"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 4 de março de 2013

CARGA TRIBUTÁRIA BATE RECORDE EM 2012 E CHEGA A 36,27% DO PIB

       Segundo o IBPT, impostos somaram R$ 1,59 trilhão
 
A carga tributária somou recordes 36,27% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2012, chegando a a R$ 1,59 trilhão.
 
A conclusão é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
O número é maior que o registrado em 2001, quando ficou em 36,02% - ou R$ 1,49 trilhão. Nos últimos dez anos, a carga tributária cresceu 3,63 pontos percentuais.

Em 2012, cada brasileiro pagou em média R$ 8.230,31, contra R$ 7.769,94 em 2011. É uma alta de quase 6%.

De acordo com o coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, o baixo crescimento do PIB no ano passado, de 0,9%, e a elevada arrecadação tributária ocasionaram o aumento de 7,03% na carga tributária.

- O IBPT havia previsto uma pequena queda da carga tributária de 2012, mas a surpreendente arrecadação de novembro e dezembro e o fraco desempenho do PIB resultaram em novo recorde histórico. Nem mesmo as desonerações e o fraco desempenho do PIB conseguiram diminuir a carga tributária brasileira - afirma Amaral.

Segundo Amaral, as desonerações pontuais não se refletem em queda da carga tributária.

- É necessária a diminuição efetiva das alíquotas para todos os setores da economia - diz.

No ano passado, a arrecadação tributária chegou a R$ 4,36 bilhões por dia ou R$ 3,03 milhões por minuto.

O estudo demonstra que a arrecadação para o INSS – Previdência Social foi o item que registrou maior evolução, de R$ 30,73 bilhões em relação ao ano de 2011.
O ICMS vem em segundo lugar, com R$ 28,48 bilhões, seguido da COFINS, com R$ 16,39 bilhões e o Imposto de Renda, com R$ 14,33 bilhões.

Os tributos federais apresentaram crescimento de R$ 65,38 bilhões, respondendo por 69,96% do total. O destaque ficou com o Imposto sobre Importação, com a maior alta. O avanço foi de 16,39%, para R$ 31,11 bilhões.

Os tributos estaduais somaram R$ 31,38 bilhões, com 24,71% do total arrecadado. Já os tributos municipais ficaram em R$ 8,11 bilhões, com 5,33% do total.

04 de março de 2013
Bruno Rosa - O Globo

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