"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 29 de maio de 2013

POR QUE O NEGRO CAIM MATOU O BRANCO ABEL E O QUE ISTO TEM A VER COM O PASTOR

 
Alguns idiotas que se dizem ser defensores dos direitos humanos, que nem ler sabem, quanto mais escrever, ficam xingando este editor por acharem que somos a favor do pastor Feliciano.

Leiam direito o que eu escrevi seus abestalhados. Eu não defendo este senhor. Eu defendo a soberania do nosso parlamento. E, no momento, a presença deste senhor na presidência da Comissão, esta soberania está sendo preservada.

Na verdade, este fato ocorre, não só por ele. Mas, sobretudo, pelos demais integrantes da Comissão, que não estão permitindo que os "tais defensores" dos direitos humanos, representantes das ONGs picaretas, financiadas pelo Clube dos 300, senhores que querem dominar o mundo, continuem mandando e desmandando nesta Comissão como fizeram até recentemente.

É preciso colocar a inteligência acima da ignorância e compreender o processo das transformações no mundo impostas por estes senhores. Eles são os senhores das guerras, pois ganham montanhas de dinheiro com a destruição de países e mortes de inocentes, para ficarem com suas riquezas. Em qualquer cheirinho de pólvora está o dedo desses senhores maquiavélicos.

Eles estão por trás de tudo o que ocorre neste planeta. São os donos da mídia em todo o mundo. Plantam informações de acordo com os seus interesses. Constroem ídolos. Destroem celebridades. Nada lhes escapa. São impiedosos. Não têm escrúpulos e se julgam os donos do planeta.
Arquitetam para você e seus filhos serem gays. Tramam para você e seus filhos serem viciados em drogas. Já desarmaram a população para não permitir nenhum tipo de reação para quando chegar o momento que eles julgam adequado. Permitem que milhões morram de câncer ao não permitirem que as pesquisas com remédios que realmente curam avancem. Têm o controle de tudo e controlam os poderosos, principalmente, de países subdesenvolvidos financiando suas campanhas para serem recompensados com benesses lá na frente.

Quer um exemplo claro? O Brasil é o maior produtor mundial do mineral NIÓBIO, que é mais poderoso do que o bombril, pois tem mil e duas utilidades. Sabe quem fixa o preço do NIÓBIO? Pasmem! É a Inglaterra que não tem uma libra se quer de nióbio. Isto é infame!

Inventam crises para que possam surgir como salvadores. No entanto, estão apenas enchendo seus bolsos com mais dinheiro da massa trabalhadora.
Isto tudo, está em jogo com o controle da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Simplesmente, o tal pastor e os demais integrantes da Comissão, estão impedindo a execução de um plano por demais importante dentro do planejamento do programa ambicioso desses senhores.

Como o pastor não tem papas na língua e, realmente, é mal informado sobre fatos bíblicos, pois a sua bíblia é só mais uma das muitas versões adulteradas desse livro, ele acaba caindo na esparrela e dando motivo para ser mostrado de forma negativa pela imprensa controlada pelo Clube dos 300.

Essa história de que os povos africanos e negros foram amaldiçoados é bem diferente do que tentam dizer o que nada entendem do assunto. Na verdade, é preciso entender que Caim era negro e Abel branco. Ao matar Abel, Caim desrespeitou uma norma sagrada e feriu profundamente o seu criador. Este como uma maneira de não permitir que Caim fosse punido por seu crime por outros, introduziu uma alteração genética, tal como privar a descendência de Caim de pêlos faciais - uma marca que seria imediatamente reconhecida por quem quer que a encontrasse. E esta marca persiste até hoje na grande maioria da raça.
A questão africana é porque Caim andou por este continente até se estabelecer na América Central. Caim teve um filho, a quem chamou de Enoque, e construiu uma cidade "e chamou o nome da cidade como o nome de seu filho".

Então esta maldição, na verdade, foi uma defesa criada geneticamente em Caim e seus sucessores, para evitar a sua morte por vingança por ter matado Abel.
Portanto, antes de escrever xingando este editor, seus abestalhados, leiam, entendam e pesquisem. Não sejam "Maria vai com as outras". É falta de personalidade. De caráter. Mas, se quiser continuar sendo Zé Mané, o problema é de cada um. Afinal, eu tenho menos tempo de vida neste planeta do que a grande maioria. E vou rir lá de cima dos abestalhados que ficarem sofrendo nas mãos desses senhores. Acreditem neles e o seu destino será cruel.

Não xinguem este editor pesquisem no blog: 2012 - o retorno dos Anunnaki; Donos do Planeta; Amazônia, patrimônio dos brasileiros.
 
29 de maio de 2013
Lúcio Neto

O DIREITO DAS MINORIAS

Quando eu era pequeno e queria ser padre, aprendi que Jesus estava em todos os lugares discretamente, sem espalhafato, em silêncio, quase sem ser notado, a não ser pelos efeitos de seus milagres.

No sábado passado, porém, aprendi que ele pode ser introduzido em algum lugar por meio de músicas em alto volume, gritos e anátemas.

Isso se deu quando mais de mil pessoas estavam assistindo ao concerto da Orquestra de Câmera Franz Liszt, no Teatro Municipal, enquanto do lado de fora acontecia a Marcha para Jesus, que, depois de percorrer o Centro da cidade com sete trios elétricos, terminava com um show de cantores evangélicos num palco nas escadarias da Câmara de Vereadores.

Embalada por um coro de anunciados 500 mil fiéis, já que todos pareciam conhecer os sucessos, a “festa gospel” tomou conta da Cinelândia e, como não podia deixar de ser, “vazou” para dentro do teatro.

Foto: Zulmair Rocha / UOL

O ruído invasivo, perceptível em alguns pontos mais do que em outros, interferia num delicado concerto de violinos, violas, violoncelos e contrabaixo, com a participação especial do franco-suíço Emmanuel Pahud, um dos maiores flautistas da atualidade.

O som que saía de sua flauta de ouro — é de ouro não só por causa do material de que é feita, mas pelos acordes que emite — conduzia Bach, Vivaldi ou Mozart a uma dimensão celestial, com licença pelo uso do termo.

Nada contra a marcha, um espetáculo alegre e festivo, embora eu preferisse que o apresentador fosse menos belicoso e obscurantista. Não precisava amaldiçoar tanto e entregar a Satanás os que não comungam da mesma ira contra homossexualismo, casamento gay e aborto (sobrou até para a presidente Dilma).

Mas, de qualquer maneira, a culpa pela duplicidade de eventos conflitantes no mesmo lugar não é dos evangélicos, e sim de quem autorizou a realização simultânea, sem antes consultar a programação do Municipal.

Para não parecer privilégio elitista, pode-se argumentar que o espaço em que o concerto foi realizado criou uma tradição, pois abriga há mais de cem anos esse tipo de manifestação cultural, enquanto a marcha tinha à sua disposição outros lugares até mais apropriados, como Sambódromo, Aterro e o Parque de Madureira, já que cerca de 300 ônibus trouxeram público da Zona Norte, subúrbios e Baixada Fluminense.

Afinal, democracia é quando a vontade da maioria respeita o direito das minorias.

29 de maio de 2013
Zuenir Ventura é jornalista.
O Globo

A ALIANÇA DO PACÍFICO E O MITO DO LIVRE-COMÉRCIO

 

 Li por obrigação profissional a matéria da edição de Veja (25/05/13) cujo título “O Quarteto Fantástico” rasga elogios para a união comercial chamada de Aliança do Pacífico.

Composta por Chile, Colômbia, Peru e México, formam um bloco comercial cujos países membros são todos assinantes de Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos.

Colegas da área classificam a Aliança como uma extensão da extinta Área de Livre Comércio das Américas, a famigerada ALCA, estratégia do Império para uma integração forçada, subordinando os parceiros, tal como fizera com seus vizinhos no acordo do NAFTA.

O Brasil entraria de parceiro privilegiado neste desenho, e graças à ação da agressiva política externa venezuelana, timidamente o governo de Lula ajudou a enterrar a ALCA na IV Cumbre das Américas, realizada em novembro de 2005, em Mar Del Plata, Argentina.

Passados oito anos e deparamo-nos com duas constatações. É certo que o MERCOSUL não consegue avançar em acordos múltiplos, brecando por tabela a projeção do Brasil para o Continente.

 


 

E, para desgraça do desenvolvimento, setores inteiros da sociedade brasileira continuam pensando em termos de relações carnais com a economia do Império, ou contentando-se em transformar a América Latina em uma enorme plantação de algumas monoculturas legais.

Ressalto este aspecto porque nas monoculturas ilegais, como folha de coca e pés de maconha, Colômbia e México estão bastante irrigados por extrema liquidez com fundos desta origem.

A Aliança do Pacífico passa a funcionar dia 30 de junho e 90% dos produtos circularão entre os países membros com isenção de tarifas. Portanto, as portas estão escancaradas para a burla. Empresas “maquiladoras”, usinas de montagem localizadas na fronteira entre os EUA e o México poderão circular “livremente” como produto mexicano.

A entrada de manufaturas também se dá através dos TLCs bi-laterais. 82% dos produtos industriais estadunidenses entrarão na Colômbia com tarifa zero. O conflito na economia colombiana será o mesmo dos dramas na OMC.

Os países industriais querem proteger seu setor primário e vender “livremente” produtos com valor agregado, sem transferir tecnologia. Quem julga isso progresso, está totalmente equivocado.

Voltando para a matéria, esta afirma que: “Não há maneira mais eficiente para reduzir a pobreza e distribuir a riqueza de um país do que o livre-comércio.”

Tamanho absurdo histórico vai de encontro a qualquer estudo sério de economia do desenvolvimento dos países industrializados.

29 de maio de 2013
Bruno Lima Rocha é cientista político e professor de relações internacionais.

ONDE TEM PT TEM... TRETA, TRAMBIQUE, TRAPAÇA, MÁ GESTÁO, MÁ FÉ...

OS ÚLTIMOS A SABER - O SUB DO SUB DO SUB: GOVERNO CULPA 3º ESCALÃO POR ERRO NO BOLSA FAMÍLIA
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O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou ontem que a antecipação do pagamento dos benefícios do Bolsa Família foi decidida exclusivamente pela área operacional da CEF, sem consulta à cúpula instituição ou do governo.
Ele disse que técnicos do banco chegaram a avisar a colegas da área técnica do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no próprio dia 17 de maio, uma sexta-feira, quando teve início o pagamento dos benefícios. Mas ressalvou que a ministra Tereza Campello, assim como ele, não foi comunicada.
Hereda admitiu que o banco divulgou informação errada sobre a liberação de pagamentos antecipados do Bolsa Família.
 
Ele confirmou que a permissão de saques fora do calendário foi feita intencionalmente pela instituição no último dia 17, véspera da onda de falsos boatos sobre o fim do programa, e não por medida emergencial para conter tumultos nos dias 18 e 19, sábado e domingo, quando milhares de beneficiários do programa lotaram agências em 13 estados, inclusive no Rio de Janeiro.
 
Hereda pediu desculpas.
- Essa imprecisão só se justifica pelo momento que a gente estava vivendo, e eu peço desculpas a todos pelo engano dessa manifestação da gente - afirmou o presidente da CEF.
Ele disse que somente na segunda-feira, dia 20, já após os tumultos, é que ficou sabendo que os saques antecipados tinham sido liberados na sexta-feira e não durante o fim de semana.
 
Naquela mesma segunda-feira de manhã, o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, declarou à TV Globo que a liberação tinha sido ordenada no sábado, numa resposta à confusão - naquele fim de semana, cerca de 900 mil beneficiários sacaram R$ 152 milhões, um movimento considerado atípico.
O mesmo foi afirmado por Tereza Campello à tarde.
Uma semana de espera para esclarecer caso
Ontem, Urbano admitiu que estava desinformado.
Ele contou que deu ordem para que os saques pudessem ser antecipados já no sábado. A partir das 13h, a Caixa detectara um aumento incomum de beneficiários retirando dinheiro nas máquinas de agências em todos os estados do Nordeste, no Rio, no Amazonas, no Pará e no Amapá.
 
Sem saber que os saques fora do calendário estavam liberados desde a véspera, Urbano e Tereza teriam determinado a antecipação com o objetivo de evitar um tumulto ainda maior.
Isso porque os saques costumam seguir um calendário escalonado, com base no último dígito do cartão magnético. A antecipação não significou um benefício extra para ninguém, mas a possibilidade de receber dinheiro alguns dias antes.
Hereda disse que esperou uma semana para esclarecer o caso porque precisava de tempo para juntar as informações e entender com clareza o que havia ocorrido. Ele disse que estava de posse das informações já na última sexta-feira.
 
A entrevista coletiva de ontem só foi convocada, no entanto, depois que o jornal "Folha de S.Paulo" revelou, no sábado, que a antecipação de pagamentos tinha começado na véspera dos boatos.
- Meu amigo, eu sou presidente de um banco. Eu não vou a público dizer uma parte da informação sem ter todas as informações levantadas - disse o presidente da Caixa.
Hereda acrescentou que, se agisse de forma diferente, seria irresponsável. Sentado ao seu lado, estava Urbano, que semana passada deu entrevista com a informação desmentida ontem:
- É sabido, tem se falado muito que a Caixa mentiu na hora em que ele (Urbano) foi fazer a entrevista. No momento em que estamos vivendo uma crise, o único pensamento que a Caixa tinha era esclarecer as pessoas. Tivemos uma informação equivocada com relação à data em que se abriu o sistema, e isso gerou uma informação imprecisa da Caixa - afirmou Hereda.
No último sábado, a Caixa divulgou nota em que dizia que a antecipação era consequência de melhorias no Cadastro de Informações Sociais, sugerindo problema de informática.
Ontem, Hereda e Urbano esclareceram que a decisão da área operacional de liberar os saques para qualquer beneficiário já no primeiro dia de pagamento teve como objetivo evitar contratempos a 692 mil beneficiários que apareciam com registro duplo no sistema.
Sem a liberação, havia o risco de que essas pessoas fossem ao banco na data marcada e não conseguissem sacar o dinheiro, já que o cadastro foi atualizado.
Hereda disse que a equipe operacional imaginou que não era preciso avisar ninguém sobre a antecipação porque, em média, apenas 70% dos beneficiários sacam o dinheiro no dia marcado. Eles têm até 90 dias para fazer isso depois.
- Repito:
essa não é uma decisão que passa pela diretoria da Caixa. É uma decisão específica de uma área operacional da Caixa que paga Bolsa Família há dez anos. Essa área não procura o presidente nem o conselho diretor da Caixa para pedir permissão para fazer o seu trabalho - disse Hereda.

Demétrio Webe
O Globo 
29 de maio de 2013

E O BONDE PASSANDO...


 
O Brasil está mesmo perdendo o bonde do desenvolvimento? Esta foi, em síntese, a advertência feita por editorial do dia 19 do Financial Times, um dos mais importantes diários de Economia e Negócios do mundo.
Foi, também, o tema central do rico debate que foi ao ar neste fim de semana no Globo News Painel, conduzido pelo antenado âncora William Waack.
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, do Instituto de Economia da Unicamp, observou que o governo brasileiro perdeu a capacidade de coordenar a agenda de crescimento e de investimentos do setor privado.
Para o professor Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas, o problema está no fato de que, uma vez esgotado o modelo nacional desenvolvimentista, em que o Estado tomava a iniciativa de induzir o desenvolvimento, a sociedade decidiu se voltar à formação do Estado do bem-estar social.
A prioridade deixou de ser o crescimento e passou a ser a distribuição de renda.
Este é um debate que começou no governo Médici, quando o então poderoso ministro da Fazenda Delfim Netto declarou, para espanto geral, que não se pode comer o bolo antes de produzi-lo. De maneira a justificar a não recondução de Delfim ao comando da economia, o então presidente Geisel disse nos anos 70 que o bolo tem de ser distribuído ao mesmo tempo que é produzido.
Hoje, a administração Dilma está exposta à corrosão. Não consegue entregar um razoável crescimento econômico, enfrenta inflação acima do tolerável e começa a assistir à deterioração das contas externas – como analisou o professor Eduardo Giannetti da Fonseca, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).
Consequência da política adotada, de distribuir um bolo maior do que aquele que vai sendo produzido, na medida em que exige crescente importação de poupança, que vai para o consumo. Enquanto isso, o investimento continua parado, à altura dos 18% do PIB, nível de longe insuficiente para garantir um crescimento sustentável, de 3% ou 4% ao ano.
Samuel Pessoa tem razão quando afirma que, ao adotar um modelo distributivista, os governos Lula e Dilma desmontaram o pouco do sistema que buscava institucionalizar mecanismos (sobretudo pelas agências reguladoras) que transferissem para o setor privado a capacidade de investir e de desenvolver o País.

Nos anos 80, a economia mundial iniciou a formação de uma rede global de produção e suprimentos, na qual as indústrias de todo o mundo procuraram se inserir. Mas o Brasil não se empenhou em se incorporar no processo. Continua sendo uma economia fechada, com uma indústria pouco competitiva.
Enquanto isso, a presidente da República se mete em tudo e se dedica a despachar intervenções pontuais destinadas a corrigir distorções que, no entanto, provocam novas, como é o caso das desonerações setoriais iniciadas em 2012.
Uma das maiores esperanças do País, as riquezas do pré-sal, que só podem ser arrancadas do subsolo a altos custos, estão agora ameaçadas pela revolução do gás nos Estados Unidos.
É o fato novo, que promete energia e insumos a baixos preços, fator que ameaça alijar boa parte da indústria brasileira do mapa econômico mundial, se uma drástica mudança de rumos não for decidida já.
Quando havia bondes, quem perdia um esperava pelo seguinte. Como não há mais, tudo fica mais complicado.
 
CONFIRA:
 


A deterioração das expectativas sobre o comportamento da economia pode ser avaliada pela inclinação das duas curvas acima.
São as projeções de alta da inflação e de redução do crescimento do PIB.
Demora mesmo... O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, disse ontem que precisou de sete dias para saber por que houve o pânico na liberação dos pagamentos do Bolsa Família. Coisas assim acontecem em estatais loteadas entre políticos.

Imaginem o que aconteceria se um médico precisasse de sete dias para diagnosticar um enfarte.
Celso Ming
O Estado de S. Paulo 
29 de maio de 2013

FRASE DO DIA

"A presidente Dilma, que gosta tanto de uma cadeia de rádio e TV, poderia convocar uma para pedir desculpas pelas acusações injustas."


Senador Aécio Neves (PSDB-MG), ao pedir que Dilma se desculpe das acusações que o governo fez contra a oposição no caso do fim do Bolsa Família

29 de maio de 2013

A REPÚBLICA SOCIALISTA DO RIO GRANDE DO SUL


O Rio Grande do Sul é a matriz autoritária nacional socialista do Brasil. Só nos deu ditadores assassinos, corruptos, e incompetentes: Getúlio Vargas, Costa e Silva, Garrafazul Médici e Ernesto Heil! Geisel.
 
Pelo menos o Brasil se livrou de Brizola, que se limitou a destruir o Rio de Janeiro junto com seus sócios do tráfico de drogas. Se há uma merda brasileira que melhor espelha a Argentina é o Rio Grande do Sul que sistematicamente elege comunistas de porta de cadeia para governador. O resultado é o que se vê, um estado que era para ser rico patina na imanente mediocridade.
 
Vejam um caso que ilustra a asinina estupidez gaúcha:
 
Uma decisão da 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre condenou a montadora Ford a ressarcir os cofres gaúchos dos investimentos realizados para a implantação de uma filial da empresa em 1998, em valores que somam mais de R$ 160 milhões. A Jusiça determinou ainda que o montante deve ser corrigido. Na época, a Ford já havia recebido recursos para o início das obras de instalação da fábrica, em Guaíba, quando se retirou do negócio alegando falta de pagamento por parte do novo governo que assumia em 1999.
 
29 de maio de 2013

O 47o. DEBATE SOBRE O JULGAMENTO DO MENSALÃO E UMA BOA ENTREVISTA COM LOBÃO

 

Dia movimentado, amigos. Interrompi a preparação do 47º debate sobre o julgamento do mensalão, que começa às sete da noite desta quarta-feira, para entrevistar no meio da tarde o músico e escritor Lobão. O tema da conversa foi seu livro mais recente, Manifesto do Nada na Terra do Nunca, que vai ganhando posições nas listas dos mais vendidos.
O bombardeio das milícias do PT em ação na internet é explicado por trechos semelhantes ao que descreve um encontro entre Lobão, Lula e José Dirceu. Confiram:
 
O encontro mais emblemático que tive foi com o então candidato Lula no diretório central, em São Paulo, na campanha presidencial de 2002, ao lado o José Dirceu, do Mercadante e de outras figuras impolutas do partido, quando iniciamos uma conversa numa sala reservada, onde eu disse, meio embaraçado, que endossaria sua campanha caso ele se propusesse a continuar o processo de numeração dos CDs (na verdade, teríamos a lei promulgada ainda no governo FHC) e um programa que tivesse a educação como foco central, a exemplo da Coreia do Sul, para que em dez anos estivéssemos em condições de exportar cientistas para o mundo. Lula me explicou ser exatamente isso que iria implementar, que a educação era o foco principal de seu programa de governo etc. e tal, quando acontece um inusitado e constrangedor apagão que durou uns vinte minutos! Alguns pigarros, fósforos riscados, aquela falta de assunto…
 
Minha mulher, Regina, que estava ao meu lado o tempo todo, com aquela percepção cruel que só as mulheres possuem, me sussurrou logo que a luz voltou: esse cara que está ao lado do Lula (no caso, José Dirceu) deve tomar uns antidepressivos, tem uma salivinha branca nos cantos da boca. E sabe o que mais? Esse Lula é um tremendo picareta. Todo mentiroso olha para cima quando mente, você reparou que ele só olhava para cima até a luz apagar? Pode escrever: desse mato não sai cachorro.
 
Quem olha para cima enquanto conversa é mentiroso sem cura, confirma o vídeo do primeiro palavrório de Lula sobre o mensalão, gravado em agosto de 2005.


O HUMOR GENIAL DE DUKE

Charge O Tempo 29/05

29 de maio de 2013

CUT ENCABEÇA CARTA-ABERTA SINDICAL À PRESIDENTE DILMA CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES


 


Roberto Requião (senador)

Eu vejo hoje a unanimidade da mídia, todas as televisões, todos os jornalões apoiando a privatização dos portos e a entrega do petróleo. No mesmo momento em que Barack Obama proíbe a exportação de petróleo nos Estados Unidos da América do Norte. Então achei que era importantíssimo vocalizar esta carta dirigida à presidente Dilma Rousseff pelos Movimentos Sociais”

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Excelentíssima Senhora
Dilma Vana Rousseff
Presidenta da República do Brasil,


Nós, movimentos populares e sindicais abaixo assinados, vimos, por meio desta, solicitar o cancelamento dos leilões de petróleo, realizados para os dias 14 e 15 de maio de 2013, bem como o cancelamento do processo, que prevê a privatização das hidrelétricas, de Três Irmãos, em São Paulo, e Jaguara, em Minas Gerais, além de várias outras usinas, que podem significar cerca de 5.500 MW médios. Estes leilões significarão a retomada das privatizações em um dos setores mais estratégicos ao povo brasileiro. Entregar o petróleo e as hidrelétricas, que fazem parte do patrimônio da União ao capital internacional, será um erro estratégico.

Lembramos que o povo brasileiro, com seu trabalho e suas lutas, construiu um grande setor de energia no Brasil. A luta do “PETRÓLEO É NOSSO”, juntamente com a utilização dos nossos rios para a produção de energia elétrica nos propiciou, por muito tempo, que estas riquezas estivessem, em certa medida, sob controle nacional, uma vez que o controle estava garantido pelo Estado.

Foi, sem dúvida, no período dos governos de Collor e Fernando Henrique Cardoso, que este sistema foi sendo destruído e entregue ao capital internacional, sob o pretexto de que não servia mais para o nosso país. As melhores empresas públicas foram entregues para o controle das grandes corporações transnacionais, prejudicando nosso país e os trabalhadores.

Nessas ocasiões, os setores neoliberais se apropriaram do discurso falacioso da ineficiência do Estado, especialmente na gestão das empresas públicas, com o objetivo de iludir o povo brasileiro com falsas promessas e entregar o patrimônio público para o “mercado”.

Esta história nós já conhecemos bem. Depois da privatização, a energia elétrica aumentou mais de 400% (muito acima da inflação), trabalhadores foram demitidos e recontratados com salários menores e em piores condições e a qualidade da energia elétrica piorou muito. Quedas de energia, explosão de bueiros e apagões são consequências da privatização.

No setor do petróleo a realidade é semelhante, FHC quebrou o monopólio estatal e vendeu parte da Petrobras, e só não fez pior porque foram derrotados na eleição de 2002.

Não é à toa que todo este processo foi chamado de PRIVATARIA. Mais de 150 empresas públicas – das melhores – acabaram sendo entregues aos empresários, a preços irrisórios.

O povo brasileiro votou em Lula duas vezes e em Dilma no ano de 2010, ciente de que aquilo que foi feito nos governos anteriores não era bom para o Brasil. A esperança vencia o medo e exigia que as privatizações tivessem um basta.

A extraordinária descoberta de petróleo na área chamada pré-sal, as enormes reservas de água, nosso território e nossas riquezas naturais exuberantes e, fundamentalmente, a capacidade de trabalho dos trabalhadores brasileiros, acenam para a construção de um país com enormes potencialidades, com possibilidades de usar e bem distribuir estas riquezas. E é isto que vemos ameaçado nesse momento.

Se as riquezas são tantas e boas para o país, por que entregar para as grandes empresas transnacionais as riquezas do povo brasileiro?

São as empresas do Estado brasileiro, entre elas a Eletrobrás e a Petrobras, que impulsionam o setor de energia em nosso país. É o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quem financia as demandas do setor. São as empresas de pesquisa do Estado que fazem os estudos.

São as empresas estatais, em especial o Sistema Eletrobrás, que está ofertando eletricidade a preços mais baratos. Então, por que não discutir com nosso povo, unir forças e buscar soluções para que, tanto o petróleo quanto a energia elétrica, fiquem nas mãos do Estado, com soberania nacional, distribuição de riquezas e controle popular?

É fundamental que todos nós tomemos posição neste momento tão importante para o destino da nação. Defendemos o cancelamento dos leilões, que irão privatizar o petróleo e as usinas hidrelétricas, que estão retornando para a União.
 
Não temos dúvida de que, se consultado, o povo brasileiro diria: privatizar não é a solução.
Certos de que seremos atendidos em nossas proposições, nos dispomos a discutir, mobilizar nosso povo, buscar a união de todos para que estas riquezas sejam do povo brasileiro e com controle do Estado. Colocamo-nos à disposição para discutir com Vosso governo e com o povo brasileiro.
Sem mais, aguardamos resposta.
 
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OBS – A carta é subscrita pela CUT e por 45 sindicatos e federações.

29 de maio de 2013
 

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE



29 de maio de 2013

BRASIL ESTÁ NO 109o. LUGAR EM LIBERDADE DE IMPRENSA





Países como Gama, Suriname, Botswana, Papua Nova Guiné, Trinidad Tobago, Haiti, Senegal, Serra Leoa, Tanzânia, Quênia, Zâmbia, República do Congo, Gabão, Timor Leste, Paraguai, Guatemala, Uganda, Peru, e mais 89 países possuem mais liberdade de imprensa do que no Brasil, segundo o relatório dos Repórteres Sem Fronteiras. O critério utilizado é o nível geral de liberdade de informação e o desempenho dos governos para garantir esta liberdade fundamental.

Além de 5 assassinatos de jornalistas em 2012, temos a imprensa sob controle de apenas 5 famílias. Nos EUA, que ocupa o 32º lugar no ranking, a concentração da mídia não é muito diferente. Lá, nos últimos 25 anos, de 50 empresas de mídia, restaram apenas 5.

Vemos com cada vez mais frequência decisões judiciais impondo censura aos veículos de comunicação. Há anos, o jornal O Estado de São Paulo está proibido, primeiro por decisão liminar e agora por sentença judicial, de informar a população sobre uma operação da Polícia Federal que investigou Fernando Sarney, filho do ex-presidente  e senador José Sarney.

VOLTA DA CENSURA

Curiosamente, a censura, que até então era exclusividade de regimes ditatoriais, aparece hoje na América Latina como característica de regimes que se afirmam democráticos.

Na Argentina, o grupo Clarín se vê como único opositor ao governo e, hoje, corre risco iminente de  intervenção estatal. Após estatizar a única empresa que fornece os papéis para o jornal e pressionar seus maiores anunciantes, o governo adquiriu participação societária no grupo Clarín e, em seguida, aprovou uma nova lei do mercado de capitais pela qual é possível a nomeação de interventor quando “forem vulnerados os interesses dos acionistas minoritários”. Os termos vagos da hipótese legal de intervenção estatal, sem dúvida, abrem espaço para arbitrariedades.

A Globovisión, única emissora da TV aberta da Venezuela que critica o Chavismo, foi vendida neste mês (maio/2013) e será controlada por um empresário do ramo de seguros que, segundo algumas versões, é ligado ao Chavismo. Oposição e entidades de defesa de liberdade de expressão no país questionam se o veículo conseguirá manter sua independência.

Qual é a consequência disso? A principal é a falta de informação. Talvez, você não saiba que a organização terrorista Al Qaeda nunca existiu, conforme noticiou a BBC, que Bin Laden era um agente da CIA, que o 11 de setembro foi uma farsa, que os ETs existem, inclusive um Airbus A320 quase colidiu com um OVNI ao se preparar para pousar em Glasgow (Escócia), como também noticiado pela rede BBC.

29 de maio de 2013
Marcelo Nogueira, advogado no Rio de Janeiro, membro do Instituto Brasileiro de Direito Tributário

LEMBRANDO O SENADOR LUIZ CARLOS PRESTES, O MAIS VOTADO DE TODOS OS TEMPOS


Pena que os jornalões tenham dedicado pouco ou nenhum espaço à sessão de  quarta-feira passada, no Senado, quando foi simbolicamente devolvido o mandato de senador a Luiz Carlos Prestes. Sua família, presente, teve na voz de sua viúva, D.Maria, o eco de uma reparação que já fazia tardar.

Foi o senador mais votado do país, proporcionalmente,  em todos os tempos.  Eleito pelo Rio de Janeiro,então Distrito Federal,em dezembro de 1945, meses depois de libertado após nove anos de prisão infame, encontrou forças para receber 150 mil votos e reorganizar o Partido Comunista, junto com 14 deputados federais eleitos em todo o país.

Curvou-se agora o Senado ao Cavaleiro da Esperança, depois de haver cassado seu mandato em nome do que de mais reacionário existia entre nós, o preconceito ideológico. Na mensagem em que sancionou a lei restabelecendo ainda que tardiamente o mandato de Prestes, a presidente Dilma reconheceu o erro do passado.

SOCIALISMO

Não é preciso concordar com todas as ideias do senador para reverenciá-lo por setenta anos de lutas e perseguições, sofrimento e afirmação de permanente confiança no socialismo. Foi na maior epopeia de resistência  contra as oligarquias que ele passou a conhecer o Brasil.

Era apenas um rebelde, junto com outros tenentes,apesar de ser capitão, que por 32 mil quilômetros e não 25 mil, mais 1.500 homens, percorreu o interior e tomou conhecimento da miséria que nos assolava. Tornou-se comunista durante aquela cavalgada,  ainda que  só anos mais tarde tomasse conhecimento da teoria  marxista-leninista.

Negou-se a assumir o comando militar e político da Revolução  de Trinta, ciente de tratar-se  de um movimento burguês que apenas serviria para mudar os personagens da mesma farsa social. Exilado  na União Soviética, retornou em 1935, iludido pelas falsas informações de estar o Brasil  preparado para a revolução proletária.

Malograda a tentativa, preso, viu-se vítima de uma perseguição pessoal por parte de Filinto Muller, ex-tenente da coluna Prestes condenado à morte pelo próprio  comandante, por haver-se apropriado de recursos do movimento rebelde. Fugiu o traidor, tornando-se depois chefe de polícia do governo implantado com a vitória dos revoltosos burgueses. Foi a hora da desforra contra seu antigo chefe, que manteve em condições piores do que as concedidas a animais em cativeiro, conforme Sobral Pinto, seu advogado.

Foi em 1945, com o fim da ditadura do Estado Novo e a democratização, que o povo do  então Distrito Federal o conduziu ao Senado. Durou pouco o sonho de um país livre. As forças reacionárias cassaram o registro  do Partido Comunista, em 1947,e o mandato de seus parlamentares, inclusive Prestes, em 1948.

CLANDESTINIDADE

De novo na clandestinidade,voltou à União Sovietica, de lá retornando em 1958, no governo Juscelino Kubitschek, quando suspensa a proibição de funcionamento do Partido Comunista. Participou da campanha do marechal Henrique Lott a presidente da República,em 1960,derrotado por Jânio Quadros. Integrou-se à luta de Leonel Brizola em favor da posse de João  Goulart na presidência da República. Com seu partido, formou ao lado da campanha pela reformas de base, sendo surpreendido com o golpe militar de 1964, que o levou novamente à clandestinidade.

Na lista dos  procurados,vivo ou morto,  novo período de exílio, mas sem deixar de opinar e de participar, mesmo de longe, dos anos de chumbo do regime então  instaurado. Com  a anistia no início  dos Anos Oitenta, retornou outra vez nos braços  do povo, de novo reorganizando o Partido Comunista, como  seu Secretário-Geral.

Já encanecido, entrado nos oitenta anos, mais uma armadilha da vida. Viu-se traído pelos companheiros que tinha  amparado, destituído da direção  do partido e em seguida expulso, por insistir na doutrina inflexível do socialismo.  Não compactuou com anões. A natureza seguiu seu curso e apenas agora o Brasil lhe faz justiça.

29 de maio de 2013
Carlos Chagas

O IMPOSSÍVEL ACONTECE

 


A história oficial dos boatos sobre o Bolsa-Família mostra que aqui tudo pode acontecer. No Brasil, elefantes voam e centopeias mancas correm na maratona.
 
Pois na véspera da corrida à Caixa, funcionários de escalão inferior, veja só, tomaram sozinhos a decisão de antecipar pagamentos e colocar mais de R$ 150 milhões nos guichês.
 
Não contaram nada, os distraídos, nem ao presidente da Caixa, Jorge Hereda, nem ao vice-presidente de Governo e Habitação do banco, José Urbano Duarte, nem à ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.
Nenhum dos três ficou bravo por ter sido ignorado. Numa empresa comum, pessoal de baixo escalão não toma essas decisões. Mas aqui é Brasil, zil, zil, que é rico porque é um país sem pobreza e por decreto aboliu a miséria.
 
Bom, houve toda a confusão. Aí o vice-presidente Urbano Duarte disse que a antecipação dos benefícios não tinha sido a causa da corrida de sexta, porque só ocorreu no sábado.
Estava errado: quando aqueles funcionários atrevidinhos de baixo escalão lhe contaram a história, trocaram as datas. O presidente da Caixa, Jorge Hereda, logo descobriu o erro. Mas, como é ocupadíssimo, tem muita coisa a fazer, levou pelo menos uma semana para corrigir o equívoco do seu vice.
 
E quem foram os funcionários distraídos e atrevidos que extrapolaram sua competência e tomaram decisões importantes à revelia de seus superiores? Ora, temos o pré-sal, o trem-bala, a Copa, as Olimpíadas, estádios novinhos com pequenos desabamentos, e querem saber o nome dos responsáveis. Responsáveis?
 
Brasil de sempre
 
Há uns 70 anos, o grande cineasta americano Orson Welles veio ao Brasil filmar dois episódios de um filme, É tudo verdade. Welles era gênio, tinha apoio de Washington, mas É tudo verdade, no Brasil, não chegou a ser concluído.
 
Bons, lá fora
 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a dívida dos Estados brasileiros com a União não será renegociada. Não há possibilidade sequer de redução de juros. Em compensação, a presidente Dilma Rousseff perdoou a dívida de US$ 900 milhões de 12 países africanos: Congo, Costa do Marfim, Gabão, Guiné, Guiné-Bissau, Mauritânia, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão, Tanzânia e Zâmbia.
 
E por que não há concessões aos Estados brasileiros, enquanto se concede tudo aos africanos? Simples: os africanos talvez votem para colocar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
 
Paz pacífica
 
Lembra das festas, com direito a muita TV, muita entrevista de autoridades, quando as favelas do Alemão, no Rio, foram pacificadas – ou seja, ocupadas pela Polícia e pelas Forças Armadas? Deu até roteiro de novela das nove. E, para comemorar de novo a grande vitória, o Governo fluminense promoveu a Corrida da Paz no domingo, 26. Claro que o Governo sabe direitinho os limites da pacificação e escalou 200 PMs para proteger os corredores.
 
O secretário da Segurança, José Mariano Beltrame, sabe ainda melhor, e escalou 20 seguranças para ele correr em paz. Não adiantou: os narcotraficantes, aqueles que tinham sido expulsos, lembra?, promoveram pesado tiroteio, aterrorizando os atletas. Foram mais de dez minutos de fogo com armas de mão de combate, de longo alcance.
O Rio é governado por Cabral, mas o Porto Seguro fica muito, muito longe.
 
Uma, duas abobrinhas
 
A campanha “Conte até 10″ é federal, mas por sua pertinência não podia prescindir do apoio de São Paulo e do governador tucano Alckmin. Abobrinha fica ótima com chuchu. O objetivo da campanha é evitar assassínios cometidos por impulso, no momento da raiva. Ótimo – só que quem mais está matando não tem raiva nenhuma de quem é morto. Cobiça, talvez, por seus pertences, um celular, uma mochila; e insensibilidade total, já que se mata até por divertimento.
 
Em São José dos Campos, SP, mais um dentista foi queimado por bandidos, depois de ser banhado em álcool (seu estado de saúde é gravíssimo).
 
É o segundo caso no Estado: o primeiro foi o de Cinthya Moutinho de Souza, queimada viva por ter só R$ 30,00 na conta do banco.
O caso atual é idêntico: dois bandidos entraram no consultório, acharam que o dinheiro era pouco e incendiaram a vítima. A Polícia pede informações pelo Disque-Denúncia, 181. OK: tentemos prender os bandidos em vez de contar até seja que número for. Mas há tempos o radialista João Alkimin, na mesma São José dos Campos, foi alvejado na rua. Havia testemunhas, o atentado foi filmado por câmeras de rua, os donos de caça-níqueis, que ele enfrenta, são suspeitos óbvios, mas a Polícia nada apurou.
 
O prefeito moto-serra
 
O prefeito paulistano Fernando Haddad, PT, autorizou um megadesmatamento para a construção de um condomínio de alto luxo, o Golf Village. Serão derrubadas 1.787 árvores, muitas de um trecho sobrevivente da Mata Atlântica. Licença ambiental demora? Não nesse caso: saiu em quatro meses. Segundo a Prefeitura, cortar as árvores é necessário para a descontaminação do terreno (que, até agora, ninguém sabia que estava contaminado).
Quanto são 1.787 árvores? Mais de 10% das que existem no Ibirapuera, um dos maiores parques da cidade.

29 de maio de 2013
Carlos Brickmann é jornalista e consultor de comunicação.

NÃO HÁ COMO CONFIAR EM UM POLÍTICO QUE MENTE

... até mesmo quando fala sobre o próprio nariz

Pinocchio petista – Mentir é um ato inerente ao exercício da política, algo facilmente comprovado no cotidiano verde-louro.

Como se a mitomania e a política fossem irmãs siamesas, as autoridades mentem com desfaçatez que chega a assustar até mesmo os profissionais da mentira. Contudo, a situação se agrava quando um integrante do poder mente até mesmo sobre o próprio nariz.

Pode parecer assunto sem importância, mas isso explica a facilidade com que se mente nas altas esferas do poder, sem que se leve em conta a dignidade da população.

De competência duvidosa na seara parlamentar e ainda sem convencer como ministra-chefe da Casa Civil, a petista paranaense Gleisi Hoffmann parece não se lembrar do passado quando faz seus desabafos à imprensa.

Em 28 de agosto de 2011, apenas vinte dias após assumir a chefia da Casa Civil, a ministra Gleisi Hoffmann desabafou em entrevista concedida à jornalista Eliane Cantanhêde. Na ocasião, sem que tivesse muito a dizer, Gleisi falou sobre um assunto que a aborrecia: a insistência de muitas pessoas sobre uma eventual plástica no nariz arrebitado. “Nunca fiz plástica e não aguento mais ficarem me perguntando”, disse a ministra à jornalista da “Folha de S. Paulo”.

No auge dos seus dezoito anos, quando abandonou o sonho de ser freira e decidiu mudar o mundo à sombra da cartilha obtusa do PCdoB, partido que tinha como estrela-guia a Albânia de Enver Hodja, a agora ministra exibia um semblante diferente do que ostenta atualmente, sem contar o nariz empinado que circula pelos corredores do Palácio do Planalto, o que nem de longe pode ser confundido com nariz arrebitado.

Sem qualquer razão minimamente coerente, Gleisi Hoffmann sempre negou ter feito cirurgia plástica no nariz, o que em nada muda sua pífia atuação política. A ministra garante até hoje que o ar de Barbie tupiniquim foi uma dádiva da natureza.

Ao ucho.info pouco importa se Gleisi Hoffmann submeteu seu nariz ao funileiro ou não, mas abrimos espaço ao assunto apenas para mostrar a que ponto chega a capacidade de mentir dos ocupantes do poder. Dentro do limite do visualmente suportável, vaidade é opção de cada um, mas mentira contumaz ou é tirania ou é síndrome de Goebbels , o ministro da propaganda nazista.
As fotos que ilustram essa matéria mostram de forma inconteste a capacidade do governo de Dilma Rousseff de distorcer a realidade, o que já deve ter alcançado com folga o episódio do “Bolsa Família”.

A primeira cirurgia plástica de Gleisi serviu para esculpir o clássico nariz de “sela”, mas o resultado da intervenção superou negativamente o objetivo. Foi então que uma segunda cirurgia foi realizada para consertar o estrago da primeira. Coincidência ou não, na literatura infantil o personagem Pinocchio tornou-se famoso por causa do nariz que sempre cresce a cada mentira contada. E qualquer semelhança de Gleisi com o comandado de Gepetto não é mera coincidência.



29 de maio de 2013
ucho.info

LE BRÉSIL N'EST PAS UN PAYS SÉRIEUX...

Câmara está quase vazia nesta quarta-feira, mas Casa registra a presença de 341 deputados

Vida mansa – É no mínimo uma grande loucura imaginar que o Brasil algum dia será um país sério. No momento em que a extensa maioria da população trabalha, mesmo diante do feriado de Corpus Christi – prolongado a fórceps – a classe política nacional simplesmente patrocina mais um espetáculo de seguidas mentiras.

Às 16h35 desta quarta-feira (29), o ucho.info telefonou para a Câmara dos Deputados para saber quantos deputados estavam na Casa.
A secretária de um deputado, que pediu para não ter o nome revelado, disse que a Câmara estava praticamente vazia, mas àquele instante os computadores da Casa registravam a presença de 341 parlamentares, o que representa pouco mais de 66% dos 513 deputados.

Perguntada sobre o número de deputados em plenário, a tal secretária disse que não conseguiu localizar a informação no computador, possivelmente porque alguém ordenou para que o escárnio fosse camuflado. A servidora disse, sem titubear, que os deputados registram presença e zarpam para seus estados.

Com no máximo uma dúzia de deputados em plenário, que se dedicam a discursos longos e inócuos, a TV Câmara manteve a programação e levou ao ar uma sessão pífia, que serve apenas para ratificar o que pensa o cidadão sobre a classe política brasileira.

Cada deputado custa mensalmente ao incauto contribuinte R$ 130 mil ou mais, mas a Câmara teima em transmitir, a um custo aproximado de R$ 300 mil cada transmissão, uma sessão que mais parece o retrato de uma cidade fantasma.

Mas os leitores não devem se preocupar com nossas críticas aos deputados, pois cada qual passará o feriado prolongado com o salário devidamente depositado na conta bancária. Coisa de país de primeiro mundo e sem problemas a solucionar.

29 de maio de 2013
ucho.info

A MORTE DE HIPÓCRATES



 
Grande parte dos médicos não têm um conhecimento profundo dos tratamentos farmacológicos que estão a administrar, apenas têm uma vaga ideia formatada pelo que lhes foi tramitido durante o curso.

O curso terminado, a maioria não põe em questão os novos medicamentos que surgem no mercado, confiam na informação transmitida pelos delegados de informação médica ou nos estudos patrocinados pelos laboratórios farmacêuticos que os comercializam.


Delegados de "desinformação" médica.


A principal formação que recebem os delegados de informação médica, após uma formação técnica rápida sobre o medicamento, é a melhor maneira de convencer o médico a prescrever a todo o custo esse medicamento.


Estes delegados são comerciais, como tal, bem poderiam apresentar a mesma convicção ao vender uma caneta, uma marca de detergente ou um político. O método é o mesmo: valorizar o produto, minimizando os efeitos secundários ou simplesmente ignorando a sua ineficácia ou inutilidade.


Esta venda é feita cativando o médico de várias maneiras: saber ouvir, fingir-se muito interessados na vida privada do médico que têm à sua frente (familia, filhos, hobbies), com a finalidade de ganhar a sua confiança.


Os laboratórios recrutam delegadas de informação médica que bem poderiam ser modelos de passarela ou jovens e atraentes delegados de informação médica. Existe muitas vezes, nestes casos, um verdadeiro jogo de sedução, no limite, um verdadeiro jogo de atracção sexual.


Sedutores e bem-falantes, propõem jantares nos restaurantes mais badalados da cidade ou estadias em hotéis cinco estrelas, tudo pago, claro, pelo laboratório farmacêutico que representam. Neste contexto, muitos médicos sentem-se reis e rainhas envoltos pelo glamour efémero das circunstâncias.


Por vezes, e não raras, são viagens de luxo a países distantes que são oferecidas, a pretexto de um qualquer congresso ou simpósio, que a maioria nem sequer frequenta.


Perante tantas mordomias, como não se deixar convencer e recusar prescrever o medicamento promovido, acabado de ser colocado no mercado (os mais rentáveis) fundamentado em estudos apressados, testados em populações miseráveis da Ásia ou de África, cobaias com características corporais e culturais muito diferentes das nossas, cobaias esses que nunca irão ter direito a beneficiar dos medicamentos pelos quais foram testados.

 



Médicos ao serviço da indústria farmacêutica.


 Existem alguns médicos que trabalham diretamente para benefício da indústria farmacêutica. Os menos perigosos são aquelas que se aproveitam do sistema: os directores clínicos dessa indústria, que abertamente beneficiam das mordomias e salários altíssimos pagos para ocuparem esses postos. Claro que defendem o laboratório para o qual trabalham, mas estão "simplesmente" a cumprir uma função.


Os mais perigosos são os encaputados, escondidos através de um qualquer título ou renome e que definem as "guidelines" nacionais e internacionais que a generalidade dos médicos segue sem questionar, a troco de elevadas compensações monetárias. Constatamos que muitos deles têm assento nos laboratórios produtores dos medicamentos que defendem.


Sem questionarem os numerosos estudos existentes sobre um determinado medicamento, a maioria dos médicos acredita piamente nas conclusões elaboradas por esses gurus. Acreditam estar a prescrever o melhor para os seus doentes.


O grande problema está na maneira como são realizados os famosos estudos clínicos que se tornam os padrões das futuras prescrições.





Como falsear um estudo clínico.


Tudo começa pelo simples facto que 95% dos estudos clínicos, devido em parte ao seu elevado custo, são concebidos e realizados pelos laboratórios que produzem o medicamento que querem vender, logo, ninguém no seu perfeito juízo irá falar mal do que pretende vender.


Os estudos elaborados pelos laboratórios são depois entregues a um conjunto de médicos que, ou porque acreditam genuinamente no medicamento ou porque lhes trás benefícios monetários, têm logo á partida uma tendência natural para encarar os futuros resultados desses estudos, de forma favorável em relação ao medicamento em estudo. Começa aqui uma das partes tendenciosas do estudo.


 Durante a seleção dos doentes, com as caracteristicas necessarias para entrar no estudos, um conjunto deles, apesar de reunirem essas condições é eliminado por directrizes previstas pelos laboratórios que elaboraram o estudo. São doentes que poderiam por em causa os resultados positivos esperados, ficando apenas aqueles "perfeitos" para que tudo corra bem, isto é que tenham a maior probabilidade do medicamento em questão ter bons resultados.


Muitas das vezes, no decorrer do estudo, os doentes que fogem aos padrões esperados são simplesmente eliminados do estudo.


Finalizado o estudo, os dados são entregues a uma empresa de analise de dados contratada e paga pelo laboratório que encomendou o estudo. Essas empresas de analise não querem perder o cliente que a sustenta, por isso rezam para que os resultados sejam favoráveis ao medicamento estudado. E não é que corre tudo bem, e que os resultados são mesmo favoráveis!


De qualquer maneira, os que se revelam desfavoráveis, apesar de esticar os resultados positivos são guardados numa gaveta e nunca serão publicados.


Para aumentar articialmente os resultados favoráveis, várias técnicas são postas em prática. Por exemplo, na analise estatística, as referências mal defenidas são desvalorizadas (por exemplo: não sinto uma grande melhoria da dor, transcrito para: melhor ) ou maximizadas (por exemplo: melhorei um pouco da dor, transcrito para: bastante), numa escala de: pior, igual, melhor, bastante.


Outra técnica é usada na elaboração das curvas e histogramas estatísticos. A representação gráfica é feita de maneira a parecer que um determinado resultado positivo é bastante superior aquele que é na realidade. O efeitos secundários são frequentemente atribuídos a outros medicamentos (geralmente os doentes estão polimedicados).


A próxima fase é contactar um médico "bem cotado" pelo seu estatuto profissional, que seja uma fonte de credibiladade inquestionável para a restante classe médica. A troco de elevadas quantias monetárias vai vender o medicamente em congressos e colóquios. O resto, já vimos, cabe aos delegados de informação médica.




Uma imensa teia de interesses.


 Quando um medicamento começa a causar problemas, são desvalorizados e os seus críticos ostracisados. Quando surgem estudos independentes contrários ao medicamento, pura e simplesmente não são publicados, dado que as revistas médicas estão nas mãos de decisores médicos que justamente também trabalham para a indústria farmacêutica.


Os organismos nacionais que fiscalizam os medicamentos, como o Infarmed em Portugal, estão nas mãos da indústria farmacêutica, e portanto não querem matar a galinha de ovos de ouro. O mesmo se passa com os organismos internacionais, 95% das receitas da OMS provém de subvenções da indústria farmacêutica, muitos delas a coberto de Fundações fictícias dessa indústria. Nestas condições como garantir a independência?


Quando finalmente um determinado medicamento, demasiado prejudicial para a saúde é retirado do mercado, muitas vezes após anos de denúncias e algumas mortes, é somente quando a sua rentabilidade financeira já foi amplamente atingida.




A deriva da medicina.


Não é pois de estranhar que na medicina actual sejam colocados cada vez mais frequentemente medicamentos insuficientemente estudados, alguns posteriormente retirado do mercado, após várias mortes, mas que entretanto já renderam milhões de dólares.


Não é pois de estranhar que sejam colocados no mercado medicamentos que são "mais do mesmo" em que diferem do anterior com uma simples alteração molecular e que não trazem nada de novo, a não ser obter a tão famigerada patente que lhes permite não serem copiados nos anos seguintes. Vendidos como inovação, mais caro que os anteriores, que até funcionavam, permitem aos laboratórios arrecadar milhões de dólares.



O exemplo do colesterol. 


Não é de estranhar, que desde que os laboratórios decidiram tomar contar de uma das mais frequentes causas de morte, as doenças cardiovasculares (não é puro acaso que escolhem as mais frequentes, aquelas que dão mais dinheiro, menosprezando as pouco frequentes), tivessem de escolham uma vítima, neste caso o colesterol.


Hoje em dia, a propaganda está tão bem feita, que não existe praticamente ninguém que não tenha o colesterol demasiado elevado e, claro, que tome a sua estatina. Aliás os valores optimais não para de descer, óbvio, quanto mais gente estiver fora desse valor considerado "normal", mais serão vendidas estatinas.


Este exemplo reflecte bem o poder da indústria farmacêutica que consegue vender o que quer, começando por criar o medo, através de "estudos" promovidos e pagos pelos próprios laboratórios, soburnando médicos de renome, para diabolizar este famoso colesterol junto da população e dos médicos prescritores.


O raciocínio parece lógico, como não poderia deixar de ser, se aceitarmos as premissas: nas doenças cardiovasculares, existe frequentemente uma acumulação de gordurana artérias, o colesterol é uma gordura, logo o colesterol é o grande culpado destas doenças.


Por outro lado, descobriu-se que as estatinas baixavam os níveis de colesterol, o que é verdade, logo conclui-se que baixando os níveis de colesterol estariamos a baixar o risco de doenças cardiovasculares.


Tudo certo, excepto que a correlação directa entre o colesterol elevado e as doença cardiovasculares não está provada, muitos outros factores existem. A mortalidade global nunca baixou nos doente medicados com estatinas, o que poderá ter baixado é a morbilidade para determinadas doenças das quais as cardiovasculares, o que não é a mesma coisa.


 
O poder da persuasão contra o poder do raciocínio.


Através de estudos falsificados, todos pagos pela indústria farmacêutica, da corrupção de certos médicos e da divulgação em grandes revistas científicas controladas por essa mesma indústria, chaga-se a uma estratégia de comunicação em que se utilizam argumentos lógicos e racionais para se induzir a necessidade de consumir uma determinada substância medicamentosa.


Outro exemplo típico passa-se com a quimioterapia, para a qual os estudos revelam que a mortalidade global não baixa ou de forma pouco significativa com o seu uso, e neste último caso o que poderá melhorar são algumas formas de morbilidade, o que mais uma vez não é a mesma coisa. Aqui confunde-se voluntariamente a correlação inexistente entre a redução tumoral, que se verifica com a quimioterapia, e o maior tempo de sobrevivência, que não se verifica.


Muitos outros exemplos poderiam ser citados, o que importa aqui é salientar que o tempo em que os investigadores estudavam a melhor maneira de curar ou minimizar as consequências de uma determinada doença, isolados nos seus laboratórios de fortuna, acabou.


O que temos é uma poderosa indústria farmacêutica, a terceira a seguir às energéticas e financeiras, que promove fármacos que não se destinam a minorar o sofrimento humano, mas a fazer dinheiro a qualquer custo, ou perpetuar certas doenças rentáveis, tudo feito à custa dos doente, muitas vezes prolongando as próprias doenças, tanto faz, o que interessa é o dinheiro.

29 de maio de 2013 Fonte: Octopus