"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 13 de maio de 2013

TCU APONTA FALHAS SISTÊMICAS NA FISCALIZAÇÃO DO GOVERNO

Tribunal detectou 16 bilhões de reais em prestações de contas não analisadas e quase 20 bilhões em convênios com prestação de contas atrasadas


Tribunal de Contas da União
Estudo do TCU apontou falhas na fiscalização de convênios (Divulgação)
Estudos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a fiscalização de convênios federais consideram "sistêmicas" falhas na estrutura da União, destacando como problemas mais sérios o baixo número de servidores e a falta de qualificação de parte deles.
Nesse contexto de fraca vigilância, convênios patrocinados por parlamentares já estiveram no centro de vários escândalos que atingiram os governos Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2011, o então ministro do Esporte, Orlando Silva, deixou o cargo após descoberto que convênios irregulares ajudaram a abastecer ONGs ligadas a seu partido, o PCdoB.
No mesmo ano, a chamada "farra dos convênios" para patrocinar eventos em cidades do interior derrubou o então ministro do Turismo, Pedro Novais. Investigações da Polícia Federal constataram uma série de desvios e ausência de controle sobre a aplicação dos recursos.
Em 2010, o TCU analisou a estrutura de fiscalização dos convênios e detectou a existência de estoque de 16 bilhões de reais em prestações de contas não analisadas. Em 2011, em um novo relatório sobre as contas do governo, o órgão constatou que as prestações de contas com análise atrasada já somavam quase 20 bilhões de reais. O atraso médio das análises era de pouco mais de cinco anos. O número de prestações de contas não apresentadas no prazo devido era de 3.179, 14% maior do que o registrado no ano anterior.
O órgão com situação mais frágil era o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com mais de 15.000 prestações de contas não analisadas, cujo valor chegava a cerca de 4 bilhões de reais. Para fiscalizar esses convênios, havia apenas 89 servidores efetivos.
Desde então o TCU não atualizou esses dados, mas atrasos e a falta de funcionários persistem, segundo o presidente da instituição, Augusto Nardes.
13 de maio de 2013
Veja, com Estadão Conteúdo)

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