"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A LÍBIA DE KADAFI ERA A MAIS BELA JÓIA DA ÁFRICA

 

Aqueles que não se consideram intoxicados pela mídia ocidental, pela imprensa-empresa que diariamente defende os interesses criminosos do imperialismo e do sionismo para ganhar dinheiro às custas do derramamento de sangue de milhares de inocentes em guerras colonialistas, sabem que Muamar Kadafi era um referencial na luta pela independência do continente africano.


Trípoli, antes do bombardeio

Em 1º de setembro de 1969 ele liderou o Movimento dos Oficiais Livres para derrubar o Rei Ídris, um tirano mantido no poder pelos governos dos EUA, Inglaterra e França.

Após assumir a direção do governo revolucionário na Líbia, Kadafi não fez como a maioria dos monarcas e governantes árabes, que se submeteram às potências imperialistas, traindo seus povos e comprometendo o futuro de seus países.

Ao contrário da maioria dos oportunistas e traidores de plantão, Kadafi surpreendeu o mundo em maio de 1977 ao criar o conceito de “Jamahiriya” ou “Estado das massas”, em que o poder é exercido através de milhares de congressos e comitês populares, na democracia direta.
A teoria buscava resolver as contradições inerentes no capitalismo e comunismo, para colocar o mundo em um caminho de revolução política, econômica e social e libertar os povos oprimidos.

A trajetória de Kadafi guiava-se na história do grande mártir líbio Omar Moukhtar (1862-1931), que liderou a luta pela independência líbia diante da ocupação italiana, e pagou o preço pela sua valentia: foi enforcado pelos inimigos invasores estrangeiros.
Em 20 de outubro de 2011 Kadafi também foi martirizado por estrangeiros que invadiram a Líbia, em busca de petróleo, e para assassinar um líder que estava unindo a mobilizando a África na luta contra o colonialismo.

UNIÃO AFRICANA

Em 1999 nascia a União Africana, uma entidade construída às duras penas por Muamar Kadafi. Ele levou mais de cinco anos trabalhando para criar uma entidade internacional que representasse os povos africanos junto à comunidade internacional da nações.
Durante esse tempo ele sofreu perseguições, retaliações, difamações, todos os tipos de sabotagem que os governos dos EUA, França e Inglaterra utilizam sempre que tem seus interesses econômicos contestados.

Kadafi enfrentou a traição covarde de governantes africanos que foram colocados no poder por potências imperialistas e colonialistas. Todos esses desafios foram vencidos por Kadafi em sua luta para impedir o roubo e o saque das riquezas naturais dos povos africanos.
Ele sempre dizia que o povo africano não era pobre, que os imigrantes ilegais africanos estavam buscando no exterior as riquezas que foram levadas e roubadas pelas potências colonialistas. Por esse motivo, por falar a verdade, era duramente criticado pela imprensa ocidental.

A luta de Kadafi pela libertação da África compreendia o envio de centenas de médicos e dentistas, medicamentos e ajuda humanitária para países africanos cujas populações sofriam privações e necessidades.

Após criar a União Africana, Kadafi propôs aos governantes africanos a criação do Banco Central Africano, o Fundo Monetário Africano e o Banco de Investimentos e Desenvolvimento da África. Todas essas propostas foram combatidas ferozmente pelos inimigos dos povos africanos, os governos dos EUA, França e Inglaterra.

CASO DO MALI

Nos dias atuais quando as potências colonialistas se unem para atacar o Mali, após promover guerras na Somália, Congo e Sudão, fica muito claro aquilo que Kadafi tinha em mente ao defender a unidade africana à todo custo. Através da união econômica e militar dos países africanos, os países poderiam repelir qualquer ataque militar das potências ocidentais colonialistas e imperialistas.

A grande joia da África era a Jamahiriya Líbia de Kadafi, por isso ele foi covardemente assassinado e a Líbia foi ocupada por traidores e estrangeiros, para impedir que a África se unisse, defendesse sua liberdade e soberania, e conquistasse melhores condições de vida para o seu povo.

A Líbia de Kadafi conquistou o melhor IDH da África, isto é, os líbios tinham as melhores condições de vida – saúde, educação, habitação – de todos os demais países africanos. Este era o exemplo que a Líbia dava a todos os demais países africanos, por isso o país deveria ser destruído pelas potências imperialista e colonialistas cujas economias deficitárias sobrevivem às custas do roubo e do saque das riquezas naturais dos povos oprimidos e escravizados.

(artigo enviado por Sergio Caldieri)

06 de fevereiro de 2013
José Gil (marchaverde.com.br)

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