"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 30 de março de 2013

PRESIDENTE DA FRANÇA QUER IMPOSTO DE 75% SOBRE SALÁRIOS MILIONÁRIOS

Proposta de François Hollande desagradou fortemente os líderes empresariais
 
PARIS - O presidente socialista da França, François Hollande, pode se redimir com alguns apoiadores ao ressuscitar um superimposto de 75% sobre salários milionários, mas seu plano de transferir o ônus dos indivíduos para as empresas causou pouco entusiasmo, inclusive na esquerda, e desagradou fortemente aos líderes empresariais.

Presidente socialista busca alíquota que simbolize empenho dos ricos para tirar a França da crise - Reuters
Reuters
Presidente socialista busca alíquota que simbolize empenho dos ricos para tirar a França da crise
 
Em pronunciamento na noite de quinta-feira, Hollande anunciou uma nova versão do seu plano, com a alíquota tributária de 75% sobre salários superiores a 1 milhão de euros por ano, mas agora afetando as empresas, não os indivíduos. A versão anterior havia sido barrada pelo Conselho Constitucional.

Com o novo plano, ele busca manter uma alíquota que simbolize o empenho em obrigar os ricos a ajudarem a tirar a França da crise. A Corte Constitucional, principal instância do Judiciário francês, diz que o limite legal para os indivíduos é de 66%.
Mas o imposto reforça a impressão de que Hollande é contra as empresas, e ele ainda gerará menos receita ao governo do que na versão anterior, que arrecadaria cerca de 200 milhões de euros (260 milhões de dólares) ao ano de cerca de 1.500 milionários.

"Não entendo o pensamento do presidente", disse Laurence Parisot, diretor da entidade empresarial Medef, qualificando a nova versão do superimposto como "um golpe ao setor empresarial."

30 de março de 2013
Reuters

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