"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 18 de março de 2013

ÁRDUA LUTA POR TORNAR O BRASIL INDEPENDENTE.

Os líderes mais devotados. Traços históricos mais recentes.

Cada povo produz seus líderes. Estes, marcados por características e circunstâncias distintas, próprias de épocas em que vivem e atuam. Constitui fator de dificuldade o Brasil ser dotado de território tão extenso. Essa dimensão territorial não constitui fator aglutinante.
Afigura-se realidade geradora de aspirações diversas, que dificulta a construção de lideranças que empolguem os naturais das diversões regiões.


Tivemos, na centúria pretérita, líderes de insofismável valor. Uns mais, outros menos idealistas, dotados de mais ou menos coragem no enfrentar contratempos. Todos, porém, deixaram-nos legado de exemplos edificantes.

Rememoramos aqui — e ao citá-los tributamos-lhes merecidas reverências — nomes de homens públicos brasileiros que fazem jus ter os nomes gravados no bronze da história. Escrevemos, ungidos de orgulho cívico, os nomes de Luiz Carlos Prestes, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Leonel Brizola, Henrique Duffles Teixeira Lott. Todos estadistas à altura do momento histórico em que estiveram atuantes.

Destacaram-se no empunhar o estandarte de ações patrióticas. Enfrentaram obstáculos e perigos, postos em seus caminhos, por representantes do imperialismo. Postaram-se, com destemor cívico, na defesa do povo brasileiro de pouco discernimento político.
Ergueram-se na defesa de copatrícios, que, vítimas de soezes mistificações, não souberam discernir entre aqueles que se altearam a beneméritos da Pátria e os que a traíram, comportando-se de molde a fazê-la submissa.

IMPERIALISMO

Sendo o Brasil país rico, tem sido, por motivos óbvios, alvo do domínio imperialista. Temos território imenso habitado por contingentes populacionais heterogêneos. Disso têm-se aproveitado os arautos de países imperialistas. Gastam dólares, a mancheias, para que os brasileiros se mantenham indiferentes à defesa das riquezas e dos valores da nacionalidade.

É sabido que, nos idos da chamada guerra fria, chegaram os protagonistas de interesses alienígenas a apregoar — ajudados por integrantes de cúpula da Igreja Católica — que os comunistas comiam criancinhas! Era tal o poderio da máquina deformadora da verdade que se faziam acreditar!

Nossa evolução política vem padecendo de deformações humilhantes. Que muito têm distorcido o processo democrático. Não nos sai da memória as benesses que chegavam da antiga Aliança para o Progresso.

Não nos esquecemos da leniência de nossa legislação eleitoral para com o inescrupuloso IBAD. Pôs, nas mãos de maus brasileiros, dinheiro escuso para compra de votos com o propósito de aumentar a bancada, em nosso parlamento, favorável ao que tivesse cor estrangeira, em acintosa traição à luta empreendida pelos bravos imbuídos de deveres patrióticos.

Constrange-nos trazer a lume que, nas eleições de 1962, Waldir Pires, vitorioso em todas as urnas soteropolitanas, fora derrotado, na disputa do governo da Bahia, porque o cardeal Álvaro Augusto da Silva e celebrantes da Igreja Católica espalharam urbi et orbi — e tinham consciência de disseminarem deslavada mentira! — que o reportado candidato professava o credo comunista! Essa deturpação influenciou decisivamente o eleitorado do interior baiano.

Os representantes eclesiásticos conseguiram o objetivo, por meio torpe, que contribuiu, ao menos na Bahia, para afastar milhares de fiéis do credo católico, que, em tempos imperiais, tivera a proteção constitucional, inscrito que estava como religião oficial do estado brasileiro.
18 de março de 2013
Hugo Gomes de Almeida

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