"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

MÃO GRANDE: DILMA NEGA "FAXINA" CONTRA A CORRUPÇÃO

... mas faz propaganda dela na TV


Para agradar o PT e seus aliados, a presidente tem negado em entrevistas e pronunciamentos oficiais que esteja fazendo uma “faxina” em seu governo. O termo começou a ser usado pelo jornalismo para descrever as frequentes trocas de ministros após denúncias de corrupção. Dilma deixou isso claro no dia 24/08, discursando após cerimônia no Palácio do Planalto:

Acho que combate-se o malfeito. Não se faz disso meta de governo. Faxina no meu governo é faxina contra a pobreza. É isso que é a faxina. O resto são ossos do ofício da Presidência. Se houver algum malfeito, eu tomarei providências.

Mesmo assim, a Secretaria de Comunicação da Presidência não hesitou em tentar transformar as demissões ocasionadas por “malfeitos” em mérito da gestão Dilma, como se os corruptos tivessem caído do céu e a própria Dilma não tivesse sido a “gerentona” do governo anterior, tendo trabalhado diretamente por vários anos com grande parte dos ministros e funcionários que começou a demitir agora.

Leiam trecho de reportagem da Folha Online sobre a mais recente série de comerciais de TV do governo, que ficará no ar até o dia 16:

Na peça, de 33 segundos, a frase “o governo combate a corrupção, controla gastos e investe bem” é acompanhada pela imagem de um dedo indicador sobre o prédio de um ministério. Dele, desce uma faixa com a inscrição “fazer mais com menos”.

Veja a propaganda:

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Pela localização na Esplanada, o prédio coincide com a sede do Ministério dos Transportes, alvo de uma “faxina” desde julho, após denúncias de corrupção.

(…)

Esse é um dos quatro filmes da campanha “Brasil em boas mãos”, dividida em quatro temas: infraestrutura, economia, educação e social. O combate à corrupção ocupa o dedicado à economia.

A veiculação foi iniciada no dia 7, em meio à crise que levou à queda de Wagner Rossi (PMDB) da Agricultura. O custo da campanha é de R$ 25 milhões.

Nós gostamos tanto desses comerciais da Mão Grande do governo que estamos preparando uma homenagem a eles aqui no Implicante. Aguardem.

Implicante

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