"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

CHINA ULTRAPASSA EUA E SE TORNA A MAIOR POTÊNCIA COMERCIAL GLOBAL

Importações e exportações do país somaram US$ 3,87 tri em 2012

No porto. Cargueiro chinês no porto de Tóquio: desde 2007, gigante asiático é o maior exportador de bens do mundo Foto: Toru Yamanaka/AFP
No porto. Cargueiro chinês no porto de Tóquio: desde 2007, gigante asiático é o maior exportador de bens do mundoToru Yamanaka/AFP
 
PEQUIM A China ultrapassou, pela primeira vez, os EUA e se tornou a maior potência comercial do mundo em 2012, pelo critério do fluxo comercial (soma de exportações e importações de bens), revelaram dados oficiais dos dois países.
As exportações e importações americanas no ano passado somaram US$ 3,82 trilhões, de acordo com relatório do Departamento de Comércio dos EUA divulgado na semana passada.
Já a agência de administração de bens da China anunciou mês passado que o total de vendas e compras externas alcançaram US$ 3,87 trilhões.

A crescente influência da China no comércio mundial ameaça desmantelar blocos regionais comerciais, à proporção que o gigante asiático se torna o parceiro comercial mais importante para alguns países.
De acordo com o economista britânico Jim O’Neill, do Goldman Sachs Group, até o fim da década a Alemanha pode exportar duas vezes mais para a China do que faz hoje para a França.
— Para muitos países em todo o mundo, a China está se tornando rapidamente o parceiro bilateral mais importante — diz O’Neill, conhecido por ter cunhado a sigla Bric para se referir às potências emergentes Brasil, Rússia, Índia e China. — Neste ritmo, até o fim da década, muitos países europeus estarão mantendo mais trocas comerciais individuais com a China do que com seus parceiros bilaterais europeus.

Liderança americana

Levando-se em consideração também os serviços, o comércio total dos EUA somou US$ 4,93 trilhões em 2012, segundo o Escritório de Análise Econômica dos EUA (BEA, da sigla em inglês). O país obteve um superávit recorde em serviços de US$ 195,3 bilhões no período, e um déficit no comércio de bens de mais de US$ 700 bilhões, de acordo com dados do BEA divulgados na última sexta-feira. Já o superávit chinês, medido em bens, somou US$ 231,1 bilhões. A China não divulga os dados de serviço.

A economia americana também é o dobro do tamanho da chinesa, de acordo com estimativas do Banco Mundial (Bird). Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) alcançou US$ 15 trilhões, ao passo que o da China somou US$ 7,3 trilhões.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China anunciou em janeiro que, no ano passado, o PIB do país totalizou 51,93 trilhões de yuans (US$ 8,3 trilhões).

— É extraordinário que uma economia que é apenas uma fração do tamanho da economia americana tenha um volume comercial tão grande — disse Nicholas Lardy, do Peterson Institute for International Economics, em Washington, acrescentando que o aumento do volume comercial chinês não se deve totalmente ao desvalorizado yuan, usado como apoio às exportações, pois as importações vêm crescendo mais rapidamente do que as exportações desde 2007.

Os EUA se tornaram a maior potência comercial após a Segunda Guerra Mundial, como líder do redesenho da arquitetura financeira e comercial global no pós-guerra.
Já a China, após décadas de isolamento sob o regime de Mao Tse Tung, morto em 1976, começou a focar no comércio e no investimento estrangeiro para turbinar sua economia. O crescimento econômico do país teve uma média impressionante de 9,9% por ano entre 1978 e o ano passado.

A China se tornou o maior exportador mundial em 2009, ao passo que os EUA se mantêm como os maiores importadores, absorvendo US$ 2,2 trilhões em bens no ano passado, frente a US$ 1,82 trilhão em importações chinesas.

12 de fevereiro de 2013
Da Bloomberg News

O PRIMEIRO 'FURO' DE REPORTAGEM EM LATIM

"Conscientia mea iterum atque iterum coram Deo explorata ad cognitionem certam perveni vires meas ingravescente aetate non iam aptas esse ad munus Petrinum aeque administrandum." *


"Pensei, não pode ser...", contou a jornalista italiana Giovanna Chirri. "Sabia, como muitos outros, o que ele escrevera em seu livro ('As Luzes do Mundo', no qual Bento XVI menciona a possibilidade de uma renúncia) mas não pensava que ele fosse renunciar".

Para confirmar a informação, Chirri, correspondente no Vaticano da agência ANSA, tentou falar com o porta-voz da Santa Sé, o padre Francesco Lombardi, mas sem sucesso. "Eu sabia do impacto da notícia: contactei a ANSA, pedi que eles a confirmassem. Mas eu não tinha nenhuma dúvida da minha tradução do latim. E a agência decidiu enviar a notícia. Foi assim que a informação correu o mundo".

"Transmiti a informação e comecei a chorar", disse Giovanna Chirri, a primeira jornalista a compreender que Bento XVI renunciava a seu cargo de soberano pontífice.

O anúncio do papa foi feito durante um consistório, sem ressalva em especial, durante uma homilia em latim. Outros jornalistas assistiam à cerimônia, inclusive um italiano, um mexicano, dois franceses e um japonês. Chirri, que cobre o Vaticano há vinte anos, foi a primeira a traduzir instantaneamente do latim as palavras de Bento XVI.

Segundo um seu colega, o jornalista mexicano Andrés Beltramos, do diário espanhol El País, durante a audiência Giovanna Chirri comentara com os colegas que há dias notava que o Papa "andava triste".

Giovanna recebeu felicitações do mundo inteiro por sua presteza. "O latim de Bento XVI é muito fácil de compreender", foi o que ela tuitou modestamente. 'Sancta Celeritas', disse o blog do Le Monde

Consistório durante o qual o Papa comunicou sua decisão - AP/L'Osservatore Romano

* 'Depois de examinar reiteradamente minha consciência perante Deus, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério de Pedro'.

12 de fevereiro de 2013
Fontes: La Tercera, Le Monde

A HISTÓRIA COMO A HISTÓRIA FOI

 



Um dos textos que mais circulam hoje na Internet diz que, na época da ditadura militar, podia-se fazer de tudo – namorar no carro até meia-noite em total segurança, usar o INPS como único seguro de saúde, cortar árvores infestadas sem precisar de licença ambiental, andar tranquilamente nas ruas a qualquer hora – exceto falar mal do presidente. Só falta dizer, no texto, um “que bons tempos!”

Só que este colunista viveu aquela época. Foi quando O Vermelho e o Negro, livro clássico de Stendhal, publicado pela primeira vez em 1830, foi apreendido por acharem que o vermelho do título tinha a ver com comunismo.

INPS como único seguro de saúde? Claro: e este colunista, ávido por desperdiçar dinheiro, contratou um seguro-saúde privado. Morria-se esperando tratamento. E acredite (veja os jornais da época): era muito pior do que é hoje.

Segurança? Talvez para quem não morasse no Brasil. Os assaltos cresceram. O Esquadrão da Morte, formado por maus policiais, matava por encomenda – um concorrente de negócios, por exemplo, era assassinado por eles, o corpo jogado em algum lugar e, com auxílio de jornalistas amestrados – já os havia, só que do outro lado – informava-se que “o presunto” de “um meliante” tinha sido encontrado.

E isso tudo não envolvia falar mal do presidente, não: esta era a vida normal (e explica por que tanta gente se mobilizou na luta pelas diretas-já, que encerrariam a ditadura). Falar mal do presidente era punido com tortura e morte.

Há gente que defende esse regime. E o pior é que há quem acredite neles.
Pra que mentir?

Tereza Collor não mandou carta a Renan Calheiros, a revista Forbes não publicou capa nenhuma dizendo que Lula era um dos homens mais ricos do mundo, não há qualquer indício de que o deputado petista gaúcho Paulo Pimenta seja dono oculto da boate que pegou fogo em Santa Maria, as estatais não foram privatizadas a preço de banana, as acusações contra Renan Calheiros se referem a fatos recentes, de 2007 (posteriores à época em que foi ministro de Fernando Henrique).
Governo e Oposição estão cheios de defeitos. Por que inventar outros?

A vergonha e a mentira

Lembre do vereador Kirrarinha, DEM, que agrediu uma repórter e foi filmado (http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=wo1aP8O1lSc#)
Pois bem: o covarde (cujo nome verdadeiro é Lourivaldo Morais) acaba de ser nomeado secretário municipal de Esportes de sua cidade, Pontes e Lacerda, nomeado pelo prefeito Donizete da Len, do PPS.
Parece inacreditável (e é): um agressor de jornalistas, um agressor de mulheres, prestigiado por seu partido, o DEM mato-grossense, e por um prefeito aliado. Esta é a vergonha.

A mentira ocorreu antes: alguém espalhou que José Rainha (um dos líderes do MST) seria o agressor. Não foi José Rainha: o covarde foi Kirrarinha.

E a mentira é ainda mais grave porque, seja Rainha o que for, Kirrarinha é muito pior.

De papo pro ar

Neste momento, estão em pauta no Congresso alguns temas da maior importância: o Orçamento deste ano (que não foi votado no ano passado e deixa o Governo em suspenso), mais de três mil vetos presidenciais não apreciados, trancando a apreciação de vetos atuais, Fundo de Previdência dos Servidores Públicos, fator previdenciário, situação dos portos, que podem entrar em greve.

Mas é Carnaval. No Congresso, começou dia 6, quando apareceram cinco dos 513 deputados e oito dos 81 senadores. Suas Excelências encerram dia 19 o período de sassarico. Descansar é preciso: as férias de fim de ano duraram apenas 39 dias.

De 1º a 5 de fevereiro os congressistas tiveram de trabalhar, e isso cansa.

El atrevido

José Dirceu, condenado à prisão pelo Supremo no caso do Mensalão, está promovendo atos públicos pelo país em defesa de sua inocência e contrários à decisão judicial . Está no seu direito.
Uma coisa, entretanto, não pode ser tolerada: o embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Sanchez, participou de um dos ato. É uma intervenção totalmente sem sentido na política interna brasileira. É inaceitável que um embaixador participe de manifestações contra a decisão de um dos Poderes da República.

O intrometido ainda diz que continuará participando da afronta ao Brasil e às leis. Pior: Brasília está paralisada. Nem protestou, nem enquadrou el metidón.

Se o embaixador americano participar de uma manifestação desse tipo, a presidente Dilma Rousseff ficará calada?

A descoberta de Cabral

O governador fluminense Sérgio Cabral, ao contrário do que se imaginava, não chegou ao fundo do poço com as ridículas fotos da Turma do Guardanapo, em Paris, em que ele e amigos dançavam com guardanapos na cabeça e suas esposas mostravam a sola dos sapatos, para provar que eram os caros Louboutin. Cabral foi mais fundo: disse que os 27 presos que fugiram no dia 3, com toda a facilidade, do Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio, “terão os benefícios cancelados”.

Que benefícios, cara-pálida? Nem benefícios nem punições: eles estão nas ruas, prontos para cometer novos crimes. Cabral explica: perderão os benefícios da progressão de pena “quando forem recapturados”. Se forem.

12 de fevereiro de 2013
Carlos Brickmann é jornalista e consultor de comunicação.

GOVERNO DA VENEZUELA COMEÇA A SE PREPARAR PARA A NOTÍCIA FINAL SOBRE HUGO CHÁVEZ

 


Conta-gotas – O Carnaval está em seu epílogo e o Brasil precisa lentamente se reincorporar ao cotidiano do planeta.
E isso significa retomar os temas que, até por ironia, fazem a Terra girar.

Quando o ucho.info afirmou em muitas matérias que Hugo Chávez estava morto ou no máximo era um cadáver mantido vivo por equipamentos, muitos acreditaram não porque a informação que tínhamos era de fonte absolutamente confiável, mas porque o tiranete venezuelano é persona non grata em muitos cantos.

Oficialmente, Chávez está em contagem regressiva para a morte efetiva e o governo de Caracas usou uma estratégia sórdida para manter o controle político, desrespeitando a democracia e a liberdade de escolha.
A saída encontrada pelos frequentadores do Palácio Miraflores, começando pelo vice-presidente Nicolás Maduro, foi revelar a verdade em doses homeopáticas.

Depois de muita embromação e a divulgação de informações tão utópicas quanto desencontradas, agora surge a notícia de que Chávez não se recuperará do câncer, perdeu totalmente a voz e está paralisado em um leito do hospital-bunker que existe apenas para atender Fidel Castro.

Com a notícia dada pelos médicos aos familiares de Chávez e aos irmãos Castro, em Havana, a situação política na Venezuela complica-se sobremaneira, pois o novo mandato do líder da Revolução Bolivariana, cuja posse foi adiada, torna-se sem efeito. O que também anula a condição de vice-presidente de Nicolás Maduro.

Hugo Chávez não tem condições físicas de retornar à Venezuela para, ao menos, tomar posse formal e deixar Maduro no cargo. Se deixar a capital cubana, sua morte física será iminente e acontecerá em questão de horas. Além da metástase do sarcoma, que atingiu a medula óssea e provocou paralisia dos membros, Chávez sofreu uma grave septicemia, originada a partir de uma grave infecção respiratória e que pode já ter lhe tirado a vida, sua condição cardíaca é absolutamente frágil.

Com base em informações obtidas pelo ucho.info junto a agentes de serviços secretos de diversos países e com um ex-funcionário, que é cubano, Hugo Chávez está morto, mas o anúncio do seu fim foi adiado para evitar ume guerra civil na Venezuela e garantir sobrevivência financeira a alguns parceiros político-ideológicos do ditador bolivariano, como Raúl e Fidel Castro, Evo Morales e as Farc.
De tal modo, restará ao presidente da Assembleia Nacional Venezuelana, Diosdado Cabello, convocar novas eleições em até trinta dias, prazo que começará a valer após a confirmação da morte de Chávez ou da sua definitiva impossibilidade de assumir o mandato.

É nesse detalhe, o da convocação de nova eleição presidencial, que mora o perigo. Nicolás Maduro foi apresentado ao povo da Venezuela por Chávez como eu natural sucessor. Cabello, que também quer assumir o poder, tem em suas mãos a obrigação legal de convocar no pleito. Acontece que Nicolás Maduro e Diosdado Cabello fingem ser amigos diante das câmeras, mas brigam de forma feroz nos bastidores do poder.

Cabello é acusado de liderar o tráfico de drogas no país, com o apoio de setores militares, em especial do Exército. Tanto é assim, que Maduro enviou um emissário a Washington na tentativa de encurralar Diosdado Cabello com uma ação da Drug Enforcement Agency, que nos Estados Unidos é responsável pelo combate ao tráfico e uso de drogas, com ações além das fronteiras ianques.

Fato é que a Venezuela passará por um momento de turbulência política, que afetará ainda mais sua frágil economia, que recentemente foi salva por uma manobra fiscal de última hora.
A queda de braços entre os interessados no poder será intensa e tem todos os ingredientes para ganhar as ruas, podendo transformar a Venezuela em praça de guerra.

12 de fevereiro de 2013
ucho.info

NO PAÍS DA SAÚDE QUASE PERFEITA, SANTAS CASAS E HOSPITAIS FILANTRÓPICOS ESTÃO FALIDOS


Absurdo oficial – Um dia, em meados de 2006, o então presidente Luiz Inácio da Silva disse que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição.

Como Lula conseguiu a proeza de reinventar a classe média e redefinir o que é pobreza e miséria, é preciso saber o que o ex-metalúrgico entende por perfeição. Considerando que o petista se considera mais que perfeito, não é difícil descobrir qual é o significado de perfeição para o apedeuta que acredita ser a solução do planeta.

A saúde pública jamais esteve próxima da perfeição e Lula sempre soube disso. Ele apenas lançou ao ar mais uma mentira para garantir sua reeleição. Para provar que a saúde pública definha na maca da incompetência do Estado, a Santa Casa de São Paulo tem dívidas com bancos e instituições financeiras que chegam à inacreditável marca de R$ 250 milhões.
A entidade só consegue renovar as operações financeiras e contratar outras novas porque é dona de patrimônio que em parte garante o valor devido.
 
Em todo o País, as Santas Casas e os hospitais filantrópicos acumulam dívidas de R$ 11,8 bilhões, valor que é impagável.
É preciso cobrar um posicionamento do governo da presidente Dilma Rousseff para o problema, sem que uma eventual solução surja com viés político-eleitoreiro.
Fazemos tal ressalva porque o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mais um dos fantoches de Lula, é pré-candidato do PT ao governo de São Paulo em 2014.
 
Isso mostra que o ucho.info não errou quando afirmou, em 31 de outubro de 2007, que o Brasil não tinha, como ainda não tem, necessidade e condições de realizar a Copa do Mundo, pois na lista de prioridades há assuntos muitos mais urgentes do que um campeonato de futebol.
No final das contas, a Copa custará ao Brasil aproximadamente US$ 50 bilhões, já incluso nesse montante o dinheiro da roubalheira habitual.
Ou seja, somente um governo irresponsável, que sabe da real condição da saúde pública, é capaz de torrar uma fortuna enquanto pessoas inocentes morrem nas filas dos hospitais.
 
Voltando no tempo, a indignação torna-se ainda maior quando lembramos que Lula, ao aportar US$ 10 bilhões do povo brasileiro no caixa do Fundo Monetário Internacional, disse que emprestar ao FMI é chique.

Tendo em conta que a censura anda solta e que os leitores têm excelente capacidade de raciocínio, qualquer comentário extra é desnecessário.
Porém, vale lembrar que em qualquer país sério e minimamente organizado Lula já estaria na cadeia, juntamente com alguns de seus diletos e corruptos companheiros.

12 de fevereiro de 2013
ucho.info

EMBALADO POR UM PROJETO DE PODER E PELA LUFADA SOCIALISTA, GOVERNO DO PT NÃO LARGA A FANTASIA DA CONTRADIÇÃO

 


Esquerda, volver! – Definitivamente o PT é um partido político que se alimenta no cocho da contradição.

Quando visitaram os irmãos-ditadores Raúl e Fidel Castro, em Cuba, Lula e Dilma Rousseff se esquivaram de comentar as torturas impostas aos adversários do regime da ilha, sob a alegação pífia de que o Brasil não interfere em questões internas de outras nações, mesmo que o assunto seja violação de direitos humanos.

O mesmo aconteceu ao Irã e outros tantos países ao redor do planeta que adotam essa forma covarde de anulação da opinião divergente.

É preciso lembrar que violação dos direitos humanos não tem bandeira, não tem nacionalidade e muito menos fronteira. É crime contra a humanidade e ponto final. No Brasil, a reboque de um revanchismo travestido, o PT se empenhou para criar a chamada Comissão da Verdade e desvendar alguns crimes cometidos durante a ditadura militar e continuavam na obscuridade.

E para isso a ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos, que sempre silencia diante das atrocidades cometidas em Cuba, sempre tem voz para defender o esclarecimento da história.

Cá não estamos a defender os crimes cometidos por militares durante a ditadura, mas a exigir que o tratamento seja isonômico, o que jamais acontecerá, colocando a história em pratos limpos e sem proteger um ou outro. Contudo, os crimes cometidos pelos atuais donos do poder continuarão impunes, à sombra de uma desculpa esfarrapada qualquer.

As contradições que emolduram o PT não param por aí. O partido, que se instalou no poder com o objetivo de ficar durante longos anos, tem agido sorrateiramente para tirar de algumas obras públicas os nomes de militares usados para batizá-las.
Alegam que os operadores da era plúmbea brasileira não podem ser homenageados. No contraponto, o governo do mesmo PT aceita uma renúncia fiscal de quase R$ 5 milhões para colocar a imagem do nada santo Ernesto Che Guevara nos instrumentos musicais da bateria da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.

Quando algum país capitalista toma alguma medida interna no âmbito fiscal ou econômico, o Palácio do Planalto não demora a soltar seus brados de indignação, justificando que se trata de uma ação predatória dos países desenvolvidos contra o resto do mundo.
Pois bem, na última sexta-feira (8), o governo da Venezuela desvalorizou a moeda local para maquiar um desajuste fiscal nas contas oficiais, o que ajudará o país na exportação de alguns poucos produtos e também de petróleo, mas o Palácio Miraflores não mereceu qualquer crítica da companheirada petista.

Na seara do esporte o PT também exerce a incongruência. Com vistas aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o governo da presidente Dilma Vana Rousseff, por meio do ministro Aldo Rebelo, comunista de quadro costado, firmou parceria com o governo cubano para o desenvolvimento de atletas.
Primeiro é preciso destacar que em Cuba não o que fazer e os nativos acabam se dedicando ao esporte como forma de ter a oportunidade de deixar a ilha e em algum momento desertar.

Em segundo lugar, a parceria esportiva que a companheira de armas Dilma endossou deveria ser selada com países que tiveram bom desempenho na última edição da Olimpíada, em Londres.

O primeiro lugar no ranking de medalhas mais uma vez ficou com os Estados Unidos. Cuba ficou apenas na décima sexta posição, à frente do Brasil, que terminou em vigésimo segundo.
Até agora não se tem notícia de algum atleta estrangeiro que tenha ido a Cuba para melhorar sua capacidade competitiva, pelo contrário.

12 de fevereiro de 2013
ucho.info

PRIVATIZAÇÃO TUCANA E PETISTA - A SOMBRA DE UM ESCÂNDALO


A AES, multinacional que comprou a Eletropaulo, sem colocar um centavo, deixa rombo bilionário. O Brasil pagará a conta. Ela recebeu dois empréstimos do BNDES, que totalizam US$ 1,2 bilhão. Não pagou, ofereceu em garantia as ações da própria Eletropaulo, que não valem um terço disto.

A AES afirmou que pagaria com os lucros da empresa, conseguidos por uma administração privada, portanto eficiente, e para acabar com o "cabide de empregos" da estatal demitiu 7 mil, mas contratou 17 vice-presidentes, quase todos americanos, com salário superior a R$ 30 mil, casa, carro, e uma série de outros benefícios.

A eficiência da administração privada era ilusão. Apenas eficiente a generosidade com os sócios controladores; as remessas de dividendos chegaram a US$ 320 milhões em três anos, às custas do caixa da empresa.

O caso Eletropaulo foi o exemplo das falhas da fúria da privatização/desnacionalização do FHC, em que se misturam traição e incompetência. A empresa será retomada, mas um novo leilão, agora pelo PT, já foi marcado pela venalidade. O BNDES recebeu orientação para emprestar recursos, novamente para um comprador estrangeiro.

Esta empresa distribuiu aos sócios resultados reais e fictícios. Nada contra as empresas privadas, mas dessa forma? O atual governo, neste ponto, precisa ser diferente do entreguista FHC e do covarde Lula. Há que apoiar os empresários nacionais e as empresas nacionais de capital nacional, mesmo amargando algum prejuízo.

Se temos empresários nacionais excessivamente ambiciosos, os estrangeiros se revelam verdadeiros bandidos, pelo menos no nosso território.

12 de fevereiro de 2013
Gelio Fregapani

OS NÚMEROS NÃO BATEM QUANDO O ASSUNTO É A DÍVIDA PÚBLICA



Temos que ter cuidado com os números. Importante frisar que encontrei diferenças na contabilização da dívida entre o Banco Central, o Tesouro Nacional, o Tribunal de Contas e a Controladoria Geral da União.

É impressionante! Os dados não batem! Nessa balbúrdia contábil, vou ficar com os números apresentados pelo Banco Central, que, na minha humilde posição, tem a melhor competência para controlar esses dados e gerar planilhas mais fidedignas.

Os números produzidos pelo BC (para mim fonte primária de informação) foram postados aqui na TI há alguns dias. Foram esses os números aos quais me refiro com maior segurança:

DÍVIDA BRUTA E LÍQUIDA
A dívida bruta do Governo Geral – soma das dívidas da União, Estados e Municípios – acumulou em R$ 2,584 trilhões (58,6% do PIB). Resultado da soma da dívida interna R$ 2,455 trilhões (55,6% do PIB) com a externa R$ 129 bilhões (2,9% do PIB). A dívida bruta, em relação a 2011 aumentou 4,4%, saindo de R$ 2,244 trilhões para R$ 2,584 trilhões.

A dívida líquida do setor público, que desconta da dívida bruta os créditos internos e externos do governo, como disponibilidades do Governo Central no Banco Central, créditos junto ao BNDES, créditos junto aos bancos e junto às estatais, aplicações financeiras do FAT etc., acumulou em R$ 1,550 trilhões, ou, 35,1% do PIB. Houve um decréscimo de 1,3% dessa dívida na relação dívida/PIB quando comparada a 2011. Caiu de 36,4% para 35,1%.

O superávit primário (economia de receitas orçamentárias) atingiu R$ 105 bilhões (2,38% do PIB). Como os juros nominais da dívida alcançaram R$ 213,9 bilhões (4,85% do PIB), o déficit nominal ficou em R$ 108,9 bilhões (2,47% do PIB). Ou seja, (R$ 213,9 – R$105,0) bilhões.

JUROS CAÍRAM
Em relação, a 2011 os juros da dívida baixaram 0,87%, isto, em decorrência da trajetória de redução da taxa Selic e da menor variação do IPCA (inflação), indicador aos quais estão atreladas parcelas significativas da dívida pública. Os juros caíram de R$ 236,673 bilhões em 2011 para R$ 213,863 bilhões em 2012.

Quanto ao total da receita orçamentária prevista para 2013 para pagar/rolar/refinanciar o principal, os juros e a correção monetária da dívida, o montante é até um pouco superior ao que divulgou o site Auditoria Cidadã. É de: R$ 900,05 bilhões. Número visto aqui na TI há questão de uma semana.

12 de fevereiro de 2013
Wagner Pires

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

12 de fevereiro de 2013

DEU NO RELATÓRIO RESERVADO: PETROBRAS EMPACOTA SUAS REFINARIAS EM BUSCA DE UM SÓCIO

 

Perfeito, perfeito mesmo, seria se a Petrobras pudesse empurrar lá para frente parte expressiva dos investimentos previstos para a ampliação e modernização do seu parque de refino, deslocando os recursos para a prioritária atividade de exploração e produção.

Mas, diante do grande fosso que costuma separar o ideal do real, Maria das Graças Foster acredita ter encontrado uma solução meia-sola, capaz, ao menos, de atenuar a mordida no caixa da companhia.
A operação passa pelo spinoff da área de refino, com o agrupamento das 11 unidades da estatal em uma nova empresa.

A medida permitiria a busca de um parceiro exclusivamente para esta unidade de negócio. Graça não está reinventando a roda. Apenas pretende replicar, em escala bem maior, uma estratégia já usada pela Petrobras no passado.
Durante dez anos, a Repsol foi sócia da Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, com uma participação de 30%. A experiência é de boa memória para a estatal. Na ocasião, a parceria com os espanhóis permitiu acelerar a expansão da refinaria gaúcha.

Procurada, a Petrobras não quis se pronunciar. A Petrobras já vem mantendo conversas preliminares com grupos interessados no negócio. Dois fortes candidatos são a mexicana Pemex e a norueguesa Statoil. A intenção da estatal seria vender de 20% a 30% da nova companhia. Para estas empresas, a operação representaria um bilhete de entrada no maior conjunto de refinarias da América Latina e, por extensão, a garantia de processamento do petróleo que eventualmente será produzido em seus campos no Brasil.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas o projeto tem arestas difíceis de serem polidas. Uma delas é convencer um grande grupo privado a ser minoritário de uma empresa sobre a qual não terá qualquer poder de ingerência. Isso para não falar que a Petrobras tem hábitos peculiares, tais como trançar sua lucratividade com os interesses políticos do governo.

Ao mesmo tempo, há fortes dúvidas na estatal quanto à inclusão ou não nesta holding das quatro refinarias em construção. Por um lado, há o temor de que estes empreendimentos afugentem os investidores; por outro, o entendimento de que todo este malabarismo só terá impacto para valer sobre o caixa da empresa se englobar também as futuras unidades.

O plano de investimentos da Petrobras prevê o desembolso de quase US$ 72 bilhões na área de refino até 2016. Deste total, cerca de US$ 56 bilhões, ou algo em torno de 77%, se referem à instalação das unidades Abreu Lima, Comperj e Premium I e II. Difícil acreditar que mais esse cavalo vencedor não tenha como garantia de viabilização um desses megafinanciamentos do BNDES. Vade retro, cruz credo!

(artigo do Relatório Reservado, enviado por Mário Assis)

12 de fevereiro de 2013
 

PETIÇÃO PELO IMPEACHMENT DE RENAN É APENAS VIRTUAL E SIMBÓLICA, SEM VALOR LEGAL, MAS TEM EXTRAORDINÁRIA IMPORTÂNCIA

Na segunda-feira, a petição virtual que pede o impeachment do senador Renan Calheiros já atingia a marca de 1.412.489 assinaturas.

Se fosse um projeto de lei e as assinaturas dos eleitores estivessem identificadas, esse número seria mais do que suficiente para que a proposta fosse enviada oficialmente ao Congresso Nacional e encaminhada a debate e votação, como ocorreu no projeto da Lei da Ficha Limpa.

O texto de apresentação da petição afirma que seria necessária uma quantidade de assinaturas correspondente a 1% do eleitorado brasileiro para que o abaixo assinado tenha validade.

Este número, de 1,36 milhão de assinaturas, foi alcançado e ultrapassado com facilidade, porque desde que Calheiros assumiu a presidência do Senado, a petição vem conquistando assinaturas de brasileiros revoltados com a série de escândalos que tiveram o parlamentar alagoano como personagem principal.

Se não têm valor legal, a mobilização não deixa de ser importante e mostra que nem todos os brasileiros estão apáticos e inertes diante da corrupção. O protesto é muito importante e daqui para a frente a opinião pública tem mais esse instrumento de pressão.

Seguindo a tendência de fortalecimento da internet como meio de comunicação, é necessário agora que haja uma mudança na legislação, para que as manifestações de cidadania por intermédio da web sejam aceitas oficialmente, deixando de ter efeito apenas simbólico e passando a ter consequências diretas.

12 de fevereiro de 2013
Carlos Newton

 

NOVA INVESTIGAÇÃO FAZ DEVASSA NA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO

 

A Advocacia-Geral da União (AGU) investiga se outros dois integrantes da cúpula do órgão beneficiaram o esquema de venda de pareceres técnicos que foi alvo da operação Porto Seguro, da Polícia Federal, deflagrada em novembro.

Segundo a “Folha de S.Paulo”, a nova sindicância aberta pelo governo federal vai apurar os atos do chefe de gabinete do ministro Luís Inácio Adams, Hebe Teixeira Romano, e do consultor geral da União, Arnaldo Sampaio Godoy.


Adams na mira…

Além deles, também estão sob investigação interna deliberações do procurador federal Mauro Hauschild, que presidiu o INSS até outubro passado.

A nova investigação é resultado da primeira, a partir da qual a AGU pediu a abertura de processos disciplinares contra outros três servidores, entre eles, José Weber Holanda, ex-advogado adjunto, que está afastado e é acusado pelo Ministério Público Federal de corrupção passiva.

Segundo a reportagem, Hebe Romano é suspeita de abastecer a quadrilha com informações internas, repassando documentos usados pela quadrilha.

Em relação a Godoy, a suspeita é que ele auxiliou a produzir pareceres fraudulentos, sabendo dos interesses de Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), e, segundo a PF, chefe do esquema.

Godoy admitiu envolvimento na produção de pareceres, mas, dias após a operação, declarou ter sido “enganado” pela quadrilha.

Ele é responsável por colaborar, ao lado de Adams, no assessoramento jurídico à presidente da República, produzindo pareceres, informações e demais trabalhos jurídicos.

(Transcrito do jornal O Tempo)

12 de fevereiro de 2013

PT QUER CONTROLAR O CONSELHO DE ÉTICA DA CÂMARA PARA SALVAR MENSALEIROS E CASSAR O TUCANO EDUARDO AZEREDO

 

O PT está articulando para comandar o Conselho de Ética da Câmara a partir deste ano, e duas razões o movem: tentar salvar os mandatos dos seus deputados e de aliados condenados no julgamento do mensalão e ter o controle do colegiado num eventual processo que possa levar à cassação do deputado e ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), principal personagem do chamado mensalão mineiro.


O PT tem interesse em dirigir o colegiado mesmo diante da possibilidade de os processos contra os deputados condenados no mensalão nem passarem por lá.

Integrante do conselho, o deputado Sibá Machado (PT-AC) é um nome do partido para presidir o órgão, mas que pode ser substituído por um parlamentar de maior densidade política em caso de risco de derrota. O indicado, nesse caso, seria Nelson Pellegrino (PT-BA).

Árduo defensor da tese de que cabe à Câmara a última palavra sobre o destino dos mandatos de José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT) – os quatro parlamentares condenados pelo mensalão -, Machado diz estar à disposição do seu partido. Nesse caso, o Conselho poderia ter participação importante.

“Vamos ter muita polêmica entre a Câmara e o STF. Já é uma briga pública e notória. E todos sabem que comungo da posição do ex-presidente Marco Maia de que a Câmara não pode abdicar de seu poder de decidir sobre o futuro dos seus. Se vai aliviar ou não é outra coisa. O que não pode é entregar essa prerrogativa para terceiros”, disse Machado.

Ao PT também interessa presidir o colegiado se o STF condenar Eduardo Azeredo, réu no processo do mensalão tucano.

“Não digo que será um momento de glória, mas um pequeno troco no PSDB, ainda que o Azeredo seja um bom camarada na relação no Congresso”, disse um petista, que pediu reserva de seu nome.

###

NOTA DE REDAÇÃO DO BLOG

Esta matéria publicada no jornal O Tempo, de BH, dá o que pensar. Quer dizer que o PT se articula para salvar seus mensaleiros, mas quer cassar o mensaleiro tucano? A estratégia faz lembrar o jornalista Sérgio Porto e suas tiradas sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta: “Ou todos nos locupletemos ou restaure-se a moralidade”. (C. N.)

12 de fevereiro de 2013

UM FORTÍSSIMO CANDIDATO...

Papa Bento XVI renuncia



12 de fevereiro de 2013

E SER FOR UM BRASILEIRO?

 


Mais importante do que pesquisar os motivos da renúncia de Bento XVI, aliás, óbvios por conta da fragilidade de sua saúde, será especular sobre quem o sucederá.

Um italiano, depois das surpresas vindas da Polônia e da Alemanha? Alguém do Terceiro Mundo, majoritário no Colégio de Cardeais? Um argentino? Um caribenho, peruano ou chileno? Filipino ou africano?


Senão apenas para o Espírito Santo, seria bom deixar a decisão para as naturais formações de grupos, partidos e tendências que sempre existirão na Igreja. Mas se a escolha recair num brasileiro, por imperscrutáveis motivos?

Dois cardeais despontam: D. Odilo Scherer, de São Paulo, e D. Raimundo Damasceno, de Aparecida do Norte. Ambos com passagem marcante na CNBB.
O primeiro com estampa indiscutível e perfil conservador, muito a gosto da cúpula atual do Vaticano. O outro sem características físicas de realce, progressista identificado com a necessidade de acelerar mudanças mais urgentes nas estruturas eclesiásticas.
Ambos capazes de exprimir ventos renovadores da instituição, mesmo em ritmos distintos.

A ninguém será dado dizer que é cedo para ilações. Há algum tempo, entre os cardeais do mundo inteiro, raciocinava-se a respeito dos desígnios da Divina Providência. Ninguém desejava apressar a decisão, aliás, surpreendente desta vez pelo inusitado da renúncia.

Mas não haverá um só dos Príncipes da Igreja que, faz muito, não tenha pensado na sucessão de Bento XVI. E quem pensa costuma formular. Projetar, para não ser ultrapassado. Por conta disso, a partir de ontem, entraram em nova fase diversos projetos essencialmente humanos.

COMISSÃO DA VERDADE NÃO FUNCIONA

Cláudio Fontelles e Paulo Sérgio Pinheiro carregam o piano e executam a partitura a um só tempo, mas não dá para ignorar que a Comissão da Verdade, como um todo, vai resultando em nada. Quando se reúnem, ou se reuniram, desde sua criação? Que testemunhas ouviram, a que conclusões preliminares chegaram?

Dos trabalhos do grupo que tantas esperanças despertou ao ser anunciado, sabe-se apenas pela voz do ex-Procurador Geral da República que o deputado Rubem Paiva foi torturado e assassinado, preso pela Aeronáutica e entregue ao Exército, para desaparecer sem que até hoje sua família tenha tido condições de preparar-lhe o funeral, tantas décadas depois.

Mas quem o foi buscar em casa, quem infligiu-lhe horrores, quem o matou e quem ocultou seu corpo, ninguém sabe. Ou se a Comissão da Verdade sabe, nenhuma informação divulga.

Os crimes praticados por agentes do estado, durante o regime militar, permanecem restritos à literatura publicada a respeito, elaborada por associações particulares, pela Igreja ou por vítimas isoladas. A contestação surge bissextamente em algumas publicações preparadas à sombra de relatórios e de lembranças compiladas nos arquivos de órgãos oficiais já extintos, denunciando a ação de grupos terroristas e subversivos em atividade naqueles tempos bicudos.

Do que seria, senão a palavra final, ao menos a recuperação ordenada da memória nacional, nada feito. A Comissão da Verdade dá a impressão de não funcionar, exceção de dois de seus abnegados integrantes, incapazes de agir por todos. Estão devendo. Passado tanto tempo, nem sequer sabemos onde e como trabalham.

DÚVIDAS
A lei é feita pelos mais fortes para dominar os mais fracos. E a ética é a resposta dos mais fracos para conter os mais fortes. Esses dois enunciados acompanham o mundo desde que nossos avós desceram das árvores.


Por que referi-los? Porque não esta semana, é claro, mas na outra, ou qualquer dia desses, o Legislativo começa a trabalhar. Poucas leis poderão ser debatidas e votadas. Quanto à ética, caberá ao Judiciário zelar por ela.

12 de fevereiro de 2013
Carlos Chagas

ABUSO DE AUTORIDADE E BAGUNÇA NA LEI SECA

Fui abordado em uma Blitz da “Lei Seca” no dia 08/02/2013, no posto de Itapecerica da Serra, onde supostamente meu resultado do exame apontou 0,06mg/l, acontece que não havia bebido absolutamente nada naquele dia, insisti por várias vezes para refazer o teste, visto que não havia ninguém habilitado para conduzir o veiculo.


Até que o oficial de plantão me questionou se eu não havia mesmo ingerido álcool, informou que se realizasse novamente o teste e este apresentasse 0,00, liberaria minha carteira de habilitação e liberaria o veiculo.
 
Refiz o teste 2 vezes, em ambas a medição foi 0,00, mas não me foi disponibilizado o resultado destes últimos testes.
 
Depois, minha carteira foi liberada, mas a multa foi mantida, notoriamente fui vitima de abuso de poder e vítima do total despreparo dos servidores que realizavam a blitz.
 
Além disto, o equipamento utilizado teve sua ultima calibração em 03/09/2010, e a lei é clara, a calibração deve ser feita anualmente, visto a necessidade de precisão do equipamento.
 
Quero o cancelamento desta autuação, estou em contato com o meu advogado, bem como procurarei a mídia para denunciar como estas blitz são conduzidas. Como pode alguém que não estava sob influência de álcool ser atuado como tal?
Preciso da minha carteira para me deslocar ao trabalho e não acho justo ser responsabilizado por algo que não fiz, bem como por imprecisão do equipamento.
 
12 de fevereiro de 2013
Rodrigo Ximendes dos Santos

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 


12 de fevereiro de 2013

"A CIA TEM ACESSO AO MATERIAL DO GOOGLE" -ADVERTE JULIAN ASSANGE

 

A Internet está se transformando no maior instrumento de vigilância já criado e a liberdade que ela representa estaria seriamente ameaçada. A avaliação é de Julian Assange, criador do WikiLeaks e que, há sete meses, vive na embaixada do Equador em Londres.

Para ele, a web redefiniu as relações de poder no mundo, se transformou no “sistema nervoso central hoje das sociedades” e chega a ser mais determinante que armas.
O problema é que esse poder está agora se virando contra as populações.


O australiano recebeu a reportagem do Estadão para uma entrevista sobre seu livro “Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet”, que está sendo lançado no Brasil pela Boitempo Editorial.

Segundo ele, ao colocar informações em redes sociais, internautas pelo mundo estão fazendo um trabalho de graça para a CIA. “Hoje, o Google sabe mais sobre você que sua mãe. Esse é o maior roubo da história”, disse Assange, que defendeu seu anfitrião, o presidente equatoriano Rafael Correa, diante de sua ação contra jornais no Equador.

Sobre o futuro do WikiLeaks, Assange já prometeu que, em 2013, um milhão de novos documentos serão publicados. Ao Estado, ele garantiu: “haverá muita coisa sobre o Brasil””.

O Estado de S. Paulo: A Internet é o símbolo da emancipação para muitos e foi apresentada como a maior revolução já feita. Mas agora o sr. traz a ideia de que há uma contra-ofensiva a isso tudo. O sr. considera que a Internet está em uma encruzilhada ?

Julian Assange:
Diferentes tecnologias produzem mais poder para estruturas existentes ou indivíduos e isso tem sido a história do desenvolvimento tecnológico, ao ponto que podemos ver a história da civilização humana como a história do desenvolvimento de diferentes armas de diferentes tipos. Por exemplo, quando rifles, que podiam ser obtidos por pequenos grupos, eram as armas dominantes em seu dia, ou navios de guerra ou bombas atômicas.
E isso define a relação de poder entre diferentes grupos de pessoas pelo mundo.

Desde 1945, a relação entre as superpotências dominantes tem sido definida por quem tem acesso às armas atômicas. Mas o que ocorre agora é que Internet é tão significativa que está começando a redefinir as relações de força que antes eram definidas pelos diferentes sistemas de armas que um país tinha. Isso porque todas as sociedades que tem qualquer desenvolvimento tecnológico, que são as sociedades influentes, se fundiram totalmente com a Internet.
Portanto, não há uma separação entre o que nós pensamos normalmente que é uma sociedade, indivíduos, burocracia, estados e internet.

A internet é o alicerce da sociedade, suas artérias, os nervos e está conectando os estados por cima das fronteiras. A Internet é um centro, se não for o centro, da nossa sociedade. Ela está envolvida na forma que uma sociedade se comunica consigo mesmo, como se comunica entre elas.
Não é só simplesmente um sistema de armas ou fonte energia. Não é certo pensar como se fosse o sangue da sociedade. É o sistema nervoso central da sociedade. Portanto, se há um problema na Internet, há um problema com o sistema nervoso da sociedade.

Agora, víamos antes a internet como uma força libertadora, que garantia às pessoas que não tinham informação com informação e, mais importante ainda, com conhecimento. Conhecimento é poder.

Outras coisas também são poder. Mas ela deu muito poder a pessoas que antes não tinham poder. E não apenas mudou a relação entre os que tem poder e aquelas que não tem, dando conhecimento àqueles que não tinham conhecimento.
Mas também fez todo o sistema funcionar de forma mais inteligente.

Todos passaram a poder tomar decisões mais inteligentes e puderam passar a cooperar de forma mais inteligente. Agindo contrário a essa força está a vigilância em massa criada por parte do estado.

O Estado de S. Paulo: De que forma estaria ocorrendo essa vigilância em massa?

Julian Assange:
As sociedades se fundiram com a internet, diante do fato de que comunicações entre os indivíduos ocorrem pela Internet, os sistemas de telefone estão na Internet, bancos e transações usam a Internet. Estamos colocando nossos pensamentos mais íntimos na Internet, detalhes de comunicações e mesmo entre marido e mulher, nossa posição geográfica.

Enfim, tudo está sendo exposto na Internet. Isso significa que grupos que estão envolvidos em vigilância em massa tem conseguido realizar uma transferência em massa de conhecimento em sua direção. Os grupos que já tinham muito conhecimento agora tem mais.

Esse é o maior roubo que de fato já ocorreu na história. Essa transferência de conhecido, de todas as comunicações interceptadas para agências nacionais de segurança e seus amigos corporativos.

A tecnologia está sendo desenvolvida para essa vigilância em massa está sendo vendida por empresas de países, como a França, que vendeu um sistema de vigilância para o regime de Kadafi. Na África do Sul, há um sistema desenhado para gravar de forma permanente todas as ligações que entram e saem do país e as estocam por apenas US$ 10 milhões por ano. Está ficando muito barato.
A população mundial dobra a cada 20 anos. O custo de vigilância está caindo pela metade a cada 18 meses.

12 de fevereiro de 2013
 

COM UM PÉ FORA DO PT, EDUARDO SUPLICY É ESTRELA DO LANÇAMENTO DO PARTIDO DE MARINA SILVA

 

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) chega no camarote da prefeitura no Sambódromo e cumprimenta Marta. Ela mostra a ele a neta, que o abraça. “É a filha do João”, diz o senador.

Um amigo do petista sopra: “Pergunta para ele da [ex-senadora] Marina Silva. Ela o convidou para o novo partido que está montando”. A informação é da coluna Mônica Bergamo publicada na Folha.
Suplicy sorri.

E confirma: “Sim, a Marina me telefonou hoje. Nós conversamos por mais de uma hora”. Ela convidou, e ele aceitou, ser uma das estrelas do lançamento do novo partido que está lançando, no dia 16. “Vou lá expor as minhas ideias.”

Suplicy está escanteado no PT. O partido planeja tirar dele a legenda para a candidatura ao Senado em 2014. Quer oferecer a vaga para partidos como PMDB e PSD, numa aliança para o governo de SP. Ele anda chateado.

Marina então o convidou para deixar o PT e integrar o partido que está montando? “A Marina sabe o que eu penso da fidelidade partidária. Eu disse a ela que não sairia do PT até cumprir todo o meu mandato [em 2014].”

E depois? “Se o PT me fechar as portas…”. Suplicy para, sorri e refaz o raciocínio. “Eu não acredito que o PT vai me fechar as portas. Eu acho que o partido vai continuar me apoiando.”

Por isso, decidiu enfrentar a cúpula partidária: vai propor prévias para a escolha do candidato do partido ao Senado em 2014. “Eu pensei muito e decidi: quero ser candidato de novo.”

A única chance de Suplicy desistir é se Lula for candidato ao Senado. “Aí, em respeito a ele, eu não disputaria.”

(transcrito da Folha)

12 de fevereiro de 2013

A DÉCADA QUE NÃO EXISTIU

 

John Boehner, de Ohio, afirmou na quarta-feira: “Em algum momento Washington terá de lidar com seu problema de gastos. Tenho observado que essa questão está sendo empurrado com a barriga há 22 anos desde que estou aqui. Estou farto. É hora de agir”.



22 anos? De fato, Boehner foi eleito em 1990 e ingressou na Câmara no início de 1991. Então o que foi feito durante, digamos , sua primeira década no cargo? Vejamos. Hum…. parece que os Estados Unidos estavam reduzindo drasticamente sua dívida durante a presidência de um certo Bill alguma coisa.

OK, brincadeiras à parte, isto é importante. Os republicanos inventaram uma história de que houve irresponsabilidade fiscal sempre – e muitos centristas adotaram essa premissa. A realidade que é nosso endividamento era muito baixo e não tínhamos nenhum problema fiscal antes de Reagan; e depois houve um aumento sem precedentes em período de paz de déficits durante o governo Reagan/Bush; e em seguida uma grande melhora no governo Clinton; em seguida um esbanjamento do superávit de Clinton mediante cortes de impostos e guerras sem financiamento no governo Bush. E claro, registramos um aumento da dívida durante a Grande Recessão, mas é exatamente quando você contabiliza déficits.

A questão na história falsa que apaga os anos Clinton é que isso transforma o orçamento numa história em que ninguém está errado porque todos erraram e o problema é uma questão genérica de gastos desenfreados. Não é. Teríamos entrado nesta crise com uma dívida muito pequena se os republicanos não tivessem insistido sempre em cortes de impostos.

12 de fevereiro de 2013
Paul Krugman

NOVA LEGENDA DE MARINA SILVA NÃO SERÁ DENOMINADA PARTIDO. SERÁ O QUÊ?

 

A legenda que servirá de apoio a candidatura de Marina Silva em 2014 ainda não tem um nome definido, mas os futuros correligionários já decidiram que a agremiação vai abolir a palavra “partido”, substituindo-a pelo termo “rede” ou “frente”.


O nome final, que pode ganhar um complemento, será definido até o próximo sábado, quando um evento em Brasília marcará a fundação da sigla.

“Está se consolidando alguma variação em torno da ideia de rede”, disse o ex-presidente do Ibama Bazileu Alves, que coordena a redação do estatuto e do programa do novo partido.

O site que convoca os “marineiros” para o ato chama-se “RedePróPartido”. De acordo com Alves, cerca de 600 já se inscrevem para participar do evento. A sigla deverá contar inicialmente com cinco parlamentares.

(Transcrito do jornal O Tempo)


NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG

É a mania de ser diferente, original. Chamar um Partido de Rede ou Frente, não sei não…
Marina ficou embrigada pelos quase 20 milhões de votos obtidos em 2010 e julga que sua projeção política está numa curva ascendente, quando na realidade é descendente.
A ex-senadora insiste em disputar a Presidência em 2014 por uma nova legenda que lhe dará um tempo mínimo de exposição no horário eleitoral.
Desse jeito, não tem a menor chance de vencer. Alguém deveria despertá-la desse pesadelo. (C. N.)

12 de fevereiro de 2013
tribuna da internet
 

REFLEXÕES SOBRE LACERDA, JANGO E BRIZOLA NOS ANOS DE CHUMBO


A meu ver, nos anos 60, o governador Leonel Brizola era revolucionário (socialista clássico), e o presidente João Goulart, reformista (social-democrata). Não haveria oposição entre eles, mas incompatibilidade política.

Na formação da Frente Ampla, em Montevidéu, o ex-presidente Goulart proibiu o ex-governador Lacerda, articulador da aliança política, de incluir Brizola, sob pena dele próprio se excluir do acordo.

Após a revolução civil-militar de 1964 e da contra-revolução militar de 1968 (AI-5), quando da "redemocratização", o ex-governador Brizola retorna à política bem mais amadurecido e social-democrata (PDT), porque o Brizola do início era mais "barra pesada".

A oportunidade perdida foi o ex-governador Lacerda não ter podido chegar a Presidência da República, porque ele tinha a visão correta de crescimento da economia dentro de uma visão nacionalista, com um Estado forte, fornecedor das condições de segurança jurídica e infraestrutura, indutor do desenvolvimento, mas tendo como setor prioritário absoluto a empresa privada nacional.

A empresa privada é muitíssimo mais dinâmica e produtiva, porque opera sob o regime da meritocracia, em oposição à empresa estatal, que se vê muito prejudicada pela influência política. As estatais devem ser usadas no setor de infraestrutura e certas áreas estratégicas da nação, as multinacionais ficando sempre em segundo plano.

AUMENTO DA MASSA SALARIAL
No plano social, Lacerda defendia pleno emprego e redistribuição da renda via aumento da massa salarial em relação ao PIB, sem arrocho salarial e anualmente repassando aos trabalhadores públicos e privados Inflação + Produtividade + Participação nos Lucros. Isso ficou claro desde a sua crítica do Plano de Estabilidade Econômica do governo Castello Branco, feito pelo economista ortodoxo Roberto Campos em 1964.

A excelente gestão de Lacerda no Rio de Janeiro (Estado da Guanabara) já tinha sido uma amostra de como seria seu governo no Brasil. Nenhuma criança sem escola (sem dúvida, teria dado prioridade à criança pobre no seu governo no Brasil. Seus principais lemas sempre foram "Lei igual para todos" e "Tentar dar oportunidades iguais para todos".

A meu juízo, Carlos Lacerda seria um "JK com os pés no chão", e um Brizola "expurgado de radicalismos". Não era perfeito, mas tinha a visão correta para o desenvolvimento político-social do Brasil. Pena que as coisas tomaram outro rumo de 1968 para diante.

12 de fevereiro de 2013
Flávio José Bortolotto

CNBB SE POSICIONA EM DEFESA DO PODER DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

 

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) saiu em defesa do Ministério Público e se posicionou contra a proposta de emenda à Constituição que tira os poderes de investigação do órgão.



Em novembro, a Comissão Especial da Câmara aprovou uma proposta que altera a Constituição e exclui o poder de investigação do Ministério Público. A proposta aguarda votação no plenário da Câmara. Para a CNBB, a proposta é “danosa”. “A importância do Ministério Público em diversas investigações é fundamental para o combate eficaz da impunidade que grassa no país”, diz a entidade, em nota oficial.

Segundo a CNBB, “não se deve privar a sociedade de nenhum instrumento ou órgão cuja missão seja garantir a transparência e a segurança do povo”. A entidade ainda questionou a motivação de o Congresso justificar vedar investigações do Ministério Público. “No momento em que os valores e as convicções democráticas da sociedade brasileira passam por uma preocupante crise, custa-nos entender a razão de tal vedação”.

A comissão que aprovou a proposta de eliminação do poder de investigação do Ministério Público é composta por sua maioria de deputados ligados a setores da polícia. O relator da proposta, deputado Fábio Trad (PMDB-MS), apresentou um texto em que mantinha o poder do Ministério Público para atuar em crimes contra a administração pública, praticados por políticos e/ou agentes públicos.
O Ministério Público também poderia atuar nas investigações contra organizações criminosas.

Uma emenda apresentada pelo deputado Bernardo de Vasconcellos Moreira (PR-MG), aprovada pela maioria, eliminou essas atribuições do MP e atribuiu exclusivamente às polícias Federal e Civil a competência para a investigação criminal.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, considerou como um “atentado” ao Estado democrático a aprovação da proposta por parte do Congresso que acaba com o poder de investigação da Ministério Público.
(Transcrito do Estadão)
12 de fevereiro de 2013