"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PLANO BRASIL SEM MISÉRIA E SEM PALAVRAS. QUE TAL UM: PLANO BRASIL SEM [P]artido [T]orpe?

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) adotou a estratégia do silêncio diante das informações sobre o gasto de apenas 0,5% dos recursos liberados pela Presidência da República para o Plano Brasil Sem Miséria.

Desde sexta-feira, 9 de dezembro, o Correio tenta obter respostas do MDS sobre a execução do plano, mas a assessoria de imprensa afirma que os dados só serão divulgados no balanço previsto para a próxima sexta no Palácio do Planalto.

Foram enviadas 11 perguntas ao MDS, sete na última sexta e quatro ontem.

Uma delas diz respeito ao destino das famílias acampadas nos fundos do Senado e do Palácio do Jaburu. Em condições de miséria desde janeiro, quando o Correio as localizou, a situação das famílias piorou em um ano.

Ficaram sem respostas também os questionamentos sobre o represamento do dinheiro destinado a orientação profissional (R$ 1,8 milhão), fomento a atividades rurais (R$ 11,3 milhões) e assistência técnica a trabalhadores (R$ 21,5 milhões). Todas as ações são atribuições do MDS.



O crédito de maior valor, R$ 161 milhões, é para obras e equipamentos para oferta de água.
O responsável é o Ministério da Integração Nacional, que deixou de responder as quatro perguntas formuladas pelo Correio. Afirmou que a explicação deveria vir do MDS.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi o único a gastar o dinheiro liberado: pouco mais de R$ 1 milhão dos R$ 10 milhões previstos, o equivalente a 3.577 pagamentos do Bolsa Verde, um benefício trimestral de R$ 300 destinado a famílias que promovem a preservação ambiental.

Segundo a assessoria de imprensa do MMA, a quantidade de famílias beneficiadas é maior. No site do MMA, são listadas 7,6 mil famílias como beneficiárias do Bolsa Verde.

O Portal da Transparência e o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostram, porém, um gasto de R$ 1 milhão, suficiente para pouco mais de 3,5 mil bolsas.

Correio Braziliense

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