"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 31 de dezembro de 2011

QUANDO 2011 TERMINA...

No apagar das luzes de um ano desastrado, em que assistimos ao 'nunca tão poucos roubaram tanto no Brasil', uma nova história de espetáculos no teatral Congresso Nacional, com os novos atores do lulopetismo, está sendo escrita nos anais da República. Trapaças, alianças escusas, conluios, tramados a sombra e no silêncio, como uma tocaia, emboscando o povo brasileiro, abrem as grandes manchetes dos jornais.
O espetáculo continuará no ano que chega. Alguns ruídos e manifestações levantam a poeira de algumas avenidas metropolitanas, mas nada que assuste os covardes acoitados na 'casa do povo'. A grande multidão, continua adormecida no berço de um assistencialismo que prorroga a miséria e inutiliza o futuro de milhões de brasileiros.
O projeto petista avança, a revelia de uma classe média silenciosa, satisfeita com o consumo de um carro zero, com viagens ao exterior, com as 'griffes' da moda, com a última peça de teatro...
Os profetas do otimismo - a serviço de quem, ou do quê? - desenham ilusões para a satisfação eufórica da nação que acredita que já estamos melhor do que o Reino Unido, e já podemos dar lições a essa tal de Europa...
O tal do PIB hipnotizou a nação! O que isso pode significar num pais como o nosso, com os maiores e mais escorchantes impostos do planeta, é um mistério... Afinal, o PIB somos nós! Curioso é notar o entusiasmo do brasileiro medianamente educado, a quem cabe perguntar: tudo bem, o nosso PIB está uma maravilha! E a sua vida? Vai bem, obrigado? Melhorou em quê, depois que você soube da notícia? Nadica de nada! Mas fica aquela alegria ingênua de colonizado, de que finalmente superamos o colonizador!

Mas o que realmente importa nesse momento em que se repete o ritual do espoucar dos fogos, foguetes e chuveiros de luz no céu, em meio a rolha que salta da champanhe, é desejar que nesse ano 2012 que chega já meio tisnado, possa despertar consciências para acordar um futuro melhor...
m.americo

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