"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

MUNDO VAI ACABAR, MAS NÃO EM 2012!

Adeus mundo cruel!
Eis aí uma boa matéria de Giuliana Miranda, da Folha de São Paulo desta primeira segunda-feira de 2012. Ela aproveita o mote das teorias conspiratórias que antevêem o fim do mundo neste ano. Sem cair no besteirol ecochato - o que é raro na Folha de S. Paulo, tanto é que esse jornal abre espaço para as bobagens da Marina Silva e similiares - Giuliana racionaliza. Busca as informações que a ciência dispõe para informar que realmente o mundo vai acabar, mas levará um bom tempo. E bota bom tempo nisso. E não há nada que impeça que nesse futuro distante estimado em 1 bilhão de anos a Terra seja esturricada pelo Sol. E não adianta os ecochatos ficarem medindo a temperatura dos mares. Como costumo afirmar, o universo é um eterno vir a ser.
O texto da Giuliana Miranda está de bom tamanho. Vou contratá-la para o blog...hehe... Leiam:
Resigne-se: o mundo vai mesmo acabar. Isso só não deve ser em 2012, como muita gente anda dizendo por aí.
Daqui a 1 bilhão de anos, nosso planeta estará fadado à morte certa, com um futuro de temperaturas escaldantes insustentáveis para a manutenção da vida. O culpado? O Sol, a caminho de uma espécie de velhice estelar.
"Faz parte da evolução das estrelas do tipo do Sol. Quando o hidrogênio de seu núcleo vai acabando, a consequência é a estrela aumentar. Isso interfere em seu brilho e na energia que chega à Terra", diz Gustavo Rojas, astrofísico da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
Embora a presença de vida (ao menos por enquanto) seja exclusividade do Sistema Solar, nossa estrela é de um tipo bastante comum Universo afora.
As estrelas são amontoados de gás incandescente, sobretudo hidrogênio. No núcleo, os átomos se chocam em um ambiente de altíssima pressão, desencadeando a chamada fusão nuclear. Esse processo gera muita energia e permite que a estrela tenha um tamanho estável.
O problema é que esse combustível não dura para sempre e, à medida que ele vai acabando, outro elemento, o hélio (resultado da fusão do hidrogênio) começa ele mesmo a ser fundido.
Essa substituição faz com que as camadas externas da estrela se expandam. É como se o calor se espalhasse pela extensão da estrela, que fica mais fria e, portanto, mais avermelhada. É esse futuro como gigante vermelha que espera o Sol daqui a pelo menos 5 bilhões de anos.
Seu tamanho deverá aumentar em torno de 200 vezes, o suficiente para "engolir" Mercúrio, Vênus e, muito provavelmente, a Terra.
As condições de vida por aqui, porém, irão se deteriorar bem antes disso.
"Daqui a 1 bilhão de anos, com o aumento do brilho do Sol, os oceanos já terão evaporado. Até as rochas derreterão. A vida já terá acabado", diz Carolina Chavero, do Observatório Nacional (RJ).
Tudo isso ainda levará muito tempo para acontecer, mas já existem cientistas propondo alternativas à aniquilação da humanidade. Uma delas seria a migração.
"A zona habitável [região em que há água no estado líquido] do Sistema Solar também mudará. Regiões antes muito frias vão esquentar", diz Gustavo Rojas. Uma boa primeira parada seria Marte.
O "descanso", porém, seria temporário. O Sol logo começaria a fritar também a superfície marciana.
Em mais alguns bilhões de anos, o chamado cinturão de Kuiper, onde fica Plutão, é que terá condições ideais.
Soluções mais malucas, como um guarda-sol para barrar parte da luz estelar, e até um complexo sistema que usaria a força gravitacional de cometas para "empurrar" a Terra para outra órbita, também já foram pensadas.
Janeiro 02, 2012

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Sempre que me falam do "fim do mundo", ou quando leio algo sobre esse assunto, ocorre-me aquela anedota de uma senhora de idade muito avançada, lé pelos seus 90 anos, velhinha mesmo, fora assistir uma palestra e lá pelas tantas, o conferencista envereda pelo tema do "fim do mundo", quando anuncia que dentro de 6 milhões de anos com certeza o mundo acabaria.
Muito nervosa, a velhinha levantou-se e perguntou ao palestrante:
- Daqui a quantos anos, o senhor disse?
E o palestrante, atendendo a interrogação da velhinha, respondeu:
- Daqui a seis milhões de anos...
- Ah! - disse a velhinha já mais tranqüila - eu tinha entendido três...
m.americo

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