"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 23 de junho de 2013

DOCUMENTOS COMPROVAM ARAPONGAGEM DA ABIN NO PORTO DE SUAPE

Reportagem de VEJA desta semana revela que o serviço secreto brasileiro mentiu quando disse que seus agentes nunca estiveram no local. Quatro espiões foram flagrados pela segurança do porto e ficaram detidos por mais de duas horas
 
PEGO NA MENTIRA - O general Elito, chefe do GSI, também garantiu à presidente Dilma que não houve abordagem, detenção ou prisão de seus agentes
  PEGO NA MENTIRA - O general Elito, chefe do GSI, também garantiu à presidente Dilma que não houve abordagem, detenção ou prisão de seus agentes      (Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
Pela própria natureza do trabalho, é típico dos serviços de inteligência de qualquer país manter suas atividades sob o mais rigoroso segredo. Quando algo dá errado ou é feito ao arrepio da lei - o que não é incomum -, essa premissa é sempre levada ao extremo.
Uma reportagem de VEJA da semana passada revelou que quatro agentes da Abin, o serviço secreto brasileiro, foram detidos no Porto de Suape, no Recife, sob a suspeita de espionar o governador pernambucano Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República pelo PSB. Se comprovada, a denúncia seria o estopim de um monumental escândalo, segundo avaliação das próprias autoridades do governo.
Na segunda-feira, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, órgão ao qual a Abin está subordinada, negou o episódio.
Em nota, informou que não realizava operações para vigiar quem quer que fosse nem tinha registros da detenção dos agentes. Dois dias depois, foi a vez de a própria Abin rebater o conteúdo da reportagem.
Também através de uma nota, a agência garantiu que os agentes citados jamais estiveram no porto e que “nunca houve abordagem, detenção ou prisão de servidores em 11 de abril ou qualquer outra data”.
23 de junho de 2013
Robson Bonin e Hugo Marques - Veja
 

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