"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DIAS TOFFOLI PERDEU QUALQUER NOÇÃO DE LIMITE

Faz um candente discurso contra a pena de prisão dos réus. E fala bobagem aos borbotões

O ministro Dias Toffoli perdeu completamente o senso de limite. Fez há pouco um discurso, aos berros, contra a aplicação da pena de prisão aos réus. Rasgou a fantasia. Sobrou tempo até para cantar as glórias de “Luiz Inácio Lula da Silva”. Ainda voltarei a sua fala.
 
Registro, neste primeiro post, a minha estupefação. Toffoli, e nem poderia ser diferente, começou a sua intervenção citando a fala de ontem de José Eduardo Cardozo, que criticou a situação das prisões. Serviu de pretexto para defender a sua tese: cadeia só para crimes de sangue. E citou como exemplo de pena imprópria a condenação à reclusão da banqueira Kátia Rabello — “uma bailarina”.
 
No fim das contas, Toffoli estava inconformado, isto sim, com as penas de prisão aplicadas a José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.
Ah, sim! O ministro citou Michel Foucault. Ou não leu o que citou ou não entendeu o que leu. Fica para depois.
 
14 de novembro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

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