"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 27 de setembro de 2011

RETRATO DE UM POVO


Todos os dias assistimos ao escárnio de nossos políticos, ilibados senhores homens públicos, a cometer deslizes (premeditados) envolvidos em corrupção, falcatruas, quando não encobrindo , prevaricando fazendo de conta como se o problema não fosse dele.

E o nosso povão, também culpado por tanto abuso, porque são um bando de acéfalos que quando compram um jornal ou uma revista, estão preocupados com o placar esportivo, com o desfecho da novela, pulam as páginas de política. para lerem a página policial, e depois vem na TV chorar miséria, por conta do mal atendimento nos hospitais , etc..etc.. falta de segurança, escolas caindo aos pedaços.

As pessoas atingidas diretamente por esses desconfortos, não se mobilizam, e quando vem uma "autoridade" como um deputado , um secretário de Estado, Governador, um pilantra qualquer, a primeira coisa que o prefeito manda fazer, é pintar o meio fio de branco, os troncos das árvores (agora proibido mas mesmo assim acontece nas pequenas cidades) soltar muito rojão e improvisar um comício enaltecendo os feitos (?) do ilustre visitante.E esse mesmo povão "tá lá" gritando "Viva o Prefeito".Viva o Governador", Viva o Presidente", e dá-lhe rojão.

Ninguém se mexe, em muitos lugares serão aumentados o número de vereadores, o povo não tem noção, acontece que alem de aumentar os gastos com esses parasitas, aumentando o número de vereadores, aumenta a possibilidade das velhas raposas se reelegerem, assim também nas assembléias, câmaras e senado.

Eles nunca farão uma reforma conforme se deve e se espera, porque os maiores "prejudicados" serão eles , então bola pra frente, engaveta essa "pôrra" de projeto deixa para próxima legislatura, "depois a gente vê como é que faz".

Esse é o Brasil de Sarney, FHC, Collor, Lula e Dilma Rosbife. (rosbife é bão, né não?)

Juntam-se 5 milhões de evangélicos num evento, 3 milhões na parada gay em São Paulo e mais 2 milhões no Rio, 2 milhões de pessoas para ver(?) o papa, 100 mil idiotas no Rock In Rio, 50 a 60 mil para assistir a pelada de futebol, mesmo sabendo que o campeão e o vice serão sempre os mesmos, milhares para ver a Ivete Sangalo sempre fazendo a mesma coisa, está pior que assistir vídeo pornô, todo mundo sabe como é que é mas sempre tem uma torpe de espectadores procurando não sei o que.

Mas para protestar contra essa vergonha nacional, esse câncer que está arrebentando com o país, não se consegue mobilizar mais que 3 mil pessoas, "Eita povão bundão sô."


NOTA AO PÉ DO TEXTO

Fico me perguntando: riem, de quê? (Será que, por acaso, seriam as tão faladas hienas daquela anedota, sempre felizes com o putrefato?). A saúde desmantelada; segurança dos cidadãos, às moscas. A sociedade rendeu-se ao crime, pois a bandidagem tomou conta de tudo. Educação? Somente falando como Bernard Shaw: "seria interessante!" Saneamento básico? kkkkk Transportes públicos? Uma vergonha! As cidades, por essa já tão repetida cantilena, tornaram-se inviáveis, tantos são os veículos entupindo ruas e avenidas. Problema sem solução. Não funciona essa histórinha amadora de par ou ímpar, dias tais e tais... A solução que ninguém quer enxergar é a do transporte coletivo digno para quem trabalha oito, dez, doze horas por dia... Engarrafamentos de kilômetros nas grandes metrópoles. Aterros sanitários? Sem problema: joga atrás do muro ou nas ruas, pois o lixo não tem endereço. Emprego? "Minha casa, minha vida"?

Então, olhando a cara dos parlamentares, dos ministros, das excelências em geral, sempre sorridentes, com novas propostas de impostos, (como se já não bastasse a extorsão de que somos vítimas!) para isso ou para aquilo, enquanto não vemos absolutamente nada que traga real benefício para a sociedade. Ah! E tem a Copa do Mundo! Que maravilha! Que deslumbramento! Dinheiro que não acaba mais para estádios, aeroportos, contas bancárias estranhas etc, (será que é disso que eles riem à toa?) que já se anunciam como fracassos.

Quando vejo a turba aos saltos e urros saindo dos estádios de futebol após um "clássico", e a fúria das agressões, das depredações, da violência gratuita, penso com os meus botões: será a catarse das frutrações de uma vida que corre para o ralo da desesperança de dias melhores? Ou será mesmo a face cruel, medíocre e banal de pessoas que, finalmente, irão eleger os nossos governantes, deputados, vereadores...

m.americo

UM COMENTÁRIO INTELIGENTE

Adjetivos para qualificar nosso povo não faltam, e sempre bati nessa tecla, qualificando-os de acéfalos, analfabetos, bando de viralatas, procurando sempre enquadrá-los pela sua inércia, falta de iniciativa , mas também é preciso procurar entender o que aconteceu com essa massa ignara. Quem sabe essa crônica explique mais ou menos o porque desse comportamento:

Caçando porcos selvagens

Você sabe como capturar porcos selvagens?
Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma.
Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.
O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas, pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo, que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um “outro mundo possível”.

No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta:
“O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?”
O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.
“Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito.

Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir.
Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer.

Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada.
Você então fecha a porteira e captura o grupo todo.”
“Assim, rapidamente, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito.
Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão.”

O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país.
O governo ficava empurrando-os para onde ele queria e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas disso e daquilo, impostos variados, estatutos de “proteção”, cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de “bem-estar social”, medicina e medicamentos “gratuitos”, sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha.

Devemos sempre lembrar que “Não existe esse negócio de almoço grátis” e também que “não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse”.

Lembre-se sempre disto para que não ocorra com você, nem com seu negócio esta transformação em porco selvagem.

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