"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 2 de maio de 2012

NOS EUA BEBÊS JÁ NASCEM COM ABSTINÊNCIA DE DROGAS


Aileen Dannelley e sua filha Savannah, em tratamento contra a dependência de drogas

 

Número de recém-nascidos com sintomas da síndrome triplicou entre 2000 e 2009
M. Spencer Green/Associated Press
Aileen Dannelley e sua filha Savannah, em tratamento contra a dependência de drogas

Savannah Dannelley faz careta enquanto uma enfermeira espirra uma dose de metadona em sua boca. A recém-nascida sofre com a abstinência da droga e é tratada da mesma forma como sua mãe, viciada em analgésicos derivados de ópio.

Uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association" afirma que o número de bebês nos EUA com sinais de abstinência de opiáceos triplicou entre 2000 e 2009, devido ao aumento do consumo de narcóticos ilegais, como a heroína, e legais, como analgésicos com opiáceos.

Nesse período, o número de recém-nascidos com sintomas de abstinência cresceu de um para três a cada mil bebês. Em 2009, mais de 13 mil crianças foram afetadas. Os bebês apresentam problemas como espasmos durante o sono, diarreia e problemas respiratórios

Pesquisadores apontam que a dependência pode causar atraso no desenvolvimento durante a infância.

Para Mark Brown, do Centro Médico de Maine Oriental, tomar pequenas doses de metadona na gravidez é mais seguro do que fazer um corte abrupto no uso de opiáceos.

Carl Hart, da Universidade Columbia, teme que o estudo estigmatize mulheres grávidas que estejam fazendo a coisa certa ao ingerir metadona para se livrar do vício.

A mãe de Savannah ainda era usuária no início da gravidez, mas decidiu parar em dezembro. A menina, com um mês de vida, ainda está hospitalizada.

02 de maio de 2012
Folha de São Paulo com Associated Press

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