"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 11 de fevereiro de 2012

REVOLTADOS, PARLAMENTARES EVANGÉLICOS PEDEM DEMISSÃO DE MINISTRA "ABORTISTA" ELEONORA MENICUCCI

Eleonora assume Secretaria de Mulheres acossada pelos evangélicos
A ministra de Eleonora Menicucci que tomou posse nesta sexta-feira na Secretaria de Políticas para as Mulheres debaixo de ataques da bancada evangélica no Congresso, quase toda abrigada na base aliada.
As posições públicas da ministra a favor do aborto junto com declarações do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no Fórum Social, no fim do mês passado, acenderam a revolta nos parlamentares evangélicos. Na tentativa de acalmar a bancada, uma nota do ministro foi lida no plenário da Câmara. Além disso, Carvalho, católico militante, propôs uma reunião com os parlamentares evangélicos.

De forma contundente, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) convocou os evangélicos a combaterem a nova ministra. "Não se iludam, a bancada de evangélicos se unirá não só para expressar a repulsa por essas declarações (de Gilberto Carvalho), assim como para combater a abortista que nomearam ministra", escreveu Cunha no twitter.
"Essa posse da abortista amanhã (hoje) é sintomática para todos nós e devemos mostrar de forma contundente a nossa revolta. Aborto não. Aliás, quando a gente lê várias declarações dessa nova ministra, ela está no lugar e na época errada, devia estar em Sodoma e Gomorra", completou o deputado.

Entrevistas

Professora e socióloga, Eleonora Menicucci declarou em entrevistas, assim que foi escolhida para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, que considera a discussão do aborto no Brasil como uma questão de saúde pública, como o crack e outras drogas, a dengue o HIV e todas as doenças infectocontagiosas.

Para ela, aborto não é uma questão ideológica.
Há dois dias, os evangélicos estão em pé de guerra com o ministro Gilberto Carvalho. "Esse governo fala tanto em discriminação, e vem agora um ministro tomar uma posição de discriminação em relação aos evangélicos, chamando-os de retrógrados e dizendo que a lei do aborto não é aprovada por causa dos evangélicos. Não é a lei do aborto, é a lei do assassinato de crianças indefesas", protestou o líder do PR, Lincoln Portela (MG). O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) também cobrou explicações do ministro e o acusou de discriminar os evangélicos.

Em nota lida pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), evangélica, o ministro afirma que suas declarações foram, divulgadas na internet de forma "distorcida e equivocada" e acabaram por motivar críticas agressivas a ele. "De maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. Quem conhece a minha trajetória sabe do carinho que eu tenho, do reconhecimento que eu tenho ao trabalho das Igrejas Evangélicas no país. O que eu fiz lá foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C, D e E são as Igrejas Evangélicas e, portanto, essa presença tem que ser reconhecida, é real e efetiva", argumentou o ministro.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) atuou como bombeiro. Ele procurou evangélicos para explicar a posição do ministro e disse que houve um mal-entendido.
10 de fevereiro de 2012
Do site da revista Veja

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Chega a ser engraçado, senão ridículo, afirmar como fez a ministra Eleonora Menicucci, que o aborto "não é uma questão ideológica", mas "uma questão de saúde pública, como o crack e outras drogas, a dengue o HIV e todas as doenças infectocontagiosas."
Claro que é uma questão ideológica, como todas as propostas do PT, já que seus propósitos, indicados por todas as suas ações, representam propostas transformadoras da sociedade, focando sempre o processo de "bolivarizar", de destruir o 'status quo' tradicional e democrático vigente no país.
Claro que o aborto, como as demais questões polêmicas levantadas pelo PT em seu projeto de poder, visa sempre o ideológico, a transformação do imaginário social brasileiro.
O que estamos assistindo nesse momento político lulopetista, fere todos os princípios que até então organizavam a sociedade. Fere mesmo os principios constitucionais, como por exemplo, a decisão do STF com os seus arrazoados, quanto a questão da instituição do casamento, ao reconhecê-lo fora do heterossexualismo. E outras tantas questões, que por economia, e por saber ser de domínio público, dispensa apresentação.
m.americo

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