Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
terça-feira, 29 de novembro de 2011
JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA: R$ 216,82 BILHÕES
Dinheiro gasto com juros da dívida pública seria suficiente para construir 332 novos aeroportos
Inspirada no Impostômetro, criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lançou o Jurômetro nesta terça-feira, 29 de novembro. Segundo o cálculo da Fiesp, o governo brasileiro pagou o equivalente a R$ 216,82 bilhões em juros da dívida pública só neste ano.
A medição dos juros é feita a partir dados oficiais do Banco Central (BC), considerando a taxa básica de juros (Selic) e o número de dias úteis.
No site do Jurômetro, contribuinte tem acesso a uma tabela que aponta como o valor gasto em juros poderia ser aplicado em outras áreas do governo como educação, habitação, transporte e renda. A Fiesp afirma que com o montante pago em juros, o governo poderia construir 234.542 escolas de ensino fundamental, 64,22 milhões de ligações de esgoto ou 332 novos aeroportos com o padrão do Aeroporto de Natal (RN).
Fonte: O Estado de S. Paulo, 29/11/2011
SANTANDER / BANESPA: DEPUTADO MARCO MAIA (PT) ESVAZIA CPI
PT - PSDB - SANTANDER TUDO A VER. LULA, AMIGO DOS BANQUEIROS, SÓ PARA LEMBRAR ESTE BANCO FOI O SEGUNDO MAIOR FINANCIADOR DA CAMPANHA DO PT /LULA
PRESIDENTE DA CÂMARA, DEPUTADO FEDERAL MARCO MAIA (PT), ESVAZIA A CPI SANTANDER/BANESPA
25/11/2011
Infelizmente o Presidente da Câmara Federal, Deputado Marco Maia, do PT, decidiu pela não instalação da CPI Santander/Banespa, tão ansiada pela comunidade banespiana, que via nela o caminho para a elucidação das irregularidades cometidas no processo de privatização do Banespa.
Essa CPI, cuja instalação depende única e exclusivamente do Presidente Marco Maia, era o melhor caminho, senão o único, para que as injustiças cometidas contra os banespianos aposentados, que tiveram suas complementações congeladas por seis longos anos, pudessem ser reparadas e assim recuperado o poder aquisitivo perdido.
No entanto, para decepção nossa o Deputado Marco Maia (PT) que ironicamente tem suas origens como dirigente sindical do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, não atendeu nossos apelos angustiados para que instalasse a CPI em socorro de aproximadamente 15.000 aposentados e suas famílias.
Nossa frustração é maior na medida em que não foram apresentados quaisquer argumentos que justificassem a inconveniência da instalação dessa CPI.
A QUEM INTERESSA?
Para nós, aposentados, o único a se beneficiar com essa atitude do Dep. Marco Maia (PT) será o Banco Santander, que não terá seus procedimentos investigados durante o processo de privatização do Banespa e nem correrá o risco de ver-se obrigado a corrigir nossas complementações que foram congeladas durante seis anos.
COMISSÃO ESPECIAL
Como medida paliativa e sem efeito prático, o Dep. Marco Maia resolveu criar uma “Comissão Especial destinada a analisar todo o processo de troca de títulos securitizados que garantiam a complementação das pensões e aposentadoria dos funcionários do Banespa/Santander”
A diferença entre uma “Comissão Especial” e uma “CPI” é flagrante, uma vez que a Comissão Especial não tem os poderes que uma CPI tem que são:
- poder de polícia, podendo convocar pessoas, obrigando-as a comparecer, ao passo que uma Comissão Especial sómente pode “convidar” as pessoas, que não estão obrigadas a comparecer.
- poder para quebrar sigilos telefônicos, bancários e fiscais, poderes esses inexistentes em uma Comissão Especial.
- poder investigatório.
Dessa forma, para que uma Comissão Especial apure alguma coisa será preciso contar com a boa vontade dos próprios investigados, isto é, membros do governo anterior, que praticaram as irregularidades e do próprio Banco Santander que se beneficiou dessas irregularidades. E como essa boa vontade certamente não acontecerá, é fácil concluir que dessa Comissão Especial não podemos esperar muita coisa.
No entanto, como representantes da comunidade banespiana, nós da Afabesp/Sinfab estaremos prontos a prestar nossa colaboração no que for possível, em qualquer instância e momento para que alguma coisa seja desvendada nessa imensa e pútrida caixa preta que se transformou a privatização do Banespa.
Agradecemos a lisura, a correção e a dedicação com que sempre agiu o Deputado Nelson Marquezelli, que vem batalhando há longos anos pela instalação dessa CPI, tendo sido obrigado a coletar duas vezes o número de assinaturas exigidas para o protocolo do requerimento da CPI.
Durante todos esses anos o Dep. Marquezelli sempre cumpriu todos os compromissos assumidos com os banespianos, não deixando nunca de lutar pela nossa causa.
A AFABESP iniciou estudos visando avaliação jurídica da possibilidade de, como entidade representante dos aposentados, ingressar com ação junto ao Supremo Tribunal Federal com a finalidade de obrigar o Presidente da Câmara a instalar a CPI.
Afabesp - Sinfab
* * *
(...)Um dos principais acionistas privados da Oi e maior interessado na compra da Brasil Telecom, o grupo Andrade Gutierrez foi também o maior financiador do PT em 2006, ano com o último dado disponível.
A construtora mineira doou R$ 6,4 milhões para o partido - dinheiro usado sobretudo para financiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de outras campanhas petistas.
Em um distante segundo lugar, de acordo com a prestação de contas feita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), veio o Santander, com contribuição de R$ 3,23 milhões. Além da doação ao partido, a Andrade Gutierrez doou R$ 1,52 milhão diretamente para a campanha de Lula em 2006.(...)
REINALDO AZEVEDO
PRESIDENTE DA CÂMARA, DEPUTADO FEDERAL MARCO MAIA (PT), ESVAZIA A CPI SANTANDER/BANESPA
25/11/2011
Infelizmente o Presidente da Câmara Federal, Deputado Marco Maia, do PT, decidiu pela não instalação da CPI Santander/Banespa, tão ansiada pela comunidade banespiana, que via nela o caminho para a elucidação das irregularidades cometidas no processo de privatização do Banespa.
Essa CPI, cuja instalação depende única e exclusivamente do Presidente Marco Maia, era o melhor caminho, senão o único, para que as injustiças cometidas contra os banespianos aposentados, que tiveram suas complementações congeladas por seis longos anos, pudessem ser reparadas e assim recuperado o poder aquisitivo perdido.
No entanto, para decepção nossa o Deputado Marco Maia (PT) que ironicamente tem suas origens como dirigente sindical do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, não atendeu nossos apelos angustiados para que instalasse a CPI em socorro de aproximadamente 15.000 aposentados e suas famílias.
Nossa frustração é maior na medida em que não foram apresentados quaisquer argumentos que justificassem a inconveniência da instalação dessa CPI.
A QUEM INTERESSA?
Para nós, aposentados, o único a se beneficiar com essa atitude do Dep. Marco Maia (PT) será o Banco Santander, que não terá seus procedimentos investigados durante o processo de privatização do Banespa e nem correrá o risco de ver-se obrigado a corrigir nossas complementações que foram congeladas durante seis anos.
COMISSÃO ESPECIAL
Como medida paliativa e sem efeito prático, o Dep. Marco Maia resolveu criar uma “Comissão Especial destinada a analisar todo o processo de troca de títulos securitizados que garantiam a complementação das pensões e aposentadoria dos funcionários do Banespa/Santander”
A diferença entre uma “Comissão Especial” e uma “CPI” é flagrante, uma vez que a Comissão Especial não tem os poderes que uma CPI tem que são:
- poder de polícia, podendo convocar pessoas, obrigando-as a comparecer, ao passo que uma Comissão Especial sómente pode “convidar” as pessoas, que não estão obrigadas a comparecer.
- poder para quebrar sigilos telefônicos, bancários e fiscais, poderes esses inexistentes em uma Comissão Especial.
- poder investigatório.
Dessa forma, para que uma Comissão Especial apure alguma coisa será preciso contar com a boa vontade dos próprios investigados, isto é, membros do governo anterior, que praticaram as irregularidades e do próprio Banco Santander que se beneficiou dessas irregularidades. E como essa boa vontade certamente não acontecerá, é fácil concluir que dessa Comissão Especial não podemos esperar muita coisa.
No entanto, como representantes da comunidade banespiana, nós da Afabesp/Sinfab estaremos prontos a prestar nossa colaboração no que for possível, em qualquer instância e momento para que alguma coisa seja desvendada nessa imensa e pútrida caixa preta que se transformou a privatização do Banespa.
Agradecemos a lisura, a correção e a dedicação com que sempre agiu o Deputado Nelson Marquezelli, que vem batalhando há longos anos pela instalação dessa CPI, tendo sido obrigado a coletar duas vezes o número de assinaturas exigidas para o protocolo do requerimento da CPI.
Durante todos esses anos o Dep. Marquezelli sempre cumpriu todos os compromissos assumidos com os banespianos, não deixando nunca de lutar pela nossa causa.
A AFABESP iniciou estudos visando avaliação jurídica da possibilidade de, como entidade representante dos aposentados, ingressar com ação junto ao Supremo Tribunal Federal com a finalidade de obrigar o Presidente da Câmara a instalar a CPI.
Afabesp - Sinfab
* * *
(...)Um dos principais acionistas privados da Oi e maior interessado na compra da Brasil Telecom, o grupo Andrade Gutierrez foi também o maior financiador do PT em 2006, ano com o último dado disponível.
A construtora mineira doou R$ 6,4 milhões para o partido - dinheiro usado sobretudo para financiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de outras campanhas petistas.
Em um distante segundo lugar, de acordo com a prestação de contas feita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), veio o Santander, com contribuição de R$ 3,23 milhões. Além da doação ao partido, a Andrade Gutierrez doou R$ 1,52 milhão diretamente para a campanha de Lula em 2006.(...)
REINALDO AZEVEDO
A INOVAÇÃO DA KIRCHNER
A imprensa brasileira está escandalizada com notícia vinda da Argentina. Segundo Ariel Palácios, correspondente do Estadão no país, o governo da presidente Cristina Kirchner determinou por decreto que o Estado argentino comandará uma revisão oficial da História do país. Para isso, criou o Instituto Nacional de Revisionismo Histórico Argentino e Ibero-Americano Manuel Dorrego, que dependerá da Secretaria Federal de Cultura e funcionará com fundos públicos.
A entidade que reescreverá a História argentina será comandada pelo historiador Mario Pacho O’Donnel, declarado admirador dos caudilhos argentinos. Ela também será integrada por ministros do gabinete presidencial, jornalistas alinhados ao governo e líderes políticos.
O decreto determina que o objetivo do instituto será o de “estudar, investigar e difundir a vida e obra de personalidades e circunstâncias destacadas” da História argentina “que não tenham recebido o reconhecimento adequado no âmbito institucional”. No decreto, a presidente Cristina condena a História “escrita pelos vencedores das guerras civis do século 19″.
Grande novidade! Os vencedores sempre reescreveram a história. Stalin reescreveu a história da Rússia, Mao a da China. Mortos e denunciados por suas matanças – sempre da ordem de milhões – tanto Mao como Stalin têm hoje suas versões revisadas. Tiranos e assassinos, foram vistos por décadas como heróis e condutores de povos. Cultuados no século passado, hoje estão voltando à condição de tiranos e assassinos. Hitler perdeu a guerra? Caiu logo na vala dos vilões. Se a tivesse ganho, vilões seriam Churchill e Roosevelt. Nem Stalin teria feito carreira como genocida. E o mundo todo estaria falando alemão em vez de inglês.
Mas se antes as revisões históricas eram feitas em séculos, hoje os ocupantes do poder estão acelerando o ritmo e as fazem em décadas. Vide este país nosso. Não se passaram cinqüenta anos, e as esquerdas brasileiras reescreveram a história do Brasil. Os militares que, em 64, salvaram o país de tornar-se uma republiqueta soviética, são vistos hoje como bandidos.
Desde há muito vem se reescrevendo a história do Brasil. Começou com Ruy Barbosa, destruindo documentos relativos à escravidão. De lá para cá, a história vem sendo revista ano. Lampião, um bandoleiro vulgar, foi promovido a herói. Zumbi, dono de escravos, foi promovido a defensor dos escravos.
A reescritura da história se acelera, dizia. Franco, que salvou a Espanha das investidas de Stalin, morreu em 75. Em julho passado, o El País dedicou vários ensaios relembrando a Guerra Civil Espanhola. Franco, um dos deflagradores do levante – que tomaria as rédeas do país pelos 39 anos seguintes – é visto como vilão. Desde alguns anos, há um movimento de “desfranquização” da Espanha, no sentido de retirar todos os nomes de rua ou monumentos em sua memória, como também os nomes de seus generais.
Quanto aos comunistas que, sob o comando de Stalin, queriam tomar o poder na Espanha, são vistos como os promotores de “una revolución movida en las primeras semanas por el propósito de liquidar físicamente al enemigo de clase, comprendiendo en esta denominación al ejército, la iglesia, los terratenientes, los propietarios, las derechas o el fascismo; una revolución que soñaba edificar un mundo nuevo sobre las humeantes cenizas del antiguo”.
Por mundo nuevo, entenda-se o regime comunista russo, que fez apenas 20 milhões de cadáveres. Franco matou? Matou. Não há guerra sem mortes. Mas matou para defender a Espanha, vítima de uma brutal invasão soviética. Em 1937, a União Soviética já havia colocado na Espanha pilotos de guerra, técnicos militares, marinheiros, intérpretes e policiais. A primeira presença estrangeira em terras de Espanha foi a soviética, com o envio de material bélico e pessoal militar altamente qualificado, em troca de três quartas partes (7800 caixas, de 65 quilos cada uma) das reservas de ouro disponíveis pelo Banco de España. Pagos adiantadamente.
Em 1936, Juan Negrín, ministro da Fazenda do governo Largo Caballero – conhecido também como o Lênin espanhol -, raspou os cofres do país em troca de aviões, carros de combates, canhões, morteiros e metralhadoras russas. Ao celebrar com um banquete no Kremlin a chegada das 7.800 caixas de ouro, Stalin, evocando um ditado russo, comemorou: "Os espanhóis não voltarão a ver seu ouro, da mesma forma que ninguém
Isto El País não contou. Seus redatores, a seu modo, estão reescrevendo a história.
O mesmo aconteceu cá entre nós. Há mais de década, eu dizia que os militares brasileiros costumavam gabar-se de ter vencido o confronto que culminou com a chamada Revolução de 64. Graças à ação das Forças Armadas, teriam sido derrotados os comunistas e compagnons de route que tentavam transformar o país em uma Cuba meridional. Três décadas depois, cabe a pergunta: foram?
Os celerados que, a mando do comunismo internacional, queriam instalar uma ditadura em Pindorama, são hoje vistos como heróis e gozam de pensões milionárias. No ensino oficial, hoje - e mesmo na imprensa – os militares são os vilões e os comunistas são os heróis. Em agosto passado, foi reeditado no Brasil o livro Vida de Luís Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança – ode de Jorge Amado ao mais estúpido dos gaúchos, publicada originalmente em 1945.
Ainda há pouco eu falava das biografias mentirosas, que pretendem transformar criminosos em heróis. É o caso da cineasta gaúcha Flávia de Castro, que fez um filme – Diário de uma busca – transformando seu pai idiota em mártir. Comentei também o documentário Marighella, de Isa Grinspum Ferraz, com estréia prevista para outubro, que faz de um terrorista um santo. Este gênero literário é antigo e, no Brasil, Amado terá sido um de seus precursores.
Se isto não é reescrever a História, que será reescrever a História? Mas o Brasil nunca teve uma instituição oficial encarregada deste ofício. A inovação da Kirchner foi criar um instituto para isto, pago com o dinheiro do contribuinte.
janer cristaldo
A entidade que reescreverá a História argentina será comandada pelo historiador Mario Pacho O’Donnel, declarado admirador dos caudilhos argentinos. Ela também será integrada por ministros do gabinete presidencial, jornalistas alinhados ao governo e líderes políticos.
O decreto determina que o objetivo do instituto será o de “estudar, investigar e difundir a vida e obra de personalidades e circunstâncias destacadas” da História argentina “que não tenham recebido o reconhecimento adequado no âmbito institucional”. No decreto, a presidente Cristina condena a História “escrita pelos vencedores das guerras civis do século 19″.
Grande novidade! Os vencedores sempre reescreveram a história. Stalin reescreveu a história da Rússia, Mao a da China. Mortos e denunciados por suas matanças – sempre da ordem de milhões – tanto Mao como Stalin têm hoje suas versões revisadas. Tiranos e assassinos, foram vistos por décadas como heróis e condutores de povos. Cultuados no século passado, hoje estão voltando à condição de tiranos e assassinos. Hitler perdeu a guerra? Caiu logo na vala dos vilões. Se a tivesse ganho, vilões seriam Churchill e Roosevelt. Nem Stalin teria feito carreira como genocida. E o mundo todo estaria falando alemão em vez de inglês.
Mas se antes as revisões históricas eram feitas em séculos, hoje os ocupantes do poder estão acelerando o ritmo e as fazem em décadas. Vide este país nosso. Não se passaram cinqüenta anos, e as esquerdas brasileiras reescreveram a história do Brasil. Os militares que, em 64, salvaram o país de tornar-se uma republiqueta soviética, são vistos hoje como bandidos.
Desde há muito vem se reescrevendo a história do Brasil. Começou com Ruy Barbosa, destruindo documentos relativos à escravidão. De lá para cá, a história vem sendo revista ano. Lampião, um bandoleiro vulgar, foi promovido a herói. Zumbi, dono de escravos, foi promovido a defensor dos escravos.
A reescritura da história se acelera, dizia. Franco, que salvou a Espanha das investidas de Stalin, morreu em 75. Em julho passado, o El País dedicou vários ensaios relembrando a Guerra Civil Espanhola. Franco, um dos deflagradores do levante – que tomaria as rédeas do país pelos 39 anos seguintes – é visto como vilão. Desde alguns anos, há um movimento de “desfranquização” da Espanha, no sentido de retirar todos os nomes de rua ou monumentos em sua memória, como também os nomes de seus generais.
Quanto aos comunistas que, sob o comando de Stalin, queriam tomar o poder na Espanha, são vistos como os promotores de “una revolución movida en las primeras semanas por el propósito de liquidar físicamente al enemigo de clase, comprendiendo en esta denominación al ejército, la iglesia, los terratenientes, los propietarios, las derechas o el fascismo; una revolución que soñaba edificar un mundo nuevo sobre las humeantes cenizas del antiguo”.
Por mundo nuevo, entenda-se o regime comunista russo, que fez apenas 20 milhões de cadáveres. Franco matou? Matou. Não há guerra sem mortes. Mas matou para defender a Espanha, vítima de uma brutal invasão soviética. Em 1937, a União Soviética já havia colocado na Espanha pilotos de guerra, técnicos militares, marinheiros, intérpretes e policiais. A primeira presença estrangeira em terras de Espanha foi a soviética, com o envio de material bélico e pessoal militar altamente qualificado, em troca de três quartas partes (7800 caixas, de 65 quilos cada uma) das reservas de ouro disponíveis pelo Banco de España. Pagos adiantadamente.
Em 1936, Juan Negrín, ministro da Fazenda do governo Largo Caballero – conhecido também como o Lênin espanhol -, raspou os cofres do país em troca de aviões, carros de combates, canhões, morteiros e metralhadoras russas. Ao celebrar com um banquete no Kremlin a chegada das 7.800 caixas de ouro, Stalin, evocando um ditado russo, comemorou: "Os espanhóis não voltarão a ver seu ouro, da mesma forma que ninguém
Isto El País não contou. Seus redatores, a seu modo, estão reescrevendo a história.
O mesmo aconteceu cá entre nós. Há mais de década, eu dizia que os militares brasileiros costumavam gabar-se de ter vencido o confronto que culminou com a chamada Revolução de 64. Graças à ação das Forças Armadas, teriam sido derrotados os comunistas e compagnons de route que tentavam transformar o país em uma Cuba meridional. Três décadas depois, cabe a pergunta: foram?
Os celerados que, a mando do comunismo internacional, queriam instalar uma ditadura em Pindorama, são hoje vistos como heróis e gozam de pensões milionárias. No ensino oficial, hoje - e mesmo na imprensa – os militares são os vilões e os comunistas são os heróis. Em agosto passado, foi reeditado no Brasil o livro Vida de Luís Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança – ode de Jorge Amado ao mais estúpido dos gaúchos, publicada originalmente em 1945.
Ainda há pouco eu falava das biografias mentirosas, que pretendem transformar criminosos em heróis. É o caso da cineasta gaúcha Flávia de Castro, que fez um filme – Diário de uma busca – transformando seu pai idiota em mártir. Comentei também o documentário Marighella, de Isa Grinspum Ferraz, com estréia prevista para outubro, que faz de um terrorista um santo. Este gênero literário é antigo e, no Brasil, Amado terá sido um de seus precursores.
Se isto não é reescrever a História, que será reescrever a História? Mas o Brasil nunca teve uma instituição oficial encarregada deste ofício. A inovação da Kirchner foi criar um instituto para isto, pago com o dinheiro do contribuinte.
janer cristaldo
A GRAVIDADE DO VAZAMENTO DA CHEVRON
Ombudsman da Folha é corajosa
A grande imprensa foi passiva e demorou a perceber a gravidade do vazamento da Chevron
Por Suzana Singer (na Folha)
O óleo subiu… e a gente não viu
Na cobertura do acidente ecológico na bacia de Campos (RJ), a mídia tradicional tomou um olé da blogosfera. A chamada “grande imprensa” demorou a entender a gravidade do que estava acontecendo, reproduziu passivamente a versão oficial e não fez apuração própria.
O vazamento ocorreu na segunda-feira, dia 7 de novembro, quando a pressão do óleo provocou uma ruptura do revestimento do poço. O líquido começou a subir pela coluna de perfuração e vazou também pelas fissuras do solo marinho.
A mancha de óleo foi vista no dia seguinte por petroleiros. Acionada, a norte-americana Chevron informou as autoridades, na quarta-feira, de que o vazamento acontecia em uma de suas plataformas.
No dia seguinte, agências de notícias divulgavam o incidente, com a porta-voz da Chevron falando em “fenômeno natural” e calculando um escape pequeno de óleo.
Só “O Globo” deu destaque ao assunto, mas em um texto tão editorializado que perdia o foco do acidente. O que acontecia no campo do Frade era só mais uma prova da “necessidade de Estados produtores de petróleo terem uma fatia maior dos royalties”. A Folha limitou-se a dar uma pequena nota.
Veio o fim de semana, quando a inércia toma conta das Redações. “Mercado” publicou no sábado, dia 12, uma capa sobre a queda do lucro da Petrobras e, no domingo, um imenso infográfico mostrando como funcionam as sondas de perfuração, sem fazer ligação com a Chevron. Sobre o acidente, só uma nota registrava que o vazamento aumentara.
Enquanto isso, uma luz amarela tinha acendido na blogosfera. O assunto circulava nas redes sociais. No dia 10, o geólogo norte-americano John Amos, 48, da SkyTruth, uma ONG ambientalista que trabalha com fotos aéreas, divulgou em seu site, no Twitter e no Facebook, as primeiras imagens da mancha.
O jornalista Fernando Brito, do blog “Tijolaço.com”, já dizia que a “história estava mal contadíssima”, porque “não é provável que falhas geológicas capazes de provocar um derramamento no mar deixem de ser percebidas nos estudos sísmicos que precedem a perfuração”.
No dia 15, a SkyTruth volta à ação e publica mais duas fotos mostrando que a mancha tinha crescido. “É dez vezes maior do que a estimativa da Chevron”, aposta Amos.
Instigados pelos blogs, leitores começam a cobrar: “A senhora acredita que a cobertura está correta?”, “E se fosse a Petrobras?”.
Só com a entrada da Polícia Federal no caso, a Folha e seus concorrentes começaram a se mexer de fato. O conselho jornalístico “follow the money” virou no Brasil, por preguiça, “follow the police”.
No dia 17, com o inquérito policial aberto, o assunto finalmente foi capa de “Mercado” e ganhou um tom cético -pela primeira vez se aponta possível negligência da empresa. De lá para cá, toda a imprensa subiu o tom e, numa tentativa de compensar o cochilo inicial, vem cobrando duramente a Chevron, que admitiu “erros de cálculo”.
Não é mesmo fácil saber o que acontece em alto-mar, mas, um ano e meio depois da grande tragédia ambiental do golfo do México, é indesculpável engolir releases divulgados por petrolíferas.
Além de recorrer a ONGs e especialistas, os repórteres poderiam ter procurado os petroleiros. O sindicato tinha divulgado uma nota no dia 10. “Os jornais brasileiros foram decepcionantes”, diz C.W., funcionário da Petrobras que sentiu o cheiro do vapor de óleo cru, mesmo estando a cerca de 15 km do local.
Para evitar que seu nome aparecesse, ele pediu à namorada que avisasse a mídia. Ela escreveu para a Folha e para o “Estado” no dia 11:
“Boa noite, Ainda está vazando óleo na bacia de Campos, o vazamento já percorreu quilômetros. É necessário averiguar, pois noticiaram o ocorrido, mas não deram a devida atenção.”
O caso Chevron mostra que faltam jornalistas especializados em cobrir petróleo, o que é grave num país que tem uma estatal do tamanho da Petrobras e que pretende ser uma potência da área com a exploração do pré-sal.
John Amos, da SkyTruth em West Virginia, deixa um alerta: “Se todos esquecerem rapidamente o acidente, porque o vazamento não foi tão grande quanto o do México, aí sim será uma tragédia. Essa é uma oportunidade de questionar a gestão da exploração em águas profundas, em territórios arriscados. Porque haverá um novo acidente. E vocês devem estar preparados para isso”.
Já o jornalista e pensador Mauro Santayana, em matéria chamada O mau cheiro do petróleo, diz:
Se no Ministério de Minas e Energia estivessem homens como Leonel Brizola ou Itamar Franco, o senhor Moshiri seria convidado a sair do gabinete, no mesmo momento de seu desaforo, antes que as autoridades de imigração o instassem a deixar o Brasil, como persona non grata. Aconselhamos os leitores a acompanharem os fatos pelo blog do deputado Brizola Neto, o Tijolaço.
Quando assistimos à insolência dos dirigentes da empresa petrolífera texana, constatamos como foi criminosa a política entreguista do governo dos tucanos de São Paulo. Já não basta às multinacionais do petróleo obter os lucros que obtêm em nosso país, nem causar os danos que causaram. Querem, além disso, tratar os brasileiros como um povo colonizado e de joelhos.
A grande imprensa foi passiva e demorou a perceber a gravidade do vazamento da Chevron
Por Suzana Singer (na Folha)
O óleo subiu… e a gente não viu
Na cobertura do acidente ecológico na bacia de Campos (RJ), a mídia tradicional tomou um olé da blogosfera. A chamada “grande imprensa” demorou a entender a gravidade do que estava acontecendo, reproduziu passivamente a versão oficial e não fez apuração própria.
O vazamento ocorreu na segunda-feira, dia 7 de novembro, quando a pressão do óleo provocou uma ruptura do revestimento do poço. O líquido começou a subir pela coluna de perfuração e vazou também pelas fissuras do solo marinho.
A mancha de óleo foi vista no dia seguinte por petroleiros. Acionada, a norte-americana Chevron informou as autoridades, na quarta-feira, de que o vazamento acontecia em uma de suas plataformas.
No dia seguinte, agências de notícias divulgavam o incidente, com a porta-voz da Chevron falando em “fenômeno natural” e calculando um escape pequeno de óleo.
Só “O Globo” deu destaque ao assunto, mas em um texto tão editorializado que perdia o foco do acidente. O que acontecia no campo do Frade era só mais uma prova da “necessidade de Estados produtores de petróleo terem uma fatia maior dos royalties”. A Folha limitou-se a dar uma pequena nota.
Veio o fim de semana, quando a inércia toma conta das Redações. “Mercado” publicou no sábado, dia 12, uma capa sobre a queda do lucro da Petrobras e, no domingo, um imenso infográfico mostrando como funcionam as sondas de perfuração, sem fazer ligação com a Chevron. Sobre o acidente, só uma nota registrava que o vazamento aumentara.
Enquanto isso, uma luz amarela tinha acendido na blogosfera. O assunto circulava nas redes sociais. No dia 10, o geólogo norte-americano John Amos, 48, da SkyTruth, uma ONG ambientalista que trabalha com fotos aéreas, divulgou em seu site, no Twitter e no Facebook, as primeiras imagens da mancha.
O jornalista Fernando Brito, do blog “Tijolaço.com”, já dizia que a “história estava mal contadíssima”, porque “não é provável que falhas geológicas capazes de provocar um derramamento no mar deixem de ser percebidas nos estudos sísmicos que precedem a perfuração”.
No dia 15, a SkyTruth volta à ação e publica mais duas fotos mostrando que a mancha tinha crescido. “É dez vezes maior do que a estimativa da Chevron”, aposta Amos.
Instigados pelos blogs, leitores começam a cobrar: “A senhora acredita que a cobertura está correta?”, “E se fosse a Petrobras?”.
Só com a entrada da Polícia Federal no caso, a Folha e seus concorrentes começaram a se mexer de fato. O conselho jornalístico “follow the money” virou no Brasil, por preguiça, “follow the police”.
No dia 17, com o inquérito policial aberto, o assunto finalmente foi capa de “Mercado” e ganhou um tom cético -pela primeira vez se aponta possível negligência da empresa. De lá para cá, toda a imprensa subiu o tom e, numa tentativa de compensar o cochilo inicial, vem cobrando duramente a Chevron, que admitiu “erros de cálculo”.
Não é mesmo fácil saber o que acontece em alto-mar, mas, um ano e meio depois da grande tragédia ambiental do golfo do México, é indesculpável engolir releases divulgados por petrolíferas.
Além de recorrer a ONGs e especialistas, os repórteres poderiam ter procurado os petroleiros. O sindicato tinha divulgado uma nota no dia 10. “Os jornais brasileiros foram decepcionantes”, diz C.W., funcionário da Petrobras que sentiu o cheiro do vapor de óleo cru, mesmo estando a cerca de 15 km do local.
Para evitar que seu nome aparecesse, ele pediu à namorada que avisasse a mídia. Ela escreveu para a Folha e para o “Estado” no dia 11:
“Boa noite, Ainda está vazando óleo na bacia de Campos, o vazamento já percorreu quilômetros. É necessário averiguar, pois noticiaram o ocorrido, mas não deram a devida atenção.”
O caso Chevron mostra que faltam jornalistas especializados em cobrir petróleo, o que é grave num país que tem uma estatal do tamanho da Petrobras e que pretende ser uma potência da área com a exploração do pré-sal.
John Amos, da SkyTruth em West Virginia, deixa um alerta: “Se todos esquecerem rapidamente o acidente, porque o vazamento não foi tão grande quanto o do México, aí sim será uma tragédia. Essa é uma oportunidade de questionar a gestão da exploração em águas profundas, em territórios arriscados. Porque haverá um novo acidente. E vocês devem estar preparados para isso”.
Já o jornalista e pensador Mauro Santayana, em matéria chamada O mau cheiro do petróleo, diz:
Se no Ministério de Minas e Energia estivessem homens como Leonel Brizola ou Itamar Franco, o senhor Moshiri seria convidado a sair do gabinete, no mesmo momento de seu desaforo, antes que as autoridades de imigração o instassem a deixar o Brasil, como persona non grata. Aconselhamos os leitores a acompanharem os fatos pelo blog do deputado Brizola Neto, o Tijolaço.
Quando assistimos à insolência dos dirigentes da empresa petrolífera texana, constatamos como foi criminosa a política entreguista do governo dos tucanos de São Paulo. Já não basta às multinacionais do petróleo obter os lucros que obtêm em nosso país, nem causar os danos que causaram. Querem, além disso, tratar os brasileiros como um povo colonizado e de joelhos.
VAI DAR TRABALHO?
E lá vem mais um capítulo da novela.
Mesma história velha e conhecida. Parece apenas uma reprise dos acontecimentos dos ultimos quase nove anos.
Nove anos de governo PT, nove anos de mensalões, de propinas, de lobbies, de eu não sei de nada e de impunidade.
Nove anos e dez ministros. Nove anos de nunca antes neste país! Começou com Zé Dirceu, "cumpanheiro" acima de qualquer suspeita.
Tivemos Palocci, duas vezes. A "cumpanheira" Erenice, amiga e secretária, mais uma vez, acima de qualquer suspeita, "confio até de olhos fechados", disse Lula
certa vez.
Aí veio a era Dilma. 10 meses de governo, apenas escandalos. Seis ministros, até agora.
Creio que já é possivel contar com a "demissão" do velho Lupi. Mas não irá terminar por aí.
Nem adianta se iludir. o "looping" será completo.
Foi na Casa Cívil, foi no Transporte, na Agricultura, no Turismo, no Esporte e foi até no Ministério da Defesa. Aliás, na Defesa, foi a única injustiça. Despediram alguém que apenas falou umas verdades. Mas foi merecido, afinal, puxa-saco que condecora bandidos que escondem
dinheiro em cuecas, com a Medalha da Vitória, só pode ser merecido.
E agora é a vez do Trabalho, será que dará Trabalho?
Nove anos, dez ministros e, todos, acima de qualquer suspeita.
E ninguém sabia de nada? Nem Lula, nem Dilma, que, lá no comecinho, enquanto mandava fabricar dôssies e falir de vez a nossa Varig, entre outras coisas, quando era "chefa" da Casa Civil, não sabia de nada?
Passeava de mão dadas com Erenice 6%, passou a chefia para a cumpanheira e de nada sabia?
A quem estão querendo enganar?
Todos amigos de longa data, cumpanheiros sempre atentos. Antes, quem cuidava do Planejamento?
Amigão de peito, velho cumpanheiro, passou o bastão para quem? Miriam Belchior? Ah, sim, aquela cumpanheira, que já nos tempos de Celso Daniel, ajudava a recolher propinas para o PT?
Seria a mesma? Ex-esposa e cumpanheira?
Ninguém sabe, nem sabia de nada? Casa Civil, Planejamento, presidentes e presidentas?
Mas afinal, somos governados por um bando de ladrões ou de burros?
Alguém pode responder?
Atualmente quem cuida mesmo da Casa Civil? Não é por um acaso uma loira que disseram nem conhecer Brasília e que, casualmente é esposa do antigo chefão do Planejamento? Não é essa mesma loira que quer ser governadora do nosso estado? Se fôr, estamos todos ferrados!
Não sei não, isso tudo me cheira a "cumpanheirismo e nepotismo", com tanta cumpanheirada e parentes no mesmo governo, como deveríamos chamar?
Impeachment, esta é a palavra chave. Isto seria o correto, a única solução, ao menos temporária.
Afinal, Collor passou pelo mesmo, e hoje, chego a uma conclusão; comparando o governo Lula/Dilma, Collor foi um anjo de inocência pura.
Ah, tivessemos justiça neste país, ao invéz de apenas bandidos de toga, como disse recentemente a ministra Eliana Calmon.
Aí sim, poderíamos dizer, que nunca antes neste país...
Siegmar Metzner - Curitiba
Mesma história velha e conhecida. Parece apenas uma reprise dos acontecimentos dos ultimos quase nove anos.
Nove anos de governo PT, nove anos de mensalões, de propinas, de lobbies, de eu não sei de nada e de impunidade.
Nove anos e dez ministros. Nove anos de nunca antes neste país! Começou com Zé Dirceu, "cumpanheiro" acima de qualquer suspeita.
Tivemos Palocci, duas vezes. A "cumpanheira" Erenice, amiga e secretária, mais uma vez, acima de qualquer suspeita, "confio até de olhos fechados", disse Lula
certa vez.
Aí veio a era Dilma. 10 meses de governo, apenas escandalos. Seis ministros, até agora.
Creio que já é possivel contar com a "demissão" do velho Lupi. Mas não irá terminar por aí.
Nem adianta se iludir. o "looping" será completo.
Foi na Casa Cívil, foi no Transporte, na Agricultura, no Turismo, no Esporte e foi até no Ministério da Defesa. Aliás, na Defesa, foi a única injustiça. Despediram alguém que apenas falou umas verdades. Mas foi merecido, afinal, puxa-saco que condecora bandidos que escondem
dinheiro em cuecas, com a Medalha da Vitória, só pode ser merecido.
E agora é a vez do Trabalho, será que dará Trabalho?
Nove anos, dez ministros e, todos, acima de qualquer suspeita.
E ninguém sabia de nada? Nem Lula, nem Dilma, que, lá no comecinho, enquanto mandava fabricar dôssies e falir de vez a nossa Varig, entre outras coisas, quando era "chefa" da Casa Civil, não sabia de nada?
Passeava de mão dadas com Erenice 6%, passou a chefia para a cumpanheira e de nada sabia?
A quem estão querendo enganar?
Todos amigos de longa data, cumpanheiros sempre atentos. Antes, quem cuidava do Planejamento?
Amigão de peito, velho cumpanheiro, passou o bastão para quem? Miriam Belchior? Ah, sim, aquela cumpanheira, que já nos tempos de Celso Daniel, ajudava a recolher propinas para o PT?
Seria a mesma? Ex-esposa e cumpanheira?
Ninguém sabe, nem sabia de nada? Casa Civil, Planejamento, presidentes e presidentas?
Mas afinal, somos governados por um bando de ladrões ou de burros?
Alguém pode responder?
Atualmente quem cuida mesmo da Casa Civil? Não é por um acaso uma loira que disseram nem conhecer Brasília e que, casualmente é esposa do antigo chefão do Planejamento? Não é essa mesma loira que quer ser governadora do nosso estado? Se fôr, estamos todos ferrados!
Não sei não, isso tudo me cheira a "cumpanheirismo e nepotismo", com tanta cumpanheirada e parentes no mesmo governo, como deveríamos chamar?
Impeachment, esta é a palavra chave. Isto seria o correto, a única solução, ao menos temporária.
Afinal, Collor passou pelo mesmo, e hoje, chego a uma conclusão; comparando o governo Lula/Dilma, Collor foi um anjo de inocência pura.
Ah, tivessemos justiça neste país, ao invéz de apenas bandidos de toga, como disse recentemente a ministra Eliana Calmon.
Aí sim, poderíamos dizer, que nunca antes neste país...
Siegmar Metzner - Curitiba
JOAQUIM, O LERDO, CONCLUI VOTO SOBRE FICHA LIMPA PARA 2012
O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu seu voto sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa a partir das eleições de 2012. No último dia 9, quando o caso estava em julgamento no plenário, Barbosa pediu vista do processo, suspendendo a decisão.
Na ocasião, ele disse que esperaria a posse da nova ministra do tribunal, Rosa Maria Weber, para não haver o risco de empate na votação, pois só havia dez ministros presentes.
Aparentemente, ele mudou de ideia, porque não há previsão de data para a posse da mais recente integrante do STF. O ministro não quis dar entrevista sobre o assunto.
Caberá ao presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, marcar nova data para o julgamento. Ele pode aguardar a posse de Rosa Maria ou pôr o caso em votação logo. As sessões do STF vão até o dia 19 de dezembro. Depois, haverá recesso até fevereiro do próximo ano.
No dia 9, apenas o relator, ministro Luiz Fux, manifestou-se sobre o assunto. Ele defendeu a aplicação da Ficha Limpa. No julgamento, os ministros vão analisar todos os artigos da lei para verificar se há inconstitucionalidade.
A norma proíbe a candidatura de pessoas que tenham sido condenadas por um colegiado ou por quem tiver renunciado ao cargo para escapar de processo de cassação.
Serão julgadas três ações, de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do PPS e da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL). Enquanto as duas primeiras pedem que a lei seja declarada constitucional, a última pede a declaração de inconstitucionalidade de alguns artigos.
Em março, o STF decidiu que a Lei da Ficha Limpa não poderia ser aplicada nas eleições de 2010, mas nada declarou sobre a validade da norma no futuro. Na ocasião, quatro ministros alertaram para inconstitucionalidades na lei.
Um dos artigos mais atacados é o que torna possível declarar alguém inelegível por ter renunciado antes da edição da lei.
Para alguns ministros, quem renunciou no passado não sabia que o ato geraria essa consequência no futuro e, por isso, não pode ser prejudicado. Antes de tomar posse, Rosa Maria ainda precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que deve ocorrer na quinta-feira.
Em seguida, o plenário do Senado precisa votar a indicação da ministra. A praxe é pela aprovação dos indicados pelo Planalto. ( O Globo)
Na ocasião, ele disse que esperaria a posse da nova ministra do tribunal, Rosa Maria Weber, para não haver o risco de empate na votação, pois só havia dez ministros presentes.
Aparentemente, ele mudou de ideia, porque não há previsão de data para a posse da mais recente integrante do STF. O ministro não quis dar entrevista sobre o assunto.
Caberá ao presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, marcar nova data para o julgamento. Ele pode aguardar a posse de Rosa Maria ou pôr o caso em votação logo. As sessões do STF vão até o dia 19 de dezembro. Depois, haverá recesso até fevereiro do próximo ano.
No dia 9, apenas o relator, ministro Luiz Fux, manifestou-se sobre o assunto. Ele defendeu a aplicação da Ficha Limpa. No julgamento, os ministros vão analisar todos os artigos da lei para verificar se há inconstitucionalidade.
A norma proíbe a candidatura de pessoas que tenham sido condenadas por um colegiado ou por quem tiver renunciado ao cargo para escapar de processo de cassação.
Serão julgadas três ações, de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do PPS e da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL). Enquanto as duas primeiras pedem que a lei seja declarada constitucional, a última pede a declaração de inconstitucionalidade de alguns artigos.
Em março, o STF decidiu que a Lei da Ficha Limpa não poderia ser aplicada nas eleições de 2010, mas nada declarou sobre a validade da norma no futuro. Na ocasião, quatro ministros alertaram para inconstitucionalidades na lei.
Um dos artigos mais atacados é o que torna possível declarar alguém inelegível por ter renunciado antes da edição da lei.
Para alguns ministros, quem renunciou no passado não sabia que o ato geraria essa consequência no futuro e, por isso, não pode ser prejudicado. Antes de tomar posse, Rosa Maria ainda precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que deve ocorrer na quinta-feira.
Em seguida, o plenário do Senado precisa votar a indicação da ministra. A praxe é pela aprovação dos indicados pelo Planalto. ( O Globo)
URIBE E A QUESTÃO VENEZUELANA
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
Enquanto a Colômbia oficial continua congelada pelos feitiços de Caracas, o próprio Brasil, onde a esquerda governante teve uma atitude cúmplice frente a Chávez e às FARC, começa a se movimentar em outro sentido: Brasília acaba de criar uma “força de vigilância estratégica” destinada a reforçar sua presença na Amazônia.
O ex-presidente Álvaro Uribe faz um grande favor à Colômbia e à democracia do continente americano ao expressar suas inquietudes sobre o que ocorre nestes momentos na Venezuela. Seu diálogo em Bogotá, nesta semana, com líderes da oposição venezuelana reabre, em boa hora, o tema de qual deve ser a posição da Colômbia frente às calamidades que vive o país irmão e frente ao caos que se aproxima. Devemos ignorar esse desastre e deixar que chegue a extremos inauditos ou devemos ajudar os que lutam pela restauração das liberdades nesse país?
A incursão do ex-presidente Uribe nesse terreno era esperada, pois na Colômbia essa temática, desde que Juan Manuel Santos tomou as rédeas do poder, foi transformado em tabu, sobre o qual não se deve pensar, nem falar, nem escrever.
A nova linha é, com efeito, submeter-se em silêncio aos ditames de Caracas, reorientar o ponto de vista da Colômbia na esfera internacional seguindo os enfoques da UNASUL, inclusive até com a União Européia e os Estados Unidos (o único que escapou disso é o processo sobre a questão palestina) e fazer passar essa virada como exemplo de uma política “mais hábil”.
Esse enfoque facilita o trabalho a Hugo Chávez e a seus acólitos, e abre avenidas aos agentes colombianos dessa tirania. Isso explica o que está ocorrendo na frente interna colombiana e explica por quê as informações e as análises sobre a situação da Venezuela e sobre a crescente ação terrorista das FARC e do ELN contra a Colômbia nos territórios limítrofes com a Venezuela, praticamente desapareceram da imprensa colombiana. Ninguém informa, ninguém investiga sobre isso, como se esses temas não fossem importantes. É como se a estabilidade política e econômica da Colômbia não dependesse em grande parte do que ocorrerá na Venezuela nos próximos meses e anos.
Onde estão as reportagens, as entrevistas, os trabalhos das famosas “unidades investigativas” de nossos diários e revistas sobre o que ocorre na Venezuela, sobre o combate da oposição anti-chavista, sobre a agonia da democracia, sobre as manobras palacianas em curso ante a aceleração da enfermidade de Hugo Chávez e sobre o papel que Havana, as FARC e o ELN estão desempenhando em tudo isso?
Há muito pouco a respeito. Muito pouco há também (e isso é o mais grave) em matéria de explicações do presidente Santos aos cidadãos sobre sua nova política exterior, sobre os compromissos firmados durante as cúpulas e contatos com seu “novo melhor amigo”. Após cada reunião entre eles o que resta são minúsculas notas de imprensa, pouco verificadas, sobre os aspectos secundários desses eventos. De fato, ninguém sabe o que a Colômbia ganhou com sua docilidade ante Chávez, nem quais são as vantagens objetivas e a longo prazo da nova orientação da diplomacia colombiana.
Por isso o ato do ex-presidente Uribe, ao manifestar de maneira pública sua inconformidade com esse status quo e com o eventual aprofundamento desse curso errôneo durante o encontro Santos-Chávez do 28 de novembro próximo, é um chamado de atenção ao país sobre os perigos de continuar observando passivamente esse fenômeno.
O mais ridículo de tudo é que enquanto a Colômbia oficial continua congelada pelos feitiços de Caracas, o próprio Brasil, onde a esquerda governante teve uma atitude cúmplice frente a Chávez e às FARC, começa a se movimentar em outro sentido: Brasília acaba de criar uma “força de vigilância estratégica” destinada a reforçar sua presença na Amazônia, pois estima que nos próximos anos, ante a escassez mundial de petróleo, a “ameaça” virá “da linha do Equador para cima”.
De acordo com isso e em vista dos vandalismos que as FARC cometem no Brasil, sobretudo por suas alianças com o tráfico de drogas, um deputado social-democrata, Otávio Leite, impulsiona um projeto de lei para que as FARC sejam classificadas como “terroristas”. O temor de que essa organização possa cometer ações terroristas durante o Mundial de futebol de 2014 e durante os Jogos Olímpicos de 2016, é outro ponto que preocupa Brasília.
Enquanto isso, a Colômbia continua sem ter uma visão estratégica da evolução da conflitividade no continente, pois acreditamos que ao servir de curinga de Caracas compramos a segurança a longo prazo. Nem sequer o tema da atuação e desenvolvimento das redes operacionais das FARC em outros países, que tanto preocupa o Brasil agora, não está sendo ventilado. Acreditamos com grande ingenuidade que a morte de Alfonso Cano significou a derrota das FARC ou a sua derrubada. Essa miragem desmobilizadora deve ser rechaçada, pois nos leva a uma conclusão falsa: como as FARC já não são uma ameaça, só falta dar os passos para alcançar a paz definitiva: anistiá-los e abrir-lhes “espaços políticos” para que Timochenko e suas hordas sangrentas possam “tramitar suas diferenças” em tema como “o das terras”, como pede agora, com grande precisão, o ex-presidente Ernesto Samper.
A nova campanha desencadeada por Gustavo Petro, prefeito eleito de Bogotá, e Jaime Dussán, chefe do comunista Polo Democrático, pretende silenciar o ex-presidente Uribe. Eles vêem que há que manter a mordaça para que Caracas e Havana avancem em seus planos de enredar mais e mais o governo da Colômbia em seus tentáculos.
Eles não querem que se veja como as FARC, apesar dos golpes recebidos, conservam suas estruturas urbanas e rurais e estão conseguindo não só infiltrar, senão inclusive dirigir certos movimentos sociais, para explorá-los, como nos anos 80 e 90, como força de choque e massa de manobra.
Por isso estão tratando de montar o falso escândalo dos “áudios” onde Álvaro Uribe “instrui” a oposição venezuelana [1]. O simples fato de falar sobre a Venezuela é mostrado como um ato de “diplomacia paralela”, como uma “sabotagem das relações” entre os dois países, como uma “ruptura do consenso”. Qual consenso? Nunca houve um “consenso” na Colômbia a favor de submeter-nos aos caprichos e brutalidades de Hugo Chávez. Não desencadeou-se no país um movimento de hilaridade geral, quando o presidente Santos anunciou que Chávez era seu “mais novo melhor amigo”? Essas acusações carecem de sentido e são puro farisaísmo.
Quem são os que fazem essa campanha? Os mesmo de sempre: a minoria vende-pátria que encontrou em Caracas um sustento para suas miseráveis aventuras. É a mesma fração fanaticamente hostil à democracia. São os que elogiam a ditadura castrista, os que financiam suas campanhas com dinheiro saqueado do povo venezuelano, os mesmos que felicitaram Chávez quando ele declarou as FARC como força “beligerante”. São os mesmos que, ante o espetáculo do veloz armamentismo da Venezuela chavista, pressionaram para que a Colômbia renunciasse ao reforço de sete de suas bases militares com ajuda dos Estados Unidos.
Que autoridade moral podem ter esses senhores para censurar o ex-presidente Uribe? Nenhuma. O ex-presidente Uribe abriu em boa hora a porta da discussão sobre os erros da política exterior colombiana. É tempo de abordar essa temática com critério saudável, e de impedir que esse debate seja fechado de novo.
Eduardo Mackenzie, 29 Novembro 2011
Nota da tradutora
[1] Para conhecer o que disse exatamente o ex-presidente Uribe e em que contexto se passou a sua declaração, confiram no seguinte vídeo:
http://www.ntn24.com/videos/en-primicia-alvaro-uribe-explica-la-propuesta-que-hace-la-oposicion-ve-029737
Tradução: Graça Salgueiro
Enquanto a Colômbia oficial continua congelada pelos feitiços de Caracas, o próprio Brasil, onde a esquerda governante teve uma atitude cúmplice frente a Chávez e às FARC, começa a se movimentar em outro sentido: Brasília acaba de criar uma “força de vigilância estratégica” destinada a reforçar sua presença na Amazônia.
O ex-presidente Álvaro Uribe faz um grande favor à Colômbia e à democracia do continente americano ao expressar suas inquietudes sobre o que ocorre nestes momentos na Venezuela. Seu diálogo em Bogotá, nesta semana, com líderes da oposição venezuelana reabre, em boa hora, o tema de qual deve ser a posição da Colômbia frente às calamidades que vive o país irmão e frente ao caos que se aproxima. Devemos ignorar esse desastre e deixar que chegue a extremos inauditos ou devemos ajudar os que lutam pela restauração das liberdades nesse país?
A incursão do ex-presidente Uribe nesse terreno era esperada, pois na Colômbia essa temática, desde que Juan Manuel Santos tomou as rédeas do poder, foi transformado em tabu, sobre o qual não se deve pensar, nem falar, nem escrever.
A nova linha é, com efeito, submeter-se em silêncio aos ditames de Caracas, reorientar o ponto de vista da Colômbia na esfera internacional seguindo os enfoques da UNASUL, inclusive até com a União Européia e os Estados Unidos (o único que escapou disso é o processo sobre a questão palestina) e fazer passar essa virada como exemplo de uma política “mais hábil”.
Esse enfoque facilita o trabalho a Hugo Chávez e a seus acólitos, e abre avenidas aos agentes colombianos dessa tirania. Isso explica o que está ocorrendo na frente interna colombiana e explica por quê as informações e as análises sobre a situação da Venezuela e sobre a crescente ação terrorista das FARC e do ELN contra a Colômbia nos territórios limítrofes com a Venezuela, praticamente desapareceram da imprensa colombiana. Ninguém informa, ninguém investiga sobre isso, como se esses temas não fossem importantes. É como se a estabilidade política e econômica da Colômbia não dependesse em grande parte do que ocorrerá na Venezuela nos próximos meses e anos.
Onde estão as reportagens, as entrevistas, os trabalhos das famosas “unidades investigativas” de nossos diários e revistas sobre o que ocorre na Venezuela, sobre o combate da oposição anti-chavista, sobre a agonia da democracia, sobre as manobras palacianas em curso ante a aceleração da enfermidade de Hugo Chávez e sobre o papel que Havana, as FARC e o ELN estão desempenhando em tudo isso?
Há muito pouco a respeito. Muito pouco há também (e isso é o mais grave) em matéria de explicações do presidente Santos aos cidadãos sobre sua nova política exterior, sobre os compromissos firmados durante as cúpulas e contatos com seu “novo melhor amigo”. Após cada reunião entre eles o que resta são minúsculas notas de imprensa, pouco verificadas, sobre os aspectos secundários desses eventos. De fato, ninguém sabe o que a Colômbia ganhou com sua docilidade ante Chávez, nem quais são as vantagens objetivas e a longo prazo da nova orientação da diplomacia colombiana.
Por isso o ato do ex-presidente Uribe, ao manifestar de maneira pública sua inconformidade com esse status quo e com o eventual aprofundamento desse curso errôneo durante o encontro Santos-Chávez do 28 de novembro próximo, é um chamado de atenção ao país sobre os perigos de continuar observando passivamente esse fenômeno.
O mais ridículo de tudo é que enquanto a Colômbia oficial continua congelada pelos feitiços de Caracas, o próprio Brasil, onde a esquerda governante teve uma atitude cúmplice frente a Chávez e às FARC, começa a se movimentar em outro sentido: Brasília acaba de criar uma “força de vigilância estratégica” destinada a reforçar sua presença na Amazônia, pois estima que nos próximos anos, ante a escassez mundial de petróleo, a “ameaça” virá “da linha do Equador para cima”.
De acordo com isso e em vista dos vandalismos que as FARC cometem no Brasil, sobretudo por suas alianças com o tráfico de drogas, um deputado social-democrata, Otávio Leite, impulsiona um projeto de lei para que as FARC sejam classificadas como “terroristas”. O temor de que essa organização possa cometer ações terroristas durante o Mundial de futebol de 2014 e durante os Jogos Olímpicos de 2016, é outro ponto que preocupa Brasília.
Enquanto isso, a Colômbia continua sem ter uma visão estratégica da evolução da conflitividade no continente, pois acreditamos que ao servir de curinga de Caracas compramos a segurança a longo prazo. Nem sequer o tema da atuação e desenvolvimento das redes operacionais das FARC em outros países, que tanto preocupa o Brasil agora, não está sendo ventilado. Acreditamos com grande ingenuidade que a morte de Alfonso Cano significou a derrota das FARC ou a sua derrubada. Essa miragem desmobilizadora deve ser rechaçada, pois nos leva a uma conclusão falsa: como as FARC já não são uma ameaça, só falta dar os passos para alcançar a paz definitiva: anistiá-los e abrir-lhes “espaços políticos” para que Timochenko e suas hordas sangrentas possam “tramitar suas diferenças” em tema como “o das terras”, como pede agora, com grande precisão, o ex-presidente Ernesto Samper.
A nova campanha desencadeada por Gustavo Petro, prefeito eleito de Bogotá, e Jaime Dussán, chefe do comunista Polo Democrático, pretende silenciar o ex-presidente Uribe. Eles vêem que há que manter a mordaça para que Caracas e Havana avancem em seus planos de enredar mais e mais o governo da Colômbia em seus tentáculos.
Eles não querem que se veja como as FARC, apesar dos golpes recebidos, conservam suas estruturas urbanas e rurais e estão conseguindo não só infiltrar, senão inclusive dirigir certos movimentos sociais, para explorá-los, como nos anos 80 e 90, como força de choque e massa de manobra.
Por isso estão tratando de montar o falso escândalo dos “áudios” onde Álvaro Uribe “instrui” a oposição venezuelana [1]. O simples fato de falar sobre a Venezuela é mostrado como um ato de “diplomacia paralela”, como uma “sabotagem das relações” entre os dois países, como uma “ruptura do consenso”. Qual consenso? Nunca houve um “consenso” na Colômbia a favor de submeter-nos aos caprichos e brutalidades de Hugo Chávez. Não desencadeou-se no país um movimento de hilaridade geral, quando o presidente Santos anunciou que Chávez era seu “mais novo melhor amigo”? Essas acusações carecem de sentido e são puro farisaísmo.
Quem são os que fazem essa campanha? Os mesmo de sempre: a minoria vende-pátria que encontrou em Caracas um sustento para suas miseráveis aventuras. É a mesma fração fanaticamente hostil à democracia. São os que elogiam a ditadura castrista, os que financiam suas campanhas com dinheiro saqueado do povo venezuelano, os mesmos que felicitaram Chávez quando ele declarou as FARC como força “beligerante”. São os mesmos que, ante o espetáculo do veloz armamentismo da Venezuela chavista, pressionaram para que a Colômbia renunciasse ao reforço de sete de suas bases militares com ajuda dos Estados Unidos.
Que autoridade moral podem ter esses senhores para censurar o ex-presidente Uribe? Nenhuma. O ex-presidente Uribe abriu em boa hora a porta da discussão sobre os erros da política exterior colombiana. É tempo de abordar essa temática com critério saudável, e de impedir que esse debate seja fechado de novo.
Eduardo Mackenzie, 29 Novembro 2011
Nota da tradutora
[1] Para conhecer o que disse exatamente o ex-presidente Uribe e em que contexto se passou a sua declaração, confiram no seguinte vídeo:
http://www.ntn24.com/videos/en-primicia-alvaro-uribe-explica-la-propuesta-que-hace-la-oposicion-ve-029737
Tradução: Graça Salgueiro
JUSTIÇA CONDENA CAIO FÁBIO POR FALSIFICAR DOCUMENTOS PARA AJUDAR O PT
Artigos - Movimento Revolucionário
Lula confirmou que teve um encontro com Caio Fábio para conversar sobre o dossiê. Ele disse que, posteriormente, Thomaz Bastos, então advogado da campanha eleitoral do PT, examinou o dossiê, constatando que se tratava de uma fraude. Por isso, segundo Lula, o PT recusou a proposta de compra dos documentos.
A Justiça Eleitoral condenou por calúnia o ex-pastor Caio Fábio D’Araújo Filho (foto), 56, a quatro anos de prisão por ter ajudado a elaborar e distribuir documentos falsos para incriminar a cúpula do PSDB na disputa eleitoral de 1998 contra o PT. Caio, que estava muito próximo de Lula na época, esperava ajudar o PT.
O ex-pastor, que é considerado um guru por blogs sensacionalistas como o Genizah, vai recorrer em liberdade da condenação. Ele nega que tenha sido um dos responsáveis pelo “dossiê Cayman”, como o caso ficou famoso na imprensa. “Não estou nem um pouco preocupado com isso [a condenação]”, disse. “Tenho a consciência absolutamente tranquila.”
A decisão da Justiça teve como base o depoimento de testemunhas e investigações da Polícia Federal do Brasil, da qual participou também o FBI, a polícia federal norte-americana.
Pelas investigações, os documentos que Caio Fábio ajudou a falsificar acusavam que Fernando Henrique Cardoso, na época disputando a presidência do Brasil contra Lula, e Mário Covas, que estava em igual disputa contra o PT para o governo do Estado de São Paulo, tinham no paraíso fiscal das ilhas Cayman (Caribe) US$ 368 milhões (R$ 628 milhões).
Esse dinheiro, pelas informações falsificadas do ex-pastor, teria sido pago como propina por empresários supostamente beneficiados com a privatização do setor de telecomunicações.
De acordo com as investigações, os outros acusados pela fraude são empresários cujo objetivo, na época, era “fabricar” a documentação para vendê-la ao PT. Esses empresários e Caio Fábio teriam produzido a documentação em Miami. Até agora, o ex-pastor presbiteriano é o único condenado.
No inquérito, consta depoimento de políticos que na época tiveram acesso à cópia do dossiê, entre eles Luis Inácio Lula da Silva, José Dirceu, Paulo Maluf, Ciro Gomes, Marta Suplicy e Leonel Brizola.
Lula confirmou que teve um encontro com Caio Fábio para conversar sobre o dossiê. Ele disse que, posteriormente, Thomaz Bastos, então advogado da campanha eleitoral do PT, examinou o dossiê, constatando que se tratava de uma fraude. Por isso, segundo Lula, o PT recusou a proposta de compra dos documentos.
Caio Fábio teria oferecido o dossiê ao PT pelo preço de US$ 1,5 milhão (R$ 2,5 milhões). Na época, ele era um pastor de prestígio entre os políticos de esquerda, tendo grande acesso a eles nos bastidores.
Com o caso Cayman, que expôs publicamente suas atividades políticas oportunistas nos bastidores, Caio Fábio caiu em desgraça. Essa foi sua queda política. Quase na mesma época, descobriu-se que ele estava em adultério com a secretária durante anos. Esses escândalos somados o levaram a ficar deprimido, a emagrecer 25 quilos (pesava 119) e a acumular uma infinidade de dividas. Nesse tempo, ele era da Igreja Presbiteriana, da qual foi afastado por causa de seu caso extraconjugal. Para se recuperar financeiramente, fundou a Igreja Caminho da Graça e passa o tempo hoje criticando toda e qualquer liderança evangélica, mas perdeu o estrelato que tinha na década de 1990.
Em 1994, durante seu apogeu, seu programa de TV, “Pare & Pense”, foi o primeiro programa evangélico de TV a se envolver diretamente no processo eleitoral presidencial, tendo, juntamente com Valnice Milhomens, apresentado o candidato Lula.
Embora o dossiê Cayman tenha fracassado em seus intentos, a estratégia de Caio Fábio, ao trazer Lula para o “Pare & Pense”, teve resultado oposto entre os evangélicos com relação a Lula e ao PT. Só anos mais tarde Caio confessou:
“Aproximei Lula dos evangélicos, os quais, durante anos, o chamavam de ‘diabo’. Muitas foram as oportunidades que criei para que ele tivesse a chance de se deixar perceber pela igreja”.
Hoje, Caio contenta-se em ser a estrela de blogs chamados “apologéticos” como o Genizah.
A condenação de Caio, por crime de calúnia, foi agravada por ter envolvido o então presidente Fernando Henrique Cardoso em seu esquema para fortalecer eleitoralmente o PT e ganhar algum dinheiro.
Resta saber se o PT, que soube socorrer Lula dos monumentais escândalos do mensalão, terá interesse em socorrer um ex-pastor que tanto fez para levar os evangélicos ao PT.
Com informações da Folha de S. Paulo e Paulo Lopes.
Julio Severo, 29 Novembro 2011
Lula confirmou que teve um encontro com Caio Fábio para conversar sobre o dossiê. Ele disse que, posteriormente, Thomaz Bastos, então advogado da campanha eleitoral do PT, examinou o dossiê, constatando que se tratava de uma fraude. Por isso, segundo Lula, o PT recusou a proposta de compra dos documentos.
A Justiça Eleitoral condenou por calúnia o ex-pastor Caio Fábio D’Araújo Filho (foto), 56, a quatro anos de prisão por ter ajudado a elaborar e distribuir documentos falsos para incriminar a cúpula do PSDB na disputa eleitoral de 1998 contra o PT. Caio, que estava muito próximo de Lula na época, esperava ajudar o PT.
O ex-pastor, que é considerado um guru por blogs sensacionalistas como o Genizah, vai recorrer em liberdade da condenação. Ele nega que tenha sido um dos responsáveis pelo “dossiê Cayman”, como o caso ficou famoso na imprensa. “Não estou nem um pouco preocupado com isso [a condenação]”, disse. “Tenho a consciência absolutamente tranquila.”
A decisão da Justiça teve como base o depoimento de testemunhas e investigações da Polícia Federal do Brasil, da qual participou também o FBI, a polícia federal norte-americana.
Pelas investigações, os documentos que Caio Fábio ajudou a falsificar acusavam que Fernando Henrique Cardoso, na época disputando a presidência do Brasil contra Lula, e Mário Covas, que estava em igual disputa contra o PT para o governo do Estado de São Paulo, tinham no paraíso fiscal das ilhas Cayman (Caribe) US$ 368 milhões (R$ 628 milhões).
Esse dinheiro, pelas informações falsificadas do ex-pastor, teria sido pago como propina por empresários supostamente beneficiados com a privatização do setor de telecomunicações.
De acordo com as investigações, os outros acusados pela fraude são empresários cujo objetivo, na época, era “fabricar” a documentação para vendê-la ao PT. Esses empresários e Caio Fábio teriam produzido a documentação em Miami. Até agora, o ex-pastor presbiteriano é o único condenado.
No inquérito, consta depoimento de políticos que na época tiveram acesso à cópia do dossiê, entre eles Luis Inácio Lula da Silva, José Dirceu, Paulo Maluf, Ciro Gomes, Marta Suplicy e Leonel Brizola.
Lula confirmou que teve um encontro com Caio Fábio para conversar sobre o dossiê. Ele disse que, posteriormente, Thomaz Bastos, então advogado da campanha eleitoral do PT, examinou o dossiê, constatando que se tratava de uma fraude. Por isso, segundo Lula, o PT recusou a proposta de compra dos documentos.
Caio Fábio teria oferecido o dossiê ao PT pelo preço de US$ 1,5 milhão (R$ 2,5 milhões). Na época, ele era um pastor de prestígio entre os políticos de esquerda, tendo grande acesso a eles nos bastidores.
Com o caso Cayman, que expôs publicamente suas atividades políticas oportunistas nos bastidores, Caio Fábio caiu em desgraça. Essa foi sua queda política. Quase na mesma época, descobriu-se que ele estava em adultério com a secretária durante anos. Esses escândalos somados o levaram a ficar deprimido, a emagrecer 25 quilos (pesava 119) e a acumular uma infinidade de dividas. Nesse tempo, ele era da Igreja Presbiteriana, da qual foi afastado por causa de seu caso extraconjugal. Para se recuperar financeiramente, fundou a Igreja Caminho da Graça e passa o tempo hoje criticando toda e qualquer liderança evangélica, mas perdeu o estrelato que tinha na década de 1990.
Em 1994, durante seu apogeu, seu programa de TV, “Pare & Pense”, foi o primeiro programa evangélico de TV a se envolver diretamente no processo eleitoral presidencial, tendo, juntamente com Valnice Milhomens, apresentado o candidato Lula.
Embora o dossiê Cayman tenha fracassado em seus intentos, a estratégia de Caio Fábio, ao trazer Lula para o “Pare & Pense”, teve resultado oposto entre os evangélicos com relação a Lula e ao PT. Só anos mais tarde Caio confessou:
“Aproximei Lula dos evangélicos, os quais, durante anos, o chamavam de ‘diabo’. Muitas foram as oportunidades que criei para que ele tivesse a chance de se deixar perceber pela igreja”.
Hoje, Caio contenta-se em ser a estrela de blogs chamados “apologéticos” como o Genizah.
A condenação de Caio, por crime de calúnia, foi agravada por ter envolvido o então presidente Fernando Henrique Cardoso em seu esquema para fortalecer eleitoralmente o PT e ganhar algum dinheiro.
Resta saber se o PT, que soube socorrer Lula dos monumentais escândalos do mensalão, terá interesse em socorrer um ex-pastor que tanto fez para levar os evangélicos ao PT.
Com informações da Folha de S. Paulo e Paulo Lopes.
Julio Severo, 29 Novembro 2011
CNBB AGORA IMPORTA ÍNDIOS PARA SIMULAR OCUPAÇÃO DA RESERVA RAPOSA SERRA DO SOL
Segundo o Jornal do Brasil, em ação incentivada pelo ex-bispo de Roraima (75-96), Aldo Mongiano, hoje residindo na Itália, índios de diversos países sul-americanos estão sendo levados para a reserva Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima, para fazer número e dar ideia de “ocupação”.
A região, grande produtora de arroz, foi transformada em nova fronteira de fome, desemprego e alcoolismo, depois que os agricultores foram expulsos por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Índios estrangeiros sempre foram levados a ocupar áreas reivindicadas para demarcação, mas eles eram arregimentados apenas na Guiana.
O tal bispo Mongiano criou no passado uma “Aldeia da Demarcação”. Os índios importados se articulam em novas “nações independentes”.
Protegidos pela Funai, índios estrangeiros usufruem de assistência de dentistas, médicos, remédios e até avião para emergências médicas.
À esse absurdo que só esses bispetes da CNBB são capazes, junte-se a estupidez que foi a demarcação da região da Raposa Serra do Sol e a violência da expulsão dos cidadãos que lá viviam e produziam, como mostra o vídeo abaixo, de 2008, com as ações da Polícia Federal que, cumprindo ordens, mas sem mandados judiciais, invadiram as fazendas dos agricultores.
Por Ricardo Froes
A região, grande produtora de arroz, foi transformada em nova fronteira de fome, desemprego e alcoolismo, depois que os agricultores foram expulsos por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Índios estrangeiros sempre foram levados a ocupar áreas reivindicadas para demarcação, mas eles eram arregimentados apenas na Guiana.
O tal bispo Mongiano criou no passado uma “Aldeia da Demarcação”. Os índios importados se articulam em novas “nações independentes”.
Protegidos pela Funai, índios estrangeiros usufruem de assistência de dentistas, médicos, remédios e até avião para emergências médicas.
À esse absurdo que só esses bispetes da CNBB são capazes, junte-se a estupidez que foi a demarcação da região da Raposa Serra do Sol e a violência da expulsão dos cidadãos que lá viviam e produziam, como mostra o vídeo abaixo, de 2008, com as ações da Polícia Federal que, cumprindo ordens, mas sem mandados judiciais, invadiram as fazendas dos agricultores.
Por Ricardo Froes
LIVRO DIZ QUE DILMA NÃO PARTICIPOU DO ROUBO DO COFRE DE ADHEMAR DE BARROS
Duas moças bem arrumadas entram no Copacabana Palace, vão ao guichê de câmbio, trocam US$ 1 mil e desaparecem. Uma hora depois, as duas - as guerrilheiras Dilma Vana Rousseff e Maria Auxiliadora, da VAR-Palmares - comemoram com seus companheiros, em um apartamento perto dali, o sucesso da operação.
Os US$ 1 mil eram só o tira-gosto de uma fortuna de US$ 2,59 milhões (hoje, cerca de R$ 28 milhões) capturados, na véspera, de uma casa no bairro de Santa Teresa.
Dinheiro guardado em um enorme baú de 150 quilos, o célebre "cofre do Adhemar" - cujo roubo foi festejado pelo grupo como "a maior vitória da esquerda armada contra o capitalismo no continente".
O episódio é uma das muitas histórias dos tempos de Wanda da hoje presidente da República: o período entre 1968, quando aderiu à resistência à ditadura, e 1973, ano em que deixou a prisão em São Paulo, sepultou o codinome e foi estudar economia em Porto Alegre.
É um dos bons capítulos do livro O Cofre do Dr. Rui, recém-lançado pelo jornalista e escritor Tom Cardoso.
"Dr. Rui" era o apelido de Ana Capriglione, amante de Adhemar de Barros, governador paulista que, diz a lenda, encheu o baú praticando o "rouba mas faz".
"O que eu tento, no livro, é mostrar o papel real de cada um e o destino do dinheiro", avisa o autor. E o papel real de Dilma, ouvidos mais de 30 depoimentos, fica mais claro.
Segundo o livro, não partiram dela nem a ideia do roubo nem da organização do ataque. Dilma sequer teria participado do grupo de 11 pessoas que, sob o comando de Juarez de Brito, o Juvenal, invadiu em julho de 1969 a casa do irmão de Ana Capriglione para pegar o famoso cofre.
"Mas Wanda tinha, sim, grande importância no grupo. Cuidava de planejar, distribuir armas e munição, documentos. Tomou conta de várias malas com os dólares e ajudou a definir sua distribuição", explica Cardoso.
A militante já era famosa pelas broncas e pela coragem. Defendia a ala "massista", que sonhava organizar as massas e vivia às turras com os "foquistas", a turma pesada de Carlos Lamarca, ansiosa por iniciar logo a luta armada.
Em um congresso em Teresópolis, ela surpreendeu os camaradas ao encarar o poderoso Lamarca "chamando a atenção para a fragilidade de suas ideias", segundo Cardoso.
Lamarca a apelidara de Mônica, "porque era dentuça e mandona", como a personagem dos quadrinhos. Ela deu o troco compondo um plágio de País Tropical, de Jorge Ben: "Este é um congresso tropical / Abençoado por Lenin / E confuso por natureza... / Em agosto (em agosto) / Tem Juvenal (tem Juvenal) / E também um capitão chamado Lamarca..."
Mas O Cofre não é um livro sobre Dilma: ela aparece porque estava no caminho da história. O eixo principal das 170 páginas é o tortuoso sumiço do dinheiro pelo qual grupelhos internos pelejavam, às vezes armados e gritando uns com outros.
Ao final, o que vem à luz é a rápida caminhada da esquerda armada rumo ao seu fim. Que o autor não cravou em 1971, com a morte de Lamarca, mas em 1985, quando o militante Gustavo Schiller pulou de um oitavo andar em Copacabana.
Schiller era o jovem carioca que, nos idos de 1969, havia contado a alguns amigos que no porão de sua própria casa, em Santa Teresa, havia um cofre abarrotado de dólares.
Do portal do Estadão
MEU COMENTÁRIO
Enquanto a revista norte-americana New Yorker diz em reportagem que Dilma faz faxina como nunca antes neste país demitindo corruptos...Lupi que o diga... sai um livro em que afirma que Dilma Rousseff não participou do roubo do cofre de Adhemar de Barros, embora fizesse parte do grupo terrorista.
Coincidências à parte, o fato é que a biografia da ex-terrorista de alguma foma vai sendo lapidada...
Ainda bem que o blog fotografou a mudança da Dilma quando se mudou para o palacete presidencial...hehe...
blog do aluizio amorim
Os US$ 1 mil eram só o tira-gosto de uma fortuna de US$ 2,59 milhões (hoje, cerca de R$ 28 milhões) capturados, na véspera, de uma casa no bairro de Santa Teresa.
Dinheiro guardado em um enorme baú de 150 quilos, o célebre "cofre do Adhemar" - cujo roubo foi festejado pelo grupo como "a maior vitória da esquerda armada contra o capitalismo no continente".
O episódio é uma das muitas histórias dos tempos de Wanda da hoje presidente da República: o período entre 1968, quando aderiu à resistência à ditadura, e 1973, ano em que deixou a prisão em São Paulo, sepultou o codinome e foi estudar economia em Porto Alegre.
É um dos bons capítulos do livro O Cofre do Dr. Rui, recém-lançado pelo jornalista e escritor Tom Cardoso.
"Dr. Rui" era o apelido de Ana Capriglione, amante de Adhemar de Barros, governador paulista que, diz a lenda, encheu o baú praticando o "rouba mas faz".
"O que eu tento, no livro, é mostrar o papel real de cada um e o destino do dinheiro", avisa o autor. E o papel real de Dilma, ouvidos mais de 30 depoimentos, fica mais claro.
Segundo o livro, não partiram dela nem a ideia do roubo nem da organização do ataque. Dilma sequer teria participado do grupo de 11 pessoas que, sob o comando de Juarez de Brito, o Juvenal, invadiu em julho de 1969 a casa do irmão de Ana Capriglione para pegar o famoso cofre.
"Mas Wanda tinha, sim, grande importância no grupo. Cuidava de planejar, distribuir armas e munição, documentos. Tomou conta de várias malas com os dólares e ajudou a definir sua distribuição", explica Cardoso.
A militante já era famosa pelas broncas e pela coragem. Defendia a ala "massista", que sonhava organizar as massas e vivia às turras com os "foquistas", a turma pesada de Carlos Lamarca, ansiosa por iniciar logo a luta armada.
Em um congresso em Teresópolis, ela surpreendeu os camaradas ao encarar o poderoso Lamarca "chamando a atenção para a fragilidade de suas ideias", segundo Cardoso.
Lamarca a apelidara de Mônica, "porque era dentuça e mandona", como a personagem dos quadrinhos. Ela deu o troco compondo um plágio de País Tropical, de Jorge Ben: "Este é um congresso tropical / Abençoado por Lenin / E confuso por natureza... / Em agosto (em agosto) / Tem Juvenal (tem Juvenal) / E também um capitão chamado Lamarca..."
Mas O Cofre não é um livro sobre Dilma: ela aparece porque estava no caminho da história. O eixo principal das 170 páginas é o tortuoso sumiço do dinheiro pelo qual grupelhos internos pelejavam, às vezes armados e gritando uns com outros.
Ao final, o que vem à luz é a rápida caminhada da esquerda armada rumo ao seu fim. Que o autor não cravou em 1971, com a morte de Lamarca, mas em 1985, quando o militante Gustavo Schiller pulou de um oitavo andar em Copacabana.
Schiller era o jovem carioca que, nos idos de 1969, havia contado a alguns amigos que no porão de sua própria casa, em Santa Teresa, havia um cofre abarrotado de dólares.
Do portal do Estadão
MEU COMENTÁRIO
Enquanto a revista norte-americana New Yorker diz em reportagem que Dilma faz faxina como nunca antes neste país demitindo corruptos...Lupi que o diga... sai um livro em que afirma que Dilma Rousseff não participou do roubo do cofre de Adhemar de Barros, embora fizesse parte do grupo terrorista.
Coincidências à parte, o fato é que a biografia da ex-terrorista de alguma foma vai sendo lapidada...
Ainda bem que o blog fotografou a mudança da Dilma quando se mudou para o palacete presidencial...hehe...
blog do aluizio amorim
VALE A PENA OUVIR DE NOVO.
É com essa gente que o Brasil faz a sua história no mundo de hoje. Uma história construída pelo cinismo, pela hipocrisia, pela exploração da miséria com o Bolsa Família, que alimenta a paternidade do Estado sobre essa multidão sem cidadania, transformando-a num curral eleitoral, sem direitos, sem saber assinar o próprio nome, enganada com miseráveis trocados.
Quando esse cidadão conquista a Presidência da República, o faz com discursos eivados de mentiras, de empulhação e nos empurra para a indecente e vergonhosa corrupção, que transformou esse país num antro de ladrões.
Para construir sua base no Congresso, inova com o mensalão, com o loteamento de cargos públicos, de Ministérios e Secretarias, a que chama de "governo de coalizão", porque conhece o preço da ética de cada parlamentar.
Seus colaboradores passeiam impunemente, ricos, exibindo largos sorrisos de deboche na cara dessa sociedade atoleimada.
Vimos e ouvimos no vídeo, referir-se a Sarney como um cidadão acima de qualquer suspeita. Alguém que tem uma história, e que não pode ser tratado como qualquer um; alguém que soube miserabilizar o povo maranhense, transformando o Estado do Maranhão numa Capitania Hereditária. Incensando o donatário da capitania com as artimanhas de alguém que também se considera acima da lei e da ética, e que também agiu a revelia dela e da Constituição, engana-se a si mesmo ao pensar que engana o país ao discursar que não elegeu Sarney, que não votou em Sarney, que Sarney é um "problema" do Senado.
Referiu-se ao Congresso, em certa ocasião, e o fez com conhecimento de causa, chamando os parlamentares de "os trezentos picaretas".
Hoje, rico, abastado, continua se esforçando para não perder o centro das decisões, agindo sorrateiramente, e muitas vezes escancaradamente, pouco se importando com o que digam ou pensem.
Ainda acredita, como muitos já o fizeram, na 'eternidade' do poder. Ainda acredita que poderá continuar enganando, esquecendo-se da lição de A. Lincoln, em seu pronunciamento: "Pode-se enganar toda gente algum tempo; pode-se enganar pouca gente, todo o tempo; mas não se pode enganar toda gente, todo o tempo".
A hitória começa a ser reescrita, porque a história sem compromisso com a Verdade e a Ética, é sempre rabiscada na areia, nunca gravada na rocha. O que ficará na rocha da memória, quando se fizer a sua biografia, será a vergonha e terá como fundo de verdade o circo de horrores e corrupção implantados em seus mandatos.
m.americo
A UNGIDA
Um Repórter à Solta (avant-première)
Pode uma ex-radical marxista conduzir o Brasil em seu ‘boom’ econômico?
(A ser publicado em 5 de dezembro de 2011 pela revista americana “The New Yorker’)
UM REPÓRTER À SOLTA escreveu sobre a presidente brasileira Dilma Rousseff.
Até hoje, o Brasil tem sido um dos países mais desequilibrados economica e educacionalmente do mundo. No entando, hoje, sua economia está crescendo muito mais rapidamente do que a dos EUA.
Alega-se que vinte e oito milhões de brasileiros saíram da situação de pobreza severa na última década, embora esse número seja fruto de análise que leva em conta ganhos mensais irreais com relaçâo à caracterização de classes sociais no país.
O país tem conseguido manter um orçamento não muito desequilibrado, uma dívida nacional ainda inferior ao seu PIB anual, baixa inflação, e um desemprego em queda lenta mas progressiva.
O país é caoticamente democrático e tem uma imprensa ainda com certo grau de liberdade, embora o governo esteja solidificando algo oposto a uma democracia meritocrática, onde o principal diploma é a carteirinha do partido dominante: o PT.
O Brasil opera por modos e maneiras que o mundo está condicionado a pensar serem incompatíveis com uma sociedade livre e bem sucedida. Não é justo que o Brasil seja governado por indesculpáveis ex-revolucionários marxistas, muitos dos quais – incluindo a Presidente – estiveram presos por períodos variáveis como terroristas ou implicados em diversos tipos de crimes contra pessoas e contra instituições, inclusive as Forças Armadas.
O governo central concentra muito mais poder e capacidade de intromissão na vida das pessoas do que jamais ocorreu, por exemplo, com Washington.
É também extremamente mais corrupto e procura, ultimamente, institucionalizar tanto essa corrupção como a sua impunidade. O crime é alto, as escolas são fracas, as estradas são ruins, excetuando-se apenas as do sudeste mais desenvolvido por terem sua manutenção terceirizada e onde os usuários pagam os mais caros pedágios do universo. Seus portos são amplamente disfuncionais.
E ainda, entre as maiores potências econômicas do mundo, o Brasil conseguiu montar um raro tripé: alto crescimento, liberdade política, e agravamento das disparidades sociais.
A Presidente Dilma Rousseff é uma presença forçada, eleita graças à popularidade de seu padrinho Lula da Silva. Como ex-membro da Vanguarda Revolucionária Armada Palmares, ela passou algum tempo na prisão e alega ter sido vítima de tortura por parte do regime militar.
Sua primeira iniciativa governamental, que chamou de ‘Brasil Sem Miséria’, lançada em junho último, se propõe a ser um programa antipobreza 'devastadoramente' abrangente.
Os EUA parecem constar com frequência das opiniões da Sra. Rousseff como exemplo de como não se deve lidar com a crise econômica global. A política no Brasil tem sido uma atividade caótica e imoral herdada do seu padrinho e predecessor Luis Inácio Lula da Silva, conhecido dos brasileiros e do resto do mundo simplesmente como ‘Lula’.
Durante cinco dos oito anos de sua administração, Dilma Roussef serviu como Ministra da Casa Civil. Lula a ungiu como sua sucessora em 2010.
O Brasil estará – a não ser que surjam condições impeditivas – sediando a Copa do Mundo da FIFA, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
Rousseff, hoje com 63 anos, estava na universidade em 1964 quando eclodiu o contragolpe militar no país, ao qual se sucedeu um regime autoritário direcionado aos marxistas e terroristas relacionados, mas que nunca se caracterizou propriamente como uma ditadura, uma vez que as pessoas praticamente não tiveram suas liberdades individuais restringidas ou foram forçadas a fazer o que não queriam.
Bem diferente da maioria das ditaduras, o regime militar só matou quando houve confronto direto dos guerrilheiros - que vinham matando muito - com os militares. Casos de execução por policiais e grupos correlatos foram raros.
Dilma Roussef, que era marxista radical acabou presa, mas sua vida nunca esteve ameaçada, como a da maioria dos seus colegas militantes que buscaram refúgio político na América do Sul, no Canadá, e na Europa.
No final da década de 1960, ela se casou com outro militante, Cláudio Galeno Linhares. Viviam escondidos, armazenando e transportando estoques de armas, bombas, e dinheiro roubado, planejando e executando “ações”.
Mais tarde separou-se de Galeno e amasiou-se com Carlos Araújo, outro militante proeminente. No início da década de 1970, os militares capturaram-na e ela passou três anos na prisão, onde alega ter sido submetida a torturas extensas. Insiste em que nunca esteve pessoalmente envolvida em ações violentas durante seus dias de militância. Poucos acreditam nisso...
Após ter sido solta, ela alega ter se formado em economia e a partir de então ter trabalhado como uma formadora de opinião e assessoria econômica. Ingressou no PDT de Leonel Brizola e logo começou a trabalhar em cargos governamentais em Porto Alegre. Após ter conhecido Lula e ter se impressionado muito com ele, este a nomeou como Secretária de Energia de seu governo.
São inúmeros os escândalos de corrupção que não param de se suceder em sua administração.
Diversos de seus ministros já foram afastados por envolvimentos em atos ilícitos e em corrupção ativa. Pouca gente crê que Dilma Rousseff seja corrupta, mas ela tem trabalhado por anos a fio com quase todos os que foram afastados por corrupção e, assim, não pode alegar que ‘não sabia de nada’, como fazia o seu antecessor quando um escândalo vinha à tona.
É bem provável que ela tenha tomado parte da maioria deles, mesmo que por omissão, em função dos cargos que ocupou.
Faz parte ainda do Conselho da Petrobrás, onde é remunerada com cerca de 80 mil reais mensais, apenas para fazer número no órgão diretor da maior estatal brasileira.
Não é a toa que a carga tributária do brasileiro está próxima a 40% do PIB e o país é um dos que têm os piores índices de qualificação e eficiência de seus serviços públicos.
Por Nicholas Lemann – Tradução de FRANCISCO VIANNA
UPEC
DÁ-LHE, ROMÁRIO!
Pois é, com menos de um ano de mandato, o Baixinho mostrou a que veio. Escancarou o óbvio: o sujeito não tem que ser "dotor" para exercer um mandato popular, basta ter rapidez de raciocínio, ser meio "marrento" e ter vergonha na cara, o que pelo menos no caso dele é uma realidade.
Na hora certa soube firmar o pé e falar alto e bom som.
Na audiência pública da Comissão Especial da Copa, sem dó nem piedade enquadrou o chefe do bando da CBF e seu camarada secretário-geral da FIFA, que saiu do Brasil com o rabo entre as pernas. De pronto, não permitiu a aproximação das más companhias, o que, sabemos, é o que mais tem no Congresso Nacional.
O caso da votação do processo de cassação da Jacqueline Roriz, esta que livrou a cara pela falta de vergonha na cara dos seus colegas, com o voto secreto, escondidos da opinião dos brasileiros, é sintomático. Romário não hesitou: foi lá e abriu o tarro, pegou o microfone e declarou para todo o mundo ouvir o voto pela cassação. Ainda precisa aprender a lidar com o regimento interno da casa, o que não vai demorar nadinha. E a tomar cuidado com as ciladas no uso de verbas públicas.
Em reportagem no JB de hoje, o repórter Igor Mello diz o seguinte:
Pré-candidato do PSOL à prefeitura do Rio, o deputado estadual Marcelo Freixo pode ganhar um aliado de peso na corrida eleitoral: ninguém menos que o baixinho Romário, que vem surpreendendo o Brasil com sua postura atuante e independente como deputado federal.
Romário já afirmou publicamente que gostaria de tentar uma candidatura em sua cidade natal, mas sempre deixou a decisão para o partido, que atualmente é da base aliada do prefeito Eduardo Paes.
Embora não demonstre muito otimismo com a possibilidade da candidatura conjunta se concretizar, Freixo rasga elogios aos ex-jogador, que foi considerado um dos parlamentares mais atuantes do ano pelo Prêmio Congresso Em Foco, logo em sua primeira experiência na política.
"Estamos tentando marcar um encontro para tentarmos aproximar nossos mandatos, que tem diversos pontos em comum. Concordamos na fiscalização das obras da Copa e das Olimpíadas, questão em que o Romário tem atuado muito, e também na inclusão social de pessoas com necessidades especiais, por exemplo. Mas fatalmente vamos conversar sobre a situação do Rio de Janeiro", explica.
Para o segundo deputado mais votado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a aliança não é provável, mas Freixo deixa a porta aberta para que o flerte vire casamento e uma aliança entre PSOL e PSB saia do papel:
"Eu gostaria muito de ter o apoio do Romário. Gostaria muito de contar com ele, que tem feito um grande mandato em Brasília. Hoje o PSB é da base aliada do Paes, eles é que tem que decidir sobre qualquer mudança".
A palafita torce por ti, Romário. Por favor, não se permita se transformar num deles.
Salito
Na hora certa soube firmar o pé e falar alto e bom som.
Na audiência pública da Comissão Especial da Copa, sem dó nem piedade enquadrou o chefe do bando da CBF e seu camarada secretário-geral da FIFA, que saiu do Brasil com o rabo entre as pernas. De pronto, não permitiu a aproximação das más companhias, o que, sabemos, é o que mais tem no Congresso Nacional.
O caso da votação do processo de cassação da Jacqueline Roriz, esta que livrou a cara pela falta de vergonha na cara dos seus colegas, com o voto secreto, escondidos da opinião dos brasileiros, é sintomático. Romário não hesitou: foi lá e abriu o tarro, pegou o microfone e declarou para todo o mundo ouvir o voto pela cassação. Ainda precisa aprender a lidar com o regimento interno da casa, o que não vai demorar nadinha. E a tomar cuidado com as ciladas no uso de verbas públicas.
Em reportagem no JB de hoje, o repórter Igor Mello diz o seguinte:
Pré-candidato do PSOL à prefeitura do Rio, o deputado estadual Marcelo Freixo pode ganhar um aliado de peso na corrida eleitoral: ninguém menos que o baixinho Romário, que vem surpreendendo o Brasil com sua postura atuante e independente como deputado federal.
Romário já afirmou publicamente que gostaria de tentar uma candidatura em sua cidade natal, mas sempre deixou a decisão para o partido, que atualmente é da base aliada do prefeito Eduardo Paes.
Embora não demonstre muito otimismo com a possibilidade da candidatura conjunta se concretizar, Freixo rasga elogios aos ex-jogador, que foi considerado um dos parlamentares mais atuantes do ano pelo Prêmio Congresso Em Foco, logo em sua primeira experiência na política.
"Estamos tentando marcar um encontro para tentarmos aproximar nossos mandatos, que tem diversos pontos em comum. Concordamos na fiscalização das obras da Copa e das Olimpíadas, questão em que o Romário tem atuado muito, e também na inclusão social de pessoas com necessidades especiais, por exemplo. Mas fatalmente vamos conversar sobre a situação do Rio de Janeiro", explica.
Para o segundo deputado mais votado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a aliança não é provável, mas Freixo deixa a porta aberta para que o flerte vire casamento e uma aliança entre PSOL e PSB saia do papel:
"Eu gostaria muito de ter o apoio do Romário. Gostaria muito de contar com ele, que tem feito um grande mandato em Brasília. Hoje o PSB é da base aliada do Paes, eles é que tem que decidir sobre qualquer mudança".
A palafita torce por ti, Romário. Por favor, não se permita se transformar num deles.
Salito
RADIOGRAFIA DO ENSINO SUPERIOR
Não é de hoje que me chama a atenção o fato de terem cessado suas atividades tradicionais colégios dedicados ao ensino primário e secundário e que, em seu lugar, e servindo-se mesmo das antigas instalações, surgiram entidades de Ensino Superior.
Não sei se o fenômeno tem caráter geral, mas é o que vejo na capital do Rio Grande; daí o registro que faço, tanto mais quando o ensino primário e secundário, aqui e ali abandonado, era do melhor nível; quem não se lembra do Sevigné, do IPA, do Cruzeiro do Sul?
De outro lado, o Ensino Superior depende largamente da qualidade do secundário, como este do primário e é sabido que esse se tem expandido sem se haver aprofundado; a este respeito, têm sido divulgados alguns dados expressivos, alunos que chegam ao fim do ciclo, que leem, mas não sabem o que leram. Outrossim, a proliferação de escolas superiores é visível a olho nu e até universidades têm surgido e crescido, bastando dizer que na mesma cidade, de porte médio, convivem duas e até três instituições assim denominadas.
A contrastar com esse quadro, que sugeriria um paralelo esplendor cultural, acabam de ser divulgados, sob a responsabilidade do Ministério da Educação, as conclusões de análise ainda que incompleta desse relevante segmento social: centenas dessas entidades estão longe de preencher os requisitos mínimos de uma instituição de Ensino Superior, tenha o nome que tiver.
Ora, aí se encontra o dado fundamental para aferir o merecimento do fenômeno e, penoso é reconhecer, é decepcionante. Recolho um ou outro fragmento dessa realidade. Das 2.176 instituições de Ensino Superior analisadas, mais de 30%, 683, foram consideradas incompatíveis com sua destinação, com índices 1 ou 2 numa escala de 1 a 5. Na mesma linha, outros dados se sucedem.
Suponho que esses fragmentos sejam bastantes para se ter uma ideia da qualificação da parcela superior do nosso ensino. Em matéria de Faculdade de Medicina, por exemplo, o caso é mais contristador. Parece que só uma, por sinal, do Rio Grande do Sul, atingiu a melhor posição, 5, em uma escala de 1 a 5. O que é particularmente grave é que essa situação não é casual, mas se repete em três anos consecutivos.
Nem se imagine que o quadro chocante apenas debuxado decorra da sempre proclamada pobreza de alguns Estados, pois São Paulo, ressalvadas as devidas exceções, ostenta número exagerado de instituições educacionais deficitárias quanto ao mérito.
Mas, ao lado das piores entidades de Ensino Superior, no estudo a que me venho referindo também aparecem as melhores. Correspondem a 1,4%. Entre elas estão as Universidades Federais do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, de São Paulo, o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica, o Instituto Militar de Engenharia e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Fico por aqui, voltando a dizer que o alicerce do Ensino Superior reside em segmentos mais modestos, o primário e o secundário, modestos em termos, pois imprescindíveis.
O ex-presidente Luiz Inácio se vangloriava de que, não tendo diploma acadêmico, fora o governante que maior número de universidades havia criado. Aceito, ad argumentandum, a jactanciosa assertiva, mas me permito lembrar que há universidades e universidades, Il y a fagots et fagots, boas, médias e más, e a questão reside na qualificação de faculdades ou universidades tiradas do nada. Quem duvidar, passe os olhos pelo relatório do Ministério da Educação.
Paulo Brossard
Fonte: Zero Hora, 28/11/2011
Não sei se o fenômeno tem caráter geral, mas é o que vejo na capital do Rio Grande; daí o registro que faço, tanto mais quando o ensino primário e secundário, aqui e ali abandonado, era do melhor nível; quem não se lembra do Sevigné, do IPA, do Cruzeiro do Sul?
De outro lado, o Ensino Superior depende largamente da qualidade do secundário, como este do primário e é sabido que esse se tem expandido sem se haver aprofundado; a este respeito, têm sido divulgados alguns dados expressivos, alunos que chegam ao fim do ciclo, que leem, mas não sabem o que leram. Outrossim, a proliferação de escolas superiores é visível a olho nu e até universidades têm surgido e crescido, bastando dizer que na mesma cidade, de porte médio, convivem duas e até três instituições assim denominadas.
A contrastar com esse quadro, que sugeriria um paralelo esplendor cultural, acabam de ser divulgados, sob a responsabilidade do Ministério da Educação, as conclusões de análise ainda que incompleta desse relevante segmento social: centenas dessas entidades estão longe de preencher os requisitos mínimos de uma instituição de Ensino Superior, tenha o nome que tiver.
Ora, aí se encontra o dado fundamental para aferir o merecimento do fenômeno e, penoso é reconhecer, é decepcionante. Recolho um ou outro fragmento dessa realidade. Das 2.176 instituições de Ensino Superior analisadas, mais de 30%, 683, foram consideradas incompatíveis com sua destinação, com índices 1 ou 2 numa escala de 1 a 5. Na mesma linha, outros dados se sucedem.
Suponho que esses fragmentos sejam bastantes para se ter uma ideia da qualificação da parcela superior do nosso ensino. Em matéria de Faculdade de Medicina, por exemplo, o caso é mais contristador. Parece que só uma, por sinal, do Rio Grande do Sul, atingiu a melhor posição, 5, em uma escala de 1 a 5. O que é particularmente grave é que essa situação não é casual, mas se repete em três anos consecutivos.
Nem se imagine que o quadro chocante apenas debuxado decorra da sempre proclamada pobreza de alguns Estados, pois São Paulo, ressalvadas as devidas exceções, ostenta número exagerado de instituições educacionais deficitárias quanto ao mérito.
Mas, ao lado das piores entidades de Ensino Superior, no estudo a que me venho referindo também aparecem as melhores. Correspondem a 1,4%. Entre elas estão as Universidades Federais do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, de São Paulo, o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica, o Instituto Militar de Engenharia e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Fico por aqui, voltando a dizer que o alicerce do Ensino Superior reside em segmentos mais modestos, o primário e o secundário, modestos em termos, pois imprescindíveis.
O ex-presidente Luiz Inácio se vangloriava de que, não tendo diploma acadêmico, fora o governante que maior número de universidades havia criado. Aceito, ad argumentandum, a jactanciosa assertiva, mas me permito lembrar que há universidades e universidades, Il y a fagots et fagots, boas, médias e más, e a questão reside na qualificação de faculdades ou universidades tiradas do nada. Quem duvidar, passe os olhos pelo relatório do Ministério da Educação.
Paulo Brossard
Fonte: Zero Hora, 28/11/2011
CUSTO BRASIL, CUSTO MUNDIAL E A JUSTIÇA NUM MUNDO DESIGUAL
Vamos falar agora sobre o tal do Custo Brasil, da ineficiência e corrupção do Estado Brasileiro, lembrando que o Custo Mundial, o da exclusão social que gera 1 bilhão de pessoas que passam fome e 1,2 bilhões que não tem acesso à água tratada no mundo, compõe esse universo.
Dois aspectos se associam a esta deformação, a necessidade de mais empregos e melhor distribuição de renda, tendo como base que 10% dos mais ricos detêm 85% do capital global e metade dos habitantes detém apenas 1%, enquanto os países altamente industrializados do G8 venderam 87% das armas exportadas do mundo inteiro, fomentando e lucrando com as guerras locais e regionais.
O Brasil é hoje a 9ª potência mundial, possui no 95º lugar em analfabetismo; 73º em expectativa de vida; 98º em mortalidade infantil e com uma taxa de 31 homicídios a cada 100 mil habitantes. A corrupção custa R$ 100 bilhões por ano para o país, o que resulta em 3,7 bi de prejuízos por ano, para cada Estado da Federação.
Esse quadro aponta diretamente para o social, com um dos seus tentáculos para a justiça, e assim para a justiça laboral, intrinsecamente ligada a questão da distribuição de renda.
O judiciário, num todo, está em rota de colisão com a sociedade, isso ocorre por vários aspectos pontuais, dois dos quais: a morosidade e a impossibilidade de satisfazer o demandante, figuram entre os mais graves.
Neste sentido dois institutos na fase de execução estão em pratica na JT, a penhora on-line via Bacen Jud, que já não mais atende ao seu objetivo. Isso ocorre em face de que os devedores dificilmente deixam saldos em suas contas, e fica comprometido com linha de crédito na própria instituição, debitado seu crédito automático, para cobrir a conta especial, expediente público e notório, que se tornou até mesmo um deboche as ordens judiciais nesse tipo de constrição.
A CNDT (Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas) é a “cartada” dos juízes, como se fosse à salvação para os credores na especializada, ocorre, que a exemplo do débito trabalhista, existem outros tipos de certidões, a saber Serasa, Dívida Ativa entre outras, e em 90% dos casos, tanto a pessoa jurídica e a física dos sócios, possivelmente está em desgraça perante credores.
Acho que os articulistas monocráticos estão brincando de “cobra cega”, com o trabalhador, a proposta da CNDT, é outra fadada ao malogro, senão vejamos: no caso de empresas que são fornecedoras de órgãos públicos, quantas são as que figuram no pólo passivo de ações trabalhistas? Por outro, qual é, permissa vênia, dos que acreditam neste instituto, a eficácia da certidão para o devedor contumaz?
Venho monitorando com absoluto critério os movimentos de cunho organizacional traçados pelos magistrados trabalhistas, “dito” com objetivo de resolver as questões de fundo do judiciário laboral, e registro um amontoado de propostas que priorizam tão somente a solução dos problemas de ordem pessoal dos integrantes da especializada. A questão é uma só “reserva de mercado”, e por isso mesmo qualquer sugestão desse segmento é frágil por natureza.
Há muito, dirigentes da JT vem contando historinhas para a sociedade, apontando como causa, fatores e influencia dos atores externo, bem lembrado, os planos econômicos, as demissões voluntárias (PDV), como se isso fosse um enorme problema, mas foi graças a essas entre outras anomalias, que se fez necessário à manutenção deste judiciário laboral, que a aquela altura temporal, estava com os dias contados para sua extinção.
Da mesma forma, veio a EC 45/04, ampliando a competência da especializada, migrando para este judiciário a execução previdenciária, fazendo com que a JT se tornasse “cobradora de luxo” da Previdência Social, e com isso novas varas, serventuários e majoração do orçamento se fez necessário, perguntamos: o que o trabalhador privado ganhou com isso?
É preciso entre outros senões (e são muitos) rever a questão custo/beneficio das Escolas da Magistratura do Trabalho (Ematras), que não respondem ao seu principal objetivo pedagógico, que é o de dotar e reciclar o juiz ampliando seu universo de conhecimento. Pesquisem junto aos TRTS quais foram os cursos realizados nesse sentido, quantos foram os juízes que participaram.
Na verdade as Ematras são apêndices dos tribunais, que dão mais despesas, e servem de prêmio de consolo aos desembargadores em fim de carreira. Essas escolas estão atreladas as Amatras que dominam as indicações de serventuários, administram suas verbas de captação externa, indicam juízes palestrantes e outros adjetivos que atendem aos interesse políticos programáticos da entidade, em suma é mero palanque dos juízes mais radicais do judiciário trabalhista.
Em que pese à “pixotesca” maratona da corregedora, desembargadora do CNJ Eliana Calmon, denunciar “os bandidos da toga”, outro dado que merece reflexão da sociedade, o desalento fica por conta da obsessiva forma dos magistrados fugirem do compromisso em solucionar a questão da morosidade. Estamos diante de um dilema provocado pelo comportamento avesso da magistratura quanto ao controle dos atos lesivos ao serviço público, ao bem público e a sociedade de forma geral, onde já se fala em fortalecer a Corregedoria do CNJ, para fazer correcional nas corregedorias dos tribunais, lamentável!
Roberto Monteiro Pinho
Dois aspectos se associam a esta deformação, a necessidade de mais empregos e melhor distribuição de renda, tendo como base que 10% dos mais ricos detêm 85% do capital global e metade dos habitantes detém apenas 1%, enquanto os países altamente industrializados do G8 venderam 87% das armas exportadas do mundo inteiro, fomentando e lucrando com as guerras locais e regionais.
O Brasil é hoje a 9ª potência mundial, possui no 95º lugar em analfabetismo; 73º em expectativa de vida; 98º em mortalidade infantil e com uma taxa de 31 homicídios a cada 100 mil habitantes. A corrupção custa R$ 100 bilhões por ano para o país, o que resulta em 3,7 bi de prejuízos por ano, para cada Estado da Federação.
Esse quadro aponta diretamente para o social, com um dos seus tentáculos para a justiça, e assim para a justiça laboral, intrinsecamente ligada a questão da distribuição de renda.
O judiciário, num todo, está em rota de colisão com a sociedade, isso ocorre por vários aspectos pontuais, dois dos quais: a morosidade e a impossibilidade de satisfazer o demandante, figuram entre os mais graves.
Neste sentido dois institutos na fase de execução estão em pratica na JT, a penhora on-line via Bacen Jud, que já não mais atende ao seu objetivo. Isso ocorre em face de que os devedores dificilmente deixam saldos em suas contas, e fica comprometido com linha de crédito na própria instituição, debitado seu crédito automático, para cobrir a conta especial, expediente público e notório, que se tornou até mesmo um deboche as ordens judiciais nesse tipo de constrição.
A CNDT (Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas) é a “cartada” dos juízes, como se fosse à salvação para os credores na especializada, ocorre, que a exemplo do débito trabalhista, existem outros tipos de certidões, a saber Serasa, Dívida Ativa entre outras, e em 90% dos casos, tanto a pessoa jurídica e a física dos sócios, possivelmente está em desgraça perante credores.
Acho que os articulistas monocráticos estão brincando de “cobra cega”, com o trabalhador, a proposta da CNDT, é outra fadada ao malogro, senão vejamos: no caso de empresas que são fornecedoras de órgãos públicos, quantas são as que figuram no pólo passivo de ações trabalhistas? Por outro, qual é, permissa vênia, dos que acreditam neste instituto, a eficácia da certidão para o devedor contumaz?
Venho monitorando com absoluto critério os movimentos de cunho organizacional traçados pelos magistrados trabalhistas, “dito” com objetivo de resolver as questões de fundo do judiciário laboral, e registro um amontoado de propostas que priorizam tão somente a solução dos problemas de ordem pessoal dos integrantes da especializada. A questão é uma só “reserva de mercado”, e por isso mesmo qualquer sugestão desse segmento é frágil por natureza.
Há muito, dirigentes da JT vem contando historinhas para a sociedade, apontando como causa, fatores e influencia dos atores externo, bem lembrado, os planos econômicos, as demissões voluntárias (PDV), como se isso fosse um enorme problema, mas foi graças a essas entre outras anomalias, que se fez necessário à manutenção deste judiciário laboral, que a aquela altura temporal, estava com os dias contados para sua extinção.
Da mesma forma, veio a EC 45/04, ampliando a competência da especializada, migrando para este judiciário a execução previdenciária, fazendo com que a JT se tornasse “cobradora de luxo” da Previdência Social, e com isso novas varas, serventuários e majoração do orçamento se fez necessário, perguntamos: o que o trabalhador privado ganhou com isso?
É preciso entre outros senões (e são muitos) rever a questão custo/beneficio das Escolas da Magistratura do Trabalho (Ematras), que não respondem ao seu principal objetivo pedagógico, que é o de dotar e reciclar o juiz ampliando seu universo de conhecimento. Pesquisem junto aos TRTS quais foram os cursos realizados nesse sentido, quantos foram os juízes que participaram.
Na verdade as Ematras são apêndices dos tribunais, que dão mais despesas, e servem de prêmio de consolo aos desembargadores em fim de carreira. Essas escolas estão atreladas as Amatras que dominam as indicações de serventuários, administram suas verbas de captação externa, indicam juízes palestrantes e outros adjetivos que atendem aos interesse políticos programáticos da entidade, em suma é mero palanque dos juízes mais radicais do judiciário trabalhista.
Em que pese à “pixotesca” maratona da corregedora, desembargadora do CNJ Eliana Calmon, denunciar “os bandidos da toga”, outro dado que merece reflexão da sociedade, o desalento fica por conta da obsessiva forma dos magistrados fugirem do compromisso em solucionar a questão da morosidade. Estamos diante de um dilema provocado pelo comportamento avesso da magistratura quanto ao controle dos atos lesivos ao serviço público, ao bem público e a sociedade de forma geral, onde já se fala em fortalecer a Corregedoria do CNJ, para fazer correcional nas corregedorias dos tribunais, lamentável!
Roberto Monteiro Pinho
STRIP-TEASE DA IMPRENSA
“A escolha do principal candidato a presidente pelas oposições, e de seu vice, havia sido uma novela. Policial. José Serra esperou o último minuto, do último dia do prazo legal, para dizer que era candidato, deixando aflitos os Grandes Irmãos: Folha, Estadão, Globo, Veja, Época, o Grupo RBS e outros irmãozinhos pequenos Brasil afora”.
“Seus colunistas até abandonaram temporariamente a função de informar para se tornarem conselheiros e incentivadores – “Vai que é sua, Serra!”. Parecia que era mesmo, pois, ao raiar de 2010, ele tinha 41% das intenções de voto contra 28% de Dilma Rousseff”.
“Só um ano depois se saberia, mas naquele início de 2010 os “colonistas” da Veja e do Globo, Diogo Mainardi e Merval Pereira, não só aconselhavam e incentivavam Serra, como eram informantes dos Estados Unidos, na pessoa do cônsul daquele país no Rio de Janeiro”.
***
MAINARDI
“Os textos, publicados em 10 de março de 2011 por Maria Frô e Miguel do Rosário no blog Gonzum, mostram que Diogo e Merval embolsaram o ouro de Washington (se fizeram o serviço de graça, fica mais feio ainda). A notícia se baseou em telegramas do saite “Wikileaks”, repassados para um grupo de blogs, inclusive o Gonzum”.
“Os telegramas mostram que os leitores de Diogo e Merval estavam lendo gato por lebre e o cônsul ouviu gato por lebre. Os dois gatos, Merval e Diogo, não acertavam uma, erravam todas na mosca. Diz o “Wikileaks”:
“Em almoço privado dia 12 de janeiro (2010), o colunista político da revista Veja Diogo Mainardi disse ao cônsul que a recente coluna (de Mainardi) na qual propõe o nome de Marina Silva como vice na chapa de Serra foi baseada em conversa entre Serra e Mainardi, quando Serra disse que Marina seria a “companheira de chapa de seus sonhos”.
“Serra expôs as vantagens: a história de Marina e as impecáveis credenciais de militante da esquerda contrabalançariam a atração que Lula exerce sobre os pobres; e poriam Dilma em desvantagem na esquerda. Marina ajudaria Serra a superar o peso da associação com o governo FHC que Dilma usaria. Serra falou, Diogo publicou como se fosse idéia sua”.
***
MERVAL
“Mainardi contou ao cônsul que o governador de Minas Aécio Neves disse a ele, no início de janeiro, que permanecia “completamente aberto’ à possibilidade de ser candidato a vice na chapa de Serra. Deu errado: Aécio estava era “completamente fechado” à hipótese de ser vice de Serra.
“Apesar de Aécio dizer publicamente que concorreria ao Senado. Mainardi disse ao cônsul que ele planejava esperar um cenário no qual o PSDB o convidasse, por volta de março, para compor a chapa. Deu errado.
Para não atrapalhar o PSDB, Aécio comporia a chapa ao lado de Serra, na opinião de Mainardi, Deu errado”.
“Era a mesma opinião de Merval Pereira, do Globo, que se reuniu com o cônsul dia 21 de janeiro. Disse ao cônsul que conversou na véspera com Aécio Neves, que lhe disse estar “firmemente comprometido” a ajudar Serra fosse como fosse, inclusive como vice. Não se engana um cônsul desta maneira. Na opinião de Merval, uma chapa Serra-Neves venceria. Disse também acreditar que não só Aécio iria aceitar ser vice de Serra, mas também que Marina apoiaria Serra num segundo turno. Tudo errado”.
***
O LIVRO
Essa historia rocambolesca é apenas o começo do capitulo 2 (são 20) de um livro-bomba sobre a imprensa brasileira : – “Crime de Imprensa” – “Um retrato da Mídia Brasileira Murdoquizada” – “Pequenos e Grandes Golpes dos Grandes Irmãos da Midia” (“Na Maioria dos Casos a Mídia é Ponta de Lança Para Grandes Negócios” – Mino Carta).
O livro é de dois consagrados jornalistas brasileiros – Palmerio Doria e Mylton Severiano – autores do maior best-seller nacional do ano passado: – “Honoráveis Bandidos – Um Retrato do Brasil na Era Sarney” (Geração).
“Crime de Imprensa” é da Ed. Plena – (SP – (11) 3853.7505 – (11) 9941.7440. editor@plenaeditorial,com.br www. plenaeditorial.com.br
Vai ser lançado nas faculdades de Jornalismo. Primeira: amanhã, quarta, 30, na ECA – USP – a partir das 19:30, auditório Freitas Nobre – Cidade Universitária (palestra dos autores e discussão do tema).
Também terá lançamentos nas bancas de jornal. O primeiro foi na sexta feira, 25, na Banca Bruno, Avenida Paulista – São Paulo.
Já li. Imperdível. Livro corajoso e fascinante. Traz todos os golpes da campanha eleitoral Serra x Dilma. Um striptease da nossa grande imprensa.
***
O FILME
Agora, um grande filme. Ontem, no Museu da República aqui no Rio (Rua do Catete) foi lançado o documentário “JK no Exílio”, uma co-produção Brasil-França, de Charles Cesconetto e Carlos Alberto Maciel, documentando uma das maiores ignomínias da história política do país: a cassação e exílio do inesquecivel presidente JK pelo golpe militar de 1964.
Sebastião Nery
“Seus colunistas até abandonaram temporariamente a função de informar para se tornarem conselheiros e incentivadores – “Vai que é sua, Serra!”. Parecia que era mesmo, pois, ao raiar de 2010, ele tinha 41% das intenções de voto contra 28% de Dilma Rousseff”.
“Só um ano depois se saberia, mas naquele início de 2010 os “colonistas” da Veja e do Globo, Diogo Mainardi e Merval Pereira, não só aconselhavam e incentivavam Serra, como eram informantes dos Estados Unidos, na pessoa do cônsul daquele país no Rio de Janeiro”.
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MAINARDI
“Os textos, publicados em 10 de março de 2011 por Maria Frô e Miguel do Rosário no blog Gonzum, mostram que Diogo e Merval embolsaram o ouro de Washington (se fizeram o serviço de graça, fica mais feio ainda). A notícia se baseou em telegramas do saite “Wikileaks”, repassados para um grupo de blogs, inclusive o Gonzum”.
“Os telegramas mostram que os leitores de Diogo e Merval estavam lendo gato por lebre e o cônsul ouviu gato por lebre. Os dois gatos, Merval e Diogo, não acertavam uma, erravam todas na mosca. Diz o “Wikileaks”:
“Em almoço privado dia 12 de janeiro (2010), o colunista político da revista Veja Diogo Mainardi disse ao cônsul que a recente coluna (de Mainardi) na qual propõe o nome de Marina Silva como vice na chapa de Serra foi baseada em conversa entre Serra e Mainardi, quando Serra disse que Marina seria a “companheira de chapa de seus sonhos”.
“Serra expôs as vantagens: a história de Marina e as impecáveis credenciais de militante da esquerda contrabalançariam a atração que Lula exerce sobre os pobres; e poriam Dilma em desvantagem na esquerda. Marina ajudaria Serra a superar o peso da associação com o governo FHC que Dilma usaria. Serra falou, Diogo publicou como se fosse idéia sua”.
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MERVAL
“Mainardi contou ao cônsul que o governador de Minas Aécio Neves disse a ele, no início de janeiro, que permanecia “completamente aberto’ à possibilidade de ser candidato a vice na chapa de Serra. Deu errado: Aécio estava era “completamente fechado” à hipótese de ser vice de Serra.
“Apesar de Aécio dizer publicamente que concorreria ao Senado. Mainardi disse ao cônsul que ele planejava esperar um cenário no qual o PSDB o convidasse, por volta de março, para compor a chapa. Deu errado.
Para não atrapalhar o PSDB, Aécio comporia a chapa ao lado de Serra, na opinião de Mainardi, Deu errado”.
“Era a mesma opinião de Merval Pereira, do Globo, que se reuniu com o cônsul dia 21 de janeiro. Disse ao cônsul que conversou na véspera com Aécio Neves, que lhe disse estar “firmemente comprometido” a ajudar Serra fosse como fosse, inclusive como vice. Não se engana um cônsul desta maneira. Na opinião de Merval, uma chapa Serra-Neves venceria. Disse também acreditar que não só Aécio iria aceitar ser vice de Serra, mas também que Marina apoiaria Serra num segundo turno. Tudo errado”.
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O LIVRO
Essa historia rocambolesca é apenas o começo do capitulo 2 (são 20) de um livro-bomba sobre a imprensa brasileira : – “Crime de Imprensa” – “Um retrato da Mídia Brasileira Murdoquizada” – “Pequenos e Grandes Golpes dos Grandes Irmãos da Midia” (“Na Maioria dos Casos a Mídia é Ponta de Lança Para Grandes Negócios” – Mino Carta).
O livro é de dois consagrados jornalistas brasileiros – Palmerio Doria e Mylton Severiano – autores do maior best-seller nacional do ano passado: – “Honoráveis Bandidos – Um Retrato do Brasil na Era Sarney” (Geração).
“Crime de Imprensa” é da Ed. Plena – (SP – (11) 3853.7505 – (11) 9941.7440. editor@plenaeditorial,com.br www. plenaeditorial.com.br
Vai ser lançado nas faculdades de Jornalismo. Primeira: amanhã, quarta, 30, na ECA – USP – a partir das 19:30, auditório Freitas Nobre – Cidade Universitária (palestra dos autores e discussão do tema).
Também terá lançamentos nas bancas de jornal. O primeiro foi na sexta feira, 25, na Banca Bruno, Avenida Paulista – São Paulo.
Já li. Imperdível. Livro corajoso e fascinante. Traz todos os golpes da campanha eleitoral Serra x Dilma. Um striptease da nossa grande imprensa.
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O FILME
Agora, um grande filme. Ontem, no Museu da República aqui no Rio (Rua do Catete) foi lançado o documentário “JK no Exílio”, uma co-produção Brasil-França, de Charles Cesconetto e Carlos Alberto Maciel, documentando uma das maiores ignomínias da história política do país: a cassação e exílio do inesquecivel presidente JK pelo golpe militar de 1964.
Sebastião Nery
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES: GOVERNO AUMENTA SUA DESPESA EM 40 BILHÕES
O Ministério do Planejamento está desinformado na questão do projeto enviado ao Congresso propondo a criação do Fundo Complementar de Aposentadoria dos Servidores Públicos. Pior: induzido a erros pelos que o elaboraram, e por sua vez levou a presidente Dilma Rousseff a um equívoco total. Excelente reportagem de Isabel Braga e Cristiane Jungblut, O Globo de quarta-feira 23, expôs o assunto mas não analisou – nem era esse o propósito – o reflexo da iniciativa, se infelizmente for transformada em lei.
O que o executivo colocou em matéria de mudança em relação ao sistema atual? Manter a aposentadoria integral dos 957 mil funcionários públicos civis e militares até o limite de 3,7 mil reais por mês, teto do INSS. Passaria a ser o mesmo. Só poderia ultrapassá-lo se os servidores optassem pela aposentadoria complementar, como existe hoje nas estatais. Os fundos destas empresas asseguram a diferença entre o teto de 3,7 mil e os salários efetivamente recebidos pelos seus empregados quando se aposentarem.
Entretanto, para que o mesmo esquema seja estendido ao funcionalismo é preciso que, além dos 11% de contribuição atual que recolhem sobre seus vencimentos, os servidores paguem mais 7,5%. Neste ponto, começa o problema. Em vez de 11%, acréscimo de 7,5 pontos. Deveriam pagar mais direitos que já lhes é garantido à base do valor de hoje?
Mas o processo de mudança não termina aí. Desloca-se para o desembolso do próprio governo. Atualmente, ele não paga nada. Só os servidores, entenda-se bem. Passaria, porém, a pagar. A mensagem – não analisada com atenção – propõe simplesmente que, da mesma forma que as empresas particulares, passe o governo a contribuir com 22% sobre a folha de salários. Como a folha de pessoal ativo (Diário Oficial de 30 de setembro deste ano) é de 183,5 bilhões de reais, os 22% teriam que incidir em cima de praticamente 133 bilhões de reais, pois 50 bilhões é a fração do desembolso com o pagamento dos aposentados, reformados militares e pensionistas.
Não chegamos ainda ao fim da linha de raciocínio. Isso porque, no caso dos que percebem acima de 3,7 mil e aderirem à complementação, eles, pelo projeto, teriam que recolher mais 7,5%, mas a União, também. No final da ópera, o Poder Executivo que hoje não contribui com nada, passaria a contribuir com algo em torno de 40 bilhões de reais. Por ano.
Onde estaria a redução das despesas? Em lugar algum. Mas o acréscimo do volume de recursos financeiros envolvidos provavelmente se deslocaria – ou deslocará – para o fundo de investimentos de algum grande banco, lastreado por título do Tesouro Nacional que giram a dívida pública do país no mercado bancário.
A colocação desses argumentos lógicos em sequência só conduz à perplexidade. Qual a explicação para criar um fundo que só aumenta, e substancialmente, os encargos do próprio governo? Não se entende. Porque os 50 bilhões, folha dos inativos, não pode ser configurado como déficit. Eles já foram recolhidos através do tempo, pelas contribuições de 11%, sem limite, feitas todos os meses pelos funcionários. O que o Governo fez do dinheiro?
X X X X X X
Um outro assunto, este relativo ao FGTS. Reportagem de Lorena Rodrigues, Folha de São Paulo também de 23 de novembro, revela que o Palácio do Planalto estuda distribuir anualmente parte dos lucros das aplicações do FGTS aos titulares das contas ativas. Em 2010, o lucro alcançou 5,4 bilhões, praticamente 2% do patrimônio, incluindo o saldo dos depósitos. Os quais, de acordo com balanço da Caixa Econômica Federal publicado no D.C. de 29 de julho de 2011, elevam-se a 260 bilhões de reais.
Seria uma forma, diz a matéria, de compensar as perdas atuais, porque de janeiro a dezembro deste ano a rentabilidade do Fundo vai ser negativa: atingirá 4,2% para uma taxa inflacionária de 7 pontos. Assim, em vez de ganhar, em 2011, os trabalhadores vão perder dinheiro.
Pedro do Coutto
O que o executivo colocou em matéria de mudança em relação ao sistema atual? Manter a aposentadoria integral dos 957 mil funcionários públicos civis e militares até o limite de 3,7 mil reais por mês, teto do INSS. Passaria a ser o mesmo. Só poderia ultrapassá-lo se os servidores optassem pela aposentadoria complementar, como existe hoje nas estatais. Os fundos destas empresas asseguram a diferença entre o teto de 3,7 mil e os salários efetivamente recebidos pelos seus empregados quando se aposentarem.
Entretanto, para que o mesmo esquema seja estendido ao funcionalismo é preciso que, além dos 11% de contribuição atual que recolhem sobre seus vencimentos, os servidores paguem mais 7,5%. Neste ponto, começa o problema. Em vez de 11%, acréscimo de 7,5 pontos. Deveriam pagar mais direitos que já lhes é garantido à base do valor de hoje?
Mas o processo de mudança não termina aí. Desloca-se para o desembolso do próprio governo. Atualmente, ele não paga nada. Só os servidores, entenda-se bem. Passaria, porém, a pagar. A mensagem – não analisada com atenção – propõe simplesmente que, da mesma forma que as empresas particulares, passe o governo a contribuir com 22% sobre a folha de salários. Como a folha de pessoal ativo (Diário Oficial de 30 de setembro deste ano) é de 183,5 bilhões de reais, os 22% teriam que incidir em cima de praticamente 133 bilhões de reais, pois 50 bilhões é a fração do desembolso com o pagamento dos aposentados, reformados militares e pensionistas.
Não chegamos ainda ao fim da linha de raciocínio. Isso porque, no caso dos que percebem acima de 3,7 mil e aderirem à complementação, eles, pelo projeto, teriam que recolher mais 7,5%, mas a União, também. No final da ópera, o Poder Executivo que hoje não contribui com nada, passaria a contribuir com algo em torno de 40 bilhões de reais. Por ano.
Onde estaria a redução das despesas? Em lugar algum. Mas o acréscimo do volume de recursos financeiros envolvidos provavelmente se deslocaria – ou deslocará – para o fundo de investimentos de algum grande banco, lastreado por título do Tesouro Nacional que giram a dívida pública do país no mercado bancário.
A colocação desses argumentos lógicos em sequência só conduz à perplexidade. Qual a explicação para criar um fundo que só aumenta, e substancialmente, os encargos do próprio governo? Não se entende. Porque os 50 bilhões, folha dos inativos, não pode ser configurado como déficit. Eles já foram recolhidos através do tempo, pelas contribuições de 11%, sem limite, feitas todos os meses pelos funcionários. O que o Governo fez do dinheiro?
X X X X X X
Um outro assunto, este relativo ao FGTS. Reportagem de Lorena Rodrigues, Folha de São Paulo também de 23 de novembro, revela que o Palácio do Planalto estuda distribuir anualmente parte dos lucros das aplicações do FGTS aos titulares das contas ativas. Em 2010, o lucro alcançou 5,4 bilhões, praticamente 2% do patrimônio, incluindo o saldo dos depósitos. Os quais, de acordo com balanço da Caixa Econômica Federal publicado no D.C. de 29 de julho de 2011, elevam-se a 260 bilhões de reais.
Seria uma forma, diz a matéria, de compensar as perdas atuais, porque de janeiro a dezembro deste ano a rentabilidade do Fundo vai ser negativa: atingirá 4,2% para uma taxa inflacionária de 7 pontos. Assim, em vez de ganhar, em 2011, os trabalhadores vão perder dinheiro.
Pedro do Coutto
NOTAS POLÍTICAS
Renovação, conceito que ressurge
As coisas ficaram velhas, do início da Nova República, com José Sarney, até os dois mandatos do Lula. Renovação tornou-se palavra impronunciável, não obstante o fracassado interregno de Fernando Collor. Com raras exceções, são os mesmos que andam por aí, egressos do período ditatorial, uns contra, outros a favor, mas sem abrir maiores espaços para as camadas mais novas.
Algo diferente pode estar acontecendo, se tomarmos como exemplo as eleições municipais do ano que vem. É grande o número de gente jovem na disputa pelas prefeituras, seja das capitais, seja de cidades do interior. Como das câmaras de vereador. Caso confirmada essa tendência, que nada mais é do que o anseio da sociedade, quem sabe surpresas aconteçam nas eleições gerais de 2014. Até para presidente da República.
É claro que as velhas estruturas não se entregarão facilmente, muito menos se deve atrelar o fator idade como marca principal da renovação. Idosos existem capazes de representá-la, como montes de jovens integram os contingentes ultrapassados.
Parece cedo para maiores projeções, ainda que se note óbvia rejeição nacional contra os vícios e defeitos caracterizados pelo regime construído sobre as ruínas do sistema militar e projetado até o sonho sindical que a realidade desfez. Renovação talvez sintetize o que vem por aí. Se melhor ou pior, o futuro dirá.
***
BOMBEIROS EM AÇÃO
No palácio do Planalto, no Congresso e na cúpula do Judiciário faziam-se ontem grandes esforços para evitar o choque com data marcada para amanhã entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal. Porque ambas as casas marcaram para esse último dia de novembro duas decisões cruciais. Os senadores, para aprovar a indicação da décima-primeira ministra do Supremo, e os ministros da mais alta corte nacional de Justiça, para determinar a aplicação da lei Ficha Limpa nas eleições do ano que vem.
O problema é que estabeleceu-se um impasse. Os senadores só votam pela nova ministra caso o Supremo vote pela Ficha Limpa em 2014, mas com a ressalva de empossar Jader Barbalho, eleito mas impedido de tomar posse por conta de sua ficha suja, que aliás não deveria valer para as eleições de 2010, como não valeu para os eleitos pela Paraíba e o Espírito Santo, recentemente empossados apesar das obstruções anteriores. Deve o Pará ficar de fora?
No reverso da medalha, o Supremo só vota a vigência da Ficha Limpa caso o Senado, antes, aprove a indicação de sua nova ministra, cuja presença naquela corte será fundamental para decidir um possível empate de cinco a cinco entre seus pares. Um ministro pediu vistas do processo e ameaça devolvê-lo apenas depois da votação no Senado.
Parece brincadeira de criança, mas com graves consequências para a harmonia entre os poderes e o bom desempenho das instituições.
***
A DÚVIDA FUNDAMENTAL
Só a presidente Dilma poderá resolver a questão que toma conta de Brasília: na reforma ministerial prevista para janeiro, certos ministérios continuarão como feudos de partidos da base parlamentar do governo, podendo os ministros ser substituídos, mas continuando as estruturas em mãos de seus atuais donatários? Adiantará trocar Carlos Lupi e Mário Negromonte, permanecendo o Trabalho com o PDT e as Cidades com o PP? Nem se fala dos ministérios hoje entregues ao PT e ao PMDB, além dos penduricalhos.
Ou a presidente dá o grito de independência, embaralhando as cartas e selecionando os melhores para sua equipe, mesmo sem vínculos partidários, ou continuará o risco de uso político e até criminoso de diversas pastas.
***
ATUALIZAÇÃO NECESSÁRIA
Começa a germinar, nas bandas séria das lideranças que apóiam o governo, a proposta de se preparar um emendão constitucional capaz de corrigir uma série de princípios necessitados de revisão, em nossa Lei Fundamental. Em vez da votação em pílulas de emendas constitucionais variadas, por que o Congresso não poderia preparar sugestões uniformes para discussão e aprovação no ano que vem? Nada de convocar uma Constituinte Exclusiva, mas, apenas, de o Legislativo assumir sua condição de Poder Constituinte Derivado e fazer de uma só vez a necessária adaptação do texto de 1988 à realidade atual e às contingências do novo século?
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Seria a oportunidade de passar a Constituição a limpo, sem despojá-la de suas maiores conquistas, até mesmo de o país livrar-se daquele expediente meio estranho adotado pelos constituintes de 1988, de deixar para a lei ordinária todos os pontos de estrangulamento que suas maiorias não conseguiram superar. Enfrentar os impasses prolongados há 25 anos, como o das greves no serviço público e a busca de mecanismos capazes de defender a pessoa a e família dos excessos da programação do rádio e da televisão. E quantos mais, que a malícia do dr. Ulisses empurrou com a barriga, sob pena de os trabalhos constituintes se eternizarem?
Competência e capacidade sempre serão encontráveis nos partidos, bem como a humildade de se compor uma comissão de juristas eméritos para um trabalho preliminar.
Carlos Chagas
As coisas ficaram velhas, do início da Nova República, com José Sarney, até os dois mandatos do Lula. Renovação tornou-se palavra impronunciável, não obstante o fracassado interregno de Fernando Collor. Com raras exceções, são os mesmos que andam por aí, egressos do período ditatorial, uns contra, outros a favor, mas sem abrir maiores espaços para as camadas mais novas.
Algo diferente pode estar acontecendo, se tomarmos como exemplo as eleições municipais do ano que vem. É grande o número de gente jovem na disputa pelas prefeituras, seja das capitais, seja de cidades do interior. Como das câmaras de vereador. Caso confirmada essa tendência, que nada mais é do que o anseio da sociedade, quem sabe surpresas aconteçam nas eleições gerais de 2014. Até para presidente da República.
É claro que as velhas estruturas não se entregarão facilmente, muito menos se deve atrelar o fator idade como marca principal da renovação. Idosos existem capazes de representá-la, como montes de jovens integram os contingentes ultrapassados.
Parece cedo para maiores projeções, ainda que se note óbvia rejeição nacional contra os vícios e defeitos caracterizados pelo regime construído sobre as ruínas do sistema militar e projetado até o sonho sindical que a realidade desfez. Renovação talvez sintetize o que vem por aí. Se melhor ou pior, o futuro dirá.
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BOMBEIROS EM AÇÃO
No palácio do Planalto, no Congresso e na cúpula do Judiciário faziam-se ontem grandes esforços para evitar o choque com data marcada para amanhã entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal. Porque ambas as casas marcaram para esse último dia de novembro duas decisões cruciais. Os senadores, para aprovar a indicação da décima-primeira ministra do Supremo, e os ministros da mais alta corte nacional de Justiça, para determinar a aplicação da lei Ficha Limpa nas eleições do ano que vem.
O problema é que estabeleceu-se um impasse. Os senadores só votam pela nova ministra caso o Supremo vote pela Ficha Limpa em 2014, mas com a ressalva de empossar Jader Barbalho, eleito mas impedido de tomar posse por conta de sua ficha suja, que aliás não deveria valer para as eleições de 2010, como não valeu para os eleitos pela Paraíba e o Espírito Santo, recentemente empossados apesar das obstruções anteriores. Deve o Pará ficar de fora?
No reverso da medalha, o Supremo só vota a vigência da Ficha Limpa caso o Senado, antes, aprove a indicação de sua nova ministra, cuja presença naquela corte será fundamental para decidir um possível empate de cinco a cinco entre seus pares. Um ministro pediu vistas do processo e ameaça devolvê-lo apenas depois da votação no Senado.
Parece brincadeira de criança, mas com graves consequências para a harmonia entre os poderes e o bom desempenho das instituições.
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A DÚVIDA FUNDAMENTAL
Só a presidente Dilma poderá resolver a questão que toma conta de Brasília: na reforma ministerial prevista para janeiro, certos ministérios continuarão como feudos de partidos da base parlamentar do governo, podendo os ministros ser substituídos, mas continuando as estruturas em mãos de seus atuais donatários? Adiantará trocar Carlos Lupi e Mário Negromonte, permanecendo o Trabalho com o PDT e as Cidades com o PP? Nem se fala dos ministérios hoje entregues ao PT e ao PMDB, além dos penduricalhos.
Ou a presidente dá o grito de independência, embaralhando as cartas e selecionando os melhores para sua equipe, mesmo sem vínculos partidários, ou continuará o risco de uso político e até criminoso de diversas pastas.
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ATUALIZAÇÃO NECESSÁRIA
Começa a germinar, nas bandas séria das lideranças que apóiam o governo, a proposta de se preparar um emendão constitucional capaz de corrigir uma série de princípios necessitados de revisão, em nossa Lei Fundamental. Em vez da votação em pílulas de emendas constitucionais variadas, por que o Congresso não poderia preparar sugestões uniformes para discussão e aprovação no ano que vem? Nada de convocar uma Constituinte Exclusiva, mas, apenas, de o Legislativo assumir sua condição de Poder Constituinte Derivado e fazer de uma só vez a necessária adaptação do texto de 1988 à realidade atual e às contingências do novo século?
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Seria a oportunidade de passar a Constituição a limpo, sem despojá-la de suas maiores conquistas, até mesmo de o país livrar-se daquele expediente meio estranho adotado pelos constituintes de 1988, de deixar para a lei ordinária todos os pontos de estrangulamento que suas maiorias não conseguiram superar. Enfrentar os impasses prolongados há 25 anos, como o das greves no serviço público e a busca de mecanismos capazes de defender a pessoa a e família dos excessos da programação do rádio e da televisão. E quantos mais, que a malícia do dr. Ulisses empurrou com a barriga, sob pena de os trabalhos constituintes se eternizarem?
Competência e capacidade sempre serão encontráveis nos partidos, bem como a humildade de se compor uma comissão de juristas eméritos para um trabalho preliminar.
Carlos Chagas
A "POLÍTICA DE SEGURANÇA" DE SÉRGIO CABRAL DEIXA RECRUTAS DA PM SEM A MENOR ESTRUTURA
A política de “pacificação” das favelas, que inclui acordos entre o corrupto governador Sérgio Cabral e os traficantes, está forçando a formação a jato dos policiais militares destinados às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), sem a menor estrutura e que vêm recebendo críticas de diversos setores dentro e fora das forças de segurança do Estado. Eles são conhecidos como “policiais miojo” dentro da tropa, por conta da formação de baixa qualidade, bem ao estilo do atual péssimo governo do Rio de Janeiro.
Entre as principais reclamações, segundo o coronel da PM Paulo Ricardo Paúl, estão a falta de materiais e estrutura para a realização do curso e o fato de alguns agentes irem para as ruas sem ter recebido a oportunidade sequer de treinar tiro adequadamente. O governo do Estado liberou aproximadamente R$ 23 milhões para a contratação de professores, mas para as autoridades essa total não é suficiente.
O ideal seria que este dinheiro fosse investido na formação de uma outra forma, segundo o coronel, “uma vez que existem inúmeros policiais da ativa com qualificação para ministrar as aulas dos cursos de formação e reciclagem, que poderiam receber algum incentivo, a título gratificação, para eles se dedicarem exclusivamente à função”.
De acordo com o coronel Paulo Ricardo Paúl, a situação do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap) é crítica. “Por conta da necessidade de inaugurar UPPs a toda hora, existe uma demanda muito maior do que o Cefap pode atender. Os alunos estão fazendo o curso todo, de seis meses, sem uniforme. Compram camisa branca, uma calça jeans e um tênis e assistem aula assim. Várias turmas ainda não se formaram porque não receberam a farda correspondente. Além disso, às vezes falta munição para pistola calibre 38, outras vezes para outras armas”.
O coronel salienta que até para se alimentar os recrutas enfrentariam dificuldades. “O Cefap tem mais de 3.500 recrutas. É tanta gente que, até para almoçar ou jantar, eles ficam mais de uma hora na fila, pois o rancho não comporta todo mundo”.
Infelizmente, com esta preparação deficiente, sem apoio psicológico, muitos destes recrutas, por culpa do governador Sérgio Cabral, poderão enveredar pelo crime, mormente pelos locais onde terão que desempenhar suas funções e as facilidades que lhes serão oferecidas.
Paulo Peres
Entre as principais reclamações, segundo o coronel da PM Paulo Ricardo Paúl, estão a falta de materiais e estrutura para a realização do curso e o fato de alguns agentes irem para as ruas sem ter recebido a oportunidade sequer de treinar tiro adequadamente. O governo do Estado liberou aproximadamente R$ 23 milhões para a contratação de professores, mas para as autoridades essa total não é suficiente.
O ideal seria que este dinheiro fosse investido na formação de uma outra forma, segundo o coronel, “uma vez que existem inúmeros policiais da ativa com qualificação para ministrar as aulas dos cursos de formação e reciclagem, que poderiam receber algum incentivo, a título gratificação, para eles se dedicarem exclusivamente à função”.
De acordo com o coronel Paulo Ricardo Paúl, a situação do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap) é crítica. “Por conta da necessidade de inaugurar UPPs a toda hora, existe uma demanda muito maior do que o Cefap pode atender. Os alunos estão fazendo o curso todo, de seis meses, sem uniforme. Compram camisa branca, uma calça jeans e um tênis e assistem aula assim. Várias turmas ainda não se formaram porque não receberam a farda correspondente. Além disso, às vezes falta munição para pistola calibre 38, outras vezes para outras armas”.
O coronel salienta que até para se alimentar os recrutas enfrentariam dificuldades. “O Cefap tem mais de 3.500 recrutas. É tanta gente que, até para almoçar ou jantar, eles ficam mais de uma hora na fila, pois o rancho não comporta todo mundo”.
Infelizmente, com esta preparação deficiente, sem apoio psicológico, muitos destes recrutas, por culpa do governador Sérgio Cabral, poderão enveredar pelo crime, mormente pelos locais onde terão que desempenhar suas funções e as facilidades que lhes serão oferecidas.
Paulo Peres
O DESRESPEITO GENERALIZADO...
Ministério não respeita o TCU, que por sua vez não respeita nem o teto salarial do serviço público.
A Folha de S. Paulo anuncia que, mesmo sob nova direção, com Paulo Sérgio Passos no cargo há quase cinco meses, o Ministério dos Transportes continua descumprindo duas determinações do TCU (Tribunal de Contas da União). Uma delas chegou já na gestão de Passos.
O documento determinava que o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) deixasse de exigir que empresas interessadas em obras visitassem antes o local. Para o TCU, isso restringe a competitividade. No entanto, licitações abertas depois dessa determinação mantiveram a exigência. Também permanece a ausência de indicadores de desempenho de rodovias, ferrovias e hidrovias.
Mas quem respeita o TCU? A administração pública é mesmo uma grande esculhambação. Basta dizer que a própria Folha,em reportagem de Lucio Vaz, denuncia que o ministro aposentado do TCU Ubiratan Aguiar acumulou várias aposentadorias enquanto esteve no cargo, recebendo valores acima do teto constitucional, atualmente de R$ 26,7 mil.
Aguiar atuou no tribunal de maio de 2001 a agosto deste ano. Desistiu da aposentadoria de procurador estadual em março de 2008. Acionado pelo Ministério Público Federal no Ceará, ele teve de renunciar na semana passada também aos benefícios como ex-vereador e ex-deputado estadual. Era um verdadeiro cabide de aposentadorias.
Apenas essas duas remunerações somavam cerca de R$ 12 mil. Incluindo os vencimentos de ministro do TCU (95% do teto), a renda mensal de Aguiar alcançava pelo menos R$ 37,3 mil, sem contar o valor da aposentadoria como procurador, que o levava a ganhar uma quantia ainda maior.
No último dia 16, o procurador Marcelo Monte deu prazo de 10 dias para Aguiar renunciar aos proventos como ex-vereador, ex-deputado e procurador aposentado. Uma eventual omissão resultaria em ação civil pública contra o ministro aposentado para “sanar judicialmente a indevida acumulação”.
Em outubro de 2009, quando Aguiar era presidente do TCU (por coincidência, é claro), uma decisão do tribunal permitiu o acúmulo de aposentadorias do serviço público com salários de congressistas além do limite do teto constitucional. Foi mera coincidência, e o tribunal até manteve o teto como regra geral, mas entendeu que a sua aplicação, no caso de servidores de esferas de governo ou Poderes distintos, dependia da regulamentação da Constituição e da criação de um cadastro nacional de dados sobre remuneração de servidores.
Aguiar disse que não havia dispensado esses rendimentos antes porque aguardava que o Congresso regulamentasse os casos de acúmulo de aposentadorias. Afirmou que desistiu do benefício como procurador por “cautela”. Que cara de pau, hein?
Carlos Newton
A Folha de S. Paulo anuncia que, mesmo sob nova direção, com Paulo Sérgio Passos no cargo há quase cinco meses, o Ministério dos Transportes continua descumprindo duas determinações do TCU (Tribunal de Contas da União). Uma delas chegou já na gestão de Passos.
O documento determinava que o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) deixasse de exigir que empresas interessadas em obras visitassem antes o local. Para o TCU, isso restringe a competitividade. No entanto, licitações abertas depois dessa determinação mantiveram a exigência. Também permanece a ausência de indicadores de desempenho de rodovias, ferrovias e hidrovias.
Mas quem respeita o TCU? A administração pública é mesmo uma grande esculhambação. Basta dizer que a própria Folha,em reportagem de Lucio Vaz, denuncia que o ministro aposentado do TCU Ubiratan Aguiar acumulou várias aposentadorias enquanto esteve no cargo, recebendo valores acima do teto constitucional, atualmente de R$ 26,7 mil.
Aguiar atuou no tribunal de maio de 2001 a agosto deste ano. Desistiu da aposentadoria de procurador estadual em março de 2008. Acionado pelo Ministério Público Federal no Ceará, ele teve de renunciar na semana passada também aos benefícios como ex-vereador e ex-deputado estadual. Era um verdadeiro cabide de aposentadorias.
Apenas essas duas remunerações somavam cerca de R$ 12 mil. Incluindo os vencimentos de ministro do TCU (95% do teto), a renda mensal de Aguiar alcançava pelo menos R$ 37,3 mil, sem contar o valor da aposentadoria como procurador, que o levava a ganhar uma quantia ainda maior.
No último dia 16, o procurador Marcelo Monte deu prazo de 10 dias para Aguiar renunciar aos proventos como ex-vereador, ex-deputado e procurador aposentado. Uma eventual omissão resultaria em ação civil pública contra o ministro aposentado para “sanar judicialmente a indevida acumulação”.
Em outubro de 2009, quando Aguiar era presidente do TCU (por coincidência, é claro), uma decisão do tribunal permitiu o acúmulo de aposentadorias do serviço público com salários de congressistas além do limite do teto constitucional. Foi mera coincidência, e o tribunal até manteve o teto como regra geral, mas entendeu que a sua aplicação, no caso de servidores de esferas de governo ou Poderes distintos, dependia da regulamentação da Constituição e da criação de um cadastro nacional de dados sobre remuneração de servidores.
Aguiar disse que não havia dispensado esses rendimentos antes porque aguardava que o Congresso regulamentasse os casos de acúmulo de aposentadorias. Afirmou que desistiu do benefício como procurador por “cautela”. Que cara de pau, hein?
Carlos Newton
O CÂNCER DE LULA, A HIPOCRISIA E A SÍNDROME DO SANTO...
A notícia do surgimento de um câncer na laringe do ex-presidente Lula provocou uma polvorosa na imprensa e uma enxurrada de notícias e comentários de todo tipo.
Como por aqui existe a tal “Síndrome do Santo” – onde o camarada pode ser o maior crápula do planeta que basta morrer ou (é até melhor) ser acometido de um câncer para se tornar “querido” e ter todas as mazelas esquecidas; sendo alçado a categoria de “santo mais amado”.
Grande parte da imprensa correu para “babar o ovo” do ex-presidente e promover uma campanha de penalização da opinião pública em torno da sua situação. Situação, aliás, que se abate sobre milhares de brasileiros dia a dia sem que eles tenham a mesma oportunidade de diagnóstico precoce e de tratamento fácil como teve Lula.
Isso mesmo, verdade seja dita, um dos principais absurdos provocados pela “Síndrome do Santo” é a hipocrisia generalizada que parece se espalhar como fogo em mato seco pela imprensa, fazendo com que a simples constatação do óbvio se torne uma “ofensa abominável” e algo digno dos “piores genocidas” da história ou de “mentes perversas”.
Nesse aspecto me refiro a certos colunistas da “grande imprensa” que criticaram os comentários de internautas em relação às declarações de Lula sobre o tratamento “maravilhoso” e “de primeiro mundo” que o SUS dá aos portadores de Câncer. Tanto no episódio do ex-vice-presidente José Alencar (outro elevado a Santo) quanto no da presidente Dilma; Lula afirmou categoricamente que os recursos usados nos tratamentos de ambos estavam disponíveis (graças a ele) para “todos os brasileiros pobres com igual eficácia e eficiência sem dever a “primeiro mundo” nenhum (sic)”.
A constatação óbvia, derivada dessa declaração de Lula, é de que o ex-presidente deveria buscar tratamento no próprio SUS. Ora, se o atendimento é “de primeiro mundo”, porque privar o sistema do enorme benefício de ter uma figura “tão querida” como ele tratada pela estrutura primorosa e moderníssima implantada na administração Lula e disponível para todos os brasileiros?
Quando “a voz do povo” começou a questionar a diferença entre discurso e realidade, alguns jornalistas vestiram-se com o manto da hipocrisia e teceram críticas veementes sobre o ”absurdo”, a “desumanidade”, a “falta de caridade” e o “comentário de mau gosto” que os internautas estavam fazendo.
Por favor, não sejamos hipócritas. Sabemos muito bem que nenhum brasileiro que possa vai cair nas garras do SUS para tratar um câncer ou qualquer outra doença. Muito ao contrário do que disse o ex-presidente, em seus arroubos populistas e megalomaníacos, para marcar uma simples consulta se levam dois ou três meses. Um exame simples de três a seis meses e uma tomografia mais de um ano (ou mesmo vários anos, como já foi mostrado em várias ocasiões). No “ritmo do SUS” o Lula já estaria morto antes mesmo de receber o diagnóstico final.
Portanto, caros jornalistas, é justo que o brasileiro comum e que não dispõe dos recursos necessários para ter uma saúde de qualidade e um atendimento médico razoável (apesar de pagar muito caro por isso) exponha sua indignação ao ver claramente como essas declarações populistas caem por terra quando são os políticos que se defrontam com qualquer doença grave.
Nenhum outro político deveria valorizar mais o tratamento do SUS do que Lula. Afinal de contas, cansou de tecer comentários e dar declarações ufanistas sobre suas realizações na área. Agora, quando recebe o diagnóstico de mal tão grave, corre para a verdadeira medicina de ponta e para o verdadeiro tratamento que lhe salvará a vida; uma rede particular paga a peso de ouro.
Ouro este, na verdade custeado por nós e acrescido (só Deus sabe como) a sua fortuna pessoal criada mesmo em anos e anos sem trabalho ou atividade profissional alguma a não ser a de político.
É claro que mesmo achando Lula um traidor; ele é um ser humano e deve ser tratado com dignidade. Tem, portanto, o dever de procurar o melhor em matéria de atendimento médico e de buscar as reais chances de salvar sua vida (algo que foi negado aos seus dois irmãos que se trataram pelo SUS).
Portanto, mais do que a morte e mais do que um câncer; Lula vai precisar de uma redenção verdadeira – algo como dar nomes aos bois que lhe corromperam – para ser elevado, por mim, a categoria de coitado ou de santo.
A meu ver; coitados somos nós que pagamos caro e temos uma assistência médica digna de um campo de concentração nazista ou de hospitais de frente de batalha. Santos somos nós que aguentamos calados e sorridentes os altíssimos impostos e os baixos investimentos em áreas primordiais para a vida do cidadão (na saúde, por exemplo, de cada 100 reais investidos 90 são desviados).
Assim, quando Lula explicar porque se calou e até patrocinou tanta roubalheira e o saque sistemático de recursos preciosos, nomeando e punindo os ladrões, eu tirarei a razão dos internautas e farei coro aos jornalistas indignados.
Mas, até lá…
Visão Panorâmica, 31 de Outubro de 2011
Como por aqui existe a tal “Síndrome do Santo” – onde o camarada pode ser o maior crápula do planeta que basta morrer ou (é até melhor) ser acometido de um câncer para se tornar “querido” e ter todas as mazelas esquecidas; sendo alçado a categoria de “santo mais amado”.
Grande parte da imprensa correu para “babar o ovo” do ex-presidente e promover uma campanha de penalização da opinião pública em torno da sua situação. Situação, aliás, que se abate sobre milhares de brasileiros dia a dia sem que eles tenham a mesma oportunidade de diagnóstico precoce e de tratamento fácil como teve Lula.
Isso mesmo, verdade seja dita, um dos principais absurdos provocados pela “Síndrome do Santo” é a hipocrisia generalizada que parece se espalhar como fogo em mato seco pela imprensa, fazendo com que a simples constatação do óbvio se torne uma “ofensa abominável” e algo digno dos “piores genocidas” da história ou de “mentes perversas”.
Nesse aspecto me refiro a certos colunistas da “grande imprensa” que criticaram os comentários de internautas em relação às declarações de Lula sobre o tratamento “maravilhoso” e “de primeiro mundo” que o SUS dá aos portadores de Câncer. Tanto no episódio do ex-vice-presidente José Alencar (outro elevado a Santo) quanto no da presidente Dilma; Lula afirmou categoricamente que os recursos usados nos tratamentos de ambos estavam disponíveis (graças a ele) para “todos os brasileiros pobres com igual eficácia e eficiência sem dever a “primeiro mundo” nenhum (sic)”.
A constatação óbvia, derivada dessa declaração de Lula, é de que o ex-presidente deveria buscar tratamento no próprio SUS. Ora, se o atendimento é “de primeiro mundo”, porque privar o sistema do enorme benefício de ter uma figura “tão querida” como ele tratada pela estrutura primorosa e moderníssima implantada na administração Lula e disponível para todos os brasileiros?
Quando “a voz do povo” começou a questionar a diferença entre discurso e realidade, alguns jornalistas vestiram-se com o manto da hipocrisia e teceram críticas veementes sobre o ”absurdo”, a “desumanidade”, a “falta de caridade” e o “comentário de mau gosto” que os internautas estavam fazendo.
Por favor, não sejamos hipócritas. Sabemos muito bem que nenhum brasileiro que possa vai cair nas garras do SUS para tratar um câncer ou qualquer outra doença. Muito ao contrário do que disse o ex-presidente, em seus arroubos populistas e megalomaníacos, para marcar uma simples consulta se levam dois ou três meses. Um exame simples de três a seis meses e uma tomografia mais de um ano (ou mesmo vários anos, como já foi mostrado em várias ocasiões). No “ritmo do SUS” o Lula já estaria morto antes mesmo de receber o diagnóstico final.
Portanto, caros jornalistas, é justo que o brasileiro comum e que não dispõe dos recursos necessários para ter uma saúde de qualidade e um atendimento médico razoável (apesar de pagar muito caro por isso) exponha sua indignação ao ver claramente como essas declarações populistas caem por terra quando são os políticos que se defrontam com qualquer doença grave.
Nenhum outro político deveria valorizar mais o tratamento do SUS do que Lula. Afinal de contas, cansou de tecer comentários e dar declarações ufanistas sobre suas realizações na área. Agora, quando recebe o diagnóstico de mal tão grave, corre para a verdadeira medicina de ponta e para o verdadeiro tratamento que lhe salvará a vida; uma rede particular paga a peso de ouro.
Ouro este, na verdade custeado por nós e acrescido (só Deus sabe como) a sua fortuna pessoal criada mesmo em anos e anos sem trabalho ou atividade profissional alguma a não ser a de político.
É claro que mesmo achando Lula um traidor; ele é um ser humano e deve ser tratado com dignidade. Tem, portanto, o dever de procurar o melhor em matéria de atendimento médico e de buscar as reais chances de salvar sua vida (algo que foi negado aos seus dois irmãos que se trataram pelo SUS).
Portanto, mais do que a morte e mais do que um câncer; Lula vai precisar de uma redenção verdadeira – algo como dar nomes aos bois que lhe corromperam – para ser elevado, por mim, a categoria de coitado ou de santo.
A meu ver; coitados somos nós que pagamos caro e temos uma assistência médica digna de um campo de concentração nazista ou de hospitais de frente de batalha. Santos somos nós que aguentamos calados e sorridentes os altíssimos impostos e os baixos investimentos em áreas primordiais para a vida do cidadão (na saúde, por exemplo, de cada 100 reais investidos 90 são desviados).
Assim, quando Lula explicar porque se calou e até patrocinou tanta roubalheira e o saque sistemático de recursos preciosos, nomeando e punindo os ladrões, eu tirarei a razão dos internautas e farei coro aos jornalistas indignados.
Mas, até lá…
Visão Panorâmica, 31 de Outubro de 2011
SAÚDE, DEZ ANOS E UM GENOCÍDIO SILENCIOSO
A doença de Lula trouxe a baila um falso debate, regado a muita hipocrisia e babação de ovo, sobre a recusa do ex-presidente em se tratar no SUS e buscar a saúde privada como socorro.
Militantes petistas e simpatizantes do ex-presidente correram para defendê-lo e usaram argumentos como “desumanidade”, “vergonha” e etc… para contrapor o clamor público que questionava a decisão do “Alcaide de Caetés”.
O que poucos deles compreenderam é que o clamor para que Lula se tratasse no SUS era apenas uma forma de exteriorizar a compreensão de uma parte da população de que toda a falácia populista, apresentada pelo próprio Lula e por seu partido, em relação ao SUS caía por terra diante da dura realidade.
Lula, sempre que questionado a respeito das más condições do SUS, dizia constantemente que o Sistema Único de Saúde podia ser comparado (e até era superior) aos melhores hospitais do Primeiro Mundo.
O pessoal que gritava contra sua busca pelo tratamento na iniciativa privada queria mostrar justamente o aparente absurdo de desprezar um atendimento de Primeiro Mundo para pagar por algo “inferior” na rede privada. O que, na verdade, refletia apenas o fato do discurso populista e mentiroso de Lula ter sido desmascarado por suas próprias mãos.
Mas, antes que você petista venha gritar e ofender, saiba que minhas impressões sobre o fato estão no artigo “O Câncer de Lula, A Hipocrisia E A Síndrome do Santo” – publicado em outubro – e não aqui. Essa reflexão inicial e a citação ao caso de Lula servem apenas como introdução para uma notícia muito pior – liberada pelo próprio governo – que retrata muito bem os motivos pelos quais o SUS não pode ser procurado para tratar qualquer doença grave (ou mesmo simples).
O clamor governista para conseguir mais verbas para a saúde e o imposto do cheque, que ameaça voltar logo após as eleições, nada mais são do que mentiras cuspidas na cara de cada brasileiro como forma de disfarçar os reais desejos do governo e de seus componentes: arrecadar mais para roubar mais.
Isso fica simples de constatar, quando analisamos os números fornecidos pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União. Desde que a Constituição passou a prever um valor fixo de gastos com a saúde, os valores aplicados no SUS caíram de 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,66%.
Além disso, desde que a administração petista começou; grande parte do orçamento destinado a Saúde simplesmente não é executado. Ao fim de cada ano é transformado em “restos a pagar” (despesas que são postergadas para o ano seguinte).
Até aí, tudo bem. O grande detalhe – que consiste em uma fraude – é que esses “restos a pagar” continuam sem execução no ano seguinte e, depois de computados como gastos (para satisfazer os percentuais exigidos pela Constituição), são simplesmente cancelados.
Tudo isso já seria triste o suficiente se essa covardia não se transformasse em mortes desnecessárias e totalmente sem sentido nos hospitais lotados, mal equipados e com profissionais mal pagos e desqualificados. Num genocídio silencioso e continuo; matando justamente aqueles a quem o “Messias Bêbado de Caetés” diz amar e proteger.
Mas, para os “Amigos do Rei” nada falta. Marcos Valério, o operador do Mensalão, está em franca atividade e mesmo deixando (no papel) a empresa de consultoria que protagonizou os escândalos do Mensalão do PSDB e do PT; continua atuando impunemente sob o manto do governo petista.
Uma pequena empresa de Brasília, a ID2 Tecnologia e Consultoria, fundada em 2004 e que vinha mal das pernas. De repente, contratou a consultoria da firma de Valério e o sucesso profissional bateu às suas portas. Serviços no Ministério do Turismo, do Esporte, das Minas e Energia, Saúde e Valec renderam a pequena empresa contratos de mais de R$ 37 milhões.
Ao mesmo tempo, R$ 160 milhões simplesmente evaporaram e desapareceram dos cofres públicos ao serem desviados da construção de presídios. O Governo Federal autorizou os saques, os presídios não foram construídos e a grana desapareceu… Não é lindo?
Também há o indefectível “chefe de quadrilha” José Dirceu (declarado assim pelo próprio Ministro do Supremo Joaquim Barbosa em seu indiciamento do Mensalão), em recentes gravações divulgadas (ouça nos links abaixo) foi flagrado oferecendo tráfico de influência e despachando com empresários e ministros como se governo fosse.
Enquanto isso, o “Messias” raspa sua cabeça enquanto é aplaudido pela claque moribunda que cai alegremente, vitimada pela corrupção galopante que rouba muito mais do que meramente dinheiro: rouba vidas.
Pense nisso.
Visão Panorâmica, 28 Nov 2011
Militantes petistas e simpatizantes do ex-presidente correram para defendê-lo e usaram argumentos como “desumanidade”, “vergonha” e etc… para contrapor o clamor público que questionava a decisão do “Alcaide de Caetés”.
O que poucos deles compreenderam é que o clamor para que Lula se tratasse no SUS era apenas uma forma de exteriorizar a compreensão de uma parte da população de que toda a falácia populista, apresentada pelo próprio Lula e por seu partido, em relação ao SUS caía por terra diante da dura realidade.
Lula, sempre que questionado a respeito das más condições do SUS, dizia constantemente que o Sistema Único de Saúde podia ser comparado (e até era superior) aos melhores hospitais do Primeiro Mundo.
O pessoal que gritava contra sua busca pelo tratamento na iniciativa privada queria mostrar justamente o aparente absurdo de desprezar um atendimento de Primeiro Mundo para pagar por algo “inferior” na rede privada. O que, na verdade, refletia apenas o fato do discurso populista e mentiroso de Lula ter sido desmascarado por suas próprias mãos.
Mas, antes que você petista venha gritar e ofender, saiba que minhas impressões sobre o fato estão no artigo “O Câncer de Lula, A Hipocrisia E A Síndrome do Santo” – publicado em outubro – e não aqui. Essa reflexão inicial e a citação ao caso de Lula servem apenas como introdução para uma notícia muito pior – liberada pelo próprio governo – que retrata muito bem os motivos pelos quais o SUS não pode ser procurado para tratar qualquer doença grave (ou mesmo simples).
O clamor governista para conseguir mais verbas para a saúde e o imposto do cheque, que ameaça voltar logo após as eleições, nada mais são do que mentiras cuspidas na cara de cada brasileiro como forma de disfarçar os reais desejos do governo e de seus componentes: arrecadar mais para roubar mais.
Isso fica simples de constatar, quando analisamos os números fornecidos pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União. Desde que a Constituição passou a prever um valor fixo de gastos com a saúde, os valores aplicados no SUS caíram de 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,66%.
Além disso, desde que a administração petista começou; grande parte do orçamento destinado a Saúde simplesmente não é executado. Ao fim de cada ano é transformado em “restos a pagar” (despesas que são postergadas para o ano seguinte).
Até aí, tudo bem. O grande detalhe – que consiste em uma fraude – é que esses “restos a pagar” continuam sem execução no ano seguinte e, depois de computados como gastos (para satisfazer os percentuais exigidos pela Constituição), são simplesmente cancelados.
Tudo isso já seria triste o suficiente se essa covardia não se transformasse em mortes desnecessárias e totalmente sem sentido nos hospitais lotados, mal equipados e com profissionais mal pagos e desqualificados. Num genocídio silencioso e continuo; matando justamente aqueles a quem o “Messias Bêbado de Caetés” diz amar e proteger.
Mas, para os “Amigos do Rei” nada falta. Marcos Valério, o operador do Mensalão, está em franca atividade e mesmo deixando (no papel) a empresa de consultoria que protagonizou os escândalos do Mensalão do PSDB e do PT; continua atuando impunemente sob o manto do governo petista.
Uma pequena empresa de Brasília, a ID2 Tecnologia e Consultoria, fundada em 2004 e que vinha mal das pernas. De repente, contratou a consultoria da firma de Valério e o sucesso profissional bateu às suas portas. Serviços no Ministério do Turismo, do Esporte, das Minas e Energia, Saúde e Valec renderam a pequena empresa contratos de mais de R$ 37 milhões.
Ao mesmo tempo, R$ 160 milhões simplesmente evaporaram e desapareceram dos cofres públicos ao serem desviados da construção de presídios. O Governo Federal autorizou os saques, os presídios não foram construídos e a grana desapareceu… Não é lindo?
Também há o indefectível “chefe de quadrilha” José Dirceu (declarado assim pelo próprio Ministro do Supremo Joaquim Barbosa em seu indiciamento do Mensalão), em recentes gravações divulgadas (ouça nos links abaixo) foi flagrado oferecendo tráfico de influência e despachando com empresários e ministros como se governo fosse.
Enquanto isso, o “Messias” raspa sua cabeça enquanto é aplaudido pela claque moribunda que cai alegremente, vitimada pela corrupção galopante que rouba muito mais do que meramente dinheiro: rouba vidas.
Pense nisso.
Visão Panorâmica, 28 Nov 2011
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