"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

RECORDAÇÕES SOBRE A CRIAÇÃO DO PT, EM PLENO REGIME MILITAR

 

O PT teve em seus momentos de fundação pessoas idealistas e bem intencionadas. Mas, assim como todos os partidos criados naquele momento, em pleno regime militar, recebeu a bênção e o batismo do general Golbery do Couto e Silva. O único partido que fugiu de seu controle foi o PDT.


 Golbery, ao manobrar, tomando a sígla do PTB de Brizola e entregando-a a Ivete Vargas (que por sua vez a presenteou aos udenistas, vide Sandra Cavalcanti), pensou que Brizola se acomodaria.
Enganou-se redondamente: Brizola, com um pugilo de companheiros, fundou o PDT e em poucos meses, ganhou o governo do Rio de Janeiro contra tudo e contra todos, inclusive o SNI.

O PT de hoje é o mesmo, pois os peões de Golbery no jogo político não mudaram: Lula e Dirceu principalmente (existem outros). Lula fez curso de sindicalismo na John Hopkins University em 1972/73, para se contrapor aos sindicalistas que voltavam do exílio.
Porém, quando Brizola foi ao ABC convidá-lo para refundar o PTB, Golbery mudou-lhe o “script”, ficando Dirceu em segundo plano.

Os militares podiam ser tudo, menos burros. Golbery, inclusive, tentou impedir Tancredo Neves de fundar o PP, dizendo que a pulverização do MDB favoreceria o PDT de Brizola. Chega.

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