os principais assuntos para a categoria são a defasagem salarial e a necessidade de reaparelhamento das Forças.
O almirante Veiga Cabral, no entanto, classificou como "provocação" as falas das ministras das Mulheres, Eleonora Menicucci, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. Eleonora, em seu discurso de posse no início do mês, teria tecido "críticas exacerbadas aos governos militares".
Já Maria do Rosário teria incentivado, mais de uma vez, que pessoas que se considerassem atingidas por fatos ocorridos durante a ditadura poderiam ingressar com ações na Justiça.
"Não podemos ficar parados. É natural que haja uma reação porque não é possível ficarmos sendo desafiados de um lado e engolirmos sapo de outro. A vida é assim, a cada ação tem uma reação", comentou.
O almirante ressalvou que embora os militares, mesmo na reserva, estejam sujeitos ao Estatuto dos Militares, "os clubes não estão subordinados ao Poder Executivo".
Depois de ressaltar também a "independência" dos Clubes Militares, lembrando que "não é o governo nem os comandos" que mandam na instituição, o brigadeiro Baptista endossou as palavras do almirante que "estranhou" as declarações das duas ministras.
"Não quero tocar fogo, mas não podemos admitir que queiram amordaçar os clubes. Não podem e não vão conseguir fazer isso", disse.
TÂNIA MONTEIRO / O Estado de S. Paulo
Dilma intervém em crítica de militares
Os presidentes dos Clubes Militares foram obrigados ontem a publicar uma nota desautorizando o texto do "manifesto interclubes" que criticava a presidente Dilma Rousseff por não censurar duas de suas ministras que defenderam a revogação da Lei da Anistia.
Logo depois, porém, tanto o comunicado original como o desmentido foram retirados do site em que foram divulgados.
Dilma não gostou do teor da nota por não aceitar, segundo assessores do Planalto, qualquer tipo de desaprovação às atitudes da comandante suprema das Forças Armadas.
A presidente convocou o ministro Celso Amorim (Defesa) para pedir explicações. Ele se reuniu com os comandantes das três Forças, que negociaram com os presidentes dos clubes da Marinha, Exército e Aeronáutica a "desautorização" da publicação do documento, divulgado no site do Clube Militar no dia 16, como revelou o Estado na terça-feira.
No dia seguinte, houve a reunião de Amorim com os comandantes das três Forças e uma conversa com a presidente. Paralelamente a essa movimentação, os comandantes telefonaram aos presidentes dos três clubes a fim de que a nota crítica a Dilma fosse suprimida.
Ontem, o "comunicado interclubes" foi retirado do site no início da tarde. Por volta das 16 horas, foi divulgado um outro texto, em que os presidentes desautorizavam o comunicado anterior.
Esse desmentido, porém, não chegou a ficar meia hora no ar.
O Clube do Exército, para tentar encerrar a polêmica, retirou a nota e o desmentido, mas a celeuma já estava criada.
Acesse : www.clubemilitar.com.br (Vejam a semana da verdade)
Críticas.
Apesar de terem sido obrigados a recuar e, com isso, não criar uma crise militar, os presidentes dos clubes não se conformam com as críticas que têm recebido e temem que a Comissão da Verdade só ouça um dos lados na hora de trabalhar.
Os presidentes dos clubes da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, e da Marinha, almirante Ricardo da Veiga Cabral, disseram que em momento algum quiseram criticar a presidente.
Para eles, a nota foi uma "precipitação", no momento em que os principais assuntos para a categoria são a defasagem salarial e a necessidade de reaparelhamento das Forças.
O almirante Veiga Cabral, no entanto, classificou como "provocação" as falas das ministras das Mulheres, Eleonora Menicucci, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. Eleonora, em seu discurso de posse no início do mês, teria tecido "críticas exacerbadas aos governos militares".
Já Maria do Rosário teria incentivado, mais de uma vez, que pessoas que se considerassem atingidas por fatos ocorridos durante a ditadura poderiam ingressar com ações na Justiça.
"Não podemos ficar parados. É natural que haja uma reação porque não é possível ficarmos sendo desafiados de um lado e engolirmos sapo de outro. A vida é assim, a cada ação tem uma reação", comentou.
O almirante ressalvou que embora os militares, mesmo na reserva, estejam sujeitos ao Estatuto dos Militares, "os clubes não estão subordinados ao Poder Executivo".
Depois de ressaltar também a "independência" dos Clubes Militares, lembrando que "não é o governo nem os comandos" que mandam na instituição, o brigadeiro Baptista endossou as palavras do almirante que "estranhou" as declarações das duas ministras.
"Não quero tocar fogo, mas não podemos admitir que queiram amordaçar os clubes. Não podem e não vão conseguir fazer isso", disse.
TÂNIA MONTEIRO / O Estado de S. Paulo
Dilma intervém em crítica de militares
ACORDA, AMOR!
Sem mais o que fazer, Maria do Rosário inventou a Comissão da Verdade. É só uma coisa assim tipo boi de piranha. Corta fundo e joga no rio pra ver o que vai dar.
Na realidade, o cheiro de enrosco está no ar. O pepino é tão indigesto que a primeira-mulher-presidenta Dilma não se animou ainda a escolher os membros virís do duro organismo. Ainda que alguns zés diurceus já tenham se oferecido para a hora da revanche.
Mesmo que nunca antes na história desse país tenha havido uma oposição tão água-morna, tão pirão-sem-sal, a banda larga que está no poder já há uma década, não quer correr qualquer risco de voltar às portas de fábricas para pedir emprego. O pessoal teria que mostrar um mínimo de aptidão para ser admitido.
Então, uma comissãozinha que mexa com os brios dos militares - mesmo que já estejam de pijama - provoca uma pronta reação e, como vem acontecendo com qualquer greve, qualquer balbúrdia em complexos de favela, ou morros que ainda não desabaram, o governo chama o Exército e a Força Nacional.
Prende, arrebenta e se mantém impávido e colosso no palácio que ocupa com tamanho deslumbre e tão indescritível prazer que o pesadelo virou sonho.
Já é hora do Chico Buarque mudar a letra do "Acorda, amor!". Ao invés de "chama o ladrão, chama o ladrão!" canta aí "chama o quartel, chama o quartel"!
24 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia
Na realidade, o cheiro de enrosco está no ar. O pepino é tão indigesto que a primeira-mulher-presidenta Dilma não se animou ainda a escolher os membros virís do duro organismo. Ainda que alguns zés diurceus já tenham se oferecido para a hora da revanche.
Mesmo que nunca antes na história desse país tenha havido uma oposição tão água-morna, tão pirão-sem-sal, a banda larga que está no poder já há uma década, não quer correr qualquer risco de voltar às portas de fábricas para pedir emprego. O pessoal teria que mostrar um mínimo de aptidão para ser admitido.
Então, uma comissãozinha que mexa com os brios dos militares - mesmo que já estejam de pijama - provoca uma pronta reação e, como vem acontecendo com qualquer greve, qualquer balbúrdia em complexos de favela, ou morros que ainda não desabaram, o governo chama o Exército e a Força Nacional.
Prende, arrebenta e se mantém impávido e colosso no palácio que ocupa com tamanho deslumbre e tão indescritível prazer que o pesadelo virou sonho.
Já é hora do Chico Buarque mudar a letra do "Acorda, amor!". Ao invés de "chama o ladrão, chama o ladrão!" canta aí "chama o quartel, chama o quartel"!
24 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia
O MEDO QUE O PT TEM DO SERRA
Hoje o chefe da sofisticada organização criminosa do Mensalão(*) publica artigo analisando a entrada de José Serra na sucessão paulistana, trazendo à tona, novamente, as “renúncias” do tucano, como se isso tivesse algum significado para o eleitor.
Na verdade, eles sabem que a derrota é certa, se o PSDB deixar de ouvir os "mil e poucos" e passar a ouvir os eleitores, que são a sua verdadeira militância. Recentemente publicamos um post que desmantela este argumento.
Serra pode ser prefeito e renunciar de novo, que mais de 50% dos paulistanos vai apoiar. Se é isto que o PT tem contra o Serra, já que não tem coragem de assumir as calúnias do livro-dossiê, vai ser muito fácil vencer o candidato do kit gay e das fraudes no Enem... Leia abaixo um trecho do que escrevemos aqui:
Em 2004, a cidade de São Paulo elegeu Serra como prefeito com 54,86% dos votos. Em 2006, após ter renunciado ao cargo para concorrer ao governo do Estado, o tucano obteve 53,08% dos votos paulistanos e venceu a eleição no primeiro turno.
Em 2010, concorrendo à presidência da República, José Serra obteve 53,64% dos votos da maior cidade do país. Nunca Serra obteve menos de 50% dos votos na cidade. E, salvo engano, 50% mais 1 continua sendo o número para ganhar eleição até mesmo contra inimigos na trincheira.
Então que babaquice é esta de que a cidade de São Paulo tem mágoa por Serra ter renunciado ao cargo de prefeito? A cidade tem é o maior orgulho do seu maior político, tanto é que continua votando nele, na mesma proporção, em qualquer eleição.
(*) segundo afirmação do Procurador Geral da República, na denúncia do Mensalão.
24 de fevereiro de 2012
coroneLeaks
Na verdade, eles sabem que a derrota é certa, se o PSDB deixar de ouvir os "mil e poucos" e passar a ouvir os eleitores, que são a sua verdadeira militância. Recentemente publicamos um post que desmantela este argumento.
Serra pode ser prefeito e renunciar de novo, que mais de 50% dos paulistanos vai apoiar. Se é isto que o PT tem contra o Serra, já que não tem coragem de assumir as calúnias do livro-dossiê, vai ser muito fácil vencer o candidato do kit gay e das fraudes no Enem... Leia abaixo um trecho do que escrevemos aqui:
Em 2004, a cidade de São Paulo elegeu Serra como prefeito com 54,86% dos votos. Em 2006, após ter renunciado ao cargo para concorrer ao governo do Estado, o tucano obteve 53,08% dos votos paulistanos e venceu a eleição no primeiro turno.
Em 2010, concorrendo à presidência da República, José Serra obteve 53,64% dos votos da maior cidade do país. Nunca Serra obteve menos de 50% dos votos na cidade. E, salvo engano, 50% mais 1 continua sendo o número para ganhar eleição até mesmo contra inimigos na trincheira.
Então que babaquice é esta de que a cidade de São Paulo tem mágoa por Serra ter renunciado ao cargo de prefeito? A cidade tem é o maior orgulho do seu maior político, tanto é que continua votando nele, na mesma proporção, em qualquer eleição.
(*) segundo afirmação do Procurador Geral da República, na denúncia do Mensalão.
24 de fevereiro de 2012
coroneLeaks
MINHA AVÓ É BICICLETA
Está ficando cada vez mais claro que as versões futebolística e carnavalesca da Gaviões da Fiel tem a cara, o corpo e o espírito do "jeito PT de governar".
E, mais claro ainda está ficando que esse "Jeito PT de governar" tem a cara e o espírito do seu torcedor de camarote e muso inspirador de todo e qualquer enredo: Luiz Erário Lula da Silva.
Os laranjas luláticos já colocaram o bloco dos blindados na rua a fim de livrar a cara dos esculhambadores da Gaviões.
Mauro Marcelo, um delegado unha-e-carne com Zé Dirceu, o chefe da quadrilhas dos mensaleiros - segundo processo parado no Supremo, e ligado ao presidente de honra do PT e do Instituto dele mesmo, acaba de assumir a coordenação das “investigações” da arruaça patife dos donos das escolas de samba de São Paulo.
Mauro Marcelo, para quem quiser saber, foi diretor-geral da Agencia Brasileira de Inteligência (Abin) nos bons tempos do tão ínclito quanto impuro governo Lula Vivinho da Silva
Dizem, marias e clarices que ele defende a tese de que o roubo de votos foi orquestrado por um bloco de escolas de partido alto.
Com isso, ele já bota uma pedra no caminho da punição dos envolvidos. Tá na cara que é pra lá de complicado punir um monte de escolas e mais a Liga.
Quanto maior for o bolo fecal dessas escolas que estão doidinhas para serem acusadas, mais inviável ficará o rebaixamento da Casa Verde e da Gaviões da Fiel, ridícula detentora do 9° e merecido lugar em que acabou ficando, contrariando os prognósticos da agnóstica momesca dona Marisa Letícia, destaque da escola corintiana.
Ela entende tão pouco de carnaval que, no meio da empolgação, segredou para seu par no palanque alegórico; "acho que vamos ganhar". Esquecida, pobre desmemoriaada, do que é a sina de carregar um pé-frio nas costas.
De volta à marginal da passarela, necessário é dizer-se que não há nenhuma surpresa nesse tipo de comportamento rebelde e esculhambador.
Pular a cerca, roubar documentos, chutar o balde e o pau do barracão do samba foi apenas o "jeito lulático de ser e mandar fazer" que a gente já conhece desde outros carnavais.
Eles vão fazer com o carnaval o que estão fazendo com o maior e mais característico escândalo da Era Lulática: empurrar os carros alegóricos com a barriga.
Basta agora o delegado amigo alegar, na blindagem programada que “é preciso aguardar a conclusão do inquérito”. Mais tarde “esperar pela sentença transitada em julgado”.
E assim como era no princípio com os mensaleiros, será com a Gaviões e seu bloco de bandalhos, por todos os séculos, dos séculos, amém.
Se a Gaviões da Fiel - no futebol como no carnaval - não é a cara do "jeito PT de governar", minha avó é bicicleta. E não é que é?!?
Carlos Eduardo Behrensdorf
24 de fevereiro e 2012
E, mais claro ainda está ficando que esse "Jeito PT de governar" tem a cara e o espírito do seu torcedor de camarote e muso inspirador de todo e qualquer enredo: Luiz Erário Lula da Silva.
Os laranjas luláticos já colocaram o bloco dos blindados na rua a fim de livrar a cara dos esculhambadores da Gaviões.
Mauro Marcelo, um delegado unha-e-carne com Zé Dirceu, o chefe da quadrilhas dos mensaleiros - segundo processo parado no Supremo, e ligado ao presidente de honra do PT e do Instituto dele mesmo, acaba de assumir a coordenação das “investigações” da arruaça patife dos donos das escolas de samba de São Paulo.
Mauro Marcelo, para quem quiser saber, foi diretor-geral da Agencia Brasileira de Inteligência (Abin) nos bons tempos do tão ínclito quanto impuro governo Lula Vivinho da Silva
Dizem, marias e clarices que ele defende a tese de que o roubo de votos foi orquestrado por um bloco de escolas de partido alto.
Com isso, ele já bota uma pedra no caminho da punição dos envolvidos. Tá na cara que é pra lá de complicado punir um monte de escolas e mais a Liga.
Quanto maior for o bolo fecal dessas escolas que estão doidinhas para serem acusadas, mais inviável ficará o rebaixamento da Casa Verde e da Gaviões da Fiel, ridícula detentora do 9° e merecido lugar em que acabou ficando, contrariando os prognósticos da agnóstica momesca dona Marisa Letícia, destaque da escola corintiana.
Ela entende tão pouco de carnaval que, no meio da empolgação, segredou para seu par no palanque alegórico; "acho que vamos ganhar". Esquecida, pobre desmemoriaada, do que é a sina de carregar um pé-frio nas costas.
De volta à marginal da passarela, necessário é dizer-se que não há nenhuma surpresa nesse tipo de comportamento rebelde e esculhambador.
Pular a cerca, roubar documentos, chutar o balde e o pau do barracão do samba foi apenas o "jeito lulático de ser e mandar fazer" que a gente já conhece desde outros carnavais.
Eles vão fazer com o carnaval o que estão fazendo com o maior e mais característico escândalo da Era Lulática: empurrar os carros alegóricos com a barriga.
Basta agora o delegado amigo alegar, na blindagem programada que “é preciso aguardar a conclusão do inquérito”. Mais tarde “esperar pela sentença transitada em julgado”.
E assim como era no princípio com os mensaleiros, será com a Gaviões e seu bloco de bandalhos, por todos os séculos, dos séculos, amém.
Se a Gaviões da Fiel - no futebol como no carnaval - não é a cara do "jeito PT de governar", minha avó é bicicleta. E não é que é?!?
Carlos Eduardo Behrensdorf
24 de fevereiro e 2012
ESPECIALISTA DO IMIL CRITICA FALTA DE CLAREZA EM NOVA POSIÇÃO DO PT EM RELAÇÃO À PRIVATIZAÇÃO
“O governo do PT, incansável crítico e combatente voraz da ‘privataria tucana’, concedeu à iniciativa privada três dos principais aeroportos do país (Guarulhos, Brasília e Viracopos) pela assustadora quantia de R$ 24,5 bilhões”. Assim escreve o advogado e especialista do Instituto Millenium, Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr, em no artigo “A privataria dos incoerentes“.
Para o especialista, a possbilidade de evolução e mudança de pensamento é disponível a todos “mas, na política, a retomada ou mudança de posicionamentos passados deve ser publicamente justificada, sob pena de tornar a palavra em mero joguete dos interesses momentâneos”.
O artigo destaca a mudança de discurso quanto a abertura à privatização abordada como “entreguismo estatal” pelo Partido dos Trabalhadores durante anos.
O especialista Carlos Pereira, professor titular da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV), em entrevista ao Instituto Millenium, acredita que “o fato de o governo não ter privatizado uma maior parte dos aeroportos sinaliza um conjunto de atores preconceituosos com a política de privatização”.
Para o especialista, o governo quer agradar a dois setores da sociedade: o movimento sindical e ao mercado, mas que, essa mudança pode ser um primeiro passo positivo para a privatização de outros setores, de forma mais eficiente.
Leia o artigo “A privataria dos incoerentes“, de Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr.
Confira: “Para Carlos Pereira, o controle do governo ainda sinaliza preconceito com a política de privatização“
24 de fevereiro de 2012
Comunicação Millenium
Para o especialista, a possbilidade de evolução e mudança de pensamento é disponível a todos “mas, na política, a retomada ou mudança de posicionamentos passados deve ser publicamente justificada, sob pena de tornar a palavra em mero joguete dos interesses momentâneos”.
O artigo destaca a mudança de discurso quanto a abertura à privatização abordada como “entreguismo estatal” pelo Partido dos Trabalhadores durante anos.
O especialista Carlos Pereira, professor titular da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV), em entrevista ao Instituto Millenium, acredita que “o fato de o governo não ter privatizado uma maior parte dos aeroportos sinaliza um conjunto de atores preconceituosos com a política de privatização”.
Para o especialista, o governo quer agradar a dois setores da sociedade: o movimento sindical e ao mercado, mas que, essa mudança pode ser um primeiro passo positivo para a privatização de outros setores, de forma mais eficiente.
Leia o artigo “A privataria dos incoerentes“, de Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr.
Confira: “Para Carlos Pereira, o controle do governo ainda sinaliza preconceito com a política de privatização“
24 de fevereiro de 2012
Comunicação Millenium
SÓ FALTOU O TESTE DO BAFÔMETRO
O comandante-geral das UPPs - Unidades de Polícia Pacificadora, do governo Sérgio Cabral e outros tantos asseclas, foi assaltado dentro de viatura.
O coronel Rogério Seabra estava em veículo descaracterizado quando foi abordado em falsa blitz.
Tomaram tudo dele e muito mais. Os bandidos levaram junto o moral da tropa de elite. Agora o comandante já sabe como está dando certo a política de segurança pública dos cariocas.
O que não se entende nisso tudo é o olhar de incredulidade do cidadão Seabra, diante de um feito que é absolutamente normal no cotidiano do Rio de Janeiro. Só faltou um pouquinho mais de tempo para a bandidagem exigir o teste de bafômetro.
24 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia
O coronel Rogério Seabra estava em veículo descaracterizado quando foi abordado em falsa blitz.
Tomaram tudo dele e muito mais. Os bandidos levaram junto o moral da tropa de elite. Agora o comandante já sabe como está dando certo a política de segurança pública dos cariocas.
O que não se entende nisso tudo é o olhar de incredulidade do cidadão Seabra, diante de um feito que é absolutamente normal no cotidiano do Rio de Janeiro. Só faltou um pouquinho mais de tempo para a bandidagem exigir o teste de bafômetro.
24 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia
E NÃO COMUNICOU O NOVO ENDEREÇO...
Desconfio até do nome. Comissão da Verdade? Que coisa mais incompatível com um governo recheado de mentirosos públicos. Desde quando, senhores, a verdade se tornou instrumento da política? Talvez não exista nessa atividade algo tão seviciado e tão fracionado em metades e quartas partes. Eleitoralmente, a mentira funciona muito melhor do que a verdade.
A ideia de formar uma comissão de sete pessoas (essa conta só pode ser ato falho) designadas por uma oitava diretamente interessada nos rumos do trabalho contraria elementares princípios metodológicos. Ademais, se para escolher seus ministros, supostamente um colegiado sobre o qual incidem exigências superiores, a presidente andou na escuridão, quem lhe entregará uma boa lanterna para designar essa versão tupiniquim dos sete sábios da Grécia?
Pois é. Mas o Congresso Nacional julgou tudo muito bem pensado e aprovou sem pestanejar, com os votos do governo e muitos – valha-nos Deus! – da oposição. De fato, a racionalidade foi embora e não comunicou o novo endereço.
Não estou dizendo que seja desnecessário ou inconveniente esclarecer a situação de mortos e desaparecidos. Há famílias interessadas em tais respostas e é justo buscá-las. Mas essa questão, profundamente humana, é apenas marginal nas motivações. O que queriam mesmo, desde que se tornaram hegemônicos, era acabar com a anistia e levar a julgamento seus inimigos de então. Como o STF não deixou, criaram o próprio tribunal e, cautelosamente, reservaram a seus crimes solene indulgência plenária: “Nós fora! Lutávamos pela democracia!”.
Haverá quem acredite? Não só não eram democratas como escarneciam de quem fosse. Por outro lado, as lições de pensadores como Aristóteles, Tomás de Aquino e Francisco de Vitória sobre o direito de resistência à tirania em nada os socorrem. Faltava-lhes condição essencial de legitimidade, representada pela luta por uma causa nobre.
A causa deles, financiados e treinados pelo comunismo internacional, não tinha nobreza alguma. Mundo afora, produzia vítimas aos milhões. Era radicalmente totalitária. O povo, por isso, jamais os apoiou. É preciso ter perdido o senso de realidade para afirmar diferente. Moviam-se pelo mesmo ódio que inspirava Che Guevara, guerrilheiro modelo, quando discorria sobre o “ódio como fator de luta” para transformar o militante em “fria máquina de matar”. O mesmo que ensinava Marighella, o venerado camarada, em seu manualzinho do guerrilheiro urbano.
A anistia, com seus efeitos jurídicos e políticos, seguiu um princípio ético e político superior – o princípio do perdão. E lhes franqueou o poder. Mas quem assume o ódio como categoria do seu ser político não consegue operar sem ele.
A comissão é filha desse sentimento. Longe de mim, que fique claro, proteger torturadores de direita ou guerrilheiros e terroristas de esquerda. Suas maldades os credenciam a cantos bem quentes do inferno. O objetivo dessa comissão, já bem verbalizado, é um acerto unilateral de contas.
Não reconheceriam a verdade nem se trombassem com ela, nua e crua, numa tarde ensolarada. Mas a definirão em reunião caseira, tomando chimarrão. Estabelecerão um tribunal de exceção. Arbitrariamente e à margem do ordenamento jurídico, submeterão pessoas a linchamento moral (pena de exposição pública, sem julgamento formal nem direito de defesa). O que fará o Poder Judiciário ante uma zorra dessas?
Para concluir. Merece pouco crédito o apreço por direitos humanos de quem, periodicamente, vai a Cuba soluçar nostalgias no cangote de Fidel Castro. Aliás, se em vez de brasileiros fossem cubanos e criassem, por lá, uma comissão da verdade, iriam investigar sabem o quê? Os crimes de Fulgêncio Batista…
24 de fevereiro de 2012
Percival Puggina
A ideia de formar uma comissão de sete pessoas (essa conta só pode ser ato falho) designadas por uma oitava diretamente interessada nos rumos do trabalho contraria elementares princípios metodológicos. Ademais, se para escolher seus ministros, supostamente um colegiado sobre o qual incidem exigências superiores, a presidente andou na escuridão, quem lhe entregará uma boa lanterna para designar essa versão tupiniquim dos sete sábios da Grécia?
Pois é. Mas o Congresso Nacional julgou tudo muito bem pensado e aprovou sem pestanejar, com os votos do governo e muitos – valha-nos Deus! – da oposição. De fato, a racionalidade foi embora e não comunicou o novo endereço.
Não estou dizendo que seja desnecessário ou inconveniente esclarecer a situação de mortos e desaparecidos. Há famílias interessadas em tais respostas e é justo buscá-las. Mas essa questão, profundamente humana, é apenas marginal nas motivações. O que queriam mesmo, desde que se tornaram hegemônicos, era acabar com a anistia e levar a julgamento seus inimigos de então. Como o STF não deixou, criaram o próprio tribunal e, cautelosamente, reservaram a seus crimes solene indulgência plenária: “Nós fora! Lutávamos pela democracia!”.
Haverá quem acredite? Não só não eram democratas como escarneciam de quem fosse. Por outro lado, as lições de pensadores como Aristóteles, Tomás de Aquino e Francisco de Vitória sobre o direito de resistência à tirania em nada os socorrem. Faltava-lhes condição essencial de legitimidade, representada pela luta por uma causa nobre.
A causa deles, financiados e treinados pelo comunismo internacional, não tinha nobreza alguma. Mundo afora, produzia vítimas aos milhões. Era radicalmente totalitária. O povo, por isso, jamais os apoiou. É preciso ter perdido o senso de realidade para afirmar diferente. Moviam-se pelo mesmo ódio que inspirava Che Guevara, guerrilheiro modelo, quando discorria sobre o “ódio como fator de luta” para transformar o militante em “fria máquina de matar”. O mesmo que ensinava Marighella, o venerado camarada, em seu manualzinho do guerrilheiro urbano.
A anistia, com seus efeitos jurídicos e políticos, seguiu um princípio ético e político superior – o princípio do perdão. E lhes franqueou o poder. Mas quem assume o ódio como categoria do seu ser político não consegue operar sem ele.
A comissão é filha desse sentimento. Longe de mim, que fique claro, proteger torturadores de direita ou guerrilheiros e terroristas de esquerda. Suas maldades os credenciam a cantos bem quentes do inferno. O objetivo dessa comissão, já bem verbalizado, é um acerto unilateral de contas.
Não reconheceriam a verdade nem se trombassem com ela, nua e crua, numa tarde ensolarada. Mas a definirão em reunião caseira, tomando chimarrão. Estabelecerão um tribunal de exceção. Arbitrariamente e à margem do ordenamento jurídico, submeterão pessoas a linchamento moral (pena de exposição pública, sem julgamento formal nem direito de defesa). O que fará o Poder Judiciário ante uma zorra dessas?
Para concluir. Merece pouco crédito o apreço por direitos humanos de quem, periodicamente, vai a Cuba soluçar nostalgias no cangote de Fidel Castro. Aliás, se em vez de brasileiros fossem cubanos e criassem, por lá, uma comissão da verdade, iriam investigar sabem o quê? Os crimes de Fulgêncio Batista…
24 de fevereiro de 2012
Percival Puggina
QUADRILHEIROS DE LULA E DIRCEU TENTAM BLINDAR CÚMPLICES DE "GAVIÕES"
Um delegado ligado ao ex-ministro José Dirceu e ao ex-presidente Lula assumiu a coordenação das “investigações” do ato de banditismo de dirigentes de escolas de samba de São Paulo. O delegado Mauro Marcelo, ex-diretor-geral da Agencia Brasileira de Inteligência (Abin) do governo Lula, aprecia a tese de que o roubo de votos foi orquestrado por meia dúzia de escolas.
O objetivo seria dificultar a punição dos envolvidos: afinal, ficaria muito complicado punir seis escolas e a Liga.
Cortina de fumaça
O número maior de escolas acusadas inviabilizaria o rebaixamento da Casa Verde e Gaviões da Fiel, que de fato estariam por trás do crime.
Ordem é ‘melar’
Assim como os bandidos tentaram “melar” a apuração, a ideia dos lulistas, segredada a esta coluna, é “melar” a punição dos Gaviões.
Impunidade à vista
Na blindagem, primeiro alega-se é que “é preciso aguardar a conclusão do inquérito”; depois, “aguardar a sentença transitada em julgado”.
Já o PCC...
O delegado Mauro Marcelo poderia aproveitar e investigar suspeitas de suposto envolvimento de membros da Gaviões da Fiel com o PCC.
24 de fevereiro de 2012
Claudio Humberto
O objetivo seria dificultar a punição dos envolvidos: afinal, ficaria muito complicado punir seis escolas e a Liga.
Cortina de fumaça
O número maior de escolas acusadas inviabilizaria o rebaixamento da Casa Verde e Gaviões da Fiel, que de fato estariam por trás do crime.
Ordem é ‘melar’
Assim como os bandidos tentaram “melar” a apuração, a ideia dos lulistas, segredada a esta coluna, é “melar” a punição dos Gaviões.
Impunidade à vista
Na blindagem, primeiro alega-se é que “é preciso aguardar a conclusão do inquérito”; depois, “aguardar a sentença transitada em julgado”.
Já o PCC...
O delegado Mauro Marcelo poderia aproveitar e investigar suspeitas de suposto envolvimento de membros da Gaviões da Fiel com o PCC.
24 de fevereiro de 2012
Claudio Humberto
A MAIOR LAVANDERIA DE DINHEIRO DO MUNDO AMEAÇA FALIR. A SUIÇA ESTREMECE.
Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão ofegantes. Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a uma morte ou estão velando um moribundo. Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o "segredo bancário" suíço.
O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama. O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira: a UBS - União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para defraudar o fisco.
O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos. Os suíços, então, passaram os nomes. E a vida bancária foi retomada tranquilamente.
Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado. Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS forneça o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais! O banco protestou.
A Suíça está temerosa.
O partido de extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição federal.
Mas como resistir?
A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios. Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido. O segredo bancário suíço não é coisa recente.Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde 1714.
No início do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.
Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe económica.
Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma falência da União de Bancos Suíços custaria 300 bilhões de francos suíços.E não se trata apenas do UBS.Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira.
O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no segredo bancário, fazem frutificar três trilhões de dólares de fortunas privadas estrangeiras.
Os ativos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente minoritários.
Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no conjunto dos mercados financeiros offshore do mundo, bem à frente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente.
Na Suíça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos.O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um caráter sacramental.Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos atos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra deve macular, e realizam-se em silêncio e recolhimento.
Onde pararam as fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi?
Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu, do Zaire; Eduardo dos Santos, de Angola; dos Barões da droga Colombiana; Papa-Doc, do Haiti; Mugabe, do Zimbabwe... e da Máfia Russa?
Quantos atuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis e outros instalados no poder, até em cargos mais discretos como Prefeitos de Municípios, têm polpudas "gatunadas" contas na Suíça?
Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, tornam-se impossíbilitadas de serem alcançadas pelos legítimos (!?) herdeiros ou pelos países que foram espoliados ?
Por exemplo, por que após a morte de Mobutu os seus filhos nunca conseguiram entrar na Suíça?... Tudo lá ficou para sempre e em segredo .
Agora, surge um outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim, (em preparação ao encontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado) chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos fiscais.
"Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel.
No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro britânico Alistair Darling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias.
Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adotadas contra os paraísos fiscais.
Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário.Mas até agora, em razão da prosperidade econômica mundial, todas as tentativas foram abortadas.
Hoje, estamos em crise. Viva a crise !!!
Barack Obama, quando era senador, denunciou com perseverança a imoralidade desses remansos de paz para o dinheiro corrompido.Hoje ele é presidente. É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no país.Nos anos 30, os americanos conseguiram caçar Al Capone.Sob que pretexto? Fraude fiscal !
Para muito breve, a queda do império financeiro suíço.
Demorou....!
24 de fevereiro de 2012
Gilles Lapouge
O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama. O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira: a UBS - União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para defraudar o fisco.
O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos. Os suíços, então, passaram os nomes. E a vida bancária foi retomada tranquilamente.
Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado. Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS forneça o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais! O banco protestou.
A Suíça está temerosa.
O partido de extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição federal.
Mas como resistir?
A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios. Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido. O segredo bancário suíço não é coisa recente.Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde 1714.
No início do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.
Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe económica.
Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma falência da União de Bancos Suíços custaria 300 bilhões de francos suíços.E não se trata apenas do UBS.Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira.
O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no segredo bancário, fazem frutificar três trilhões de dólares de fortunas privadas estrangeiras.
Os ativos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente minoritários.
Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no conjunto dos mercados financeiros offshore do mundo, bem à frente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente.
Na Suíça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos.O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um caráter sacramental.Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos atos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra deve macular, e realizam-se em silêncio e recolhimento.
Onde pararam as fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi?
Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu, do Zaire; Eduardo dos Santos, de Angola; dos Barões da droga Colombiana; Papa-Doc, do Haiti; Mugabe, do Zimbabwe... e da Máfia Russa?
Quantos atuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis e outros instalados no poder, até em cargos mais discretos como Prefeitos de Municípios, têm polpudas "gatunadas" contas na Suíça?
Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, tornam-se impossíbilitadas de serem alcançadas pelos legítimos (!?) herdeiros ou pelos países que foram espoliados ?
Por exemplo, por que após a morte de Mobutu os seus filhos nunca conseguiram entrar na Suíça?... Tudo lá ficou para sempre e em segredo .
Agora, surge um outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim, (em preparação ao encontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado) chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos fiscais.
"Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel.
No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro britânico Alistair Darling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias.
Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adotadas contra os paraísos fiscais.
Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário.Mas até agora, em razão da prosperidade econômica mundial, todas as tentativas foram abortadas.
Hoje, estamos em crise. Viva a crise !!!
Barack Obama, quando era senador, denunciou com perseverança a imoralidade desses remansos de paz para o dinheiro corrompido.Hoje ele é presidente. É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no país.Nos anos 30, os americanos conseguiram caçar Al Capone.Sob que pretexto? Fraude fiscal !
Para muito breve, a queda do império financeiro suíço.
Demorou....!
24 de fevereiro de 2012
Gilles Lapouge
LULA NÃO PERMITIU PRÉVIAS NO PT E SERRA BANCA A ESFINGE NO PSDB, SEM SUBMETER SEU NOME AO PARTIDO
A realização de prévias é um instrumento democrático para escolha de candidatos, não há a menor dúvida. É uma pena que políticos de renome demonstrem tamanho desprezo pelas prévias, como vem ocorrendo em São Paulo, por exemplo.
No PT, que tinha sete pré-candidatos, estava tudo certo para a realização das prévias, até que o ex-presidente Lula baixou um ato institucional, digamos assim, e fez prevalecer sua opinião pessoal, entronizando como candidato único o então ministro da Educação, Fernando Haddad, que jamais disputou uma eleição.
O caso do PSDB paulista é um pouco diferente, mas inclui o mesmo desprezo pelas prévias. O PSDB divulgou quinta-feira a cédula eletrônica que será utilizada na prévia que deve definir o candidato do partido a prefeito de São Paulo, mas dela só constam quatro pré-candidatos: os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli.
E José Serra, como fica? O governador Geraldo Alckmin prometeu que falaria com Serra no feriado de Carnaval para ter uma definição. Mas veio a quarta-feira de cinzas e se soube que não aconteceu definição alguma.
Até quando Serra vai continuar bancando a Esfinge, sem dizer se é candidato ou não? Toda eleição é a mesma coisa. Serra fica esperando ser aclamado… Deve ter algum problema, um complexo qualquer, sei lá. O que fica claro nisso tudo é o desprezo que Serra devota ao partido e aos companheiros.
24 de fevereiro de 2012
Carlos Newton
No PT, que tinha sete pré-candidatos, estava tudo certo para a realização das prévias, até que o ex-presidente Lula baixou um ato institucional, digamos assim, e fez prevalecer sua opinião pessoal, entronizando como candidato único o então ministro da Educação, Fernando Haddad, que jamais disputou uma eleição.
O caso do PSDB paulista é um pouco diferente, mas inclui o mesmo desprezo pelas prévias. O PSDB divulgou quinta-feira a cédula eletrônica que será utilizada na prévia que deve definir o candidato do partido a prefeito de São Paulo, mas dela só constam quatro pré-candidatos: os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli.
E José Serra, como fica? O governador Geraldo Alckmin prometeu que falaria com Serra no feriado de Carnaval para ter uma definição. Mas veio a quarta-feira de cinzas e se soube que não aconteceu definição alguma.
Até quando Serra vai continuar bancando a Esfinge, sem dizer se é candidato ou não? Toda eleição é a mesma coisa. Serra fica esperando ser aclamado… Deve ter algum problema, um complexo qualquer, sei lá. O que fica claro nisso tudo é o desprezo que Serra devota ao partido e aos companheiros.
24 de fevereiro de 2012
Carlos Newton
OU O BRASIL ACABA COM O "CUSTO BRASÍLIA", OU...
O brasileiro fica duas vezes mais rico assim que cruza qualquer fronteira para fora do país.
O Jornal da Globo mostrou ontem que a febre das compras no exterior dos nossos turistas chegou a tal ponto que os aviões com rotas dos Estados Unidos para o Brasil tiveram até de alterar seus cálculos de autonomia e passar a carregar mais gasolina do que costumavam fazer antes para transportar o peso extra das bagagens que não para de crescer.
E eu aqui falando dessa fronteirazinha tênue entre o Brasil estatal e o Brasil privado que se sente no próprio esqueleto ao passar das estradas para as ruas de São Paulo!
Essa volúpia de compras do brasileiro no exterior é fenômeno do mesmo departamento. É a “nova classe media”, que tem o bolso muito mais raso que o dos brasileiros que costumavam viajar antes, experimentando pela primeira vez a fascinante experiência de viver sem ser roubada.
Chega lá fora e simplesmente não acredita nos preços sem o custo Brasília que encontra para os mesmos produtos que consome aqui.
Não é que se esbalda de comprar pra torrar o que não tem. Faz isso pra economizar.
Compra as passagens da família toda, paga o hotel, passeia socegado pelas ruas à noite, monta o guarda roupa de todos para o ano inteiro e, tudo somado, ainda sai mais barato do que fazer só as compras aqui.
Por que?
Pela mesma razão que um container vem do interior da China até o Porto de Santos por US$ 2 mil, e custa os mesmos US$ 2 mil para levá-lo do Porto de Santos até São Paulo, 80 quilômetros serra acima: porque lá não tem o custo Brasília.
A gente se acostumou a olhar pra este país coberto de carrapatos e não sentir arrepios. E como aqui até o mais miserável mendigo tem o seu privilegiosinho oficial concedido por algum desses patriotas que aparecem todos os dias no “horário eleitoral gratuito”, convém a todos acreditar quando o nosso presidente nos diz que “todo mundo é assim”.
Não é não.
A prova está na nossa cara mas aqui de dentro a gente não vê. Quando põe um pé lá fora é que a coisa bate.
E o resumo é o seguinte: não dá pra sustentar Brasília e, ao mesmo tempo, uma infraestrutura minimamente competitiva. As duas coisas juntas simplesmente não cabem naquele terço que Brasília toma a cada ano da sexta maior economia do mundo.
O imposto mais alto do mundo somado à pior infraestrutura do mundo - o custo Brasília – implica o massacre da industria nacional a que vimos assistindo. Mas como o custo Brasília é imexível porque sem ele não ha mamabilidade o jeito é aumentar o “custo Mundo” na marra tacando imposto nas importações e botando a Polícia Federal pra rebolar nos aeroportos confiscando a comprinha barata do aprendiz de classe média brasileiro.
Se você tem mais de 50 anos, já viu esse filme antes. Se não tem tome tento: ou o Brasil acaba com o custo Brasília, ou o custo Brasília acaba com o Brasil.
24 de fevereiro de 2012
vespeiro
by fernaslm
O Jornal da Globo mostrou ontem que a febre das compras no exterior dos nossos turistas chegou a tal ponto que os aviões com rotas dos Estados Unidos para o Brasil tiveram até de alterar seus cálculos de autonomia e passar a carregar mais gasolina do que costumavam fazer antes para transportar o peso extra das bagagens que não para de crescer.
E eu aqui falando dessa fronteirazinha tênue entre o Brasil estatal e o Brasil privado que se sente no próprio esqueleto ao passar das estradas para as ruas de São Paulo!
Essa volúpia de compras do brasileiro no exterior é fenômeno do mesmo departamento. É a “nova classe media”, que tem o bolso muito mais raso que o dos brasileiros que costumavam viajar antes, experimentando pela primeira vez a fascinante experiência de viver sem ser roubada.
Chega lá fora e simplesmente não acredita nos preços sem o custo Brasília que encontra para os mesmos produtos que consome aqui.
Não é que se esbalda de comprar pra torrar o que não tem. Faz isso pra economizar.
Compra as passagens da família toda, paga o hotel, passeia socegado pelas ruas à noite, monta o guarda roupa de todos para o ano inteiro e, tudo somado, ainda sai mais barato do que fazer só as compras aqui.
Por que?
Pela mesma razão que um container vem do interior da China até o Porto de Santos por US$ 2 mil, e custa os mesmos US$ 2 mil para levá-lo do Porto de Santos até São Paulo, 80 quilômetros serra acima: porque lá não tem o custo Brasília.
A gente se acostumou a olhar pra este país coberto de carrapatos e não sentir arrepios. E como aqui até o mais miserável mendigo tem o seu privilegiosinho oficial concedido por algum desses patriotas que aparecem todos os dias no “horário eleitoral gratuito”, convém a todos acreditar quando o nosso presidente nos diz que “todo mundo é assim”.
Não é não.
A prova está na nossa cara mas aqui de dentro a gente não vê. Quando põe um pé lá fora é que a coisa bate.
E o resumo é o seguinte: não dá pra sustentar Brasília e, ao mesmo tempo, uma infraestrutura minimamente competitiva. As duas coisas juntas simplesmente não cabem naquele terço que Brasília toma a cada ano da sexta maior economia do mundo.
O imposto mais alto do mundo somado à pior infraestrutura do mundo - o custo Brasília – implica o massacre da industria nacional a que vimos assistindo. Mas como o custo Brasília é imexível porque sem ele não ha mamabilidade o jeito é aumentar o “custo Mundo” na marra tacando imposto nas importações e botando a Polícia Federal pra rebolar nos aeroportos confiscando a comprinha barata do aprendiz de classe média brasileiro.
Se você tem mais de 50 anos, já viu esse filme antes. Se não tem tome tento: ou o Brasil acaba com o custo Brasília, ou o custo Brasília acaba com o Brasil.
24 de fevereiro de 2012
vespeiro
by fernaslm
DEMOCRACIA É ORDEM TAMBÉM
Artigos - Governo do PT
Um trabalho permanente, sistemático, vem sendo feito no sentido de a sociedade brasileira ir se acostumando com a falta de autoridade, de austeridade, de disciplina, de respeito às instituições. A corrupção virou fato corriqueiro; a impunidade aos baderneiros que ocupam universidades, repartições públicas e bloqueiam estradas são usuais. Ninguém pode ter segurança em casa, uma vez que as armas são reservadas aos bandidos.
O mérito para ocupar uma função de responsabilidade passa a ser item secundário. O importante é saber quem indica. O cidadão que ousa trabalhar por conta própria, dentro da lei, é perseguido – ou por impostos exagerados ou riscos trabalhistas inimagináveis ou ainda pelo simples achaque de todo tipo de funcionário público com um mínimo de poder, desde o guarda da esquina ao fiscal.
Na área rural, é mais grave ainda a perseguição para quem insiste em plantar e colher. Sem falar nos serviços públicos, deixando a desejar.
Querem deixar mal, perante a história e a população, os militares, que cumpriram com seus deveres, por ocasião da tentativa de se criar uma base no interior para uma guerra civil, com fins de implantar um regime totalitário e cruel. Nunca se tratou de democratas que enfrentavam um governo autoritário (pelas circunstâncias históricas daquele momento). E, mesmo se assim fosse, aquele jamais seria o caminho, ao
se jogar com a vida de inocentes e de iludidos.
O Brasil sabe que muito deve, e a maioria reconhece, a seus soldados. Estiveram no poder como numa missão, e logo que possível promoveram a abertura.
A crise está aí. Devemos pensar em coisas produtivas, em ensino, saúde, emprego, produção, qualidade no que fazemos. Para isso, precisamos de paz , amor, união e confiança. A paz e a união são necessárias para nós, mas muito mais para nossos filhos e netos. Não vamos nos dividir nem permitir que se jogue uns contra os outros. Seria pena jogar fora uma história de conciliação e de integração, sob todos os aspectos.
As forças vivas da nacionalidade, a começar pelos empresários, devem reagir contra os que tentam a todo custo dividir e tumultuar a vida brasileira, com invenções tipo "quilombolas", com a impunidade às ilegalidades do MST, e exagero dos ambientalistas que barram obras. Como está não pode ficar.
Aristóteles Drummond.
24 Fevereiro 2012
Publicado no Diário do Comércio.
Um trabalho permanente, sistemático, vem sendo feito no sentido de a sociedade brasileira ir se acostumando com a falta de autoridade, de austeridade, de disciplina, de respeito às instituições. A corrupção virou fato corriqueiro; a impunidade aos baderneiros que ocupam universidades, repartições públicas e bloqueiam estradas são usuais. Ninguém pode ter segurança em casa, uma vez que as armas são reservadas aos bandidos.
O mérito para ocupar uma função de responsabilidade passa a ser item secundário. O importante é saber quem indica. O cidadão que ousa trabalhar por conta própria, dentro da lei, é perseguido – ou por impostos exagerados ou riscos trabalhistas inimagináveis ou ainda pelo simples achaque de todo tipo de funcionário público com um mínimo de poder, desde o guarda da esquina ao fiscal.
Na área rural, é mais grave ainda a perseguição para quem insiste em plantar e colher. Sem falar nos serviços públicos, deixando a desejar.
Querem deixar mal, perante a história e a população, os militares, que cumpriram com seus deveres, por ocasião da tentativa de se criar uma base no interior para uma guerra civil, com fins de implantar um regime totalitário e cruel. Nunca se tratou de democratas que enfrentavam um governo autoritário (pelas circunstâncias históricas daquele momento). E, mesmo se assim fosse, aquele jamais seria o caminho, ao
se jogar com a vida de inocentes e de iludidos.
O Brasil sabe que muito deve, e a maioria reconhece, a seus soldados. Estiveram no poder como numa missão, e logo que possível promoveram a abertura.
A crise está aí. Devemos pensar em coisas produtivas, em ensino, saúde, emprego, produção, qualidade no que fazemos. Para isso, precisamos de paz , amor, união e confiança. A paz e a união são necessárias para nós, mas muito mais para nossos filhos e netos. Não vamos nos dividir nem permitir que se jogue uns contra os outros. Seria pena jogar fora uma história de conciliação e de integração, sob todos os aspectos.
As forças vivas da nacionalidade, a começar pelos empresários, devem reagir contra os que tentam a todo custo dividir e tumultuar a vida brasileira, com invenções tipo "quilombolas", com a impunidade às ilegalidades do MST, e exagero dos ambientalistas que barram obras. Como está não pode ficar.
Aristóteles Drummond.
24 Fevereiro 2012
Publicado no Diário do Comércio.
OFICIAIS NA RESERVA FICAM PTS DA VIDA COM CENSURA DO GENERAL ENZO AO MANIFESTO INTERCLU BES MILITARES
O Núcleo que trabalha internamente contra as Forças Armadas jogou a favor de mais uma pressão anti-democrática do Governo do Crime Organizado. O comandante do Exército, Enzo Perri, deu pessoalmente a ordem para que fosse retirado do ar e “desautorizado” o teor do “Manifesto Interclubes Militares”. O texto cobrava da presidenta e chefona-em-Comando Dilma Rousseff uma manifestação democrática diante de declarações revanchistas e inconstitucionais (contra a Lei de Anistia) feitas pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e pela nova ministra da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci.
Ontem, depois da censura política imposta pelo General Enzo, no site do Clube Militar chegou a ser postada uma mensagem lacônica, logo retirada do ar: "Com relação à nota Manifesto Interclubes Militares de 16/02/2012 os presidentes dos clubes militares desautorizam o referido documento". O manifesto foi assinado por militares na reserva: os presidentes do Clube Militar, General de Exército Renato Cesar Tibau Costa, do Clube Naval, Vice-Almirante Ricardo Cabral e do Clube da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista.
O manifesto, que assustou os oficiais melancias e irritou o Palhaço do Planalto (símbolo vivo do podre poder da República Sindical-capimunista dos Petralhas), foi direto ao ponto: "Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos".
Maria do Rosário ameaçara os militares, com a tese revanchista de que a Comissão da Verdade (que investigará violações aos direitos humanos durante o regime) pode levar a punições criminais. Os militares ficaram PTs da vida com Maria do Rosário por ela ter esquecido que o Supremo Tribunal Federal já assegurou que a Lei da Anistia (de 1979) continua valendo para todos os casos.
Eleonora Menicucci, ex-companheira de prisão de Dilma e parceira dela em grupos terroristas de esquerda na década de 60-70, criticou a dita-dura em discurso. Na festinha do seu aniversário de 32 anos, o PT também provocou os militares, resolvendo que deve resgatar seu papel na retomada da democracia. A “democracia” deles, com atos de ameaças e censura inconstitucionais, só pode ser traduzida como o “governo do Demo”. Militares da reserva ficaram PTs da vida com a ordem do General Enzo que favoreceu o revanchismo petralha.
Releia a íntegra do manifesto (agora oficialmente desautorizado) aqui no Alerta Total: http://www.alertatotal.net/2012/02/manifesto-interclubes-militares.html
Exército de Verdade
Vale a pena assistir a este vídeo que mostra a verdadeira face do Exército Brasileiro na Defesa da Pátria.
Tomara que a explanação do General Villas-Boas também não seja censurada e acabe retirada do ar por ordens superiores dadas por integrantes melancias do Núcleo que parece sonhar com a “quinta estrela” (a vermelha dos petralhas).
24 de fevereiro de 2012
Por Jorge Serrão
Ontem, depois da censura política imposta pelo General Enzo, no site do Clube Militar chegou a ser postada uma mensagem lacônica, logo retirada do ar: "Com relação à nota Manifesto Interclubes Militares de 16/02/2012 os presidentes dos clubes militares desautorizam o referido documento". O manifesto foi assinado por militares na reserva: os presidentes do Clube Militar, General de Exército Renato Cesar Tibau Costa, do Clube Naval, Vice-Almirante Ricardo Cabral e do Clube da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista.
O manifesto, que assustou os oficiais melancias e irritou o Palhaço do Planalto (símbolo vivo do podre poder da República Sindical-capimunista dos Petralhas), foi direto ao ponto: "Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos".
Maria do Rosário ameaçara os militares, com a tese revanchista de que a Comissão da Verdade (que investigará violações aos direitos humanos durante o regime) pode levar a punições criminais. Os militares ficaram PTs da vida com Maria do Rosário por ela ter esquecido que o Supremo Tribunal Federal já assegurou que a Lei da Anistia (de 1979) continua valendo para todos os casos.
Eleonora Menicucci, ex-companheira de prisão de Dilma e parceira dela em grupos terroristas de esquerda na década de 60-70, criticou a dita-dura em discurso. Na festinha do seu aniversário de 32 anos, o PT também provocou os militares, resolvendo que deve resgatar seu papel na retomada da democracia. A “democracia” deles, com atos de ameaças e censura inconstitucionais, só pode ser traduzida como o “governo do Demo”. Militares da reserva ficaram PTs da vida com a ordem do General Enzo que favoreceu o revanchismo petralha.
Releia a íntegra do manifesto (agora oficialmente desautorizado) aqui no Alerta Total: http://www.alertatotal.net/2012/02/manifesto-interclubes-militares.html
Exército de Verdade
Vale a pena assistir a este vídeo que mostra a verdadeira face do Exército Brasileiro na Defesa da Pátria.
Tomara que a explanação do General Villas-Boas também não seja censurada e acabe retirada do ar por ordens superiores dadas por integrantes melancias do Núcleo que parece sonhar com a “quinta estrela” (a vermelha dos petralhas).
24 de fevereiro de 2012
Por Jorge Serrão
JORNAL GLOBAL TIMES DIZ QUE A CHINA NÃO MUDA SEU VOTO SOBRE A SÍRIA NA ONU
24 de fevereiro de 2012
Editorial do Global Times, Pequim
A coragem do país, de manifestar-se com clareza e de manter-se firme em sua posição, merece elogios. Mas alguns jornais da mídia ocidental costumam ridicularizar algumas nações, entre as quais China e Rússia, por suas decisões.
A influência da China está aumentando no mundo. O ocidente bem fará, se reduzir suas expectativas de que a China se absterá, nas votações em que a China entenda que se deva posicionar contra o que o ocidente deseja. Agrade ou não ao ocidente, é importante que dediquem mais séria consideração à China.
A política serve para defender interesses nacionais no cenário global. As potências ocidentais têm o privilégio de interpretar interesses e ética conforme mais lhes interesse, porque exercem óbvio domínio sobre a opinião pública em seus países. Os 12 países que manifestaram votos diferentes do voto das potências ocidentais na ONU, foram rotulados de “não éticos”. A China jamais se deixará enganar por essa hipocrisia.
Na Assembleia Geral da ONU em novembro, só EUA e Israel votaram contra um projeto de resolução sobre Cuba. Os EUA posicionaram-se ali muito mais isolados que as 12 nações que votaram contra, na Assembleia Geral da 5ª-feira. Washington agiu contra a opinião pública global, apesar do monopólio que tem sobre os mais ricos recursos do mundo e sobre os meios para direcionar o desenvolvimento do mundo.
A China deve agir com firmeza, confiante e proativamente, para implementar sua estratégia diplomática. O voto da China, que manifesta a posição de 1/5 da população do planeta, tem de ser recebido com o respeito a que faz jus.
É erro cerrar fileiras cegamente ao lado do ocidente em todas as votações. Ouvem-se frequentemente chamamentos online para que a China vote de acordo com “valores universais”. Mas não passam de reflexo de vozes públicas que sempre se repetem.
Valores ocidentais que se opõem ao crescimento da China seguidamente se infiltram nos assuntos globais e, consequentemente, visam a enfraquecer a China de vários modos. Conforme a China cresce, crescem também as pressões a serem enfrentadas. E a China parece ser alvo fácil para parte da imprensa ocidental.
O mal-estar que alguns chineses sentem ao ouvir acusações que o ocidente nos faz são resultado da falta de confiança. A confiança só cresce quando se analisam os fatos, de uma perspectiva histórica.
Temos de esvaziar aquela visão estereotipada da China. A China é hoje o ator mais disposto a fazer concessões para evitar confrontos. Melhor faria o ocidente se olhasse a China e visse um país que não cria dificuldades desnecessárias, mas jamais se furta a enfrentar as dificuldades reais.
Somos nação pacífica, que há mais de duas décadas não se envolve em conflitos militares: agudo contraste com países como os EUA e a Grã-Bretanha que, no mesmo período, se envolveram em numerosas guerras. E agora, supõem que tenham lições de justiça a nos ensinar. Com certeza, todos percebem a ironia que há nesse movimento.
24 de fevereiro de 2012
Editorial do Global Times, Pequim
Editorial do Global Times, Pequim
A coragem do país, de manifestar-se com clareza e de manter-se firme em sua posição, merece elogios. Mas alguns jornais da mídia ocidental costumam ridicularizar algumas nações, entre as quais China e Rússia, por suas decisões.
A influência da China está aumentando no mundo. O ocidente bem fará, se reduzir suas expectativas de que a China se absterá, nas votações em que a China entenda que se deva posicionar contra o que o ocidente deseja. Agrade ou não ao ocidente, é importante que dediquem mais séria consideração à China.
A política serve para defender interesses nacionais no cenário global. As potências ocidentais têm o privilégio de interpretar interesses e ética conforme mais lhes interesse, porque exercem óbvio domínio sobre a opinião pública em seus países. Os 12 países que manifestaram votos diferentes do voto das potências ocidentais na ONU, foram rotulados de “não éticos”. A China jamais se deixará enganar por essa hipocrisia.
Na Assembleia Geral da ONU em novembro, só EUA e Israel votaram contra um projeto de resolução sobre Cuba. Os EUA posicionaram-se ali muito mais isolados que as 12 nações que votaram contra, na Assembleia Geral da 5ª-feira. Washington agiu contra a opinião pública global, apesar do monopólio que tem sobre os mais ricos recursos do mundo e sobre os meios para direcionar o desenvolvimento do mundo.
A China deve agir com firmeza, confiante e proativamente, para implementar sua estratégia diplomática. O voto da China, que manifesta a posição de 1/5 da população do planeta, tem de ser recebido com o respeito a que faz jus.
É erro cerrar fileiras cegamente ao lado do ocidente em todas as votações. Ouvem-se frequentemente chamamentos online para que a China vote de acordo com “valores universais”. Mas não passam de reflexo de vozes públicas que sempre se repetem.
Valores ocidentais que se opõem ao crescimento da China seguidamente se infiltram nos assuntos globais e, consequentemente, visam a enfraquecer a China de vários modos. Conforme a China cresce, crescem também as pressões a serem enfrentadas. E a China parece ser alvo fácil para parte da imprensa ocidental.
O mal-estar que alguns chineses sentem ao ouvir acusações que o ocidente nos faz são resultado da falta de confiança. A confiança só cresce quando se analisam os fatos, de uma perspectiva histórica.
Temos de esvaziar aquela visão estereotipada da China. A China é hoje o ator mais disposto a fazer concessões para evitar confrontos. Melhor faria o ocidente se olhasse a China e visse um país que não cria dificuldades desnecessárias, mas jamais se furta a enfrentar as dificuldades reais.
Somos nação pacífica, que há mais de duas décadas não se envolve em conflitos militares: agudo contraste com países como os EUA e a Grã-Bretanha que, no mesmo período, se envolveram em numerosas guerras. E agora, supõem que tenham lições de justiça a nos ensinar. Com certeza, todos percebem a ironia que há nesse movimento.
24 de fevereiro de 2012
Editorial do Global Times, Pequim
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