"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O PODER DE UMA GANG QUE ESTÁ DESTRUINDO O BRASIL

 


O declínio moral da classe política chegou a um ponto em que os eleitos, salvo raras exceções, se repetem como, ou se tornam profissionais da prática do ilícito, desvio de conduta tido por esses pulhas como fundamento de comportamento considerado normal, lembrando que os políticos brasileiros são os mais bem pagos do mundo.
Diante do apodrecimento dos poderes da República, tendo como pano de fundo um quadro social aceleradamente degenerativo, mais grave ainda é a postura calhorda dos esclarecidos, tipo classe dos artistas, “socialistas” que moram em locais como na Vieira Souto, e que através de “notáveis” representantes, sem qualquer pudor, declaram que “roubar pode ser necessário para governar”, entre tantas outras canalhices de igual teor ou pior.
A Abertura Democrática acabou se transformando em uma profunda subversão dos mais elementares valores que devem conduzir uma sociedade, ou seja, uma grotesca fraude comandada pelas burguesias e oligarquias que convenceram o “povo” que sem o Regime Militar o Brasil estaria melhor, escondendo durante décadas suas verdadeiras intenções na entrega do país aos desgovernos civis.
O resultado dessa sacanagem é vermos hoje nosso país ser considerado pelo resto do mundo como um Paraíso de Patifes, uma sociedade decadente e imoral descendo a ladeira de uma crise econômico-social ignorada por um desgoverno que vive da divulgação hipócrita de cifras, de meias verdades, de mentiras, de estelionatos eleitorais, e de promessas que não serão cumpridas, afirmando com a maior cara-de-pau que tudo vai ser diferente.
Diante desse quadro de total falência moral nas relações público-privadas, e sendo a instituição que tem a maior confiança da sociedade, fica uma interrogação que nos angustia: - Por que as Forças Armadas que, constitucionalmente têm a responsabilidade implícita de não permitir que o Estado Brasileiro se torne um Covil de Bandidos colocando em risco cada vez maior nossa própria soberania, não saem da sua hibernação apátrida e tomam a iniciativa de promover uma intervenção civil-militar no país para prender as quadrilhas de corruptos e subornadores que controlam o poder público?
Diante de tudo o que está acontecendo somente pode existir uma resposta: nossos comandantes militares estão acovardados pela Comissão da Mentira, corrompidos ou subornados, sufocando qualquer iniciativa de revolta de escalões inferiores.
A questão que fica é a seguinte: até quando milhares de soldados enfurnados nas casernas, passando privações morais e materiais enquanto nossa República vira um verdadeiro Bataclã da prostituição da política, continuarão obedecendo ordens de comandantes covardes, subornados ou omissos sem partir para uma revolta militar libertadora de nosso país das mãos de bandidos?
O ano de 2013 pode ser considerado aquele em que o caráter sórdido do PT e do Retirante Pinóquio – verdadeiro chefe do Mensalão conforme denúncia de um dos “condenados” pelo STF –, apareceram com toda a transparência para a sociedade.
O resultado do julgamento do Mensalão que “gentilmente” condenou seu núcleo político com penas ridículas e que, certamente não serão cumpridas, aflorou no PT uma criminosa capacidade de desqualificar publicamente o STF ajudado por um presidente da Câmara que desafiou frontalmente o Ministro Joaquim Barbosa e conseguiu – ordenou – que os condenados não fossem presos.

Se o poder público, notadamente o poder Judiciário, majoritariamente, não tivesse sido subvertido em todos os seus mais elementares princípios morais e éticos durante a Fraude da Abertura Democrática, os cafajestes das gangs de corruptos e subornadores estariam na cadeia por exigência da sociedade, cumprindo duras penas de prisão.
Concomitante ao apodrecimento do poder público os desgovernos civis cuidaram de silenciar milhões de consciências com uma covarde e premeditada falência da educação e da cultura e uma metódica, repetitiva, e redundante prática de um assistencialismo comprador de votos dos ignorantes e, principalmente, com o suborno de milhares de esclarecidos canalhas formadores de opinião e com fácil trânsito no submundo do poder.
Ao assumir o poder, o PT e seus cúmplices-lacaios, de forma gradual, foram plantando as sementes da degeneração moral do poder público.
Primeiro, através do suborno – o Mensalão – transformaram o Congresso Nacional em um balcão de negociações espúrias para servir de base para a aprovação dos projetos e das medidas provisórias dos desgovernos estelionatários-petistas.
Conquistado o Parlamento já degenerado por desgovernos civis anteriores – incluindo o de FHC cabo eleitoral de Lula e inimigo de José Serra – o poder Judiciário, metodicamente, foi transformado em lacaio do poder Executivo formalizando uma relativização da Justiça, uma consumada patifaria que se alastrou em todas as instâncias do poder Judiciário, majoritariamente aparelhado e controlado pelos meliantes do PT, culminando com a ocupação dos Tribunais Superiores por uma maioria de togados lacaios-cúmplices das gangs que tomaram conta do poder público.
Estamos diante de uma encruzilhada absolutamente perigosa: ou a sociedade aceita continuar sendo desgovernada por uma corruptocracia fascista, ou civis e militares se unem para destituir o poder público mais corrupto e degenerado de nossa história.
Nossa decisão será continuar aceitando trabalhar mais de cinco meses por ano para continuar sustentando bandidos e os que se tornam seus cúmplices ou, então, recomeçar onde o Regime Militar parou, com apenas uma diferença: não cometer os mesmos erros que fizeram o poder público ser ocupado por gangs da corrupção e do suborno, transformando esses crimes em inafiançáveis e sem direito a regime prisional diferenciado, ficando nas mesmas masmorras em que são entulhados milhares de vítimas desses canalhas.
Tudo leva a crer que, definitivamente, o Brasil só vai mudar seu quadro de falência moral quando a sociedade acordar e pegar nas armas, seja de qual tipo for, para a defesa da verdadeira democracia.
O Estado e muitas outras organizações sociais estão dominadas e aparelhadas pelo que há de pior em gênero humano.
Vagabundos, bandoleiros, ladrões e pústulas continuam no poder, com o país à beira do caos institucional, social e econômico, e os ignorantes inebriados por bundas, novelas, futebol e carnaval, à espera não se sabe mais do que.
Enquanto isso os bandidos se divertem...
Para começar 2013, o “ano da bosta”, única denominação apropriada para qualificar o que nos espera, devemos testemunhar um condenado pelo STF assumir o cargo de deputado federal, humilhando o STF que, aparelhado pelo PT, continuará fingindo que julga, mas seguindo os limites da covardia impostos pelo poder Executivo.
Não pode haver maior exemplo do apodrecimento relativista da Justiça do que a condenação de Marcos Valério com uma pena de 40 anos e o seu suposto chefe com uma pena de 10 anos.
Enquanto isso o verdadeiro chefe da gang já denunciado por Marcos Valério, casado, mas namorado de sua secretária – uma bandida denunciada pelo MPF–, continua livre, leve e solto fazendo todos os contribuintes que pagaram suas despesas de hotel ou motel, ou de “núpcias” no avião presidencial, de idiotas e palhaços do circo do Retirante Pinóquio.
É isso aí brasileiros e brasileiras. Continuem chupando e mordendo o caroço de manga da hipocrisia dos discursos oficiais, do assistencialismo que escraviza consciências, da corrupção e do suborno bancado pelos contribuintes e sejam felizes, omissos, covardes para sempre, quando não cúmplices dos que estão destruindo o Brasil e o futuro de nossos filhos e de suas famílias.
28 de janeiro de 2013
Geraldo Almendra
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário