"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 5 de maio de 2012

A COBRANÇA


Há o cochicho que ronda o atual staff (seria quadrilha?) do ex-presidente Lula. Um seu guarda-costas garante ter visto o ex-ministro cassado José Dirceu dar de presente ao “cumpanheiro” uma bengala que começou a usar para poder andar e ao entregá-la, acrescentou: “esta foi a do Hublet”, e o dos deram um risada cúmplice.

Para quem não lembra, José Dirceu já fora constrangido a deixar o ministério da Casa Civil, por patente envolvimento no mensalão.




Voltara ao seu posto de deputado federal e estava na expectativa seria caçado ou não. No dia 29 de novembro de 2005, estava saindo todo pimpão do plenário da Câmara, quando de improviso, foi agredido com duas bengaladas na cabeça.
O agressor foi detido e identificado como sendo o escritor Yves Hublet (67 anos na época). Justificou-se dizendo:
“Foi uma explosão de indignidade, aquele vulcão que faz parte do meu DNA italiano. Fui ao Congresso doar livros para a biblioteca. Já estava indo embora quando vi uma movimentação, me aproximei e eis que aparece o Zé Dirceu que nem a Ana Botafogo dançando Romeu e Julieta: leve, solto, fagueiro, risonho, acima do bem e do mal e da justiça. Aí, dei umas bengaladas muito bem dadas”.

Depois do episódio, Hublet, passou a enfrentar diversos problemas no Brasil e, como possuía dupla cidadania, resolveu mudar-se para a Bélgica, onde tinha uma pequena propriedade em Charleroi, província de Hainaut, região da Valônia.
Hublet voltou ao Brasil, em maio de 2010, para tratar do lançamento de mais um livro e, ao tentar retornar para a Bélgica, foi preso em Brasília pela Polícia Federal, sob a alegação de transportar consigo duas armas, de sua propriedade, sem o devido registro legal.
Liberado cinco dias depois, foi internado em 3 de julho no Hospital Regional da Asa Norte, onde veio a falecer em 26 de julho de 2010. Seu corpo foi imediatamente cremado e sepultado em Brasília no dia 30 de julho de 2010.
Sua morte misteriosa, fez lembrar o também misterioso assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel.
O seu desaparecimento beneficiou José Dirceu, que assumiu suas funções na campanha e a que teve no governo.

Mudando de assunto para Lula usando a tal bengala, advirto que a ilustração do texto não é uma fotomontagem. É um instantâneo conseguido (4/5) na cerimônia de comemoração (deve ter sido mesmo) do BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. Podem ver a muleta de gravata cinza ao lado esquerdo.
Após muitas e boas, parece que o capeta resolveu executar, no tribunal do céu, o contrato firmado anteriormente com tal personagem. Tudo faz crer, que o tempo concedido pelo acordo acabou…
Agora é esperar que os lambebotas providenciem, logo, logo, uma “estáuta” bem em cima daquela estrela vermelha que a “mudinha” mandou plantar no gramado do palácio.

Em seguida, a citada deverá mudar-se, com os filhos milionários, para a Itália, já que são cidadãos italianos. Apesar do primeiro-ministro italiano ser uma pessoa séria, conforme dizem, perdeu a oportunidade não cancelando a cidadania deles, após a recusa do cachaceiro de Caetés em deportar o “pettisti” assassino e com isso, dizer indiretamente que a Justiça Italiana é uma merda!

05 de maio de 2012
magu

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