"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 29 de janeiro de 2012

O RIO DE JANEIRO QUE SE DANE.

Governadores incapazes é sina ou é o eleitor fluminense que vota mal?

Enquanto prédios desabam, bueiros explodem, bondes saem dos trilhos, barcas enguiçam, a dengue avança e as vítimas das chuvas que perderam suas casas há mais de um ano na Serra continuam ao Deus dará, o Govenador do Estado do Rio de Janeiro continua morando em Paris – eventualmente visitando o estado para inaugurar alguma obra inacabada com Dilma – sem dar solução para nenhum desses problemas e nem sequer mostrar preocupação com eles.

No episódio do desabamento dos prédios no Rio, Cabral, recém-chegado da Cidade-Luz, se limitou a lamentar, só que um dia depois, sem aparecer. Dizem que por medo de ser vaiado.

Aliás, essa preferência por Paris foi motivo de piada até de Dilma, em uma dessas inaugurações de coisa nenhuma em Angra, quando Cabral disse que “não há cidade no mundo como o Rio, onde, em meia hora, você sai do trabalho e está de bermuda na praia” e Dilma respondeu: “O Rio e Paris, né?”. Fosse a “presidenta” uma pessoa séria, em vez de piada teria lhe dado uma senhora chamada.

Sergio Cabral é um caso perdido. Sempre foi, mas graças à sua habilidade em manipular sacos importantes, consegue se manter sempre em evidência. Escândalos não faltam em sua vida, só que, estranhamente, nunca são noticiados como deveriam, como um dos mais recentes, a queda do helicóptero que revelou suas ligações suspeitas com o empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, a empreiteira que mais recebeu recursos do PAC. Parece que o caso foi esquecido.

Na primeira eleição direta para governador do Estado do Rio de Janeiro após a fusão com a antiga Guanabara, em 1982, o povo elegeu Leonel Brizola. De lá para cá passaram-se 30 anos e só teve porcaria. Vejam a lista:

Leonel Brizola (duas vezes), Moreira Franco, Marcello Alencar, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral Filho (duas vezes).

Agora respondam: Qual lugar do mundo passaria incólume por essa plêiade de incompetentes? Qual lugar do mundo teria um eleitorado tão ignorante e indiferente à política que fosse capaz de eleger essas seis indecências em oito votações seguidas? Qual o lugar do mundo em que um governante que abandona criminosamente seu governados não vai para a cadeia? Qual, senão o Brasil, mais especificamente, o Rio de Janeiro?
29 de janeiro de 2012
Por Ricardo Froes

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