"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

DEPUTADO PEDE PRISÃO DE AGNELO E IRMÃO À PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA

O governador do DF, Agnelo Queiroz

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Leia a transcrição da entrevista de Agnelo Queiroz à Folha e ao UOL

O deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) entrou nesta terça-feira (13) com um pedido de prisão preventiva para o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e do irmão dele, Ailton Carvalho de Queiroz.

O pedido inclui a quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, bem como o bloqueio judicial de seus bens.

No documento, o parlamentar tucano lista como motivos uma série de irregularidades descritas em reportagens veiculadas na imprensa nos últimos meses. A mais recente, publicada neste fim de semana pela revista "IstoÉ", mostra que em três anos o patrimônio da família de Agnelo ultrapassou R$ 10 milhões.

Na queixa-crime, o deputado apresenta detalhes da reportagem da revista "IstoÉ" em que mostram que o patrimônio da família do ex-ministros do Esporte inclui imóveis, fazenda, locadora de carros, quatro franquias de restaurantes de fast food e de uma confeitaria de Brasília -- todos localizados nos principais shoppings da capital federal.

O irmão de Agnelo ficou conhecido em 2008, quando trabalhava no setor de inteligência do Supremo Tribunal Federal. Ele era o responsável pela elaboração de um relatório que indicava a suposta existência de grampos contra os magistrados do STF.

Pouco depois do escândalo, ele se licenciou do trabalho e se associou às outras duas irmãs, ao sobrinho e a mãe em atividades comerciais em Brasília.

Agnelo figurou nos últimos meses em denúncias referentes ao Ministério do Esporte. Ele foi o ministro titular da pasta antes de Orlando Silva, que caiu em decorrência de acusações.

Em nota, a Secretaria de Estado de Comunicação Social rebateu as acusações de Francischini e as classificou como "oportunismo da oposição vindo de um partido que, este sim, esteve envolvido em um dos maiores escândalos políticos ocorrido recentemente no Distrito Federal, desvendados pela operação Caixa de Pandora".

Camila Campanerut
Do UOL Notícias, em Brasília

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