Importações e exportações do país somaram US$ 3,87 tri em 2012
PEQUIM A China ultrapassou, pela primeira vez, os EUA e se tornou a maior potência comercial do mundo em 2012, pelo critério do fluxo comercial (soma de exportações e importações de bens), revelaram dados oficiais dos dois países.
As exportações e importações americanas no ano passado somaram US$ 3,82 trilhões, de acordo com relatório do Departamento de Comércio dos EUA divulgado na semana passada.
Já a agência de administração de bens da China anunciou mês passado que o total de vendas e compras externas alcançaram US$ 3,87 trilhões.
A crescente influência da China no comércio mundial ameaça desmantelar blocos regionais comerciais, à proporção que o gigante asiático se torna o parceiro comercial mais importante para alguns países.
De acordo com o economista britânico Jim O’Neill, do Goldman Sachs Group, até o fim da década a Alemanha pode exportar duas vezes mais para a China do que faz hoje para a França.
— Para muitos países em todo o mundo, a China está se tornando rapidamente o parceiro bilateral mais importante — diz O’Neill, conhecido por ter cunhado a sigla Bric para se referir às potências emergentes Brasil, Rússia, Índia e China. — Neste ritmo, até o fim da década, muitos países europeus estarão mantendo mais trocas comerciais individuais com a China do que com seus parceiros bilaterais europeus.
Liderança americana
Levando-se em consideração também os serviços, o comércio total dos EUA somou US$ 4,93 trilhões em 2012, segundo o Escritório de Análise Econômica dos EUA (BEA, da sigla em inglês). O país obteve um superávit recorde em serviços de US$ 195,3 bilhões no período, e um déficit no comércio de bens de mais de US$ 700 bilhões, de acordo com dados do BEA divulgados na última sexta-feira. Já o superávit chinês, medido em bens, somou US$ 231,1 bilhões. A China não divulga os dados de serviço.
A economia americana também é o dobro do tamanho da chinesa, de acordo com estimativas do Banco Mundial (Bird). Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) alcançou US$ 15 trilhões, ao passo que o da China somou US$ 7,3 trilhões.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China anunciou em janeiro que, no ano passado, o PIB do país totalizou 51,93 trilhões de yuans (US$ 8,3 trilhões).
— É extraordinário que uma economia que é apenas uma fração do tamanho da economia americana tenha um volume comercial tão grande — disse Nicholas Lardy, do Peterson Institute for International Economics, em Washington, acrescentando que o aumento do volume comercial chinês não se deve totalmente ao desvalorizado yuan, usado como apoio às exportações, pois as importações vêm crescendo mais rapidamente do que as exportações desde 2007.
Os EUA se tornaram a maior potência comercial após a Segunda Guerra Mundial, como líder do redesenho da arquitetura financeira e comercial global no pós-guerra.
Já a China, após décadas de isolamento sob o regime de Mao Tse Tung, morto em 1976, começou a focar no comércio e no investimento estrangeiro para turbinar sua economia. O crescimento econômico do país teve uma média impressionante de 9,9% por ano entre 1978 e o ano passado.
A China se tornou o maior exportador mundial em 2009, ao passo que os EUA se mantêm como os maiores importadores, absorvendo US$ 2,2 trilhões em bens no ano passado, frente a US$ 1,82 trilhão em importações chinesas.
As exportações e importações americanas no ano passado somaram US$ 3,82 trilhões, de acordo com relatório do Departamento de Comércio dos EUA divulgado na semana passada.
Já a agência de administração de bens da China anunciou mês passado que o total de vendas e compras externas alcançaram US$ 3,87 trilhões.
A crescente influência da China no comércio mundial ameaça desmantelar blocos regionais comerciais, à proporção que o gigante asiático se torna o parceiro comercial mais importante para alguns países.
De acordo com o economista britânico Jim O’Neill, do Goldman Sachs Group, até o fim da década a Alemanha pode exportar duas vezes mais para a China do que faz hoje para a França.
— Para muitos países em todo o mundo, a China está se tornando rapidamente o parceiro bilateral mais importante — diz O’Neill, conhecido por ter cunhado a sigla Bric para se referir às potências emergentes Brasil, Rússia, Índia e China. — Neste ritmo, até o fim da década, muitos países europeus estarão mantendo mais trocas comerciais individuais com a China do que com seus parceiros bilaterais europeus.
Liderança americana
Levando-se em consideração também os serviços, o comércio total dos EUA somou US$ 4,93 trilhões em 2012, segundo o Escritório de Análise Econômica dos EUA (BEA, da sigla em inglês). O país obteve um superávit recorde em serviços de US$ 195,3 bilhões no período, e um déficit no comércio de bens de mais de US$ 700 bilhões, de acordo com dados do BEA divulgados na última sexta-feira. Já o superávit chinês, medido em bens, somou US$ 231,1 bilhões. A China não divulga os dados de serviço.
A economia americana também é o dobro do tamanho da chinesa, de acordo com estimativas do Banco Mundial (Bird). Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) alcançou US$ 15 trilhões, ao passo que o da China somou US$ 7,3 trilhões.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China anunciou em janeiro que, no ano passado, o PIB do país totalizou 51,93 trilhões de yuans (US$ 8,3 trilhões).
— É extraordinário que uma economia que é apenas uma fração do tamanho da economia americana tenha um volume comercial tão grande — disse Nicholas Lardy, do Peterson Institute for International Economics, em Washington, acrescentando que o aumento do volume comercial chinês não se deve totalmente ao desvalorizado yuan, usado como apoio às exportações, pois as importações vêm crescendo mais rapidamente do que as exportações desde 2007.
Os EUA se tornaram a maior potência comercial após a Segunda Guerra Mundial, como líder do redesenho da arquitetura financeira e comercial global no pós-guerra.
Já a China, após décadas de isolamento sob o regime de Mao Tse Tung, morto em 1976, começou a focar no comércio e no investimento estrangeiro para turbinar sua economia. O crescimento econômico do país teve uma média impressionante de 9,9% por ano entre 1978 e o ano passado.
A China se tornou o maior exportador mundial em 2009, ao passo que os EUA se mantêm como os maiores importadores, absorvendo US$ 2,2 trilhões em bens no ano passado, frente a US$ 1,82 trilhão em importações chinesas.
12 de fevereiro de 2013
Da Bloomberg News