"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 29 de janeiro de 2012

OLGA BENÁRIO

Olga Benário morreu no dia primeiro de fevereiro de 1942

Olga nasceu em 12 de fevereiro de 1908, na cidade alemã de Munique. Sua família era de origem judaica e seu pai era um advogado que se dedicava às causas trabalhistas dos operários que sofriam as consequências do pós-guerra no país. Seguindo o exemplo de preocupação com o social do pai, aos quinze anos Olga ingressou no movimento “Juventude Comunista”. Lá, conheceu o dirigente Otto Braun e aos 16 anos se casou com ele. Foi pelos seus ideais e por Otto que Olga invadiu a prisão de Moahit e libertou seu marido. O casal seguiu para a Rússia, onde Olga ingressou para o Comintern (Internacional Comunista).

Em 1934, após separar-se de Otto, Olga veio para o Brasil com a missão de acompanhar a viagem e fazer a segurança do também partidário do regime Luís Carlos Prestes. Foi ele quem liderou o movimento conhecido como “Intentona Comunista”. Após se disfarçarem de marido e mulher e utilizarem passaportes falsos para chegarem ao Brasil, eles passaram a viver juntos.

A revolução fracassou e Olga foi presa e deportada para a Alemanha pelo governo de Getúlio Vargas. A militante foi entregue a um campo de concentração nazista. Lá, nasceu sua única filha, Anita Leocádia, que havia sido concebida no Brasil. A menina conviveu com a mãe apenas 14 meses, para que pudesse ser amamentada. Depois deste período, foi entregue aos cuidados da avó paterna.

Olga foi transferida para outros campos nazistas. No dia primeiro de fevereiro de 1942, ela morreu executada em uma câmara de gás de Bernburg.
29/01/2012

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