"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 19 de julho de 2013

FORA CABRAL, O VANDALISMO, AS TÁTICAS E UM DESSERVIÇO À CAUSA


passeata ou vandalismo

Os distúrbios promovidos por pessoas que se passaram por manifestantes do movimento “Fora Cabral” ontem (17/07) no bairro do Leblon (RJ) deixou uma coisa bem clara: A Polícia Militar do Rio de Janeiro agiu diretamente para que a balbúrdia tomasse as proporções que tomou.
 
A omissão clara da PM quando os primeiros atos de vandalismo iniciaram permitiu que os ânimos de acirrassem e as coisas saíssem do controle. Muito mais do que meros vândalos ou bandidos infiltrados, o que se viu nas imagens das emissoras de televisão foram muitos “filhinhos de papai” vestindo roupas de grife e dando asas aos seus instintos baderneiros.
 
A ordem de não intervir na bagunça, até que ela se transformasse num caos total, foi dada com a certeza de provocar o efeito conseguido: o desgaste do movimento junto aos moradores locais e uma enorme revolta da população prejudicada contra os manifestantes (que a princípio sequer estavam no tumulto).
 
Essa é uma tática muito usada por governos totalitários que infiltram elementos na multidão para disseminar o caos e promover a bandalheira generalizada como forma de fazer as manifestações contrárias aos seus interesses perderem o apoio popular.
 
Por outro lado, informações vindas de fontes dignas de confiança e do próprio governo mostraram (com fotos) o desembarque de uma enorme quantidade de militares venezuelanos “à paisana” em diversos aeroportos brasileiros que, logo em seguida, embarcaram em voos comerciais para grandes capitais, sem passarem por qualquer tipo de revista, checagem de documentos ou controle de intenções por parte da Polícia Federal.
 
Mesmo que abandonemos as prováveis teorias da conspiração envolvendo tal infiltração venezuelana e se quer levemos em consideração que a mesmíssima coisa foi feita no Paraguai, na Bolívia e na Colômbia esse é um fato que permanece inexplicado pelas autoridades brasileiras (aqui no blog e por toda Internet você viu fotos com elementos com camisas das FARC participando dos distúrbios).
 
Seja lá como for; a verdade imutável é que esses tumultos são um verdadeiro desserviço à causa das mudanças democráticas e a luta dos manifestantes. Perder o apoio popular e passar a ser visto como um bandido, ao invés de um herói revolucionário, é dar um tiro no pé do movimento de reformas e fazer o jogo dos que querem que tudo permaneça como está.
 
Agentes estrangeiros infiltrados ou não; são os próprios manifestantes que devem fotografar, filmar e entregar esses vândalos às autoridades. Isso deixará bem clara a separação do joio do trigo e mandará um recado a população que o movimento (seja ele qual for) quer mudar o país e não promover arruaças sem sentido.
Pensem nisso e não caiam no jogo dos poderosos.
 
19 de julho de 2013
visão panorâmica
 
NOTA AO PÉ DO TEXTO

Evidente que um movimento espontâneo, sem lideranças ou grupos organizados que policiem e restrinjam ações predatórias e vandalismos, fica a mercê de grupos organizados, infiltrados com o claro objetivo de desacreditar a manifestação, criando uma imagem negativa e simultaneamente antipatizando o movimento com a população, pelos transtornos da ordem, pelos prejuízos causados a lojistas, pela imagem de destruição e anarquia, congeladas nas imagens de TV.

Fica transparente, diante dos acontecimentos, que "movimentos sociais espontâneos" degeneram em desordem. Ficam expostos, por falta de organização, ao terrorismo de 'grupelhos' preparados com o exato fim de desbaratar os propósitos democráticos de crítica política ao que está acontecendo no país.

A informação de agentes estrangeiros infiltrados  é de suma gravidade! Principalmente quando reporta que tais agentes seriam da conhecida FARC, facção comunista treinada militarmente para ações de guerrilha.

Ela está presente, conforme diversas fontes noticiam, no Foro de São Paulo, de onde segundo as mesmas fontes, se originam as estratégias políticas de subversão do regime democrático.

Teoria conspiratória, ou não,  a informação de que os distúrbios ocorridos na manifestação "Fora Cabral" teria a raiz nas infiltrações denunciadas, desenha um quadro bastante preocupante.

E como entender o comportamento da PM diante do vandalismo? Como entender que nenhum dos arruaceiros foi detido, quando as imagens de TV mostram claramente a depredação? Por que permitir, omitindo-se, que a destruição continuasse, sem qualquer repressão?

E os prejuízos decorrentes do vandalismo? Quem será responsabilizado, com a quebra da ordem pública?

Criar o caos social e colher os frutos da insatisfação com as manifestações democráticas de cobrança das ações do governo, este é o claro objetivo que tem sido alcançado nos movimentos até agora realizados.

Ou as manifestações se organizam, ou será apenas reflexo de balbúrdia provocada com a descaracterização dos seus propósitos.
m.americo

 

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