"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 1 de outubro de 2011

AUTORITARISMO E SUBMISSÃO

Você conhece a ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres?

Iriny Nicolau Corres Lopes (Lavras, 12 de fevereiro de 1956) está envolvida na política há nove anos, ou seja, seu prazo de validade já está vencido, pois todos sabemos que político é como fralda de criança: precisa ser trocado constantemente, por motivos óbvios. Não é à toa que Brasília tem um ar irrespirável.

Filha de pai grego, nasceu em Lavras, mas se mudou, em 1975, para o Espírito Santo. Com ensino médio completo, é casada com Flávio Lopes com quem teve três filhas. Ligada a movimentos sociais, é filiada ao PT capixaba desde 1983, tendo presidido o diretório estadual por três vezes.

Eleita deputada federal em 2002, foi reeleita em 2006 e em 2010. Na Câmara dos Deputados presidiu a Comissão de Direitos Humanos e Minorias em 2005 e 2010.

Ligada à corrente "Articulação de Esquerda" do PT, foi indicada pela presidente eleita Dilma Roussef para comandar, com status de ministra, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

***
A ministra de um daqueles ministérios criados por L.I. - totalmente dispensável - resolveu que um comercial de Gisele Bündchen deve ser tirado do ar, porque aparece usando seu charme e sensualidade usando calcinha e sutiã. Não sabemos até hoje qual a diferença entre aparecer em público de calcinha e sutiã ou na praia de biquine, na maioria das vezes bem mais ''demonstrativo" que as roupas consideradas íntimas. Mas deixa isso prá, pois se trata de um problema imoral muito complicado para mentes limitadas à obviedade.
Algumas mulheres apanham e outras batem nos maridos ("se revidar, te denuncio"); umas são estupradas, enquanto outras assediam (de forma angelical, é claro); há aquelas que são traídas pelos maridos que se traem ao trair, mas jamais são descobertas quando cometem infidelidade... Há também as que trabalham para se sustentar com orgulho, enquanto muitas se orgulham de serem sustentadas por 'maridos'.

Enquanto isso, a ministra escolhe um simples problema para atacar: a suposta submissão feminina num comercial onde uma bela mulher, sem aparecer num biquine fio dental, usa sua sensualidade, qualidade que já é colocada 'no automático' desde a hora em que a menininha nasce, olha para o médico e dá seu gritinho inicial.

Pois é... quem nasceu para rastejar no meio político,
jamais desfilará nos palcos.

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