"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

TESOURO LIBERA R$ 20 BILHÕES PARA O BNDES E DÍVIDA PÚBLICA CRESCE

 
O Tesouro Nacional deve liberar nas próximas semanas entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões de mais um empréstimo ao BNDES. É a segunda parcela do empréstimo total de R$ 45 bilhões anunciado em abril entre as medidas do Plano Brasil Maior de estímulo à indústria.
A primeira parcela de R$ 10 bilhões foi transferida em junho. Em janeiro, o BNDES já havia recebido R$ 10 bilhões de uma linha de R$ 55 bilhões liberada no ano passado. Segundo apurou a Agência Estado, as negociações para a nova parcela devem ser concluídas na próxima semana. O mais provável é que ela seja de R$ 20 bilhões.
Com mais esse dinheiro, o Tesouro terá injetado este ano R$ 61,1 bilhões no BNDES, na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil por meio de empréstimos feitos com títulos públicos. Esses aportes estão sendo feitos pelo governo para aumentar a oferta de crédito e estimular a retomada do crescimento, que ainda não ganhou o ritmo desejado pela equipe econômica.
Efeito Colateral.
Os empréstimos aos bancos públicos - que já representam cerca de 1,5% do PIB em 2012 - é um dos responsáveis pelo aumento da chamada dívida bruta do governo. Pelas novas previsões do Banco Central (BC), a dívida bruta vai dar este ano um salto de 3 pontos porcentuais, passando de 54,2% para 57,2 %do PIB.
Aumentos tão fortes de um ano para o outro só ocorreram em 2002 e 2009, anos de crise. A projeção anterior do BC era de que a dívida bruta fechasse 2012 em 55,8% do PIB.
Além disso, a dívida bruta está sofrendo o impacto do ajuste que o BC tem sido obrigado a fazer para retirar recursos do mercado. As operações compromissadas bateram recorde por causa da liberação dos compulsórios dos bancos e das compras de dólar que o BC faz para evitar que o real volte a se valorizar.
A.F. O Estado de S. Paulo
03 de outubro de 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário