"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 27 de setembro de 2011

MAIA DECIDE NÃO ANULAR SESSÃO-FANTASMA DE COMISSÃO


O petê Marco Maia, presidente da Câmara, reuniu-se com o companheiro João Paulo Cunha, mandachuva da Comissão de Constituição e Justiça.

Conversaram sobre providências a adotar, para atenuar um vexame que ronda o noticiário desde a semana passada.

Veja lá no vídeo (apresentado em outro post): reunida por três minutos, com a presença de apenas dois deputados, a comissão de Justiça aprovou 118 propostas.

Pois bem. Marco Maia e João Paulo decidiram cruzar os braços. Repetindo: optaram por validar o acinte.

Desde a véspera, Marco Maia esforçava-se para apelidar o anormal de normal:

"Se vocês acompanharem as sessões de quinta-feira aqui na Câmara, vocês vão ver que nós só votamos aquelas matérias em que há acordo absoluto dos líderes…”

“...Se um líder, ou um deputado, levanta um questionamento e diz 'eu quero discutir esta matéria', ela sai da pauta."

Quer dizer: a sessão-fantasma de quinta passada foi igual a muitas outras. A única diferença foi o flagrante.

Melhor dar o visto pelo não visto. Até porque, na ata oficial, a pantomima tem ares de verdade. No vídeo da Câmara, o ermo do plenário não aparece.

No mais, resta anotar duas constatações: se tem deputado fazendo eleitor de idiota é porque existe matéria prima.

Se você, depois de ler o texto acima, está se sentindo um perfeito idiota, parabéns. Já começou a deixar de sê-lo.

Josias de Souza

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