"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 14 de março de 2013

ESTADÃO DIZ QUE MORAL, SEXUALIDADE, PEDOFILIA E O PAPEL DA MULHER DESAFIAM O NOVO PAPA

 


Um dos centros do debate que surgiu entre a renúncia de Bento XVI e a escolha do novo papa era de que o novo pontífice assume uma igreja em crise, com grandes desafios e demandas modernas a serem resolvidos.

Em suma, há uma expectativa de que o substituto de Joseph Ratzinger tenha de definir o que deve e o que pode ser reformado nessa instituição milenar.

Além dos desafios religiosos, como o de reafirmar o rumo teológico da Igreja e destravar nós burocráticos da Cúria Romana, o novo papa terá de lidar com a perda de fiéis pelo mundo e com temas ligados à moral, família e sexualidade.

Outra necessidade é combater de forma eficaz os casos de pedofilia e de corrupção. Tudo para manter a fé católica como uma realidade inteligível em um mundo em transformação, em que a própria transparência do Vaticano tornou-se um tema cada vez mais caro.

A Igreja é sempre cobrada por posicionamentos mais progressistas em torno da moral sexual, família ou homossexualidade. A instituição e suas lideranças são pressionadas por temas como legalização do aborto, uso de preservativos, controle de natalidade, casamento gay e adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, além do papel da mulher. O modo de vida hedonista moderno e o relativismo cultural também se impõem como desafio ao novo papa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Pelas informações até agora divulgadas sobre a personalidade do Papa Francisco, tudo indica que não haverá qualquer mudança nos conceitos atuais da Igreja sobre celibato do clero, moral, sexualidade, pedofilia, aborto, uso de preservativos. É pena. (C.N.)

14 de março de 2013
(O Estado de S. Paulo)

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