"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 11 de fevereiro de 2012

DIÁRIO DE UM MARIMBONDO

ou “O dia em que Genivânia dos Santos Silva virou best-seller”

Acabei de passar por uma experiência que vinha protelando há muito tempo: ler um livro do Paulo Coelho. Não é por nada, mas todo estigma que ouvi durante anos de ilustrados escritores e críticos, me fez temer essa possibilidade. Além do que sempre tive dúvidas da autoria das músicas que ele, Paulo Coelho, diz ter feito em parceria com Raul Seixas. Mas apesar de estar municiado com todo esse arsenal de restrições, dispus-me a ler O Diário de um Mago, best-seller do autor, em que ele descreve sua aventura pelo Estranho Caminho de São Thiago de Compostela, França/Espanha. Devo dizer, sem sombra de dúvida, que ele possui um texto dos mais medíocres que eu já li. Ruim mesmo. A história é fraca, fraca. Parece que foi escrita por um imbecil para o entendimento de outros imbecis. Não entro no mérito da magia do assunto ou da exaustiva Tradição e seus dogmas secretos. Isso é lá com a crença de cada um. Mas Paulo Coelho revelou-se de verdade, para mim, um péssimo escritor. Lamento, eu tentei.

Mas dessa história eu tiro uma lição. Pois toda história nos mostra uma moral. Acho que mesmo que ele próprio não tenha escrito seus livros, talvez sua empregada, acho que ele merece estar na Academia Brasileira de Letras. E dou fundo à minha tese. Se José Ribamar, mais conhecido pela alcunha de Sarney, participa dessa com seu Marimbondos de Fogo, por que não Genivânia dos Santos Silva ou seu alterego Paulo Coelho? Eu defendo Geni…, digo Paulo Coelho na ABL, sim. Quer coisa pior que estar no Rio de Janeiro, numa tarde quente para cacete, usando um fardão ridículo e tomando chá quente com um bando de velhos caquéticos que na maioria das vezes esquecem onde estão? O muito bom disso é a “ajuda de custo” que o governo federal dá, hoje me torno de uns 25 paus por mês. Tá Bom? Eu também acho. Participe também da campanha “Genivânia dos Santos Silva na ABL” Pois todos nós temos algo importante a dizer.
p.s.: quando não lê os gibis da Mõnica e do Cebolinha, o ex-presidente lulla dedica-se a evoluir sua metamorfose ambulante nos livros de Paulo Coelho, seu guro esbiritual…
sabordigital

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Temos de admitir que será sempre uma grande surpresa, ver o sr. Lula da Silva com um objeto semelhante a um livro. Semelhante porque sempre considerei que o sr. Paulo Coelho jamais escreveu um livro, pelo menos no sentido de que um livro deve guardar algum conteúdo, algum significado que o justifique. O que parece não ser o caso dos objetos atribuídos ao sr. Paulo Coelho, ainda que o seu sucesso seja universal- sabe-se lá em quantas línguas...54? Contudo, a imbecilidade também é universal...
Mas a ocasião é insólita! Lula com um estranho objeto - semelhante a um livro, entre as mãos?
No caso particular do sr. Lula, que afirmava que o ato de ler provocava-lhe azia, imagino que o tenha feito nessa ocasião - ainda que duvidosamente tenha praticado o ato da leitura - em que é flagrado bisbilhotando a orelha do sr. Paulo Coelho, ele o esteja tratando como algum antiácido. Ou, o que também é possível, se trate de uma fotografia para a posteridade. Que posteridade eu não sei...
m.americo

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