"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 29 de janeiro de 2012

CRUZEIRO "BRASIL DAS COSTAS LARGAS" NÃO NAUFRAGA

Lembra daquele champanhe que Luiz Erário Lula da Silva estourou no casco do navio João Cândido - casco do navio, claro - que custou R$ 1 bilhão?

Não, cara... O que custou um bilhão foi o navio e não o champanhe. Afinal, você lembra, ou não?!? Pois ele foi depois inaugurado também pela primeira-mulher-presidenta Dilma.

Mesmo assim, o navio-fantasma até hoje não saiu do estaleiro. E adivinhe por quê? Tem problemas no casco. Não cara, no casco dele e não de quem desperdiça champanhe.

Mais porque afrontaram Dilma a "ter coragem de desafiar o PMDB, maior partido do País", mas um pouco também pelos fiascos repetidos, esteve quase boiando o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Sua tábua de salvação até aqui é seu padrinho, Renan Calheiros velho lobo desse mar de piratas nem tão distantes do Caribe.

De algum jeito, o antigo marinheiro fez um passarinho contar nos camarotes da nau palaciana que, se Machado deixasse de ser o timoneiro do luxuoso iate Transpetro, estariam fazendo onda com Renan e Zé Sarney. E aí viria mau tempo.

Eles amotinariam o partido na canoa furada do Congresso para provocar ventos fortes às pautas contra o governo. A comandanta Dilma não quer nem saber o que é um barco à deriva. Botou um colete salva-vidas em Machado.

E como a sua memória é bem brasileira e vai só - como diria Millôr - "até à Missa de 7° Dia", relembre-se que o navio João Cândido é só a primeira unidade de um pacote de 48 grandes petroleiros poeticamente encomendados pela Transpetro.

A emenda sempre sai pior que o soneto, por isso a encomenda chega à bagatela de R$ 9,6 bilhões.

A frota estagnada vai atuar nas águas paradas da exploração do pré-sal.

Diante dessa marola, menos que tsunami, mais que uma pororoca, aqueles que são do mar não enjoam e garantem com voz de comando: “Machado não sai, há vários contratos em andamento”.

O alerta para Dilma, marinheira de primeira viagem, vem dos salões de luxo do PMDB, passageiro habitual do cruzeiro Brasil das Costas Largas.

29 de janeiro de 2012
sanatório da notícia

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