"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 29 de novembro de 2011

VALE A PENA OUVIR DE NOVO.



É com essa gente que o Brasil faz a sua história no mundo de hoje. Uma história construída pelo cinismo, pela hipocrisia, pela exploração da miséria com o Bolsa Família, que alimenta a paternidade do Estado sobre essa multidão sem cidadania, transformando-a num curral eleitoral, sem direitos, sem saber assinar o próprio nome, enganada com miseráveis trocados.
Quando esse cidadão conquista a Presidência da República, o faz com discursos eivados de mentiras, de empulhação e nos empurra para a indecente e vergonhosa corrupção, que transformou esse país num antro de ladrões.
Para construir sua base no Congresso, inova com o mensalão, com o loteamento de cargos públicos, de Ministérios e Secretarias, a que chama de "governo de coalizão", porque conhece o preço da ética de cada parlamentar.
Seus colaboradores passeiam impunemente, ricos, exibindo largos sorrisos de deboche na cara dessa sociedade atoleimada.
Vimos e ouvimos no vídeo, referir-se a Sarney como um cidadão acima de qualquer suspeita. Alguém que tem uma história, e que não pode ser tratado como qualquer um; alguém que soube miserabilizar o povo maranhense, transformando o Estado do Maranhão numa Capitania Hereditária. Incensando o donatário da capitania com as artimanhas de alguém que também se considera acima da lei e da ética, e que também agiu a revelia dela e da Constituição, engana-se a si mesmo ao pensar que engana o país ao discursar que não elegeu Sarney, que não votou em Sarney, que Sarney é um "problema" do Senado.
Referiu-se ao Congresso, em certa ocasião, e o fez com conhecimento de causa, chamando os parlamentares de "os trezentos picaretas".
Hoje, rico, abastado, continua se esforçando para não perder o centro das decisões, agindo sorrateiramente, e muitas vezes escancaradamente, pouco se importando com o que digam ou pensem.
Ainda acredita, como muitos já o fizeram, na 'eternidade' do poder. Ainda acredita que poderá continuar enganando, esquecendo-se da lição de A. Lincoln, em seu pronunciamento: "Pode-se enganar toda gente algum tempo; pode-se enganar pouca gente, todo o tempo; mas não se pode enganar toda gente, todo o tempo".
A hitória começa a ser reescrita, porque a história sem compromisso com a Verdade e a Ética, é sempre rabiscada na areia, nunca gravada na rocha. O que ficará na rocha da memória, quando se fizer a sua biografia, será a vergonha e terá como fundo de verdade o circo de horrores e corrupção implantados em seus mandatos.
m.americo

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