"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

CENTRAIS SINDICAIS SEGUEM PRESSIONANDO O GOVERNO CONTRA O AVANÇO DA TERCEIRIZAÇÃO


Como dizia Vinicius de Moraes, de repente, não mais que de repente, as Centrais Sindicais decidiram mostrar serviço.
 
Passaram dez anos em estado letárgico, acomodadas às mordomias do poder.
 
Mas agora, com a eleição presidencial já nas ruas, essas  entidades resolveram mostrar serviço e está pressionando muito o governo contra o avanço da terceirização no serviço público, que já se tornou o maior problema da Justiça do Trabalho, com recorde absoluto de ações movidas por terceirizados.
Foi a pressão sindical que conseguiu adiar a votação do chamado PL da Terceirização – o Projeto de Lei 4.330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que tramita na Câmara desde 2004 e arrasa as conquistas trabalhistas brasileiras, a propósito de “regulamentar a terceirização”.
O projeto só não entrou na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na quarta-feira, como era a expectativa dos empresários, porque manifestantes convocados pelas Centrais Sindicais lotaram o plenário da CCJ e impediram que o projeto fosse colocado em votação.
ADIAMENTO
Diante da pressão, o adiamento foi decidido durante a tarde e os líderes partidários fecharam acordo de não apresentar requerimento para inclusão da matéria nas próximas sessões . Segundo o presidente da Comissão, deputado Décio Lima (PT-SC), a proposta só deve entrar em discussão dia 3 de setembro.
 
Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, a nova data facilita a colocação em prática de uma estratégia para alterar o texto. “Nossa proposta é melhorar o texto, dando garantias aos trabalhadores ou conseguir seu arquivamento. A regulamentação da terceirização não pode piorar a legislação que temos hoje”, afirmou.

“Foi importante suspender a votação para continuar a negociação entre trabalhadores, empresários, governo e parlamentares, buscando acordo”, acrescentou Sergio Luiz Leite, 1º secretário da Força Sindical e presidente da Federação dos Químicos de São Paulo.

Uma nota conjunta divulgada terça-feira pelas Centrais reafirmou a disposição de continuar a negociação e manter a unidade de ação na luta contra os “males que a terceirização impõe à classe trabalhadora”. “Somos contrários a este projeto do modo como se apresenta”, destaca o presidente da Nova Central, José Calixto Ramos.

O assunto é explosivo e os três níveis de governo – federal, estadual e municipal – são cúmplices na exploração dos trabalhadores terceirizados.

15 de agosto de 2013

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