"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 7 de abril de 2013

O QUE REALMENTE IMPORTA

 

O que você levaria se tivesse que deixar sua casa às pressas e fugir para outro país? O fotógrafo e jornalista Brian Sokol fez essa pergunta a dezenas de refugiados sírios e sudaneses. As respostas, colhidas durante o período em que Sokol acompanhou o trabalho do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), resultaram no projeto “A coisa mais importante”, que pode ser visto no site Razões para Acreditar, de Vicente Carvalho. Confira alguns casos:


O objeto mais importante que Dowla trouxe é a balança de madeira com o qual ela carregou os filhos durante a viagem de 10 dias de Gabanit ao Sudão do Sul
 

Amuna elegeu a panela, equilibrada no alto da cabeça, com o qual foi capaz de alimentar os filhos durante a viagem
 

Maria, de 10 anos, escolheu o galão, que ostenta com orgulho no acampamento Jamam, no condado de Maban, Sudão do Sul
 

Yusuf mostrou o celular que trouxe ao fugiu da Síria : “Com ele, sou capaz de ligar para o meu pai”.
 

Magboola também escolheu uma panela: pequena o suficiente para que pudesse viajar com ela, mas grande o suficiente para cozinhar para as três filhas
 

Torjam trouxe duas garrafas de plástico. Em uma carregava água potável e, na outra, óleo de cozinha
 

Haja optou pelo xale, chamado de “taupe”, que o que usou para carregar a neta de 18 meses
 

Maio, de 8 anos, posa para o retrato em Domiz, um campo de refugiados na região iraquiana do Curdistão. Ela e sua família fugiram de Damasco, capital da Síria. A coisa mais importante que ela foi capaz de trazer é o conjunto de pulseiras que usa nesta foto
 

Quando Taiba Yusuf, de 15 anos, fugiu do Sudão, não conseguiu trazer roupas, sapatos, água ou comida. Mostra apenas as mãos, vazias
 

Abdul não sabe se poderá voltar para a Síria, mas levou chaves de casa
 

Alia, de 24 anos, disse que trouxe apenas "a minha alma, nada mais, nada material". Quando lhe perguntaram sobre a cadeira de rodas, respondeu apenas que a considera uma extensão do corpo, não um objeto
 

Para Ahmed, de 70 anos, seu objeto mais importante é a bengala sem a qual não teria feito a travessia de duas horas para o Iraque
 

Em frente ao campo, essa mulher mostra o diploma. Com ele, poderá continuar a estudar, na Turquia
 

Omar o "buzuq", instrumento que o faz recordar da terra natal
 
07 de abril de 2013

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