"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 1 de março de 2013

NA PROPAGANDA DO PMDB, RENAN SE DEFENDE E CHALITA NÃO APARECE



Presidente do Senado foi alvo de petição que mobiliou 1,6 mi de pessoas na internet pedindo sua renúncia

SÃO PAULO - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou a propaganda partidária do PMDB, veiculada nesta quinta-feira, 28, no rádio e na TV, para defender a liberdade de expressão nas redes sociais e para afirmar que "nada é maior" do que a vontade dele de acertar. Desde que assumiu o cargo, uma campanha pede para que ele renuncie.

Uma petição na internet já reuniu mais de 1,6 milhão de assinaturas com esse fim. O peemedebista tem um currículo marcado por denúncias de irregularidades, que o levaram, inclusive, a deixar a presidência da Casa em 2007.

Veja também:
"É com a convicção de que ninguém pode ser proibido de dizer o que pensa nem de expressar seus sentimentos que eu chego à presidência do Senado.
Democracia é respeitar as divergências, é conviver com as diferenças. Para os erros da democracia, mais democracia. Para as redes sociais, mais liberdade", afirmou. E, em seguida, emendou:

"A contribuição do PMDB para o momento democrático que vivemos hoje é enorme, assim como é enorme a minha vontade de acertar. Neste momento posso afirmar nada é maior do que ela".

Ausência.
Além de Renan, outros 15 peemedebistas estrelaram os dez minutos de propaganda a que o partido tem direito semestralmente. Apesar de tantas presenças, houve pelo menos uma ausência importante: a do deputado Gabriel Chalita, que no ano passado foi o candidato da sigla à Prefeitura de São Paulo.

Esta semana, Chalita foi acusado de receber propina quando era secretário estadual da Educação. Por conta das denúncias, o deputado teria sido descartado pelo Planalto de assumir uma pasta na possível reforma ministerial preparada pela presidente Dilma Rousseff.

O vice-presidente da República foi escalado para encerrar a propaganda. Em sua fala, ele pediu unidade ao partido, que enfrenta diversas brigas internas.
"À medida que as conquistas são alcançadas, aumenta nossa responsabilidade e, por isso, aumenta também a necessidade de estarmos cada vez mais unidos e fortes para darmos continuidade ao nosso projeto", afirmou.

01 de março de 2013
Isadora Peron - O Estado de S. Paulo

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