"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

AQUELA RAMPA LHE CAI BEM


Não é segredo para ninguém medianamente informado que o Agro é o setor mais competitivo e admirável da economia brasileira. Grande parte do superavit acumulado no governo do PT, aqueles 200 a 300 bilhões de dólares, saiu deste maravilhoso e abençoado agronegócio. 
O Brasil Rural é um país diferente, que produz, inova, conquista mercados, é respeitado no mundo inteiro.
Ao mesmo tempo, é um país paupérrimo, sem atenção, sem políticas sociais, onde está 90% da pobreza do país. São quase 17 milhões de brasileiros que vivem do Campo em 5 milhões e 300 mil propriedades, em moderníssimas fazendas que são modelo para o mundo ou em pequenas tiras de terras sem assistência técnica e sem apoio governamental.
Que vitórias o Agro tem a comemorar este ano?
Uma nova política governamental, onde, por exemplo, o seguro agrícola foi multiplicado por cinco. Um novo Código Florestal, que se não é o ideal, chegou muito próximo dele. Um Ministério do Meio Ambiente transferindo a regulamentação da nova legislação do aparelhado Conama e chamando a CNA para participar. Um novo plano de logística para o Arco Norte, que vai dar mais competitividade para o setor agropecuário. Uma plataforma informatizada de gestão agropecuária, que permite saber onde está e em que condições está cada cabeça do rebanho brasileiro, abrindo novas oportunidades para as exportações de carne. O provável fim do monopólio do INCRA nas atividades de georreferenciamento. As políticas públicas que, politiqueiras ou não, nunca chegavam ao Campo e que agora estão atendendo mais de 100 mil pessoas.
 
Por trás de tudo isso existe uma personagem chamada Kátia Abreu, que antes de ser uma senadora do PSD do Kassab, é uma das maiores lideranças setoriais que este país já teve. E que colocou o Brasil Rural acima do Brasil Azul, do Brasil Vermelho, do Brasil Verde, deste ou daquele partido político. Que levou projetos, idéias, inovação e renovação para o Governo Federal, abrindo as até então fechadas portas do Palácio do Planalto com o seu talento, valentia e determinação.
 
Antes de descer a rampa ao lado de Dilma Rousseff, foi vaiada pelos movimentos sociais no lançamento do Pronatec. Em vez de recuar, levou o programa para os grotões e está formando, apenas no seu Tocantins, 5.000 novos profissionais em dezembro próximo. Não desistiu da aproximação com a Casa Civil e os ministérios porque olhou primeiro para o Brasil que ela representa, o Brasil da roça, o Brasil da agroindústria, o Brasil da comida na mesa. Olhou para quem representa como presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Tem gente que vive de tentar encontrar um novo tipo de político no horizonte de mesmice que está aí. Muito prazer, o nome deste político é Kátia Abreu.
Tanto sucesso excita os detratores. Pefelês recalcados, pois perderam a sua maior estrela. Marineiros e ongueiros que foram derrotados pela verdade nos debates do Código Florestal. Petistas radicais que não admitem que a presidente da República trate uma ruralista como uma parceira, uma técnica, sem que para isso ela seja sua aliada ou empregada. Profissionais de imprensa sem isenção, que defendem teses em vez de fazer jornalismo. Invejosos, rancorosos, mal intencionados que não suportam ver a guerreira lá do Tocantins ter o seu perfil publicado na L'Express, The Economist e no Financial Times.
Pergunte a qualquer um destes bucéfalos irrelevantes em que momento Kátia Abreu pediu para ser ministra. Peça para qualquer um destes boçais uma única prova de que ela votou qualquer projeto contra a Democracia, o Estado de Direito e a Segurança Jurídica.
Esta senadora, que é uma das grandes esperanças de um país melhor, botou o dedo na cara de Carlinhos Cachoeira e teve que passar a andar protegida por três seguranças do Senado, sofrendo ameaças de morte. São muitas as comprovações de que, sim, senhores e senhoras, temos aí uma política de primeira grandeza.
Mas a política brasileira anda tão rasa e rasteira que, agora, os "analistas" determinam, dia sim, dia não, que ela será ministra da Dilma. Que sacramentará a sua adesão ao governo, levada pela mão de Gilberto Kassab, oferecida como o dote para que o PSD entre para a base do governo.
 
Kátia não tem nada a ver com este Kassab cuspido e escarrado que aí está. Está muito acima dele. Não é moeda de troca. Não é passaporte. Tem luz própria. Não tem nada a ver com este PSD que se vende desavergonhado, enquanto o defunto aliado ainda está quente. Não tem nada a ver com esta política vagabunda do toma-lá-dá-cá. Querem um exemplo? Elegeu um governador tucano em Tocantins e sabem quantos cargos ela tem lá? Zero! Nenhum!
Assim, quando os senhores e senhoras virem Kátia Abreu subindo e descendo a rampa do Planalto, como em junho passado, elogiando decisões de governo, aplaudindo bons projetos, participando de grupos de trabalho, tenham certeza de que ali está uma brasileira que está acima da velha política. Para onde irá, no futuro, ninguém sabe, refém de um modelo político que exige alianças.
 
Mas, com toda a certeza, Kàtia Abreu tem condições e preparo para ser bem mais do que uma excepcional Ministra da Agricultura. Aquela rampa, sem dúvida alguma, lhe cai bem.
 
01 de novembro de 2012
in coroneLeaks

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