"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

GURGEL SE DIZ TRISTE POR ATRASO NO MENSALÃO

 O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que se sente frustrado por ter de deixar o cargo no dia 15, antes da conclusão do julgamento do mensalão e da expedição dos mandados de prisão contra os condenados.
 
Previsto para ter início na quarta-feira, o julgamento dos recursos apresentados pelos condenados deve contar com a presença de Gurgel apenas em sua sessão inicial.
 
"Frustração existe, sim. Eu preferiria deixar o cargo com a decisão condenatória já sendo cumprida efetivamente. Ou seja, com a perda de mandatos parlamentares e com a expedição dos mandados de prisão em relação àqueles réus condenados a penas privativas de liberdade."
 
No fim de seu segundo mandato no comando do Ministério Público, Gurgel colecionou inimigos. Em 2012 quase teve seu nome incluído pelo deputado Odair Cunha (PT-MG) no relatório da CPI do Cachoeira por supostamente ter atrasado investigações contra Demóstenes Torres.
 
Gurgel disse que a ação era uma retaliação de "pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão".

09 de agosto de 2013
Severino Motta - Folha de São Paulo

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