"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SANTOS FRACASSARÁ POR DESCONHECER PLANO DAS FARC


          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
Os computadores de Raúl Reyes deixaram a descoberto os alcances do Plano Estratégico das FARC e o comprometimento cúmplice de Rafael Correa, Hugo Chávez, Lula da Silva, Evo Morales, assim como os vínculos dos terroristas com dirigentes políticos.

Em que pese as qualidades pessoais ou profissionais que possam ter os integrantes da equipe negociadora nomeada pelo presidente Santos, com a finalidade de procurar o fim da guerra contra o narco-terrorismo comunista na Colômbia, é evidente que este projeto nasceu abandonado, sem estratégia e sem planejamento, porque primeiro fez-se acordos pelas costas do povo colombiano e depois procurou-se os negociadores que, ao que tudo indica, desconheciam o assunto e foram nomeados para satisfazer o ego re-eleicionista do presidente colombiano.


Repetição da repetidora. Mais do mesmo. Tudo igual aos processos anteriores: guerrilhas encorajadas, agenda imposta pelos terroristas, mentiras ao país de parte a parte desde o começo, protagonismo internacional, nomeação de comissionados de paz sem haver planejado com antecedência uma estratégia integral para se opor ao Plano Estratégico das FARC, ausência de critérios de defesa nacional, populismo por todo lado e espaço para que os inimigos da Colômbia façam todo tipo de proselitismo a favor das FARC.

No mais recente livro de minha autoria, intitulado Operación Odiseo, que descreve a vida e morte de Alfonso Cano, analiso o percurso histórico da farsa da paz na Colômbia. Desde Gilberto Vieira, passando por Jacobo Arenas, Alfonso Cano até Timochenko

Todos, sem exceção, foram pacifistas da boca para fora, pois por doutrina os comunistas consideram as negociações de paz como um salto qualitativo ao objetivo da tomada do poder. E essa é a chave do atual barulho midiático das FARC e de seus comparsas.

Os computadores de Raúl Reyes deixaram a descoberto os alcances do Plano Estratégico das FARC e o comprometimento cúmplice de Rafael Correa, Hugo Chávez, Lula da Silva, Evo Morales, assim como os vínculos dos terroristas com dirigentes políticos que posam de supostos mediadores de paz mas na realidade estão confabulados com os terroristas e, em termos gerais, a realidade de uma agressão palpitante que os dirigentes políticos, a academia, os meios de comunicação e o grosso da população ignoram, como resultados da indiferença, apatia ou desconhecimento das intenções totalitárias do Plano Estratégico das FARC e seu braço político.

Os fatos atuais apontam em demonstrar que as FARC procurarão na mesa de conversações que os governos pró-terroristas do hemisfério em Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Brasil, Argentina e Uruguai lhes confiram o direito a ter embaixadas, não entregarem as armas, procurarão re-editar a União Patriótica (UP) com um nome parecido e objetivos similares, como na experiência anterior, um grupo político de algibeira das FARC com sólidos cordões umbilicais com as milícias bolivarianas, o Partido Comunista Clandestino e o Movimento Bolivariano nacional e continental.

Por outro lado, dilataram as conversações, mudaram de temas, propuseram mudanças bruscas como o de Simón Trinidad e Sonia em Caracas, negaram os seqüestros que suas frentes cometem, intensificaram as ações terroristas contra a população civil, culparão o estabelecimento de descumprir os pactos, vociferarão, ameaçarão, manipularão e gerarão as condições para que depois da farsa o governo seja o responsável de romper os diálogos.

Sem ser pessimista mas sim realista, é fundamental advertir e fazer constar por escrito que, tal como está concebida a linha de conduta do governo nacional para enfrentar um grupo terrorista que leva 50 anos utilizando as mesmas trapaças, com negociadores despreparados e sem coerência estratégica, as conversações de paz da administração de Santos com as FARC fracassarão e, finalmente, serão sepultadas sem pena nem glória.

Para negociar a paz necessita-se de boa vontade e objetivos coincidentes das duas partes no conflito. Neste caso não se dão tais condições porque prima a vaidade do primeiro mandatário, os gostos pessoais de seu irmão Enrique, artífice dos encontros, o desejo das FARC de ressuscitar seu cadáver político, e de seus cúmplices em legitimá-los e criar a substituição da União Patriótica com um nome parecido, para continuar a busca do poder político por meio da combinação de todas as formas de luta.
 
Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido
Tradução: Graça Salgueiro

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