"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

SIMPLESMENTE RIDICULO...


Ministério das Políticas para Mulheres ou Ministério do Telefone?

Vejam esta notícia da Folha:

Uma semana depois de pedir para tirar do ar um comercial de lingerie com a modelo Gisele Bündchen por considerar a peça agressiva à mulher, a Secretaria de Políticas para Mulheres tomou outra decisão polêmica.

A pasta enviou um ofício à Globo demonstrando preocupação com o personagem Baltazar -interpretado por Alexandre Nero-, da novela "Fina Estampa". Na trama, ele humilha e bate na mulher Celeste, vivida por Dira Paes.

Em ofício enviado ontem à emissora, a ministra Iriny Lopes sugere à Rede Globo e ao autor da novela, Agnaldo Silva, que Celeste procure a Rede de Atendimento à Mulher, por meio do telefone 180.
A ministra sugere ainda que, diferentemente de casos anteriores, em que o agressor é apenas punido, que Baltazar seja encaminhado aos centros de reabilitação previstos na Lei Maria da Penha.

Na trama de Agnaldo Silva, Celeste já foi aconselhada por amigas a denunciar Baltazar, mas não o faz por dizer que ama o marido.
"A ficção tem força para alertar a sociedade contra esse mal que aflige milhares de mulheres", diz a ministra no ofício.

À Folha, Iriny afirmou que são comuns os casos de mulheres agredidas que não denunciam os companheiros. A Globo informou que não houve contato da ministra e que a novela é uma obra de ficção.
Disse ainda que as novelas da emissora "dão tratamento educativo no enfoque de problemas da realidade -respeitada a liberdade de expressão artística".

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Dos R$ 6,2 milhões que a Secretaria de Políticas para Mulheres gastou em 2011, R$ 2,8 milhões foi para pagar a Call Tecnologia e Serviços Ltda. Ou seja: 45% dos gastos de tão importante pasta é para receber reclamações.
Isso merece bem uma auditoria. A ministra Iriny Lopes também gastou mais de R$ 1,3 milhão com eventos e impressos, além de R$ 101 mil para clipping de notícias.

Aliás, esta empresa de call center já faturou R$ 18,1 milhões com o governo federal em 2011, contra R$ 13 milhões em 2010.

A pergunta que fica é: para que serve esta Secretaria se 45% das suas despesas são destinadas a um call center?
E ainda quer divulgar o telefone de graça na Globo? Aí tem!

coroneleaks

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