"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

AS MENTIRAS DA TV DO DITADOR HUGO CHÁVEZ

TV do ditador Hugo Chávez repete as mentiras da EBC, de Dilma Rousseff, dirigida por Nelson Breve. Militante brasileira dá entrevista em espanhol e acusa mortes e ocultação de cadáveres. Tem de ser processada pela Polícia Militar!

Se vocês clicarem aqui, assistirão a um vídeo inacreditável: uma reportagem da Telesur — uma das TVs de Hugo Chávez, na Venezuela — sobre a região de Pinheirinho atribui ao governador Geraldo Alckmin a decisão de promover a reintegração de posse da área. É a mentira mais leve. Segundo a TV do ditador, “9 mil pessoas” foram desalojadas e há mortos e desaparecidos. Não chegam a seis mil (o que não quer dizer pouca gente), e ninguém morreu.

Atenção! Uma brasileira concede uma longa entrevista em espanhol em que afirma ser “desconhecido” o número de vítimas fatais, mas dá como inquestionável a morte de “um companheiro e de uma criança de três anos”. Seu nome é Helena Silvestre, identificada pela TV como membro da “Frente de Resistência Urbana”. Esta mesma senhora aparece numa página chamada “Agência de Notícias da Favela” divulgando a carta de uma companheira que sustent que se ”continua a matar” no Pinheirinho.

Notem o grau de articulação entre a televisão estatal da Venezuela e a empresa estatal de notícias no Brasil. Se vocês procurarem no Google, verão que a denúncia da tal Silvestre se espalhou em campanhas virais. E alguns bobões comentam: “E a mídia vai silenciar…” Silenciar sobre o quê? Sobre o nada?

Helena Silvestre, obviamente, não é do Pinheirinho. Seu espanhol não é aquela maravilha, como vocês poderão ver, mas é bem treinado. É um sinal de, como posso dizer?, articulação com “lutas” latino-americanas, quem sabe as “venezuelanas”, entre outras. No ano passado, o Conselho Federal de Serviço Social realizou um congresso cujo tema era “Sujeitos Políticos Coletivos na Sociedade Brasileira: resistência ao capitalismo”. Entendi. O objetivo da turma do “serviço social” era criar uma alternativa ao capitalismo — propósito modesto, como se nota.

Helena deu uma palestra na condição de “Coordenadora do Movimento dos Trabalhadores sem Teto de São Paulo (MTST)”. Todos ficaram muito emocionados. Ela afirmou maravilhas como esta:
“Para sobrevivermos, é preciso resistir e afirmar os interesses da classe trabalhadora na luta de classes, em uma perspectiva de ruptura com o capitalismo e a construção de uma nova ordem totalmente distinta”.

Entendi. Se vocês recorrerem ao Google, verão as vezes em que Helena Silvestre e o PSTU aparecem juntos. O PSTU é o partido do tal “Marrom”, cujo perfil publiquei aqui. O partido impediu qualquer solução negociada. Afinal, vocês sabem, o objetivo não é dar casa a quem não tem casa, mas destruir o capitalismo.

Abaixo, há outro vídeo da Telesur (aquele primeiro está sem código de incorporação), repetindo as mesmas mentiras. Vejam. Volto depois.



Encerro
Dona Helena Silvestre anuncia ao mundo que a Polícia Militar de São Paulo matou pessoas, inclusive uma criança, e ocultou os cadáveres. Isso não aconteceu e, portanto, ela cometeu um crime. A instituição chamada Polícia Militar e o governo do Estado de São Paulo têm de levá-la à Justiça ou para provar o que diz ou, então, para ser punida pela calúnia. Assim como a reintegração de posse da área do Pinheirinho não dependia da vontade do governador Alckmin, também o processo não depende. É uma questão de estado.

Encerro reiterando que estamos diante de uma espécie de formação de quadrilha ideológica para a prática da calúnia, que une a EBC, comanda por Nelson Breve, por vontade de Dilma Rousseff, à Telesur de Chávez. A presidente brasileira afirmou que o único controle que aceita para a imprensa é o controle remoto. Não basta! É preciso também ter um compromisso com os fatos.
26/01/2012
Reinaldo Azevedo

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