"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 4 de dezembro de 2011

O DIA EM QUE DILMA COMEÇOU A CONSTRUIR O MAIOR AEROPORTO FANTASMA DO MUNDO


O terceiro aeroporto de São Paulo começou a tomar forma em 20 de julho de 2007, na entrevista coletiva em que Dilma Rousseff anunciou a descoberta da fórmula para acabar com apagões e desastres aéreos.


“Determinamos a construção de um novo aeroporto e a expansão dos já existentes”, acelerou a Mãe do PAC já na largada do falatório, depois de informar que as pistas de Congonhas voltariam a ser reservadas exclusivamente a voos domésticos.
Os estudos sobre o novo assombro do Brasil Maravilha seriam concluídos em 90 dias. Mas até o terreno já estava escolhido.

Onde seria construído esse colosso da aviação civil?, excitaram-se os jornalistas.
Caprichando na pose de superexecutiva nascida para tornar mais que perfeito o país que Lula registrou no cartório, Dilma avisou que se tratava de segredo de Estado.
“Não sabemos onde será e, se soubéssemos, não diríamos”, ensinou. “Jamais iríamos dizer isso para não sermos fontes de especulação imobiliária” (veja o vídeo abaixo). Passados quase quatro anos e meio, Congonhas e Guarulhos estão na ante-sala do colapso. O deslumbramento prometido Dilma é o maior aeroporto fantasma do mundo. Nunca existiu.



Sem saber atirar, Dilma Rousseff virou modelo de guerrilheira. Sem ter sido vereadora, virou secretária municipal. Sem ter sido deputada estadual, virou secretária de Estado.
Sem ter sido deputada federal ou senadora, virou ministra. Sem ter inaugurado nada de relevante, virou gerente de país.
Sem saber juntar sujeito e predicado, virou oradora de comício. Sem ter tido um só voto na vida, virou candidata à Presidência.
Há 11 meses, tenta enfiar-se na fantasia em frangalhos de superadministradora obcecada pela perfeição.

Como fez o padrinho durante oito anos, a afilhada esconde a indecorosa nudez administrativa com farsas forjadas por muita propaganda, muita discurseira e muito cinismo. O Brasil nunca foi um país sério. Pode virar piada.

Por Augusto nunes - Veja Online

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